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GABRIELA DE OLIVEIRA BARBAROTTI 
PRISCILA MEIRELLES ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2023 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mudanças de comportamento alimentar em adolescentes praticantes de exercício 
físico 
 
 
GABRIELA DE OLIVEIRA BARBAROTTI 
PRISCILA MEIRELLES ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso do curso 
de Nutrição apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP. Sob a orientação da 
Professora Drª Luciana S. N. Faria. 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2023 
Mudanças de comportamento alimentar em adolescentes praticantes de exercício 
físico 
 
 
Mudanças de comportamento alimentar em 
adolescentes praticantes de exercício físico 
 
Changes in Dietary Behavior in Adolescent Exercise 
Participants 
 
 
Luciana S.N. Faria1; Juliana Poletto2 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso do curso 
de Nutrição apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP. Orientador: Profª Drª 
Luciana S. N. Faria². 
 
 
 
 
 
Aprovado em: de de . 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
__________________________________________/___/___ 
 
Prof. (a) _________________________________________ 
Universidade Paulista - UNIP 
 
__________________________________________/___/___ 
 
Prof. (a) _________________________________________ 
Universidade Paulista - UNIP 
 
_________________________________________/___/___ 
 
Prof. (a) _________________________________________ 
Universidade Paulista - UNIP 
 
 
 
 
1 Autora, Graduanda do Curso de Nutrição da Universidade Paulista Unip, Jundiaí-SP, Brasil. 
2 Autora, Graduanda do Curso de Nutrição da Universidade Paulista Unip, Jundiaí-SP, Brasil. 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Este artigo acadêmico aborda as mudanças no comportamento alimentar de 
adolescentes praticantes de exercício físico. A adolescência é uma fase de transição 
marcada por diversas mudanças físicas e psicossociais, e o comportamento alimentar 
nesse período é influenciado por diversos fatores, como pressão social, insatisfação 
com o corpo e influências do ambiente esportivo. A prática regular de exercícios na 
adolescência tem benefícios para a saúde física e mental, mas também pode 
aumentar o risco de transtornos alimentares devido à busca pelo corpo ideal. O estudo 
visa identificar a associação entre a prática esportiva de alto rendimento e transtornos 
alimentares. Como resultados, observamos a importância de incentivar práticas 
saudáveis não apenas em termos de atividade física, mas também em relação às 
escolhas alimentares. Reconhecer que cada adolescente é único, e as abordagens 
para melhorar a qualidade da dieta devem ser adaptadas a suas necessidades 
individuais, e que para isso, os profissionais de saúde, como nutricionistas e 
educadores físicos, podem desenvolver intervenções mais eficazes, promovendo 
hábitos alimentares saudáveis que perduram ao longo da vida, contribuindo para a 
saúde geral e o bem-estar dessa fase crucial do desenvolvimento. 
 
 
Palavras-chave: Adolescente. Comportamento Alimentar. Exercício Físico. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This academic article addresses changes in the dietary behavior of adolescent 
individuals engaged in physical exercise. Adolescence is a transitional phase marked 
by various physical and psychosocial changes, and dietary behavior during this period 
is influenced by various factors such as social pressure, body dissatisfaction, and 
influences from the sports environment. Regular exercise practice during adolescence 
has benefits for physical and mental health but can also increase the risk of eating 
disorders due to the pursuit of the ideal body. The study aims to identify the association 
between high-performance sports participation and eating disorders. As a result, we 
observed the importance of encouraging healthy practices not only in terms of physical 
activity, but also in relation to food choices. Recognize that each adolescent is unique, 
and approaches to improving diet quality must be adapted to their individual needs, 
and that to this end, health professionals, such as nutritionists and physical educators, 
can develop more effective interventions, promoting healthy habits that They last 
throughout life, contributing to general health and well-being at this crucial stage of 
development. 
 
