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GABRIELA DE OLIVEIRA BARBAROTTI PRISCILA MEIRELLES ALVES JUNDIAÍ 2023 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO Mudanças de comportamento alimentar em adolescentes praticantes de exercício físico GABRIELA DE OLIVEIRA BARBAROTTI PRISCILA MEIRELLES ALVES Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Nutrição apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Sob a orientação da Professora Drª Luciana S. N. Faria. JUNDIAÍ 2023 Mudanças de comportamento alimentar em adolescentes praticantes de exercício físico Mudanças de comportamento alimentar em adolescentes praticantes de exercício físico Changes in Dietary Behavior in Adolescent Exercise Participants Luciana S.N. Faria1; Juliana Poletto2 Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Nutrição apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Profª Drª Luciana S. N. Faria². Aprovado em: de de . BANCA EXAMINADORA __________________________________________/___/___ Prof. (a) _________________________________________ Universidade Paulista - UNIP __________________________________________/___/___ Prof. (a) _________________________________________ Universidade Paulista - UNIP _________________________________________/___/___ Prof. (a) _________________________________________ Universidade Paulista - UNIP 1 Autora, Graduanda do Curso de Nutrição da Universidade Paulista Unip, Jundiaí-SP, Brasil. 2 Autora, Graduanda do Curso de Nutrição da Universidade Paulista Unip, Jundiaí-SP, Brasil. RESUMO Este artigo acadêmico aborda as mudanças no comportamento alimentar de adolescentes praticantes de exercício físico. A adolescência é uma fase de transição marcada por diversas mudanças físicas e psicossociais, e o comportamento alimentar nesse período é influenciado por diversos fatores, como pressão social, insatisfação com o corpo e influências do ambiente esportivo. A prática regular de exercícios na adolescência tem benefícios para a saúde física e mental, mas também pode aumentar o risco de transtornos alimentares devido à busca pelo corpo ideal. O estudo visa identificar a associação entre a prática esportiva de alto rendimento e transtornos alimentares. Como resultados, observamos a importância de incentivar práticas saudáveis não apenas em termos de atividade física, mas também em relação às escolhas alimentares. Reconhecer que cada adolescente é único, e as abordagens para melhorar a qualidade da dieta devem ser adaptadas a suas necessidades individuais, e que para isso, os profissionais de saúde, como nutricionistas e educadores físicos, podem desenvolver intervenções mais eficazes, promovendo hábitos alimentares saudáveis que perduram ao longo da vida, contribuindo para a saúde geral e o bem-estar dessa fase crucial do desenvolvimento. Palavras-chave: Adolescente. Comportamento Alimentar. Exercício Físico. ABSTRACT This academic article addresses changes in the dietary behavior of adolescent individuals engaged in physical exercise. Adolescence is a transitional phase marked by various physical and psychosocial changes, and dietary behavior during this period is influenced by various factors such as social pressure, body dissatisfaction, and influences from the sports environment. Regular exercise practice during adolescence has benefits for physical and mental health but can also increase the risk of eating disorders due to the pursuit of the ideal body. The study aims to identify the association between high-performance sports participation and eating disorders. As a result, we observed the importance of encouraging healthy practices not only in terms of physical activity, but also in relation to food choices. Recognize that each adolescent is unique, and approaches to improving diet quality must be adapted to their individual needs, and that to this end, health professionals, such as nutritionists and physical educators, can develop more effective interventions, promoting healthy habits that They last throughout life, contributing to general health and well-being at this crucial stage of development. Keywords: Adolescent. Dietary Behavior. Physical Exercise. 