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Prévia do material em texto

Retirado de ENEM 2013 
Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de 
jornal ‒ eu não fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e 
ficção. Crônica algumas vezes também é feita, intencionalmente, para 
provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não 
está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para reclamar: 
moderna demais, antiquada demais. 
Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os 
textos que parecem passar despercebidos, outros rendem um montão de 
recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o que 
falo com meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei com 
minha namorada”. Os estímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava 
meio assim: é como me botarem no colo ‒ também eu preciso. Na verdade, 
nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que 
está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar 
neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo 
quando parece que estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. 
Como escrevi há muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras são 
meu jeito mais secreto de calar. 
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de janeiro: Record, 2004. 
Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre 
suas partes. Quanto à construção do fragmento, o elemento 
 
 
a. 
“isso” remete a “escondia em poesia e ficção”. 
 
 
b. 
“alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”. 
 
 
c. 
“essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”. 
 
 
d. 
“assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”. 
 
 
e. 
“nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”. 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
A questão está alinhada com o objetivo de conceituar coesão e coerência, 
reconhecer a importância de ambas no texto, compreender e garantir a coesão 
referencial e sequencial, bem como a coerência no texto. 
 
 
A resposta correta é: 
 
“nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”. 
Questão 2 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Sobre a escrita de um texto acadêmico, analise as afirmativas abaixo: 
I. A Introdução deve conter uma fundamentação teórica, embasada 
em evidências científicas e falas de autoridades sobre o tema. É preciso 
apontar as vinculações teóricas, os autores e referências bibliográficas 
escolhidas, apresentando os principais conceitos das obras que constarão no 
trabalho. 
II. A Introdução deve ter certo aprofundamento teórico, balizando 
um conhecimento sobre as referências bibliográficas mais gerais do trabalho. 
A argumentação deve ser consistente, exige pesquisa, domínio do tema e da 
estrutura formal de um texto acadêmico. 
III. A Introdução pode ser desenvolvida por exemplificação, com 
dados estatísticos e informações publicadas na imprensa; por definição, 
conceituando um fato e demonstrando conhecimento sobre o tema; ou 
trazendo citações. Argumentos baseados em convicções, crenças religiosas e 
opiniões pessoais também são válidos. 
Estão corretas: 
 
 
a. 
Apenas I 
 
 
b. 
Apenas III 
 
 
c. 
Apenas II 
 
 
d. 
I, II e III 
 
 
e. 
I e II 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
“[Introdução] O que deve conter: fundamentação teórica e apresentação dos 
autores e obras escolhidas (tanto as bibliográficas quanto as videográficas). No 
caso das referências bibliográficas, neste item os alunos devem apontar suas 
vinculações teóricas e menção dos principais conceitos das obras que 
constarão no projeto. Para os alunos que farão TCC este item é importante, 
uma vez que aqui vocês deverão apontar conhecimento sobre suas referências 
teóricas mais gerais. Este, portanto, deve ser um item com um relativo trabalho 
de aprofundamento teórico”. (Trecho do documento “Guia de escrita 
acadêmica para o Projeto de TCC”. Autor: professor Bruno Casalotti; coautora: 
professora Isabella Goulart) 
 
 
A resposta correta é: 
 
I e II 
Questão 3 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Adaptado de VESTIBULAR UERJ 2012 
A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. 
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de 
ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços 
mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta 
para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua 
ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, 
discursos, ensaios ou telefonemas. 
Como se ela restituísse, através de um uso específico da língua, a integridade 
entre nome e coisa − que o tempo e as culturas do homem civilizado trataram 
de separar no decorrer da história. 
A manifestação do que chamamos de poesia hoje nos sugere mínimos 
flashbacks de uma possível infância da linguagem, antes que a representação 
rompesse seu cordão umbilical, gerando essas duas metades − significante e 
significado. 
Houve esse tempo? Quando não havia poesia porque a poesia estava em tudo 
o que se dizia? 
Quando o nome da coisa era algo que fazia parte dela, assim como sua cor, 
seu tamanho, seu peso? Quando os laços entre os sentidos ainda não se 
haviam desfeito, então música, poesia, pensamento, dança, imagem, cheiro, 
sabor, consistência se conjugavam em experiências integrais, associadas a 
utilidades práticas, mágicas, curativas, religiosas, sexuais, guerreiras? 
Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, projetado sobre um 
passado pré-babélico, tribal, primitivo. Ao mesmo tempo, cada novo poema do 
futuro que o presente alcança cria, com sua ocorrência, um pouco desse 
passado. 
Lembro-me de ter lido, certa vez, um comentário de Décio Pignatari, em que 
ele chamava a atenção para o fato de, tanto em chinês como em tupi, não 
existir o verbo ser, enquanto verbo de ligação. Assim, o ser das coisas ditas se 
manifestaria nelas próprias (substantivos), não numa partícula verbal externa a 
elas, o que faria delas línguas poéticas por natureza, mais propensas à 
composição analógica. 
Mais perto do senso comum, podemos atentar para como colocam os índios 
americanos falando, na maioria dos filmes de cowboy − eles dizem “maçã 
vermelha”, “água boa”, “cavalo veloz”; em vez de “a maçã é vermelha”, “essa 
água é boa”, “aquele cavalo é veloz”. Essa forma mais sintética, telegráfica, 
aproxima os nomes da própria existência − como se a fala não estivesse se 
referindo àquelas coisas, e sim apresentando-as (ao mesmo tempo em que se 
apresenta). 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa 
relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem 
poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece 
uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo. 
(...) 
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se 
desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, 
ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis − 
os poemas − contaminando o deserto da referencialidade. 
 