Keywords: Adolescent. Dietary Behavior. Physical Exercise. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A adolescência é uma fase de transição caracterizada por diversas mudanças 
físicas e psicossociais. Durante esse período, os adolescentes passam por 
transformações biológicas significativas, incluindo o desenvolvimento sexual, o 
crescimento acelerado e a maturação do sistema esquelético. O comportamento 
alimentar na adolescência é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo a 
pressão social, a mídia, a disponibilidade de alimentos e o ambiente familiar. Durante 
essa fase de transição, os adolescentes estão em busca de independência e 
autonomia, o que pode levar a mudanças significativas em seus padrões alimentares1. 
A preocupação com a composição corporal e a insatisfação corporal são 
questões comuns entre os adolescentes. Durante esse período, a aparência física 
assume um papel importante na formação da identidade e na aceitação social. 
Estudos têm demonstrado que adolescentes que apresentam insatisfação com o 
próprio corpo estão mais propensos a desenvolver comportamentos alimentares 
inadequados, como restrição calórica e compulsão alimentar2. A insatisfação com a 
imagem corporal também é um dos principais comportamentos de risco para 
transtornos alimentares em adolescentes atletas de modalidades esportivas estéticas, 
e tais comportamentos são considerados como precursores de transtornos do 
comportamento alimentar, estando associada a uma maior prevalência de transtornos 
alimentares, como anorexia nervosa e bulimia nervosa3. 
O estilo de vida sedentário e a falta de atividade física são preocupações 
crescentes na adolescência. A crescente popularidade de dispositivos eletrônicos e o 
aumento do tempo gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar 
videogames, têm contribuído para o aumento da prevalência de obesidade e outros 
problemas de saúde entre os adolescentes4. 
Por outro lado, a prática regular de exercícios físicos na adolescência tem sido 
associada a uma melhor saúde física e mental, incluindo o controle do peso corporal, 
a melhora da composição corporal e o bem-estar psicológico5. 
Evidências científicas apontam que o ambiente esportivo possui fatores 
específicos que podem aumentar o risco de desenvolvimento de transtornos 
alimentares. A busca pelo corpo ideal e perda de peso, devido ao incentivo e a pressão 
de treinadores e pais no anseio de obter melhores resultados fazem parte dos 
principais fatores2. 
Portanto, o estudo do tema relacionado aos transtornos alimentares, 
comportamentos de risco e imagem corporal dos atletas é de extrema relevância 
devido às consequências físicas e psicológicas desses transtornos, assim como a 
prevalência significativa desses problemas na população esportiva. A compreensão 
dos fatores que contribuem para o desenvolvimento dos transtornos alimentares nos 
atletas é fundamental para a implementação de estratégias preventivas eficazes, a 
identificação precoce dos sinais de alerta e a intervenção adequada. Além disso, o 
aprimoramento dos conhecimentos nessa área pode ajudar a promover a saúde 
mental e física dos atletas, garantindo que eles possam alcançar seu máximo 
desempenho esportivo de maneira saudável e equilibrada. 
Assim, têm-se por objetivo geral, descrever as mudanças no comportamento 
alimentar de adolescentes fazendo correlação com a prática de atividade física. 
 
2 REVISÃO LITERÁRIA 
 
Foi realizada uma revisão integrativa sobre Comportamento Alimentar de 
atletas adolescentes, de artigos científicosdo período entre 2001 a 2023, na 
base de dados LILACS – Literatura Latino – americana e do Caribe em 
Ciências da Saúde, Scielo – Scientific Eletronic Library OnLine e PMC – 
PubMed Central. Para realização da pesquisa serão utilizados para a busca 
na literatura os seguintes descritores: “Comportamento Alimentar de atletas 
e adolescentes”, “Distúrbio de imagem Corporal”, “Transtornos de 
Alimentação”. Ao realizarmos a pesquisa avançada, obteve-se no total: 30 
artigos pesquisados. Quando utilizado os critérios de exclusão: artigos fora 
do período selecionado, artigos fora das palavras-chave do tema e artigos 
pagos, obtivemos como resultado 25 artigos excluídos. 
Para os critérios de inclusão: relação direta com o tema, artigos gratuítos, 
artigos citados por outros artigos sobre o tema, obtivemos como resultados 
05 artigos selecionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigos selecionados = 05 
Critérios de inclusão: relação 
direta com o tema, artigos 
gratuitos, artigos citados por 
outros artigos sobre o tema 
A
n
á
li
se
 
