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TOXICOLOGIA VETERINÁRIA
Laura Alita | 2023.2
Introdução à toxicologia
A toxicologia estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações de substâncias
químicas com os organismos vivos. Tem a finalidade de prevenir, diagnosticar e tratar
intoxicações.
“A diferença entre o remédio e o veneno é a dose” ~Paracelsus
XENOBIÓTICO: substância estranha ao organismo.
AGENTE TÓXICO: substância química, de estrutura química definida, capaz de produzir
um efeito nocivo (efeito tóxico) através de sua interação com um organismo vivo.
TOXICIDADE: capacidade inerente de uma substância química produzir efeito nocivo
após interação com organismo.
INTOXICAÇÃO: conjunto de sinais e sintomas que evidenciam o efeito nocivo produzido
pela interação entre agente químico e organismo.
DETOXIFICAÇÃO: transformação de um composto lipossúvel em hidrossolúvel para que
possa ser excretado.
ÓRGÃOS DETOXIFICANTES: pulmão, rins e fígado.
- pulmão: realiza troca de gases;
- rins: realizam excreção de compostos por filtração do sangue;
- fígado: capaz de realizar propriamente a detoxificação de agentes tóxicos, em
cada hepatócito há microssomos contendo enzimas CIP450 que realizam
oxidação, redução, conjugação e glicuronidação/sulfatação.
Importância econômica das plantas tóxicas:
Impacto econômico direto na morte de animais, queda dos índices reprodutivos e
queda da produtividade nos animais sobreviventes.
Impacto econômico indireto por custos de controle das plantas tóxicas,
necessidade de manejo para evitar intoxicações, impossibilidade da utilização de áreas
em determinadas épocas (ex.: floração e brotação de plantas tóxicas), investimentos em
tratamento de animais afetados.
Fatores que influenciam a toxicidade:
Ligados à planta:
- fase de crescimento - algumas plantas são mais ou menos tóxicas a depender de
sua fase de crescimento, por exemplo, a samambaia é mais tóxica em sua
brotação do que na floração.
- partes da planta - algumas plantas possuem partes mais ou menos tóxicas, a
exemplo, a flor de maria-mole é mais tóxica que suas folhas.
- armazenamento - algumas plantas podem ter sua toxicidade alterada de acordo
com seu armazenamento, a exemplo, a mandioca brava se picada e deixada ao sol
perde sua toxicidade e pode ser oferecida aos animais sem riscos à saúde.
Ligados ao animal:
- espécie - sensibilidade e resistência espécie específica
- pigmentação da pele - associado a fotossensibilização
- exercício físico
Condições para ocorrência de intoxicação:
Em animais de produção:
- palatabilidade
- fome
- sede (perda temporária da palatabilidade e capacidade de seleção da dieta)
- estresse (cortisol diminui a sensibilidade à insulina)
- desconhecimento (do animal e do ser humano)
- aumento da densidade populacional
- fenação
- acesso às plantas
- deficiência mineral
- transporte (somatório de fatores estresse, fome, sede e desconhecimento)
- iatrogênica
Em animais de companhia:
- presença de plantas tóxicas em casa
- intoxicação criminosa
- consumo acidental
- iatrogênica
Confirmação das intoxicações:
- pela presença da planta ou agente tóxico
- comparação entre substância suspeita x quadro clínico observado
- testes específicos
- reprodução experimental
Fases da intoxicação:
I Fase de exposição
- fase em que o organismo entra em contato com o agente tóxico
- fase de disponibilidade química
- via de introdução (respiratória, cutânea, digestiva)
- frequência e duração da exposição (quadros agudos ou crônicos)
- dose ou concentração
- susceptibilidade individual
II Fase de toxicocinética
- fase de biodisponibilidade
- absorção
- impactada por vários fatores:
- pH do meio (elementos são melhor absorvidos em meios de pH semelhante ao seu,
ou seja, ácido é absorvido melhor em meio ácido e básico é absorvido melhor em
meio básico)
- pKa da substância tóxica (constante de ionização do ácido, força do ácido)
- área de contato
- vascularização
- lipo/hidrossolubilidade (passagem por membranas ou excreção pelo corpo)