ARNALDO ANTUNES www.arnaldoantunes.com.br 
Na coesão textual, ocorre o que se chama catáfora quando um termo se refere 
a algo que ainda vai ser enunciado na frase. Um exemplo em que o termo 
destacado constrói uma catáfora é 
 
 
a. 
não numa partícula verbal externa a elas, 
 
 
b. 
Como se ela restituísse, 
 
 
c. 
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. 
 
 
d. 
Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, 
 
 
e. 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavrasintermedeiam 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
A catáfora é um exemplo de coesão referencial que ocorre quando se faz 
referência a um termo subsequente. 
 
 
A resposta correta é: 
 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam 
Questão 4 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Leia as sentenças abaixo, adaptadas de um TCC sobre adoção, realizado por 
alunos do curso de Rádio e TV do Centro Universitário FMU | FIAM-FAAM. 
Assinale a alternativa que corresponde à forma correta de se desenvolver uma 
argumentação: 
 
 
a. 
Estou seguro de que o número de crianças aptas para serem adotadas no 
Brasil é maior do que o número de pessoas que querem adotar. 
 
 
b. 
Segundo os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), referentes a 2015, em 
todo Brasil há mais de 5.000 crianças aptas para serem adotadas (CNJ, 2015). 
 
 
c. 
O número de crianças aptas para serem adotadas no Brasil é maior do que o 
número de pessoas que querem adotar, segundo um vídeo que recebi no 
WhatsApp. 
 
 
d. 
É evidente que em todo Brasil há milhares de crianças aptas para serem 
adotadas. 
 
 
e. 
Afirmo com toda convicção que em todo Brasil há milhares de crianças aptas 
para serem adotadas. 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
Expressões que nada valem na escrita de um texto dissertativo, expositivo ou 
argumentativo: “estou seguro”, “creio sinceramente”, “afirmo com toda 
convicção”, “é claro”, “é óbvio”, “é evidente”. A defesa de um ponto de vista 
deve ser feita com desenvolvimento de uma argumentação. Além disso, deve 
haver impessoalidade na linguagem e um discurso mais objetivo. 
 
 
A resposta correta é: 
 
Segundo os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), referentes a 2015, em 
todo Brasil há mais de 5.000 crianças aptas para serem adotadas (CNJ, 2015). 
Questão 5 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
O autor tem direitos sobre o que cria 
Por isso, a propriedade intelectual, em 
qualquer de suas formas, é protegida por lei. [...] a propriedade intelectual 
“lida com os direitos de propriedade das coisas intangíveis oriundas das 
inovações e criações da mente”. [...] A propriedade intelectual 
protege as criações, permitindo que 
seus criadores usufruam direitos econômicos sobre produtos e serviços que 
podem resultar de suas obras. 
O direito autoral se refere diretamente 
à obra intelectual e o direito que seu 
criador exerce sobre ela. Por obra intelectual, entende-se 
“criação do espírito, expressa por qualquer suporte, tangível 
ou intangível.” Programas de computador, obras literárias, artísticas e cien
tíficas se enquadram nesta categoria. E é justamente aí que se dão os 
problemas mais comuns com relação à violação dos direitos dos Autores! 
Considera-
se Autor a pessoa física criadora da obra literária. O primeiro a expressa
r uma idéia e fixá-la em suporte material. [...] 
Estes direitos se referem não só ao ganho financeiro, mas também à 
questão moral de reconhecer publicamente a autoria de uma obra. O direito 
patrimonial ou econômico, no caso brasileiro, expira até 70 anos após a 
morte do autor, quando a sua obra passa a ser considerada de “domínio 
público”. Já o direito moral é “intransferível, imprescritível e irrenunciável”. 
O direito moral dá ao criador a garantia de menção de título e nome de sua 
obra, opor-se a alteração que possa prejudicá-
la, ou à sua reputação, modificá-la sempre que quiser, retirá-la de 
circulação e mantê-la inédita. Além da lei brasileira que regula os direitos 
autorais (Lei Federal n º 9.610/98), também existe uma convenção universal, 
assinada em Genebra, em 6 de setembro de 
1952, que protege o direito autoral em 
todos os países que aderiram ao documento. Entre eles, o Brasil. 
 