O trabalho sintetizou a análise dos artigos para criando uma explicação mais 
abrangente da realidade específica, o que contribuiu para um melhor 
conhecimento do assunto. 
Id
e
n
ti
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ca
çã
o
 
No presente trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos 
científicos do período entre 2001 a 2023 na base de dados LILACS - 
Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scielo – 
Scientific Eletronic Library OnLine e PMC PubMed Central 
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e
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 Para a realização da pesquisa foram utilizados para 
a busca na literatura os seguintes descritores 
“Comportamento Alimentar de Atletas e 
Adolescentes”, “Distúrbio de Imagem Corporal”, 
“Transtornos de Alimentação”. 
Artigos pesquisados = 30 
C
ri
té
ri
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s Critérios de exclusão: artigos fora do período 
selecionado, artigos fora das palavras-chave 
do tema, artigos pagos. 
Artigos excluídos = 25 
 
Tabela 1- Principais achados bibliográficos 
 
Referência Achados Bibliográficos 
Neumark-Sztainer 
et al. (2011) 
- A adolescência é uma fase crítica para distúrbios alimentares. - 
Fatores como pressão social e insatisfação corporal influenciam o 
comportamento alimentar. - Cerca de metade dos adolescentes relatou 
fazer dieta, principalmente motivados pela insatisfação com o peso. 
Ricciardelli & 
McCabe (2001) 
- A autoestima e o afeto negativo moderam as influências 
socioculturais na insatisfação corporal. - Estratégias para diminuir o 
peso e aumentar a musculatura são influenciadas por fatores 
psicológicos. 
Stice et al. (2011) 
- Múltiplos caminhos de risco para o início de distúrbios alimentares. - 
Evidências de um estudo prospectivo de 8 anos sobre fatores de risco 
para o desenvolvimento de distúrbios alimentares. 
Sisson et al. (2009) 
- O estilo de vida sedentário contribui para problemas de saúde, 
incluindo obesidade. - Correlação entre o tempo gasto em atividades 
sedentárias e excesso de peso em crianças. 
Gutin et al. (2005) 
- A prática regular de exercícios físicos na adolescência está associada 
a melhor saúde física e mental. - Relação positiva entre atividade física 
e controle do peso corporal, composição corporal e bem-estar 
psicológico. 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2023. 
 
 
 
Com base no estudo proposto: 
Identificamos a associação entre a prática esportiva de alto rendimento, 
especialmente em esportes estéticos, e o aumento do risco de desenvolvimento de 
transtornos alimentares nos atletas. Isso pode ser evidenciado por meio de análises 
estatísticas que demonstram uma correlação significativa entre a intensidade do 
treinamento esportivo, a pressão estética e a ocorrência de transtornos alimentares¹. 
 
Observação de diferenças significativas na prevalência e nos sintomas de 
transtornos alimentares entre atletas altamente competitivos e atletas de níveis 
competitivos mais baixos, bem como em comparação com pessoas não envolvidas 
em atividades esportivas. Isso poderia ser verificado por meio de questionários e 
instrumentos de avaliação padronizados que avaliam os sintomas de transtornos 
alimentares e a insatisfação com a imagem corporal e a compreensão aprofundada 
dos fatores de risco e proteção associados aos transtornos alimentares em atletas. 
Isso envolveria a identificação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais 
que desempenham um papel na ocorrência dos transtornos alimentares devido às 
alterações no comportamento alimentar e na percepção da imagem corporal, 
permitindo uma melhor compreensão da complexidade dessas condições². 
 