1 INTRODUÇÃO A adolescência é uma fase de transição caracterizada por diversas mudanças físicas e psicossociais. Durante esse período, os adolescentes passam por transformações biológicas significativas, incluindo o desenvolvimento sexual, o crescimento acelerado e a maturação do sistema esquelético. O comportamento alimentar na adolescência é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo a pressão social, a mídia, a disponibilidade de alimentos e o ambiente familiar. Durante essa fase de transição, os adolescentes estão em busca de independência e autonomia, o que pode levar a mudanças significativas em seus padrões alimentares1. A preocupação com a composição corporal e a insatisfação corporal são questões comuns entre os adolescentes. Durante esse período, a aparência física assume um papel importante na formação da identidade e na aceitação social. Estudos têm demonstrado que adolescentes que apresentam insatisfação com o próprio corpo estão mais propensos a desenvolver comportamentos alimentares inadequados, como restrição calórica e compulsão alimentar2. A insatisfação com a imagem corporal também é um dos principais comportamentos de risco para transtornos alimentares em adolescentes atletas de modalidades esportivas estéticas, e tais comportamentos são considerados como precursores de transtornos do comportamento alimentar, estando associada a uma maior prevalência de transtornos alimentares, como anorexia nervosa e bulimia nervosa3. O estilo de vida sedentário e a falta de atividade física são preocupações crescentes na adolescência. A crescente popularidade de dispositivos eletrônicos e o aumento do tempo gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogames, têm contribuído para o aumento da prevalência de obesidade e outros problemas de saúde entre os adolescentes4. Por outro lado, a prática regular de exercícios físicos na adolescência tem sido associada a uma melhor saúde física e mental, incluindo o controle do peso corporal, a melhora da composição corporal e o bem-estar psicológico5. Evidências científicas apontam que o ambiente esportivo possui fatores específicos que podem aumentar o risco de desenvolvimento de transtornos alimentares. A busca pelo corpo ideal e perda de peso, devido ao incentivo e a pressão de treinadores e pais no anseio de obter melhores resultados fazem parte dos principais fatores2. Portanto, o estudo do tema relacionado aos transtornos alimentares, comportamentos de risco e imagem corporal dos atletas é de extrema relevância devido às consequências físicas e psicológicas desses transtornos, assim como a prevalência significativa desses problemas na população esportiva. A compreensão dos fatores que contribuem para o desenvolvimento dos transtornos alimentares nos atletas é fundamental para a implementação de estratégias preventivas eficazes, a identificação precoce dos sinais de alerta e a intervenção adequada. Além disso, o aprimoramento dos conhecimentos nessa área pode ajudar a promover a saúde mental e física dos atletas, garantindo que eles possam alcançar seu máximo desempenho esportivo de maneira saudável e equilibrada. Assim, têm-se por objetivo geral, descrever as mudanças no comportamento alimentar de adolescentes fazendo correlação com a prática de atividade física. 2 REVISÃO LITERÁRIA Foi realizada uma revisão integrativa sobre Comportamento Alimentar de atletas adolescentes, de artigos científicosdo período entre 2001 a 2023, na base de dados LILACS – Literatura Latino – americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scielo – Scientific Eletronic Library OnLine e PMC – PubMed Central. Para realização da pesquisa serão utilizados para a busca na literatura os seguintes descritores: “Comportamento Alimentar de atletas e adolescentes”, “Distúrbio de imagem Corporal”, “Transtornos de Alimentação”. Ao realizarmos a pesquisa avançada, obteve-se no total: 30 artigos pesquisados. Quando utilizado os critérios de exclusão: artigos fora do período selecionado, artigos fora das palavras-chave do tema e artigos pagos, obtivemos como resultado 25 artigos excluídos. Para os critérios de inclusão: relação direta com o tema, artigos gratuítos, artigos citados por outros artigos sobre o tema, obtivemos como resultados 05 artigos selecionados. Artigos selecionados = 05 Critérios de inclusão: relação direta com o