Guilherme Nery; Ana Paula Bragaglia; Flávia Clemente; Suzana Barbosa 
Nem tudo que parece é: entenda o que é plágio 
Universidade Federal Fluminense 
 
Com base no texto acima, escrito por professores da Universidade Federal 
Fluminense, qual seria uma forma incorreta do aluno colocar suas ideias no 
texto acadêmico? 
 
 
a. 
Explicitar exatamente quais ideias está usando de outros autores, e quais o 
próprio aluno está propondo. 
 
 
b. 
Apresentar as fontes no desenvolvimento do texto. 
 
 
c. 
Incluir as citações diretas (texto literal do autor utilizado). 
 
 
d. 
Escrever com suas próprias palavras os conceitos de outro autor, dando-lhe o 
devido crédito. 
 
 
e. 
Mencionar as fontes apenas no caso de citações diretas (texto literal do autor 
utilizado). 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
“Na universidade, o que se espera dos alunos é que estes se capacitem 
tanto técnica como teoricamente. Que sejam capazes de refletir sobre sua 
profissão, a partir da leitura e compreensão dos autores da sua área. 
Faz parte da formação dos alunos que estes sejam capazes de articular as 
ideias desses autores de referência com as suas próprias ideias. Para isto, é 
funda mental que os alunos explicitem, em seus trabalhos 
acadêmicos, exatamente o que estão usando desses autores, e o que 
eles mesmos estão propondo. Ser capaz de tais articulações intelectuais, 
portanto, torna-se critério básico para as avaliações feitas pelos 
professores. [...] Então, qual é a forma correta de colocar estas ideias no texto 
acadêmico? É simples: basta escrever com suas próprias palavras de modo a 
explicar todas as citações, apresentar as fontes no próprio texto, e, se 
necessário, incluir as citações diretas (texto literal do autor utilizado) à medida 
que o trabalho vai sendo desenvolvido”. (Trecho do documento “Nem tudo que 
parece é: entenda o que é plágio”. Universidade Federal Fluminense. Autores: 
Guilherme Nery, Ana Paula Bragaglia, Flávia Clemente e Suzana Barbosa) 
 
 
A resposta correta é: 
 
Mencionar as fontes apenas no caso de citações diretas (texto literal do autor 
utilizado). 
Questão 6 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Adaptado de VESTIBULAR UERJ 2008 
No oitavo dia sentimos que tudo conspirava contra nós. Que importa a uma 
grande cidade que haja um apartamento fechado em alguns de seus milhares 
de edifícios; que importa que lá dentro não haja ninguém, ou que um homem 
e uma mulher ali estejam, pálidos, se movendo na penumbra como dentro de 
um sonho? 
Entretanto a cidade, que durante uns dois ou três dias parecia nos haver 
esquecido, voltava subitamente a atacar. O telefone tocava, batia dez, quinze 
vezes, calava-se alguns minutos, voltava a chamar; e assim três, quatro vezes 
sucessivas. 
Alguém vinha e apertava a campainha; esperava; apertava outra vez; 
experimentava a maçaneta da porta; batia com os nós dos dedos, cada vez 
mais forte, como se tivesse certeza de que havia alguém lá dentro. Ficávamos 
quietos, abraçados, até que o desconhecido se afastasse, voltasse para a rua, 
para a sua vida, nos deixasse em nossa felicidade que fluía num encantamento 
constante. (...) 
Rubem Braga 
Texto extraído do livro "Figuras do Brasil – 80 autores em 80 anos de Folha", 
Publifolha – São Paulo, 2001, pág. 132. 
 
Na estruturação dos períodos, existem elementos que, ao se referirem a 
palavras e expressões já mencionadas, contribuem para a coesão textual da 
narrativa. Um desses elementos coesivos encontra-se adequadamente 
destacado no seguinte fragmento: 
 
 
a. 
“senti que ela me disse isso num instante, num olhar entretanto lento” 
 
 
b. 
“Nossos corpos tinham chegado a um entendimento que era além do amor,” 
 
 
c. 
“No oitavo dia sentimos que tudo conspirava contra nós.” 
 
 
d. 
“e ela abrira pensando que fosse eu," 
 
 
e. 
“como se tivesse certeza deque havia alguém lá dentro.” 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
A anáfora é um exemplo de coesão referencial que ocorre quando as 
referências textuais retomam elementos já presentes no texto. 
 
 
A resposta correta é: 
 
“Nossos corpos tinham chegado a um entendimento que era além do amor,” 
Questão 7 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Adaptado de VESTIBULAR UERJ 2016 
Em seu livro Pernas pro ar, Eduardo Galeano recorda que, na era vitoriana, era 
proibido mencionar “calças” na presença de uma jovem. Hoje em dia, diz ele, 
não cai bem utilizar certas expressões perante a opinião pública: “O 
capitalismo exibe o nome artístico de economia de mercado; imperialismo se 
chama globalização; suas vítimas se chamam países em via de 
desenvolvimento; oportunismo se chama pragmatismo; despedir sem 
indenização nem explicação se chama flexibilização laboral” etc. 
A lista é longa. Acrescento os inúmeros preconceitos que carregamos: ladrão é 
sonegador; lobista é consultor; fracasso é crise; especulação é derivativo; 
latifúndio é agronegócio; desmatamento é investimento rural; lavanderia de 
dinheiro escuso é paraíso fiscal; acumulação privada de riqueza é democracia; 
socialização de bens é ditadura; governar a favor da maioria é populismo; 
tortura é constrangimento ilegal; invasão é intervenção; peste é pandemia; 
magricela é anoréxica. Eufemismo é a arte de dizer uma coisa e acreditar que o 
público escuta ou lê outra. É um jeitinho de escamotear significados. De tentar 
encobrir verdades e realidades. 
Posso admitir que pertenço à terceira idade, embora esteja na cara: sou velho. 
Ora, poderia dizer que sou seminovo! Como carros em revendedoras de 
veículos. Todos velhos! Mas o adjetivo seminovo os torna mais vendáveis. 
Coitadas das palavras! Elas são distorcidas para que a realidade, escamoteada, 
permaneça como está. Não conseguem, contudo, escapar da luta de classes: 
pobre é ladrão, rico é corrupto. Pobre é viciado, rico é dependente químico. Em 
suma, eufemismo é um truque semântico para tentar amenizar os fatos. 
 