2.1 INFLUÊNCIA DAS MÍDIAS SOCIAIS EM TRANSTORNOS ALIMENTARES EM 
ADOLESCENTES: CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO 
 
As mídias sociais podem influenciar transtornos alimentares e comportamento 
alimentar em adolescentes 
São uma parte integrante da vida de muitos adolescentes, que passam horas 
diárias interagindo com elas. Essas plataformas podem ser uma fonte de informações 
e apoio, mas também podem ser um fator de risco para o desenvolvimento de 
transtornos alimentares e comportamentos alimentares inadequados4. 
Estudos demonstram que adolescentes que usam as mídias sociais com mais 
frequência estão mais propensos a apresentar insatisfação corporal e 
comportamentos alimentares inadequados, como restrição calórica, compulsão 
alimentar e vômitos autoinduzidos. Essa associação pode ser explicada por diversos 
fatores, incluindo: 
A exposição a imagens idealizadas de corpos magros e musculosos, que 
podem levar à insatisfação corporal; A comparação social, que pode levar os 
adolescentes a se sentirem mal consigo mesmos em comparação com outros; A 
pressão para atingir padrões de beleza inalcançáveis, que pode levar a 
comportamentos alimentares inadequados na tentativa de alcançar esses padrões6. 
 
Os adolescentes que passam muito tempo nas mídias sociais estão mais 
propensos a se compararem com outros, o que pode levar a sentimentos de 
inadequação e insatisfação corporal². 
As mídias sociais também podem influenciar o comportamento alimentar de 
adolescentes através da pressão para atingir padrões de beleza inalcançáveis. 
Finalmente, os adolescentes expostos a mensagens que promovem a 
magreza ou a musculosidade excessiva podem se sentir pressionados a atingir esses 
padrões, o que pode levar a comportamentos alimentares inadequados4,6,8. 
É importante que os pais e responsáveis estejam cientes dos riscos que as 
mídias sociais podem representar para a saúde mental e física dos adolescentes. 
Algumas medidas que podem ser tomadas para proteger os adolescentes de 
transtornos alimentares incluem: 
conversar com os adolescentes sobre os riscos das mídias sociais e os 
potenciais impactos negativos na imagem corporal e no comportamento alimentar; 
monitorar o uso das mídias sociais pelos adolescentes; encorajar os adolescentes a 
consumir conteúdo positivo e inspirador nas mídias sociais; promover uma cultura de 
aceitação e inclusão, que valorize a diversidade de corpos. 
A conscientização sobre os riscos das mídias sociais e a adoção de medidas 
preventivas são fundamentais para proteger os adolescentes de transtornos 
alimentares¹. 
A prática de treinamento resistido é uma atividade física que oferece 
benefícios significativos, incluindo o aumento da massa muscular e melhorias na força 
e resistência, reduzindo o risco de doenças crônicas. Estudos indicam que 
adolescentes atletas que se envolvem nesse tipo de treinamento podem apresentar 
mudanças no consumo alimentar, com ênfase em proteínas e gorduras, em detrimento 
dos carboidratos7. Essa modificação, associada a uma orientação adequada, pode 
contribuir positivamente para o desenvolvimento muscular e a saúde geral dos 
adolescentes5. No entanto, é primordial que recebam a supervisão de profissionais de 
saúde para garantir uma nutrição adequada e sustentável. Neste contexto, 
profissionaisde saúde, incluindo nutricionistas, educadores físicos, psicólogos e 
médicos, desempenham um papel crucial na promoção de um estilo de vida saudável 
durante a adolescência. A colaboração interdisciplinar e uma abordagem holística são 
 
fundamentais para identificar os desafios enfrentados pelos adolescentes em relação 
à alimentação, composição corporal, insatisfação corporal e exercício físico, e para 
fornecer intervenções adequadas e personalizadas7. 
 