- grau de ionização (compostos ionizados não são normalmente absorvidos, depende
do pKa e do pH)
- peso molecular
- pressão de vapor
- distribuição
- lipo/hidrossolubilidade
- estado nutricional (PPT e tecido adiposo)
- biotransformação
- “É um conjunto de reações que as substâncias químicas passam no organismo, mediadas
por enzimas, e que visam tornar o composto mais facilmente excretado do organismo, isto
é, mais hidrofílico”
- de apolar para polar
- de lipossolúvel para hidrossolúvel
- reações de fase I: clivagem por oxidação, redução, hidrólise
- reações de fase II: conjugação com ácido glucurônico, sulfato, glicina, albumina, glutationa
- a toxicidade se dá pela fração livre das proteínas plasmáticas
- excreção (renal, biliar, fecal, leite, saliva, lágrimas, suor, respiração)
III Fase de toxicodinâmica
- fase de ação tóxica
- interação com o sítio de ação
IV Fase clínica
- fase de sinais clínicos
- manifestação do efeito nocivo, alterações patológicas detectáveis
- efeito tóxico: alteração biológica nociva
- efeito tóxico local: sítio de primeiro contato
- efeito tóxico sistêmico: propagação pelo organismo
- reversível ou irreversível
Plantas hepatotóxicas
Senecio brasiliensis (maria-mole, flor das almas)
Princípio tóxico: alcalóides pirrolizidínicos
- causam intoxicação pela formação de radicais livres
(peróxidos) que oxidam os hepatócitos e levam a insuficiência
hepática
Partes tóxicas: toda a planta, a flor é a pior parte
Sinais clínicos: emagrecimento progressivo, fraqueza, pelos
arrepiados, diarreia, edema, ascite, icterícia, fotossensibilização,
prolapso de reto, agressividade, diminuição da volemia, déficit energético a nível celular,
acidose
- emagrecimento: por catabolismo proteico e lipídico; o dano aos hepatócitos leva a
queda da gliconeogênese, o que aumenta a degradação de tecido adiposo e
tecido muscular na tentativa de obter energia.
- fraqueza: catabolismo proteico, desidratação e acidose.
- diminuição da volemia: por perda de líquidos.
- acidose: por má perfusão renal, prejudicando a reabsorção de bicarbonato.
- déficit energético a nível celular: por diminuição da gliconeogênese e por
inativação da insulina devido a acidose.
- pelos arrepiados: por deficiência de vitamina A.
- edema: por queda da pressão oncótica.
- diarréia: por aumento da osmolaridade devido a hiperamonemia (causada pela ineficiência
do fígado em converter amônia em uréia) e uremia (pelas bactérias urease + e deficiência de excreção), pode ser
sanguinolenta caso haja degradação do epitélio do TGI, úlceras ou déficit de
fatores de coagulação produzidos pelo fígado.
- prolapso de reto: por tenesmo (contração muscular do esfíncter anal)
- sinais neurológicos: por edema de bainha de mielina por falta de ATP que
impossibilita o funcionamento da bomba de Na/K
Intoxicação aguda ou crônica
Diagnóstico: sinais clínicos, epidemiologia, presença da planta, necropsia, histologia de
fígado para identificação de fibrose hepática, exames laboratoriais (enzimas hepáticas FA, ALT e
AST, bioquímico sérico, proteínas plasmáticas, ureia e fibrinogênio)
Tratamento: fornecimento de pastagem e prevenção de ingestão adicional da planta
- a maria-mole é pouco palatável, seu consumo ocorre quando as pastagens são
escassas e o animal passa fome
- aplicação anual de herbicida antes da fenação ou silagem é medida preventiva
Echium plantagineum L. (flor roxa, língua-de-vaca)
Princípio tóxico: alcalóides pirrolizidínicos (equiumina e quimidina)
Partes tóxicas: toda a planta, especialmente a flor
Sinais clínicos: emagrecimento progressivo, diarreia intermitente,
ascite, tenesmo, protrusão retal, sinais neurológicos,
fotossensibilização. A maioria dos animais que adoecem morrem.
Intoxicação crônica.
Diagnóstico: sinais clínicos, epidemiologia, presença da planta,
necropsia, análise histológica de fígado para identificação de fibrose hepática e SNC,
testes de função hepática
Tratamento: não há tratamento para os animais que apresentarem sinais clínicos, deve
ser evitada a intoxicação pelo fornecimento depastagem e feno de qualidade, além do
controle da praga.