tema, artigos gratuitos, artigos citados por outros artigos sobre o tema A n á li se O trabalho sintetizou a análise dos artigos para criando uma explicação mais abrangente da realidade específica, o que contribuiu para um melhor conhecimento do assunto. Id e n ti fi ca çã o No presente trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos científicos do período entre 2001 a 2023 na base de dados LILACS - Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scielo – Scientific Eletronic Library OnLine e PMC PubMed Central T ri a g e m Para a realização da pesquisa foram utilizados para a busca na literatura os seguintes descritores “Comportamento Alimentar de Atletas e Adolescentes”, “Distúrbio de Imagem Corporal”, “Transtornos de Alimentação”. Artigos pesquisados = 30 C ri té ri o s Critérios de exclusão: artigos fora do período selecionado, artigos fora das palavras-chave do tema, artigos pagos. Artigos excluídos = 25 Tabela 1- Principais achados bibliográficos Referência Achados Bibliográficos Neumark-Sztainer et al. (2011) - A adolescência é uma fase crítica para distúrbios alimentares. - Fatores como pressão social e insatisfação corporal influenciam o comportamento alimentar. - Cerca de metade dos adolescentes relatou fazer dieta, principalmente motivados pela insatisfação com o peso. Ricciardelli & McCabe (2001) - A autoestima e o afeto negativo moderam as influências socioculturais na insatisfação corporal. - Estratégias para diminuir o peso e aumentar a musculatura são influenciadas por fatores psicológicos. Stice et al. (2011) - Múltiplos caminhos de risco para o início de distúrbios alimentares. - Evidências de um estudo prospectivo de 8 anos sobre fatores de risco para o desenvolvimento de distúrbios alimentares. Sisson et al. (2009) - O estilo de vida sedentário contribui para problemas de saúde, incluindo obesidade. - Correlação entre o tempo gasto em atividades sedentárias e excesso de peso em crianças. Gutin et al. (2005) - A prática regular de exercícios físicos na adolescência está associada a melhor saúde física e mental. - Relação positiva entre atividade física e controle do peso corporal, composição corporal e bem-estar psicológico. Fonte: Elaborado pelo autor, 2023. Com base no estudo proposto: Identificamos a associação entre a prática esportiva de alto rendimento, especialmente em esportes estéticos, e o aumento do risco de desenvolvimento de transtornos alimentares nos atletas. Isso pode ser evidenciado por meio de análises estatísticas que demonstram uma correlação significativa entre a intensidade do treinamento esportivo, a pressão estética e a ocorrência de transtornos alimentares¹. Observação de diferenças significativas na prevalência e nos sintomas de transtornos alimentares entre atletas altamente competitivos e atletas de níveis competitivos mais baixos, bem como em comparação com pessoas não envolvidas em atividades esportivas. Isso poderia ser verificado por meio de questionários e instrumentos de avaliação padronizados que avaliam os sintomas de transtornos alimentares e a insatisfação com a imagem corporal e a compreensão aprofundada dos fatores de risco e proteção associados aos transtornos alimentares em atletas. Isso envolveria a identificação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais que desempenham um papel na ocorrência dos transtornos alimentares devido às alterações no comportamento alimentar e na percepção da imagem corporal, permitindo uma melhor compreensão da complexidade dessas condições². 2.1 INFLUÊNCIA DAS MÍDIAS SOCIAIS EM TRANSTORNOS ALIMENTARES EM ADOLESCENTES: CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO As mídias sociais podem influenciar transtornos alimentares e comportamento alimentar em adolescentes São uma parte integrante da vida de muitos adolescentes, que passam horas diárias interagindo com elas. Essas plataformas podem ser uma fonte de informações e apoio, mas também podem ser um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares e comportamentos alimentares inadequados4. Estudos demonstram que adolescentes que usam as mídias sociais com mais frequência estão mais propensos a apresentar insatisfação corporal e comportamentos alimentares inadequados, como restrição calórica, compulsão