 
2.2 . TREINAMENTO RESISTIDO EM ADOLESCENTES: IMPACTOS NA SAÚDE, 
COMPORTAMENTO ALIMENTAR E IMAGEM CORPORAL 
 
A prática de treinamento resistido destaca-se como uma valiosa atividade 
física para promover o fortalecimento muscular em adolescentes, independentemente 
da faixa etária. Inúmeros estudos corroboram os benefícios associados a essa prática, 
tais como o aumento da massa muscular, melhora da força, potência e resistência, 
além da redução do risco de doenças crônicas, incluindo diabetes, doenças cardíacas 
e osteoporose. Esses resultados ressaltam a importância do treinamento resistido 
como parte integrante de um estilo de vida saudável para os jovens7. 
Além dos ganhos físicos, a prática regular do treinamento resistido também 
demonstrou influenciar o comportamento alimentar em adolescentes, especialmente 
aqueles envolvidos em modalidades esportivas estéticas. Estudos indicam que essa 
prática pode levar a uma inversão na pirâmide alimentar, caracterizada por um 
aumento na ingestão de proteínas e gorduras, enquanto há uma redução na ingestão 
de carboidratos. Esse fenômeno alimentar pode ser explicado pela necessidade de 
suprir as demandas nutricionais específicas para o crescimento muscular e a 
recuperação pós-exercício5,7. 
A relação intrincada entre atividade física, satisfação com a imagem corporal 
e comportamentos alimentares é um campo de pesquisa em expansão. Estudos 
destacam a associação entre esses fatores e a insatisfação com o peso, apontando 
para a potencial influência do treinamento resistido na percepção corporal dos 
adolescentes. A busca incessante por padrões de beleza muitas vezes inatingíveis, 
disseminados por meio das mídias sociais e culturais, pode contribuir para a 
insatisfação, levando a comportamentos alimentares inadequados2,6,8. 
É crucial reconhecer que a inversão na pirâmide alimentar, embora possa ser 
interpretada como positiva no contexto do treinamento resistido, demanda uma 
abordagem cuidadosa. A orientação profissional, especialmente de nutricionistas e 
educadores físicos, é essencial para assegurar que os adolescentes estejam 
 
recebendo os nutrientes necessários para promover sua saúde e desempenho 
esportivo7. 
Diante desse panorama, é imperativo que os adolescentes praticantes de 
treinamento resistido e seus responsáveis estejam conscientes dos potenciais 
impactos na alimentação e imagem corporal. Adotar um diálogo aberto com 
profissionais de saúde, além de seguir recomendações específicas para uma dieta 
equilibrada, contribui para a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a 
manutenção da saúde integral desses jovens7. 
Pesquisas recentes enfatizam a relevância de compreender o consumo 
alimentar de adolescentes, especialmente aqueles do sexo masculino que se 
envolvem em atividades físicas e residem em ambientes como casa ou apartamento. 
Esses adolescentes demonstram os maiores Índices de Qualidade da Dieta (IQD), 
indicando uma relação positiva entre a prática regular de exercícios e a adoção de 
hábitos alimentares mais saudáveis9. 
A constatação de elevados IQDs nesse grupo específico ressalta a 
necessidade de uma abordagem personalizada ao planejar intervenções voltadas 
para a promoção de uma alimentação equilibrada entre os adolescentes. A 
compreensão dos fatores que influenciam positivamente o consumo alimentar pode 
fornecer visões valiosas para desenvolver estratégias eficazes de educação 
nutricional. 
 
 
 
3 DISCUSSÕES 
 
A identificação de padrões alimentares positivos em adolescentes de ambos 
os sexos, residentes em apartamentos e casas ou em barracos e cortiços, em São 
Paulo, realizada pela USP, podemos identificar que os adolescentes do sexo 
masculino, praticantes de exercício físico e residentes em casa ou apartamento, 
tiveram a maior pontuação no IQD (índice de qualidade da dieta). Foi destacada a 
importância de incentivar práticas saudáveis não apenas em termos de atividade 
física, mas também em relação às escolhas alimentares. Com base nestas 
informações é possível adaptar novas estratégias e melhorar a qualidade nutricional 
do grupo menos favorecido, seja por falta de acesso ao alimento ou atividade física 
fora do ambiente escola. Essa abordagem holística para promover um estilo de vida 
saudável pode ter implicações significativas não apenas na fase da adolescência, mas 
também ao longo da vida adulta9. 
Contudo, é importante reconhecer que cada adolescente é único, e as 
abordagens para melhorar a qualidade da dieta devem ser adaptadas a suas 
necessidades individuais2. Profissionais de saúde, como nutricionistas e educadores 
físicos, desempenham um papel fundamental ao oferecer orientação personalizada e 
estratégias práticas para integrar escolhas alimentares saudáveis no contexto das 
atividades físicas regulares5,6,8. 
A prática regular de exercícios físicos tem impacto positivo no comportamento 
alimentar dos adolescentes. O exercício pode aumentar a consciência sobre a 
importância da nutrição adequada para sustentar o desempenho atlético e promover 
hábitos alimentares mais saudáveis2,5. 
Assim, ao compreender as nuances do consumo alimentar em diferentes 
grupos de adolescentes, podemos desenvolver intervenções mais eficazes, 
promovendo hábitos alimentares saudáveis que perduram ao longo da vida, 
contribuindo para a saúde geral e o bem-estar dessa fase crucial do desenvolvimento9. 
. 
 
