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Fisiologia Reprodução da Bons estudos! Quem somos? Oi oi, tudo bem? Me chamo Samara Moura, atualmente sou graduanda do 10° período do curso de Medicina Veterinária e sou a responsável pela produção dos materiais do Universo da Vet. Os conteúdos não são de minha autoria e sim baseados em materiais e aulas das respectivas disciplinas do curso. Qual nossa missão? O Universo da Vet surgiu da necessidade de simplificar a aprendizagem de conteúdos relacionados à Medicina Veterinária. Através de apostilas e resumos visamos auxiliar e otimizar os estudos de acadêmicos e profissionais da área. O E-book Gratuito Fisiologia da Reprodução traz explicações sobre o sistema reprodutivo feminino, as fases do ciclo estral de fêmeas bovinas, como diferenciá-las e caracterizá-las, além de mostrar as mudanças hormonais e fisiológicas que ocorrem durante este ciclo. Universo da Vet O que você encontrará nesse material? Tudo foi criado com muito cuidado e carinho e desde já agradeço pela confiança em nosso trabalho. @ un iver sodavet @ universoda ve t Universo da Vet © 2023 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do texto desse e-book pode ser copiado ou publicado sem a prévia permissão por escrito do editor. Para solicitações de permissão, escreva para o editor assunto “Atenção: Solicitação de permissões” para universodavet@gmail.com Fisiologia da Reprodução Sistema reprodutivo feminino O ovário é divido em duas partes o córtex e a medula: Medula Córtex Veias Artérias Nervos Vasos linfáticos Fibras musculares lisas Tecido conectivo Tecido predominante Região mais externa (exceto na égua) Folículos Corpos lúteos Composição lubrificantes no estro tamponantes na gestação Ovários - gametas e hormônios Tubas Uterinas -fertilização dos ovócitos Útero - transporte de espermatozoides e implantação do embrião Cérvix - barreira física, produz secreções Vagina - muco durante o estro Genitália externa - vulva e lábios vulvares Ovários Em pares - suas formas e tamanhos variam de acordo com a espécie e com a fase do ciclo estral. Funções: Endócrinas - esteirodogenêse Exócrinas - liberação de óvulos Sistema reprodutivo feminino Anatomia dos ovários de diferentes espécies Formato de amêndoa Formato de feijão ou rim: fossa de ovulação e incisura na borda unida do ovário. Bovinos e Ovinos Equinos Formato de cacho de uvas: folículos salientes e corpos lúteos que obscurecem o tecido ovariano subjacente. Suínos Formato elipsoide, superfície com folículos e corpos lúteos. Cadela e Gata Sistema reprodutivo feminino Tubas uterinas Em pares, são anatomicamente formadas por 4 regiões: as fímbrias, a ampola, o infundíbulo e o istmo. Ampola Infundíbulo Istmo Funções: Recebem e transportam os ovócitos para o útero. Atuam na condução (ascenção) do esperma. Fertilização do ovócito. formato de funil. recebe o ovócito após a ovulação. região mais dilatada. onde normalmente ocorre a fertlização. porção estreita. ligação ao lúmen uterino Ovário útero formato de franjas. em contato com a superfície ovariana. Fímbrias Possuem células ciliadas e não ciliadas em seu epitélio e o ritmo de pulsação dos cílios é afetado pelos níveis de hormônios ovarianos, com atividade máxima na ovulação ou logo após. A pulsação dos cílios ocorre em direção ao útero, a fim de direcionar o óvulo. Sistema reprodutivo feminino Útero Mucosa - endométrio Muscular - miométrio Serosa - perimétrio O útero é composto de dois cornos uterinos (cornuado), um corpo e uma cérvix (colo). Funções: Transporta os espermatozoides do local do ejaculado até o local da fertilização na tuba. Regulação da função do corpo lúteo. Início da implantação. Gestação e parto. A proporção relativa de cada parte, assim como o formato e a disposição dos cornos, varia entre as espécies. Sistema reprodutivo feminino Anatomia do útero de diferentes espécies Nas vacas, o epitélio uterino apresenta diversos carúnculas. Ambas as margens uterinas são unidas à parede pélvica e abdominal pelo ligamento largo O útero da égua possui um corpo amplo e dois cornos divergentes, os quais normalmente se elevam em direção ao teto do abdome acima da massa intestinal Vaca Égua Sistema reprodutivo feminino Anatomia do útero de diferentes espécies O útero da porca compõe-se de um colo longo, um corpo curto e cornos acentuadamente longos, que se assemelham