alimentar e vômitos autoinduzidos. Essa associação pode ser explicada por diversos fatores, incluindo: A exposição a imagens idealizadas de corpos magros e musculosos, que podem levar à insatisfação corporal; A comparação social, que pode levar os adolescentes a se sentirem mal consigo mesmos em comparação com outros; A pressão para atingir padrões de beleza inalcançáveis, que pode levar a comportamentos alimentares inadequados na tentativa de alcançar esses padrões6. Os adolescentes que passam muito tempo nas mídias sociais estão mais propensos a se compararem com outros, o que pode levar a sentimentos de inadequação e insatisfação corporal². As mídias sociais também podem influenciar o comportamento alimentar de adolescentes através da pressão para atingir padrões de beleza inalcançáveis. Finalmente, os adolescentes expostos a mensagens que promovem a magreza ou a musculosidade excessiva podem se sentir pressionados a atingir esses padrões, o que pode levar a comportamentos alimentares inadequados4,6,8. É importante que os pais e responsáveis estejam cientes dos riscos que as mídias sociais podem representar para a saúde mental e física dos adolescentes. Algumas medidas que podem ser tomadas para proteger os adolescentes de transtornos alimentares incluem: conversar com os adolescentes sobre os riscos das mídias sociais e os potenciais impactos negativos na imagem corporal e no comportamento alimentar; monitorar o uso das mídias sociais pelos adolescentes; encorajar os adolescentes a consumir conteúdo positivo e inspirador nas mídias sociais; promover uma cultura de aceitação e inclusão, que valorize a diversidade de corpos. A conscientização sobre os riscos das mídias sociais e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para proteger os adolescentes de transtornos alimentares¹. A prática de treinamento resistido é uma atividade física que oferece benefícios significativos, incluindo o aumento da massa muscular e melhorias na força e resistência, reduzindo o risco de doenças crônicas. Estudos indicam que adolescentes atletas que se envolvem nesse tipo de treinamento podem apresentar mudanças no consumo alimentar, com ênfase em proteínas e gorduras, em detrimento dos carboidratos7. Essa modificação, associada a uma orientação adequada, pode contribuir positivamente para o desenvolvimento muscular e a saúde geral dos adolescentes5. No entanto, é primordial que recebam a supervisão de profissionais de saúde para garantir uma nutrição adequada e sustentável. Neste contexto, profissionaisde saúde, incluindo nutricionistas, educadores físicos, psicólogos e médicos, desempenham um papel crucial na promoção de um estilo de vida saudável durante a adolescência. A colaboração interdisciplinar e uma abordagem holística são fundamentais para identificar os desafios enfrentados pelos adolescentes em relação à alimentação, composição corporal, insatisfação corporal e exercício físico, e para fornecer intervenções adequadas e personalizadas7. 2.2 . TREINAMENTO RESISTIDO EM ADOLESCENTES: IMPACTOS NA SAÚDE, COMPORTAMENTO ALIMENTAR E IMAGEM CORPORAL A prática de treinamento resistido destaca-se como uma valiosa atividade física para promover o fortalecimento muscular em adolescentes, independentemente da faixa etária. Inúmeros estudos corroboram os benefícios associados a essa prática, tais como o aumento da massa muscular, melhora da força, potência e resistência, além da redução do risco de doenças crônicas, incluindo diabetes, doenças cardíacas e osteoporose. Esses resultados ressaltam a importância do treinamento resistido como parte integrante de um estilo de vida saudável para os jovens7. Além dos ganhos físicos, a prática regular do treinamento resistido também demonstrou influenciar o comportamento alimentar em adolescentes, especialmente aqueles envolvidos em modalidades esportivas estéticas. Estudos indicam que essa prática pode levar a uma inversão na pirâmide alimentar, caracterizada por um aumento na ingestão de proteínas e gorduras, enquanto há uma redução na ingestão de carboidratos. Esse fenômeno alimentar pode ser explicado pela necessidade de suprir as demandas nutricionais específicas para o crescimento muscular e a recuperação pós-exercício5,7. A relação intrincada entre atividade