Frei Betto 
A ARTE DE ENGANAR 
Adaptado de O Dia, 21/03/2015. 
 
Frei Betto inicia seu texto com uma citação do escritor uruguaio Eduardo 
Galeano, recorrendo a recurso comum de argumentação. Esse recurso 
constitui um argumento de: 
 
 
a. 
causalidade 
 
 
b. 
autoridade 
 
 
c. 
contestação 
 
 
d. 
comparação 
 
 
e. 
digressão 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
A questão está alinhada com o objetivo de desenvolver as ideias do texto de 
forma organizada e reconhecer possíveis maneiras de argumentar um texto de 
forma consistente. 
 
 
A resposta correta é: 
 
autoridade 
Questão 8 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Adaptado de VESTIBULAR UERJ 2017 
Sobre o texto de Eliane Brum (Questão 2), releia a sentença abaixo: 
Como desertava, meu bisavô Antônio foi levado em um bote até o navio que 
já se afastava do porto de Gênova. 
O trecho sublinhado estabelece com o restante da frase o sentido de: 
 
 
a. 
conformidade 
 
 
b. 
causa 
 
 
c. 
concessão 
 
 
d. 
conclusão 
 
 
e. 
exclusão 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
A questão está alinhada com o objetivo de utilizar técnicas para escrita de 
textos. Embora o correto em textos dissertativos seja a impessoalidade na 
linguagem e um discurso mais objetivo, o gênero do texto de Brum está 
adequado à subjetividade apresentada aqui na linguagem. 
 
 
A resposta correta é: 
 
causa 
Questão 9 
Incorreto 
Atingiu 0,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Sobre plágio acadêmico, analise as afirmativas abaixo, adaptadas da cartilha 
sobre plágio da Universidade Federal Fluminense: 
I. Acontece quando um aluno retira, seja de livros ou da Internet, 
ideias, conceitos ou frases de outro autor (que as formulou e as publicou), sem 
lhe dar o devido crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa. 
II. O aluno que cometer plágio pode alegar o “desconhecimento da 
lei”, para que não seja penalizado. 
III. Trata-se de uma violação dos direitos autorais de outrem. Isso tem 
implicações cíveis e penais. 
 
Estão corretas: 
 
 
a. 
Apenas II 
 
 
b. 
II e III 
 
 
c. 
Apenas I 
 
 
d. 
I e III 
 
 
e. 
I, II e III 
 
 
Feedback 
Sua resposta está incorreta. 
“O plágio acadêmico se configura quando um aluno retira, seja de 
livros ou da Internet, ideias, conceitos ou frases de outro autor 
(que as formulou e as publicou), sem lhe dar o devido crédito, sem citá-lo 
como fonte de pesquisa. Trata-
se de uma violação dos direitos autorais de outrem. Isso tem 
implicações cíveis e penais. E o “desconhecimento da lei” não serve 
de desculpa, pois a lei é pública e explícita”. (Trecho do documento “Nem 
tudo que parece é: entenda o que é plágio”. Universidade Federal Fluminense. 
Autores: Guilherme Nery, Ana Paula Bragaglia, Flávia Clemente e Suzana 
Barbosa) 
 
 
A resposta correta é: 
 
I e III 
Questão 10 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Adaptado de VESTIBULAR UERJ 2017 
Sobre o texto de Eliane Brum (Questão 2), releia a sentença abaixo: 
Ao fugir para o Brasil, metade dos Brun ganhou uma perna a mais. O “n” virou 
“m”. Mas essa perna a mais era um membro fantasma, um ganho que revelava 
uma perda. 
A autora associa a troca de letras no registro do sobrenome de seu tetravô à 
expressão um membro fantasma. Essa associação constrói um exemplo da 
figura de linguagem denominada: 
 
 
a. 
sinestesia: figura de estilística de cruzamento de sensações; associação de 
palavras ou expressões em que ocorre combinação de sensações diferentes 
numa só impressão. 
 
 
b. 
eufemismo: palavra, locução ou acepção mais agradável, de que se lança mão 
para suavizar ou minimizar o peso conotador de outra palavra, locução ou 
acepção menos agradável 
 
 
c. 
antítese: figura de estilística e retórica pela qual se opõem, numa mesma frase, 
duas palavras ou dois pensamentos de sentido contrário 
 
 
d. 
metáfora: figura de estilística de designação de um objeto ou qualidade 
mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o 
primeiro uma relação de semelhança 
 
 
e. 
hipérbole: figura de estilística e retórica de ênfase expressiva resultante do 
exagero da significação linguística 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
A questão está alinhada com o objetivo de utilizar técnicas para escrita de 
textos. Embora o correto em textos dissertativos seja a impessoalidade na 
linguagem e um discurso mais objetivo, o gênero do texto de Brum está 
adequado à subjetividade apresentada aqui na linguagem. 
 