Cestrum laevigatum (dama da noite, coerana)
Princípio tóxico: saponinas (gitogenina e digitogenina)
Partes tóxicas: toda a panta, especialmente as folhas
Sinais clínicos: anorexia, apatia, tremores musculares, excitação,
agressividade, andar cambaleante, constipação, fezes ressecadas
contendo muco e sangue, gemidos, sialorreia, focinho seco, sonolência,
decúbito esternal, agressividade e morte.
Intoxicação aguda.
Diagnóstico: sinais clínicos, epidemiologia, presença da planta, necropsia, histologia de
fígado para identificação de fibrose hepática, exames laboratoriais
Tratamento: não há tratamento para os animais que apresentarem sinais clínicos, deve
ser evitada a intoxicação pelo fornecimento de pastagem e feno de qualidade, além do
controle da praga.
Crotalária (xique-xique)
Princípio tóxico: alcalóides pirrolizidínicos
Partes tóxicas: toda a planta
Sinais clínicos da intoxicação aguda: apatia, anorexia, cegueira,
incoordenação motora, depressão, agressividade e icterícia.
Sinais clínicos da intoxicação aguda: encefalopatia hepática,
apatia, pressão da cabeça, hiperexcitabilidade, andar em círculos,
incoordenação motora, anorexia, emagrecimento progressivo e
fotossensibilização.
Diagnóstico: sinais clínicos, epidemiologia, presença da planta,
necropsia, histologia de fígado para identificação de necrose
centrolobular, fibrose e proliferação de ductos biliares, exames
laboratoriais
Tratamento: fornecimento de pastagem e prevenção de ingestão adicional da planta
Fotossensibilizantes
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO: sensibilidade exagerada da pele à luz solar, induzida pela
presença de um agente fotodinâmico.
- para que ocorra é necessário que um agente fotossensibilizante penetre na pele,
que a luz ultravioleta de um comprimento de onda específico incida sobre a pele e
que haja absorção dessa luz.
AGENTE FOTODINÂMICO: aquele que se modifica pela presença de uma luz UV
- o elétron mais externo da molécula fica excitado e vibra pela presença de luz UV
até pular uma camada. Ao cessar ou diminuir a incidência de luz o elétron tende a
voltar para sua camada de origem, o que leva a liberação da energia armazenada.
- a liberação da energia armazenada causa dano a membrana plasmática por
degradação de fosfolipídios, desencadeando a cascata inflamatória
Fotossensibilização primária:
Restrita a pele, o agente fotossensível se acumula ali.
Fotossensibilização secundária:
O agente tóxico causa alteração hepática, levando a insuficiência hepática com
consequente acúmulo de filoeritrina (vinda da degradação da clorofila no rúmen), agente
fotossensível.
Fotossensibilização terciária (porfirínica)
Fagopyrum esculentum (trigo mourisco, trigo sarraceno)
Agente fotossensibilizante: fagopirina - fotossensibilização primária
Condições tóxicas: consumido
Sinais clínicos: inquietação, prurido, procura por sombra, eritema, edema,
exsudação, formação de crostas, perda de pelos, ceratite e opacidade
córnea
● atinge principalmente regiões despigmentadas
Diagnóstico: sinais clínicos de fotossensibilização, identificação da planta
Tratamento: reservar os animais da exposição ao sol, fornecimento de pastagem de
qualidade, evitar consumo adicional.
Ammi majus (cicuta-negra)
Agente fotossensibilizante: furocumarinas - fotossensibilização primária
Condições tóxicas: consumo e contato
Sinais clínicos: inquietação, prurido, procura por sombra, eritema, edema,
exsudação, formação de crostas, perda de pelos, ceratite, dermatite das
partes baixas, ceratoconjuntivite
Diagnóstico: sinais clínicos de fotossensibilização, identificação da planta
Tratamento: reservar os animais da exposição ao sol, fornecimento de
pastagem de qualidade, evitar consumo adicional
Lantana camara
Agente fotossensibilizante: filoeritrina - fotossensibilização secundária
Partes tóxicas: folhas e frutos verdes
Sinais clínicos: misto de alterações hepáticas e cutâneas,
emagrecimento progressivo, icterícia, apatia, anorexia, urina escura,
inquietação, prurido, procura por sombra, eritema, edema, dermatite.