 
 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Este estudo aborda duas áreas cruciais para a saúde dos adolescentes: a 
influência das mídias sociais nos transtornos alimentares e o impacto do treinamento 
resistido na dieta e imagem corporal. Na análise das mídias sociais, destaca-se a 
importância da conscientização sobre os riscos associados, como insatisfação 
corporal e comportamentos alimentares inadequados. Recomendações incluem 
diálogo aberto, monitoramento do uso das mídias e promoção de conteúdo positivo. 
Quanto ao treinamento resistido, evidencia-se seus benefícios físicos, mas 
também a mudança no consumo alimentar, especialmente em atletas de esportes 
estéticos. A inversão na pirâmide alimentar, com aumento de proteínas e gorduras, 
requer supervisão profissional para garantir adequada nutrição. A pesquisa sobre 
Índices de Qualidade da Dieta em adolescentes do sexo masculino destaca a 
necessidade de abordagens personalizadas. Ressalta que os profissionais, como 
nutricionistas e treinadores físicos, podem desempenhar um papel importante na 
promoção de comportamentos alimentares saudáveis entre os adolescentes 
praticantes de exercícios. 
Em conjunto, essas descobertas fornecem insights para profissionais de 
saúde, educadores e familiares, permitindo estratégias mais eficazes na promoção da 
saúde física e mental dos adolescentes. A implementação de medidas preventivas, 
baseadas nessas informações, pode contribuir para a formação de hábitos saudáveis 
ao longo da vida, impactando positivamente no bem-estar nessa fase de suma 
importância do desenvolvimento. 
Logo, reconhecer os desafios que os adolescentes enfrentam ao tentar 
equilibrar o exercício físico com uma alimentação saudável, pode envolver pressões 
sociais, influências da mídia ou desafios práticos na adoção de hábitos alimentares 
saudáveis. É necessário salientar a importância da educação contínua sobre nutrição 
e comportamento alimentar para adolescentes praticantes de exercícios, sendo assim, 
intervenções educativas podem ajudar a melhorar o entendimentosobre a relação 
entre exercício e a alimentação e fornecer estratégias para superar obstáculos. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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longitudinal study. Journal of the American Dietetic Association; 2011: 111(7), 
1004-1011. 
 
2. Ricciardelli LA, & McCabe, MP. Self-esteem and negative affect as 
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disorders: Evidence of multiple risk pathways from an 8-year prospective 
study. Behaviour Research and Therapy; 2011: 49(10), 622-627. 
 
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5. Gutin B, Yin Z, Humphries MC, Barbeau P. Relations of moderate and vigorous 
physical activity to fitness and fatness in adolescents. The American Journal of 
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Obesidade, Nutrição e Emagrecimento [Internet]. 2022 Nov 21 [cited 2023 Jul 
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8. Bittar C, Soares A. Mídia e comportamento alimentar na adolescência. 
Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional. 2020;28(1):291–308. 
 
9. Pesquisa apura que adolescentes devem mudar hábitos alimentares | 
Governo do Estado de São Paulo [Internet]. Governo do Estado de São Paulo. 
2008 [cited 2023 Nov 25]. Available from: 
https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/pesquisa-apura-que-
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http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/2110

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