 
A resposta correta é: 
 
metáfora: figura de estilística de designação de um objeto ou qualidade 
mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o 
primeiro uma relação de semelhança 
 
A Conclusão de um texto acadêmico deve: 
 
 
a. 
Apresentar informações novas, ainda não mencionadas na Introdução e no 
desenvolvimento do texto. 
 
 
b. 
Contestar posicionamentos legitimados pelas vinculações teóricas apontadas 
na Introdução. 
 
 
c. 
Amarrar o texto para encerrar a defesa do ponto de vista do autor com base 
em suas convicções pessoais. 
 
 
d. 
Comentar como as crenças, valores e opiniões pessoais do autor do texto 
foram ao encontro dos objetivos e das hipóteses propostas no trabalho. 
 
 
e. 
Retomar o que foi dito no desenvolvimento do texto através de exemplos, 
citações e dados científicos. 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
A Conclusão deve arrematar como os exemplos e citações foram ao encontro 
dos objetivos propostos e das hipóteses; retomar o que foi dito; reafirmar 
posicionamentos; amarrar o texto para encerrara defesa do ponto de vista do 
autor com desenvolvimento de uma argumentação; não deve apresentar 
informações novas. A argumentação deve ser consistente e sempre 
fundamentada em dados científicos, fatos, citações, exemplos e pesquisas. 
 
 
A resposta correta é: 
 
Retomar o que foi dito no desenvolvimento do texto através de exemplos, 
citações e dados científicos. 
Questão 2 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
De acordo com a cartilha “Nem tudo que parece é: entenda o que é plágio”, 
publicada pela Universidade Federal Fluminense, o Autor lesado pelo plágio 
pode entrar na Justiça com ação indenizatória. 
Assinale a alternativa cujo dispositivo legal não apresenta relação com as 
implicações cíveis e penais do plágio. 
 
 
a. 
Art. 33 do Código Penal diz que ninguém pode reproduzir a obra intelectual de 
um Autor, sem a permissão deste. 
 
 
b. 
Art. 22 a 24 do Código Penal regem os direitos morais e patrimoniais da obra 
criada, como pertencentes ao seu Autor. 
 
 
c. 
Art. 7º da Lei nº 12.965, que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres 
para o uso da internet no Brasil, dispõe que o acesso à internet é essencial ao 
exercício da cidadania. 
 
 
d. 
Art. 299 do Código Penal define o 
plágio como crime de falsidade ideológica, em documentos particulares ou 
públicos. 
 
 
e. 
Art. 524 do Código Civil l dispõe que “a lei assegura ao proprietário o direito de 
usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem quer que, 
injustamente, os possua”. 
 
 
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Sua resposta está correta. 
A Lei nº 12.965 - Marco Civil da Internet - regula o uso da internet no Brasil. 
 
 
A resposta correta é: 
 
Art. 7º da Lei nº 12.965, que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres 
para o uso da internet no Brasil, dispõe que o acesso à internet é essencial ao 
exercício da cidadania. 
Questão 3 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
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Texto da questão 
Adaptado de VESTIBULAR UERJ 2009 
Piaimã1 
A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da 
bicharia lá em baixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele 
diacho de sagüi-açu2 (...) não era sagüim não, chamava elevador e era uma 
máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros 
cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas 
cláxons3 campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não 
eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges 
mármons e eram máquinas. Os tamanduás os boitatás4 as inajás5 de 
curuatás6 de fumo, em vez eram caminhões bondes autobondes anúncios-
luminosos relógios faróis rádios motocicletas telefones gorjetas postes 
chaminés... Eram máquinas e tudo na cidade era só máquina! O herói 
aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel 
escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um 
respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras forçuda, Tupã7 famanado 
que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira que a Mãe-
d’água8, em bulhas9 de sarapantar10. 
Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também imperador dos filhos 
da mandioca. Mas as três cunhãs11 deram muitas risadas e falaram que isso de 
deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a 
máquina ninguém não brinca porque ela mata. A máquina não era deus não, 
nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto. Era 
feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento 
com fumo, os homens aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré 
acreditou? nem o herói! 
(...) 
Macunaíma passou então uma semana sem comer nem brincar só 
maquinando nas brigas sem vitória dos filhos da mandioca com a 
Máquina. A Máquina era que matava os homens porém os homens é que 
mandavam na Máquina... Constatou pasmo que os filhos da mandioca eram 
donos sem mistério e sem força da máquina sem mistério sem querer sem 
fastio, incapaz de explicar as infelicidades por si. Estava nostálgico assim. Até 
que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os manos, 
Macunaíma concluiu: 
— Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta 
luta. Há empate. 
Não concluiu mais nada porque inda não estava acostumado com discursos 
porém palpitava pra ele muito embrulhadamente muito! que a máquina 
devia de ser um deus de que os homens não eram verdadeiramente 
donos só porque não tinham feito dela uma Iara explicável mas apenas uma 
realidade do mundo. De toda essa embrulhada o pensamento dele sacou bem 
clarinha uma luz: os homens é que eram máquinas e as máquinas é que eram 
homens. Macunaíma deu uma grande gargalhada. Percebeu que estava livre 
outra vez e teve uma satisfa mãe. 
 