física, satisfação com a imagem corporal e comportamentos alimentares é um campo de pesquisa em expansão. Estudos destacam a associação entre esses fatores e a insatisfação com o peso, apontando para a potencial influência do treinamento resistido na percepção corporal dos adolescentes. A busca incessante por padrões de beleza muitas vezes inatingíveis, disseminados por meio das mídias sociais e culturais, pode contribuir para a insatisfação, levando a comportamentos alimentares inadequados2,6,8. É crucial reconhecer que a inversão na pirâmide alimentar, embora possa ser interpretada como positiva no contexto do treinamento resistido, demanda uma abordagem cuidadosa. A orientação profissional, especialmente de nutricionistas e educadores físicos, é essencial para assegurar que os adolescentes estejam recebendo os nutrientes necessários para promover sua saúde e desempenho esportivo7. Diante desse panorama, é imperativo que os adolescentes praticantes de treinamento resistido e seus responsáveis estejam conscientes dos potenciais impactos na alimentação e imagem corporal. Adotar um diálogo aberto com profissionais de saúde, além de seguir recomendações específicas para uma dieta equilibrada, contribui para a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a manutenção da saúde integral desses jovens7. Pesquisas recentes enfatizam a relevância de compreender o consumo alimentar de adolescentes, especialmente aqueles do sexo masculino que se envolvem em atividades físicas e residem em ambientes como casa ou apartamento. Esses adolescentes demonstram os maiores Índices de Qualidade da Dieta (IQD), indicando uma relação positiva entre a prática regular de exercícios e a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis9. A constatação de elevados IQDs nesse grupo específico ressalta a necessidade de uma abordagem personalizada ao planejar intervenções voltadas para a promoção de uma alimentação equilibrada entre os adolescentes. A compreensão dos fatores que influenciam positivamente o consumo alimentar pode fornecer visões valiosas para desenvolver estratégias eficazes de educação nutricional. 3 DISCUSSÕES A identificação de padrões alimentares positivos em adolescentes de ambos os sexos, residentes em apartamentos e casas ou em barracos e cortiços, em São Paulo, realizada pela USP, podemos identificar que os adolescentes do sexo masculino, praticantes de exercício físico e residentes em casa ou apartamento, tiveram a maior pontuação no IQD (índice de qualidade da dieta). Foi destacada a importância de incentivar práticas saudáveis não apenas em termos de atividade física, mas também em relação às escolhas alimentares. Com base nestas informações é possível adaptar novas estratégias e melhorar a qualidade nutricional do grupo menos favorecido, seja por falta de acesso ao alimento ou atividade física fora do ambiente escola. Essa abordagem holística para promover um estilo de vida saudável pode ter implicações significativas não apenas na fase da adolescência, mas também ao longo da vida adulta9. Contudo, é importante reconhecer que cada adolescente é único, e as abordagens para melhorar a qualidade da dieta devem ser adaptadas a suas necessidades individuais2. Profissionais de saúde, como nutricionistas e educadores físicos, desempenham um papel fundamental ao oferecer orientação personalizada e estratégias práticas para integrar escolhas alimentares saudáveis no contexto das atividades físicas regulares5,6,8. A prática regular de exercícios físicos tem impacto positivo no comportamento alimentar dos adolescentes. O exercício pode aumentar a consciência sobre a importância da nutrição adequada para sustentar o desempenho atlético e promover hábitos alimentares mais saudáveis2,5. Assim, ao compreender as nuances do consumo alimentar em diferentes grupos de adolescentes, podemos desenvolver intervenções mais eficazes, promovendo hábitos alimentares saudáveis que perduram ao longo da vida, contribuindo para a saúde geral e o bem-estar dessa fase crucial do desenvolvimento9. . 