às alças do intestino delgado. Na cadela, o útero se posiciona principalmente dorsal ao intestino delgado. Ele consiste em um colo e um corpo curtos dos quais se projetam dois cornos delgados e longos divergentes que alcançam os ovários no sentido imediatamente caudal aos rins. Porca Cadela Sistema reprodutivo feminino Cérvix Se projeta caudalmente na vagina Órgão fibroso Parede espessa Lúmen constrito Sempre fechada: exceto no cio e parto Muco cervical Cio e ovulação: características biofísicas específicas: cristalização, viscosidade, elasticidade, fluidificação e espessamento. Origem epitelial - macromoléculas de mucina aumento na quantidade, cristalização e pH Menor viscosidade e conteúdo celular Fase luteínica: redução dos espaços da rede de macromoléculas A secreção do muco cervical é estimulada pelos estrógenos ovarianos e inibida pela progesterona. alterações favoráveis inibe penetração espermática Funções Facilita o transporte espermático através do muco cervical p/ o interior do útero. Atua como reservatório de espermatozoides. Impede a passagem de espermatozoides inviáveis. Tampão cervical: muco espesso, turvo e que não se cristaliza, ocluindo o canal cervical. Na gestação forma uma barreira contra o trânsito espermático e bacteriano no útero Sistema reprodutivo feminino Anatomia cervical Égua Vaca Porca Cadela Gata Vagina Colo do útero Dobras na mucosa Alças que se projetam p/ dentro da vagina. Transverso espiralado Saliências fixas - anéis cervicais Anéis em formato de saca-rolha Adapta-se à extremidade torcida em espiral do pênis do macho. Alongada e cônica. O comprimento pode variar de acordo com o estágio do ciclo estral em que se encontra. Sistema reprodutivo feminino Vagina A vagina é a parte cranial do órgão copulatório feminino. Ela se prolonga desde o óstio uterino externo até o óstio externo da uretra e pertence somente ao trato reprodutivo. Funções Respostas psicossexuais e possivelmente transporte espermático. Deposição de sêmen coagulado e transporte de espermatozoides. Distensão durante o acasalamento e o parto. Excreção das secreções cervicais, endometriais e tubárias, serve também de via natural durante o parto. Genitália externa A junção entre a vagina e o vestíbulo é marcada pelo orifício uretral. Vestíbulo: O tegumento dos lábios maiores é ricamente dotado de glândulas sebáceas e tubulares. Os lábios menores têm um tecido conjuntivo esponjoso no centro. Vulva - Lábios Maiores e Lábios Menores: O clitóris, homólogo feminino do pênis, se posiciona na comissura ventral da vulva. Composto de tecido erétil, coberto por um epitélio escamoso e estratificado, sendo bem suprido por terminações nervosas sensitivas. Bem desenvolvido na égua. Clitóris: Sistema reprodutivo feminino Estrutura do sistema reprodutivo da vaca Vulva Vestíbulo Reto Corpo do útero Cornos uterinosOvário Tuba uterina Pelve Vagina Bexiga Cérvix Neurohipófise Lobo posterior da hipófise. Armazena hormônios produzidos p/ hipotálamo até quando forem necessários. Adeno-hipófise Produz e secreta hormônios: GH, ACTH, Prolactina, TSH, FSH e LH. Sofre influência do hipotálamo pelo sistema porta. Hipotálamo Região do 3° ventrículo, do quiasma óptico aos corpos mamilares. Coordena grande parte das funções endócrinas, exercendo ação direta sobre a hipófise e indireta sobre outras glândulas. Eixo hipotálamo-hipófise-gonadal Hipófise Na base do cérebro (sela túrcica). 3: lobos anterior, intermediário e posterior. Secreta hormônios que regulam outras glândulasendócrinas. Gônadas São os órgãos responsáveis pela produção de células germinativas (gametogênese) e a secreção dos hormônios gonadais. Ovário nas fêmeas e testículos nos machos. Hipotálamo Neurotransmissores Hipófise posterior Hipófise anterior Hipófise GnRH FSHLH Estrógeno Progesterona Gônada Re tr oa lim en ta çã o A interação hormonal entre hipotálamo, glândula hipófise anterior e gônadas regulando o sistema reprodutivo. Eixo hipotálamo-hipófise-gonadal Ciclo ovariano na vaca Folículo primordial Folículo primário Folículo secundário Folículo terciário Folículo rompido Folículo de Graaf Corpo hemorrágico Corpo albicans Proestro Estro Metaestro Diestro CL maduro 7 dias após a ovulação. Formação do corpo lúteo Ovulação Ovócito liberado 12 horas após final do cio. 18 a 24 horas Duração de 1 a 2 dias. Durante essa fase, ocorre o desenvolvimento do