MÁRIO DE ANDRADE 
Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. 
Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. 
 
Vocabulário: 
1 Piaimã – personagem do romance 
2 sagüi-açu, sagüim – macacos pequenos 
3 cláxon – buzina externa nos automóveis antigos 
4 boitatá – cobra-de-fogo, na mitologia tupi-guarani 
5 inajá – palmeira de tamanho médio 
6 curuatá – flor de palmeira 
7 Tupã – entidade da mitologia tupi-guarani 
8 Mãe-d’água – espécie de sereia das águas amazônicas 
9 bulha – confusão de sons 
10 sarapantar – espantar 
11 cunhã – mulher jovem, em tupi 
 
Alguns vocábulos possuem a propriedade de retomar integralmente uma ideia 
já apresentada antes. Essa propriedade é observada no vocábulo grifado em: 
 
 
a. 
“Então resolveu ir brincar com a Máquina” 
 
 
b. 
“Macunaíma passou então uma semana sem comer nem brincar” 
 
 
c. 
“Estava nostálgico assim.” 
 
 
d. 
“Tomou-o um respeito cheio de inveja” 
 
 
e. 
“Acordou com os berros da bicharia lá em baixo” 
 
 
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Sua resposta está correta. 
A anáfora é um exemplo de coesão referencial que ocorre quando as 
referências textuais retomam elementos já presentes no texto. 
 
 
A resposta correta é: 
 
“Estava nostálgico assim.” 
Questão 4 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Sobre plágio acadêmico, assinale a alternativa incorreta: 
a. 
Realizar plágio é desonesto, porém, não corresponde a um crime. 
 
 
b. 
Plágio é crime, repreendido por lei. 
 
 
c. 
O Artigo 184 - Código Penal - Decreto-Lei nº 2.848 diz que plágio pode ser 
considerado crime. 
 
 
d. 
Copiar um texto sem dar os devidos créditos é crime. 
 
 
e. 
Alguém que realize plágio pode ser condenado legalmente. 
 
 
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Sua resposta está correta. 
A realização de plágio tem implicações éticos e legais. 
 
 
A resposta correta é: 
 
Realizar plágio é desonesto, porém, não corresponde a um crime. 
Questão 5 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Sobre a linguagem e o formato na produção textual, marque a alternativa 
que não se encaixa à escrita de um bom texto: 
 
 
a. 
Na comunicação escrita é fundamental que haja um “encaixe” perfeito entre 
linguagem e formato. 
 
 
b. 
Um texto narrativo, como uma crônica, um conto ou uma novela, tem uma 
escrita um pouco mais livre, por isso, não precisa ser formatado de acordo 
com as Normas da ABNT. 
 
 
c. 
Textos de trabalhos acadêmicos possuem um formato esperado. Eles devem 
ser estruturados de acordo com as regras da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT) e escritos em uma linguagem formal. 
 
 
d. 
Antes de escrever um texto dissertativo, expositivo ou argumentativo é 
importante planejá-lo. 
 
 
e. 
Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), de graduação e pós-graduação, 
permitem uma liberdade textual, por isso, a linguagem não precisa ser 
absolutamente formal. 
 
 
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Sua resposta está correta. 
Textos de trabalhos acadêmicos para as disciplinas curriculares, para o TCC ou 
uma pós-graduação possuem um formato esperado e devem estar em 
conformidadecom as Normas ABNT e escritos em uma linguagem formal. 
 
 
A resposta correta é: 
 
Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), de graduação e pós-graduação, 
permitem uma liberdade textual, por isso, a linguagem não precisa ser 
absolutamente formal. 
Questão 6 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Retornando ao filme, talvez, o grau de invenção em Cidade de Deus anuncia 
uma produção atualizada, em que fotografia, montagem, som, edição e 
direção obtêm seu reconhecimento no momento da exibição para o 
espectador e é confirmado nas premiações de festivais. Observa-se a 
relevância técnica do filme acoplada a um efeito estético compatível à 
temática. Além disso, acompanha o desenvolvimento e a influência digital que 
se encontra o cinema contemporâneo. Um hibridismo de linguagens e códigos 
transversaliza diferentes dispositivos e suportes, nos quais a película, o digital 
e o vídeo se misturam e se completam, ao propor resultados eficazes. 
Wilton Garcia 
“Cidade de Deus – Refrações contemporâneas do cinema brasileiro”. In: Novos 
Olhares, n. 12, 2º semestre de 2013 
 
Assinale a alternativa correta sobre o texto dissertativo-argumentativo lido 
acima: 
 
 
a. 
Ele argumenta que as experimentação e inovações do digital ainda não 
aconteceram no cinema brasileiro. 
 
 
b. 
O autor alega que Cidade de Deus é um filme importante para o Brasil, mas 
sem visibilidade no cinema internacional. 
 
 
c. 
Garcia defende que houve uma combinação entre o vídeo, o digital e o cinema 
em película. 
 
 
d. 
Ele defende que, apesar da visibilidade de Cidade de Deus em premiações e 
festivais internacionais, não se trata de um filme relevante. 
 
 
e. 
Wilton Garcia avalia o filme Cidade de Deus como um exemplo do que foi feito 
no cinema brasileiro desde tempos imemoriais. 
 
