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ATIVIDADE 03 - OBRA DE TERRA E CONTENÇÃO

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Nas intervenções em taludes instáveis ou potencialmente instáveis, os 
engenheiros muitas vezes se deparam com o dilema de que tipo de 
estrutura escolher para garantir a estabilidade de um talude natural ou 
artificial. Em primeiro lugar, devemos ter um conhecimento completo do 
local em estudo, ou seja, devemos fazer: 
1. Investigação geotécnica abrangente: 
Investigar as propriedades geomecânicas e o comportamento esperado do 
preenchimento e da fundação como um todo. O material deve ser avaliado, 
uma vez que esses materiais são as principais fontes de carga e suporte, 
ao mesmo tempo, para qualquer sistema de retenção de terra. A avaliação 
do solo é normalmente feita por meio de investigação geotécnica do 
subsolo e avaliação da fonte por meio de testes de laboratório ou testes in 
situ. 
2. Avaliação da situação particular: 
• terraplenagem com avaliação de como o projeto será executado, se 
em corte ou aterro; 
• tamanho da área afetada; 
• altura média; 
• condições de fundação, 
• disponibilidade e custo do material de preenchimento selecionado, 
se aplicável; 
• requisitos estéticos. 
GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo: Oficina 
de Textos, 2016. 
Dentro do contexto das obras de terras e estudos das contenções, 
relacione os principais tipos de contenções convencionais e especiais que 
podem ser utilizadas objetivando obter-se a resposta técnica desejada. 
RESPOSTA: 
Obras de contenção são estruturas cujo objetivo é conter maciços de solo, água ou até 
mesmo rejeitos. Elas são dimensionadas para suportar pressões laterais e 
sobrecargas, evitando a ruptura dos maciços pelo seu próprio peso ou por 
carregamentos externos. O objetivo da etapa de contenções em uma obra é brecar as 
alterações provocadas pelas interferências. Abaixo seguem os principais tipos de 
contenções convencionais e especiais: 
1) Solo Grampeado: É uma técnica de reforço de solos em que se empregam 
inclusões semirrígidas no solo. É uma técnica bastante prática e 
comprovadamente eficiente para a estabilização de taludes de escavações 
através do reforço do solo “in situ”. Consiste em um reforço obtido através da 
inclusão de elementos resistentes à flexão composta, denominados grampos. 
Os grampos são instalados suborizontalmente, de forma a introduzir esforços 
resistentes de tração e cisalhamento. Os principais cuidados na execução do 
solo grampeado estão relacionados ao sistema de drenagem interna e externa: 
esse processo deve ser feito com antecedência para, em caso de chuvas, não 
ocorrer o desmoronamento do solo. 
 
2) Terra armada: Os muros em Terra Armada, também conhecida como solo 
armado ou reforçado, são estruturas de contenção flexíveis, do tipo gravidade, 
que associam aterro selecionado e compactado a elementos lineares de 
reforço que serão submetidos à tração e a elementos modulares pré-fabricados 
de revestimento. São normalmente usados em obras rodoviárias, ferroviárias, 
industriais e em outras aplicações de engenharia civil. Esse método consiste 
em aumentar a capacidade do solo para resistir à tração interna, através da 
colocação de elementos de amarração que fazem a distribuição destes 
esforços, através do atrito da área maior do solo fazendo que o conjunto haja 
como corpo sólido. Também resistem à esforços de cargas excepcionais. 
 
3) Muro de Arrimo por gravidade: É a solução estrutural mais antiga e por ser 
relativamente barato e não exigir mão de obra especializada é mais comum. É 
executado junto a um talude (inclusive de aterro), e depois o vazio entre o muro 
e o talude é preenchido com solo, estabelecendo uma continuidade entre 
ambos. Os muros por gravidade resistem ao empuxo do terreno por efeito do 
seu peso próprio, que faz com que surja uma força de atrito na sua interface 
com o solo, que evita o deslizamento e impede o seu desmoronamento. Devem 
ser, portanto, pesados e de grandes dimensões. 
 
4) Muro de Arrimo por flexão: Agem como os muros convencionais, tendo a 
mesma proporção entre base e altura. Geralmente são aplicados em aterros ou 
reaterro, pois necessitam de peso extra. O muro de flexão conta com uma laje 
de fundo e outra vertical. São estruturas mais esbeltas com seção transversal 
em forma de “L” que resistem aos empuxos por flexão. A laje da base 
apresenta, em geral, largura entre 50 e 70% da altura do muro. São 
usualmente executados em concreto armado, com ou sem contrafortes. Se 
necessário podem empregar vigas de enrijecimento, no caso de maiores 
alturas. Também podem ser ancorados na base com tirantes ou chumbadores. 
 
5) Gabiões: O muro de gabiões funciona da mesma maneira que o muro de 
arrimo. São constituídos por gaiolas metálicas preenchidas com pedras 
britadas arrumadas manualmente e construídas com fios de aço galvanizado 
em malha hexagonal com dupla torção, isso garante que a estrutura seja 
drenável. São executados com pedra de mão. 
 
6) Cortina Atirantada: É um dos métodos mais modernos de contenção. Vale-se 
de tirantes protendidos e chumbadores para dar sustentação ao terreno. Pode 
ser de caráter provisório ou definitivo. Recomendada para cortes em terrenos 
com grande carga a ser contida ou solo que apresenta resistência a sua 
estabilidade. Pode ser executada de concreto armado, projetado, parede 
diafragma ou perfis metálicos cravados. 
 
7) Crib-Walls: Esse método surgiu para melhorar o uso de concreto e aço, 
barateando o processo. São estruturas formadas por módulos que se encaixam 
e se sobrepõem, em forma de “fogueiras” justapostas e interligadas 
longitudinalmente, cujo espaço interno é preenchido com material granular 
http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/
http://materioteca.paginas.ufsc.br/aco/
http://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/contencoes/
http://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/contencoes-provisorias/
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graúdo resistente. Podem ser de elementos pré-moldados de concreto, 
Madeira ou Aço. 
 
8) Aterro Reforçado: São incorporados no solo materiais que possuam elevada 
resistência a tração, visando aumentar os parâmetros de resistência do maciço 
e restringir as deformações desenvolvidas devido a solicitações de peso 
próprio do aterro e/ou oriundas da aplicação de carregamento externo. Ele 
pode ser reforçado com geotêxtil ou geogrelha. 
 
9) Retaludamento: Solução não estrutural e portanto, simples e de baixo custo. 
Aplicável para qualquer tipo de rocha ou solo e adaptável a todas as situações 
de esforços, sendo utilizado em larga escala para contenção de taludes que 
correm risco de deslizamento. É um processo de terraplanagem através do 
qual se alteram, por cortes ou aterros, os taludes originalmente existentes em 
um determinado local para se conseguir uma estabilização do mesmo. O 
retaludamento é muito usado devido a sua simplicidade e eficácia. É associada 
a obras de controle de drenagem e proteção superficial, de modo a reduzir a 
infiltração de água no terreno e disciplinar seu escoamento, inibindo os 
processos erosivos. 
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