4 CONCLUSÃO Este estudo aborda duas áreas cruciais para a saúde dos adolescentes: a influência das mídias sociais nos transtornos alimentares e o impacto do treinamento resistido na dieta e imagem corporal. Na análise das mídias sociais, destaca-se a importância da conscientização sobre os riscos associados, como insatisfação corporal e comportamentos alimentares inadequados. Recomendações incluem diálogo aberto, monitoramento do uso das mídias e promoção de conteúdo positivo. Quanto ao treinamento resistido, evidencia-se seus benefícios físicos, mas também a mudança no consumo alimentar, especialmente em atletas de esportes estéticos. A inversão na pirâmide alimentar, com aumento de proteínas e gorduras, requer supervisão profissional para garantir adequada nutrição. A pesquisa sobre Índices de Qualidade da Dieta em adolescentes do sexo masculino destaca a necessidade de abordagens personalizadas. Ressalta que os profissionais, como nutricionistas e treinadores físicos, podem desempenhar um papel importante na promoção de comportamentos alimentares saudáveis entre os adolescentes praticantes de exercícios. Em conjunto, essas descobertas fornecem insights para profissionais de saúde, educadores e familiares, permitindo estratégias mais eficazes na promoção da saúde física e mental dos adolescentes. A implementação de medidas preventivas, baseadas nessas informações, pode contribuir para a formação de hábitos saudáveis ao longo da vida, impactando positivamente no bem-estar nessa fase de suma importância do desenvolvimento. Logo, reconhecer os desafios que os adolescentes enfrentam ao tentar equilibrar o exercício físico com uma alimentação saudável, pode envolver pressões sociais, influências da mídia ou desafios práticos na adoção de hábitos alimentares saudáveis. É necessário salientar a importância da educação contínua sobre nutrição e comportamento alimentar para adolescentes praticantes de exercícios, sendo assim, intervenções educativas podem ajudar a melhorar o entendimentosobre a relação entre exercício e a alimentação e fornecer estratégias para superar obstáculos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Neumark-Sztainer D, Story M, Resnick, MD, Blum, RW, Dieting and disordered eating behaviors from adolescence to young adulthood: Findings from a 10-year longitudinal study. Journal of the American Dietetic Association; 2011: 111(7), 1004-1011. 2. Ricciardelli LA, & McCabe, MP. Self-esteem and negative affect as moderators of sociocultural influences on body dissatisfaction, strategies to decrease weight, and strategies to increase muscles among adolescent boys and girls. Sex Roles; 2001: 44(3-4), 189-207. 3. Stice E, Marti CN, Durant, S.Rohde P. Risk factors for onset of eating disorders: Evidence of multiple risk pathways from an 8-year prospective study. Behaviour Research and Therapy; 2011: 49(10), 622-627. 4. Sisson, SB., Broyles, ST, Baker, BL. Television, reading, and computer time: correlates of school-day leisure-time sedentary behavior and relationship with overweight in children in the US. Journal of Obesity; 2009: Article ID 439-845. 5. Gutin B, Yin Z, Humphries MC, Barbeau P. Relations of moderate and vigorous physical activity to fitness and fatness in adolescents. The American Journal of Clinical Nutrition. 2005 Apr 1;81(4):746–50. 6. Lima M, Coelho B, Luciano TF, Viana VM. Mídias sociais e a mudança no comportamento alimentar de adolescentes. RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento [Internet]. 2022 Nov 21 [cited 2023 Jul 7];16(103):771–89. Available from: http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/2110 7. Document - Gale OneFile: Informe Académico [Internet]. go.gale.com. Available from: https://go.gale.com/ps/i.do?id=GALE%7CA504724224&issn=19819927&it=r&li nkaccess=abs&p=IFME&sid=googleScholar&sw=w&v=2.1&userGroupName= anon%7E7d4f0729&aty=open-web-entry 8. Bittar C, Soares A. Mídia e comportamento alimentar na adolescência. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional. 2020;28(1):291–308. 9. Pesquisa apura que adolescentes devem mudar hábitos alimentares | Governo do Estado de São Paulo [Internet]. Governo do Estado de São Paulo. 2008 [cited 2023 Nov 25]. Available from: https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/pesquisa-apura-que- adolescentes-devem-mudar-habitos-alimentares http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/2110
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