 
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Sua resposta está correta. 
A questão está alinhada com o objetivo de identificar e utilizar técnicas para 
escrita de textos dissertativos, expositivos e argumentativos. 
 
 
A resposta correta é: 
 
Garcia defende que houve uma combinação entre o vídeo, o digital e o cinema 
em película. 
Questão 7 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Retirado de ENEM 2010 
O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava 
fazer uma forte marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor 
Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de 
bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área 
alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua área. 
No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Apóscruzamento da 
direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da 
área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. 
Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da 
rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. 
Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado). 
O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, 
realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que 
 
 
a. 
por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do 
Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio. 
 
 
b. 
enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções 
possíveis para serem aplicadas no jogo. 
 
 
c. 
após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter 
rebatido a bola de cabeça. 
 
 
d. 
mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter 
dificuldade não é algo naturalmente esperado. 
 
 
e. 
no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no 
jogo em ordem cronológica de ocorrência. 
 
 
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Sua resposta está correta. 
A questão está alinhada com o objetivo de conceituar coesão e coerência, 
reconhecer a importância de ambas no texto, compreender e garantir a coesão 
referencial e sequencial, bem como a coerência no texto. 
 
 
A resposta correta é: 
 
mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter 
dificuldade não é algo naturalmente esperado. 
Questão 8 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Sobre a escrita de um texto acadêmico, analise as afirmativas abaixo: 
I. A Introdução deve conter uma fundamentação teórica, embasada 
em evidências científicas e falas de autoridades sobre o tema. É preciso 
apontar as vinculações teóricas, os autores e referências bibliográficas 
escolhidas, apresentando os principais conceitos das obras que constarão no 
trabalho. 
II. A Introdução deve ter certo aprofundamento teórico, balizando 
um conhecimento sobre as referências bibliográficas mais gerais do trabalho. 
A argumentação deve ser consistente, exige pesquisa, domínio do tema e da 
estrutura formal de um texto acadêmico. 
III. A Introdução pode ser desenvolvida por exemplificação, com 
dados estatísticos e informações publicadas na imprensa; por definição, 
conceituando um fato e demonstrando conhecimento sobre o tema; ou 
trazendo citações. Argumentos baseados em convicções, crenças religiosas e 
opiniões pessoais também são válidos. 
Estão corretas: 
 
 
a. 
I e II 
 
 
b. 
I, II e III 
 
 
c. 
Apenas I 
 
 
d. 
Apenas III 
 
 
e. 
Apenas II 
 
 
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Sua resposta está correta. 
“[Introdução] O que deve conter: fundamentação teórica e apresentação dos 
autores e obras escolhidas (tanto as bibliográficas quanto as videográficas). No 
caso das referências bibliográficas, neste item os alunos devem apontar suas 
vinculações teóricas e menção dos principais conceitos das obras que 
constarão no projeto. Para os alunos que farão TCC este item é importante, 
uma vez que aqui vocês deverão apontar conhecimento sobre suas referências 
teóricas mais gerais. Este, portanto, deve ser um item com um relativo trabalho 
de aprofundamento teórico”. (Trecho do documento “Guia de escrita 
acadêmica para o Projeto de TCC”. Autor: professor Bruno Casalotti; coautora: 
professora Isabella Goulart) 
 
 
A resposta correta é: 
 
I e II 
Questão 9 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Adaptado de VESTIBULAR UERJ 2017 
Pietro Brun, meu tetravô paterno, embarcou em um navio no final do século 
19, como tantos italianos pobres, em busca de uma utopia que atendia pelo 
nome de América. Pietro queria terra, sim. Mas o que o movia era um território 
de outra ordem. Ele queria salvar seu nome, encarnado na figura de meu 
bisavô, Antônio. Pietro fora obrigado a servir o exército como soldado por anos 
demais (...). Havia chegado a hora de Antônio se alistar, e o pai decidiu que não 
perderia seu filho. Fugiu com ele e com a filha Luigia para o sul do Brasil. Como 
desertava, meu bisavô Antônio foi levado em um bote até o navio que já se 
afastava do porto de Gênova. Embarcou como clandestino. 
Ao desembarcar no Brasil, em 10 de fevereiro de 1883, Pietro declarou o nome 
completo. O funcionário do Império, como aconteceu tantas e tantas vezes, 
registrou-o conforme ouviu. Tornando-o, no mundo novo, Brum – com “m”. 
Meu pai, Argemiro, filho de José, neto de Antônio e bisneto de Pietro, tomou 
para si a missão de resgatar essa história e documentá-la. No início dos anos 
1990 cogitamos reivindicar a cidadania italiana. Possuímos todos os 
documentos, organizados numa pasta. Mas entre nós existe essa diferença na 
letra. Antes de ingressar com a documentação, seria preciso corrigir o erro do 
burocrata do governo imperial que substituiu um “n” por um “m”. Um segundo 
ele deve ter demorado para nos transformar, e com certeza morreu sem 
saber. E, se soubesse, não teria se importado, porque era apenas o nome de 
mais um imigrante a bater nas costas do Brasil despertencido de tudo. Cabia a 
mim levaressa empreitada adiante. 
Há uma autonomia na forma como damos carne ao nosso nome com a vida 
que construímos – e não com a que herdamos. (...) Eu escolho a memória. A 
desmemória assombra porque não a nomeamos, respira em nossos porões 
como monstros sem palavras. A memória, não. É uma escolha do que 
esquecer e do que lembrar – e uma oportunidade de ressignificar o passado 
para ganhar um futuro. Pela memória nos colocamos não só em movimento, 
mas nos tornamos o próprio movimento. Gesto humano, para sempre 
incompleto. 
Ao fugir para o Brasil, metade dos Brun ganhou uma perna a mais. O “n” virou 
“m”. Mas essa perna a mais era um membro fantasma, um ganho que revelava 
uma perda. (...) 
Quando Pietro Brun atravessou o mar deixando mortos e vivos na margem 
que se distanciou, ele não poderia ser o mesmo ao alcançar o outro lado. Ele 
tinha de ser outro, assim como nós, que resultamos dessa aventura 
desesperada. Era imperativo que ele fosse Pietro Brum – e depois até Pedro 
Brum. 
ELIANE BRUM 
Meus desacontecimentos: a história da minha vida com as palavras. São Paulo: 
LeYa, 2014. 
 