folículo ovariano e da produção de estrogênio, preparando o sistema reprodutivo para a ovulação. Duração de 18 a 24 horas. Nessa fase, a fêmea está receptiva à monta. Caracteriza-se por comportamentos de alerta, aumento na atividade, vocalização e facilidades de montagem por outros animais. Duração de cerca de 3 dias. Após a ovulação, o folículo rompido se transforma em um corpo lúteo, que secreta progesterona. A progesterona prepara o útero para a possível gestação. Pode durar até 17 dias, caso a fêmea não seja fecundada. Durante o diestro, a concentração de progesterona é alta, mantendo o útero em condições adequadas à gestação. Se não ocorrer a concepção, o corpo lúteo regride, iniciando um novo ciclo com o retorno ao proestro. Proestro Metaestro Estro Diestro Hormônios na reprodução bovina Progesterona (P4) Secretada pelas células luteínicas do corpo lúteo, placenta e glândulas adrenais. Sua secreção é estimulada primariamente pelo LH. Possui funções voltadas para a manutenção da gestação, inibição de contração do miométrio, ação imunossupressora e também é responsável pela expressão de receptores de E2 no ovário. Estrógeno (E2) Secretado por células da granulosa e da teca interna dos folículos e por percursores androgênicos sob a ação sinérgica de FSH e LH. Promove o comportamento sexual e sinais internos e externos de cio: edema de vulva, aceitação de monta, corrimento de muco cristalino, aumento da vascularização e irrigação sanguínea e aumento do tônus uterino. FSH Recrutamento de folículos, Início da formação do antro e fluido folicular Multiplicação das células da granulosa e da teca Formação de receptores para LH Esteroidogênese Produzido pela hipófise anterior, em resposta ao estímulo de GnRH. O FSH é responsável pela primeira fase da onda de crescimento folicular, o recrutamento, que corresponde ao início do crescimento de vários folículos. LH O LH é responsável pelo crescimento final do folículo dominante, pela ovulação e pela formação do corpo lúteo (luteinização). O pico pré-ovulatório do LH ocorre nas primeiras 6 horas após a aceitação da primeira monta, e a ovulação, cerca de 20 horas após o pico de LH. Após a ovulação, o LH promove a luteinização das células do folículo ovariano que liberou o oócito, dando origem ao corpo lúteo que inicia a secreção de progesterona (fase luteínica). GnRH O GnRH atua através de um sistema circulatório especial, chamado sistema porta hipotalâmico-hipofisário, estimulando a adenohipófise a secretar o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo estimulante (FSH). O GnRH e seus análogos e agonistas induzem o pico pré-ovulatório de LH e a ovulação de um folículo maduro ou sua luteinização. Resumo do ciclo estral da vaca Veja o passo a passo resumido: FSH: estimula o crescimento de folículos (recrutamento) Altos níveis de estrógeno (preparo do organismo para uma possível gestação) Pico de LH (ovulação) Ovulação Queda de estrógeno, de FSH e LH Formação do corpo hemorrágico e em seguida do corpo lúteo Aumento nos níveis de Progesterona (secretada pelo corpo lúteo) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Os altos níveis de progesterona na fase de Diestro, impedem que novos folículos evoluam até a fase de dominância, mesmo que ocorra a ação do FSH, eles irão sofrer o que é chamado de atresia. Enquanto houver um corpo lúteo produzindo progesterona (14 a 15 dias), esse mecanismo se mantém. Quando há a concepção, haverá também a produção de progesterona pela placenta, que atua na manutenção da gestação e impede a evolução de novos folículos. Caso não ocorra a fecundação do óvulo liberado, o útero produzirá a Prostaglandina F2α, que tem a função de lisar o corpo lúteo, levando a queda da progesterona. Com a queda de progesterona há um novo aumento nos níveis de estrógeno e um feedback positivo para o pico de LH, ocorrendo assim uma nova ovulação. Geralmente são necessárias de 2 a 3 ondas foliculares para que haja um folículo dominante e ocorra a ovulação. @ un iver sodavet @ universoda ve t Você teve a chance de acessar de forma gratuita parte do conteúdo Universo da Vet, que tal conhecer um pouco mais? Acesse o site e facilite seus estudos! OBRIGADO por chegar até aqui! @universodavet CLIQUE AQUI https://universovet.orbitpages.online/ https://universovet.orbitpages.online/
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