Diagnóstico: presença da planta, alterações no exame bioquímico
hepático, lesões em regiões de pelo claro, icterícia generalizada,
histologicamente obstrução de ductos biliares e alteração do parênquima hepático.
Tratamento: evitar consumo adicional da planta, retirar o animal da exposição ao sol,
uso de anti inflamatórios e protetores hepáticos.
Brachiaria sp.
Agente fotossensibilizante: filoeritrina - fotossensibilização secundária
Partes tóxicas: broto
Sinais clínicos: misto de alterações hepáticas e cutâneas,
emagrecimento progressivo, icterícia, apatia, anorexia, urina escura,
inquietação, prurido, procura por sombra, eritema, edema, dermatite.
Diagnóstico: presença da planta, alterações no exame bioquímico
hepático, lesões em regiões de pelo claro, icterícia generalizada,
histologicamente obstrução de ductos biliares e alteração do parênquima hepático.
Tratamento: evitar consumo adicional da planta, retirar o animal da exposição ao sol,
uso de anti inflamatórios e protetores hepáticos.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
- Alterações cutâneas: sarna
- Alterações hepáticas: + urina escura: babesiose e leptospirose
Plantas cianogênicas
“O cianeto inibe diversos complexos enzimáticos. Seu mecanismo primário de ação
relaciona-se com a inibição da enzima citocromo-oxidase e seu local de ação é o ferro da
metaloporfirina (GOMES 1980, BURROWS 1981). O HCN possui grande afinidade pela forma
heme-férrico da citocromo- oxidase, formando nas mitocôndrias complexo relativamente
estável ciano-citocromo-oxidase, deixando o ferro em estado trivalente, interrompendo o
transporte de elétrons ao longo da cadeia respiratória, inibindo, desse modo, o
mecanismo oxidativo e a fosforilação, ou seja, a transferência de elétrons da
citocromo-oxidase para o oxigênio molecular é interrompida e a cadeia respiratória é
paralisada. Em consequência ocorre uma anóxia histotóxica, resultando em asfixia
tissular, pela paralisia dos sistemas enzimáticos tissulares (EGEKEZE & OEHME 1980).”
AMORIM, 2006.
“O HCN é detoxificado metabolicamente pela enzima rodanase, que o transforma
em tiocianato, substância atóxica. Além da detoxificação metabólica existem outras
formas de detoxificar o material cianogênico, como a ralação ou trituração do material
vegetal, a fenação, o aquecimento, a prensagem, onde os glicosídeos cianogênicos
solúveis são arrastados com a água, o cozimento, a fermentação e a desidratação. O
tratamento de animais intoxicados é feito com uma solução aquosa de tiossulfato de
sódio a 20% na dosagem de 50 mL por cada 100 kg de peso vivo, por via endovenosa, o
qual funciona como antídoto.” AMORIM, 2006.
Ingestão de glicosídeo cianogênico -> transformação em HCN no rúmen -> HCN na
corrente sanguínea -> inibição da enzima citocromo-oxidase -> interrompimento da
cadeia respiratória e alta ligação a metahemoglobina -> cadeia respiratória e
transporte de O2 bloqueados -> anóxia tecidual -> morte por parada respiratória
Manihot esculenta (mandioca-brava)
Princípio tóxico: linamarina (glicosídeo cianogênico)
Partes tóxicas: folhas e halo abaixo da casca
Sinais clínicos: dispnéia, taquicardia, mucosas cianóticas,
sialorréia, tremores musculares intensos, andar cambaleante,
nistagmo, opistótono e parada respiratória.
Diagnóstico: teste do ácido pícrico e presença da planta
http://www.gege.agrarias.ufpr.br/plantastoxicas/arquivos/prunus%20sphaerocarpa.pdf
http://www.gege.agrarias.ufpr.br/plantastoxicas/arquivos/prunus%20sphaerocarpa.pdf
Tratamento: tiossulfato de sódio (ativa a enzima rodanase que converte HCN em tiocianato e é eliminado na urina)
ou hipossulfito de sódio (ativa a enzima rodanase, nitrito é convertido em metahemoglobina e o HCN é desviado para a
cadeia respiratória), um manejo alternativo é deixar a mandioca em pedaços exposta ao sol
para a linamarina volatilizar.