A partir da narrativa de um episódio familiar, a autora elabora reflexões que 
vão além desse contexto pessoal, generalizando-o. Essa generalização pode 
ser observada no emprego da primeira pessoa do plural no seguinte trecho: 
 
 
a. 
Ele tinha de ser outro, assim como nós. 
 
 
b. 
Mas entre nós existe essa diferença na letra. 
 
 
c. 
Pela memória nos colocamos não só em movimento. 
 
 
d. 
Cabia a mim levar essa empreitada adiante. 
 
 
e. 
Um segundo ele deve ter demorado para nos transformar. 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
A questão está alinhada com o objetivo de utilizar técnicas para escrita de 
textos. Embora o correto em textos dissertativos seja a impessoalidade na 
linguagem e um discurso mais objetivo, o gênero do texto de Brum está 
adequado à subjetividade apresentada aqui na linguagem. 
 
 
A resposta correta é: 
 
Pela memória nos colocamos não só em movimento. 
Questão 10 
Correto 
Atingiu 1,0 de 1,0 
Marcar questão 
Texto da questão 
Adaptado de VESTIBULAR UERJ 2012 
A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. 
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de 
ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços 
mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta 
para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua 
ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, 
discursos, ensaios ou telefonemas. 
Como se ela restituísse, através de um uso específico da língua, a integridade 
entre nome e coisa − que o tempo e as culturas do homem civilizado trataram 
de separar no decorrer da história. 
A manifestação do que chamamos de poesia hoje nos sugere mínimos 
flashbacks de uma possível infância da linguagem, antes que a representação 
rompesse seu cordão umbilical, gerando essas duas metades − significante e 
significado. 
Houve esse tempo? Quando não havia poesia porque a poesia estava em tudo 
o que se dizia? 
Quando o nome da coisa era algo que fazia parte dela, assim como sua cor, 
seu tamanho, seu peso? Quando os laços entre os sentidos ainda não se 
haviam desfeito, então música, poesia, pensamento, dança, imagem, cheiro, 
sabor, consistência se conjugavam em experiências integrais, associadas a 
utilidades práticas, mágicas, curativas, religiosas, sexuais, guerreiras? 
Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, projetado sobre um 
passado pré-babélico, tribal, primitivo. Ao mesmo tempo, cada novo poema do 
futuro que o presente alcança cria, com sua ocorrência, um pouco desse 
passado. 
Lembro-me de ter lido, certa vez, um comentário de Décio Pignatari, em que 
ele chamava a atenção para o fato de, tanto em chinês como em tupi, não 
existir o verbo ser, enquanto verbo de ligação. Assim, o ser das coisas ditas se 
manifestaria nelas próprias (substantivos), não numa partícula verbal externa a 
elas, o que faria delas línguas poéticas por natureza, mais propensas à 
composição analógica. 
Mais perto do senso comum, podemos atentar para como colocam os índios 
americanos falando, na maioria dos filmes de cowboy − eles dizem “maçã 
vermelha”, “água boa”, “cavalo veloz”; em vez de “a maçã é vermelha”, “essa 
água é boa”, “aquele cavalo é veloz”. Essa forma mais sintética, telegráfica, 
aproxima os nomes da própria existência − como se a fala não estivesse se 
referindo àquelas coisas, e sim apresentando-as (ao mesmo tempo em que se 
apresenta). 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa 
relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem 
poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece 
uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo. 
(...) 
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se 
desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, 
ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis − 
os poemas − contaminando o deserto da referencialidade. 
 
ARNALDO ANTUNES www.arnaldoantunes.com.br 
Na coesão textual, ocorre o que se chama catáfora quando um termo se refere 
a algo que ainda vai ser enunciado na frase. Um exemplo em que o termo 
destacado constrói uma catáfora é 
 
 
a. 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam 
 
 
b. 
Como se ela restituísse, 
 
 
c. 
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. 
 
 
d. 
Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, 
 
 
e. 
não numa partícula verbal externa a elas, 
 
 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
A catáfora é um exemplo de coesão referencial que ocorre quando se faz 
referência a um termo subsequente. 
 
 
A resposta correta é: 
 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam

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