Sorghum sp. (sorgo)
Princípio tóxico: durrina (glicosídeo cianogênico)
Partes tóxicas: folhas
Sinais clínicos: dispnéia, taquicardia, mucosascianóticas, sialorréia,
tremores musculares intensos, andar cambaleante, nistagmo,
opistótono e parada respiratória.
Diagnóstico: teste do ácido pícrico e presença da planta
Tratamento: tiossulfato de sódio (ativa a enzima rodanase que converte HCN em
tiocianato e é eliminado na urina) ou hipossulfito de sódio (ativa a enzima rodanase, nitrito é
convertido em metahemoglobina e o HCN é desviado para a cadeia respiratória)
Intoxicação por nitrato e nitrito
No metabolismo normal o nitrato presente nas plantas é convertido a nitrito pela
microbiota ruminal, que é convertido em nitrogênio amoniacal.
Quando o animal consome um alto nível de nitrato ao ponto de atingir a
metabolização máxima em amônia a concentração de nitritos no rúmen aumenta, os
quais são absorvidos pelas papilas ruminais. A presença de nitritos na circulação
sanguínea acarreta em oxidação da hemoglobina (oxida o Fe do grupo heme de Fe³+ em
Fe²+.), formando metahemoglobina em grande quantidade, a qual é incapaz de carrear
gases (O2 e CO2).
Sinais clínicos:
- taquipnéia
- acidose metabólica
- depressão do SNC -> andar cambaleante
- anóxia
- morte súbita
Plantas que acumulam o suficiente para intoxicar na região sul:
Avena sativa (aveia)
Lolium spp (azevém)
Sorghum Sudanense (Capim sudão, aveia de verão)
Cynodon nlemfuensis Vanderyst (tifton, estrela)
Pennisetum americanum (milheto)
Pennisetum clandestinum (quicuio)
Sorghum spp
Zea mays (milho)
Bromus sp
Helianthus sp (girassol)
Intoxicação por cebola e alho em cães e gatos
A cebola e o alho transformam a glutationa ativa em glutationa inativa, então o
organismo não consegue mais converter metahemoglobina em hemoglobina, o que
impossibilita a oxigenação adequada dos tecidos.
Intoxicação por AINEs e AIEs
AIEs/glicocorticóides e AINEs
inibem as enzimas inflamatórias LOX
(FA2) e COX, respectivamente, a fim
de cessar a resposta inflamatória,
porém, com isso, inibem também
prostaciclinas, prostaglandinas e
tromboxano, necessários para o
funcionamento normal do corpo.
O uso prolongado ou em doses
elevadas desses medicamentos leva a
gastrites, úlceras gástricas e
distúrbios da coagulação.
Os sinais clínicos de intoxicação por
AINEs incluem anorexia, vômito, hematêmese, diarreia, melena, dor abdominal, letargia,
mal-estar, halitose urêmica, desidratação, etc.
“O quadro clínico nos animais de companhia varia em função do AINE, tempo de uso e
dose. Eles são divididos em sinais gastrintestinais anorexia, êmese, hematêmese, dor
abdominal, diarreia, melena, úlceras e perfuração gástrica, hemorragia, estenose,
hipoalbuminemia e enteropatia , renais diminuição da microcirculação renal e taxa de
filtração glomerular, retenção de fluidos, hipercalemia, azotemia, insuficiência renal
aguda e necrose papilar , hepáticos icterícia, elevação das enzimas hepáticas , distúrbios
de coagulação agregação plaquetária reduzida, tempo de coagulação prolongado ,
sinais nervosos depressão, convulsão, coma, mudança de comportamento , bem como
alterações hematopoiéticas anemia aplásica e hemolítica, trombocitopenia, neutropenia,
metemoglobinemia e do sistema imune reações alérgicas (Talcott, 2006; Barbosa et al.,
2010”
https://www.scielo.br/j/abmvz/a/ysbs3yBFpPWrYBgtv3hNn3F/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/abmvz/a/ysbs3yBFpPWrYBgtv3hNn3F/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/abmvz/a/ysbs3yBFpPWrYBgtv3hNn3F/?format=pdf&lang=pt
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https://www.scielo.br/j/abmvz/a/ysbs3yBFpPWrYBgtv3hNn3F/?format=pdf&lang=pt
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https://www.scielo.br/j/abmvz/a/ysbs3yBFpPWrYBgtv3hNn3F/?format=pdf&lang=pt
Plantas de ação radiomiméticas
Pteridium aquilinum (samambaia-do-campo)
A samambaia é uma planta cosmopolita que cresce em áreas
de pedra e solo ácido. Toda a planta é tóxica, sendo que na brotação
é quando há maior concentração de toxinas. Ela intoxica muitos
animais, inclusive humanos, mas aqui são abordadas 4 principais
apresentações da intoxicação.
Diátese hemorrágica
Princípio tóxico: glicosídeo ptaquilosídeo
Espécie acometida: bovinos
Fisiopatologia: o ptaquilosídeo quando ingerido em doses superiores a 10g/kg de peso
vivo tem efeito radiomimético sobre a medula óssea, levando a sua depressão e
consequente trombocitopenia e leucopenia. A trombocitopenia leva a distúrbios da
coagulação e a leucopenia a imunossupressão. Os distúrbios da coagulação acarretam
em eritrocitopenia.
- intoxicação aguda
Sinais clínicos:
- distúrbios da coagulação: petéquias, sufusões, sangramento nasal, enterite
hemorrágica
- eritrocitopenia: dispnéia e acidose -> não tem hemácias suficientes para
possibilitar o carreamento de O2 e CO2
- leucopenia: infecções
Tratamento: não há tratamento economicamente viável.
Hematúria enzoótica bovina
Princípio tóxico: glicosídeo ptaquilosídeo
Espécie acometida: bovinos
Fisiopatologia: Em meio alcalino o ptaquilosídeo é convertido em dienona, radical livre
que oxida DNA, na vesícula urinária causa tumores
- intoxicação crônica
Sinais clínicos:
- cistite (disúria, oligúria e hematúria) -> os tumores e suas ulcerações criam um
meio ideal para a proliferação de bactérias
- anemia (prostração, emagrecimento) -> a ulceração dos tumores acarreta em
perdas sanguíneas frequentes, que com o passar dos meses culmina em anemia.
Tratamento: não há tratamento uma vez que o tumor já está desenvolvido
Tumores de trato digestivo superior
Princípio tóxico: glicosídeo ptaquilosídeo
Espécie acometida: bovinos
Fisiopatologia: No trato digestivo superior, associado ao papilomavírus bovino, o
ptaquilosídeo é convertido em quercetina, radical livre que oxida DNA, levando a
transformação de papilomas na boca, esôfago e entrada do rúmen em CCE.
- intoxicação crônica
Sinais clínicos:
- anorexia -> o incômodo causado pelos tumores faz com que o animal
progressivamente reduza seu consumo de comida
- timpanismo gasoso -> a obstrução do cárdia pelos tumores leva ao acúmulo de
gases que deveriam ser liberados na eructação
- perda de peso -> devida à anorexia
Tratamento: não há tratamento uma vez que o tumor já está desenvolvido
Deficiência de tiamina
Princípio tóxico: tiaminase
Espécie acometida: equinos
Fisiopatologia: a tiaminase degrada tiamina (vitamina B) e causa distúrbios neurológicos
nos equinos por deficiência energética.
Para que o piruvato seja transformado em Acetil-CoA é necessário que o complexo
piruvato desidrogenase esteja funcional, mas um dos compostos desse complexo é a
tiamina. Na sua ausência o piruvato não forma Acetil-CoA e não é possível iniciar o ciclo
de Krebs, com isso ocorre déficit da produção energética, e como o sistema nervoso
demanda de muita energia no seu metabolismo é ele o mais evidentemente afetado.
Além disso, sem energia a bomba de Na/K fica inativada e ocorre edema de bainha de
mielina.
Sinais clínicos:
- Sinais neurológicos: sonolência, ataxia, distúrbios neuromusculares, alterações do
ritmo cardíaco, convulsões, opistótono e falência cardíaca.
Tratamento: injeções diárias de cloridrato de tiamina e remoção da planta
⭐ O glicosídeo ptaquilosídeo não causa tumores em equinos pois em meio ácido origina
pterosina B, seguido de aromatização, o que resulta num elemento não carcinogênico.
⭐ Bovinos não sofrem com a ação da tiaminase pois obtém tiamina das bactérias do
rúmen em grande quantidade
Plantas que causam morte aguda
Ricinus communis (mamona)
Princípio tóxico: Nas folhas há alcalóide ricinina, que é neurotóxico, nas
sementes há ricina, que causa distúrbios gastrointestinais
Espécie acometida: equinos, ovinos, caprinos, bovinos, suínos, cães ->
bovinos podem desenvolver imunidade
Fisiopatologia da intoxicação porricinina - folhas: A ricinina é um
alcalóide tóxico, que hipoteticamente tem relação com o aumento de
glutamato e inibição da pós-sinapse de GABA no cérebro, causando com isso um quadro
neuromuscular.
Sinais clínicos:
- desequilíbrio ao andar
- tremores musculares
- decúbito após curta marcha
- eructação excessiva
- movimentos de mastigação
- sialorréia
- morte
Fisiopatologia: da intoxicação por ricina - sementes: A ricinina atua como proteína
desacopladora de ribossomos, separa as unidades 30s e 50s levando a redução de
proteínas, a atrofia de vilosidades intestinais e exposição de criptas.
Essa alteração histológica leva a diminuição da absorção de macronutrientes e
absorção facilitada de micronutrientes, portanto, toxinas bacterianas.
Sinais clínicos:
O gradiente hiperosmótico advindo da alta absorção de micronutrientes leva a
mobilização hídrica, com isso, vê-se
- diarreia aquosa profusa
- desidratação
- cólicas
- fraqueza
- hipovolemia
- insuficiência renal aguda e uremia
- depressão
- taquicardia
- dispneia
- decúbito lateral permanente
- morte em até 3 dias
Tratamento: antiespasmódico, antitóxico e hidratação parenteral
Bacharis coridifolia (mio-mio)
O animal que conhece o mio-mio geralmente não come a
planta, ela é ingerida em casos de desconhecimento, estresse, sede,
fome e após o transporte.
Princípio tóxico: tricotecenos macrodíclicos roridina A e B -> produzidos
pelo fungo Myrothecium verrucaria, que está alojado na raíz da planta,
e são absorvidos até se acumularem nela toda. Mais tóxica na
floração (setembro a novembro).
Espécie acometida: ruminantes
Fisiopatologia: ulceração e necrose do epitélio ruminal com descamação da mucosa.
Sinais clínicos:
- diarréia, anorexia e baixa absorção de macronutrientes devido a necrose do
epitélio ruminal
- timpanismo gasoso (devido ao aumento da fermentação ruminal e ausência de
eructação)
- morte por choque hipovolêmico e endotóxico -> a necrose do epitélio ruminal leva
a diminuição da absorção de macromoléculas e absorção aumentada de
micromoléculas, muitas delas toxinas, o que explica o choque endotóxico. O
gradiente hiperosmótico que se cria leva a perda de água da corrente sanguínea
para o lúmen do órgão, o que leva a desidratação e hipovolemia
- acidose metabólica e desidratação
Tratamento: profilaxia com manejo adequado
Palicourea marcgravii (erva de rato; cafézinho; timbó)
Princípio tóxico: ácido monofluoracético
Espécie acometida: xxx
Fisiopatologia: o ácido monofluoracético inibe a enzima aconitase, a qual converte
citrato em isocitrato, com isso, impede o ciclo de Krebs e leva a falência energética e
aumento do ácido cítrico circulante. A morte ocorre em menos de 1 hora.
Sinais clínicos:
- acidose metabólica: quando em falência energética o organismo degrada glicose
via anaeróbica, resultando em aumento de lactato na corrente sanguínea.
- hipocalcemia: o citrato é um quelante de cálcio, liga-se ao cálcio ionizado e impede
sua biodisponibilidade.
- falência cardíaca: acidose intensa leva a fibrilação cardíaca
- andar cambaleante
- taquicardia e taquipneia
- quedas
- decúbito lateral
- movimentos de pedalagem
- morte
Tratamento: monoacetato de glicerol, acetamida e repouso -> geralmente não há tempo
hábil para a recuperação dos animais
Atenção! O exercício piora os sinais clínicos pelo aumento da demanda energética.
Intoxicação por fungo
Ramaria flavo-brunnescens (ramária; mal do eucalipto)
Princípio tóxico: ergoalcalóide ergotamina
Espécie acometida: bovinos, ovinos, búfalos e equinos
Fisiopatologia: causa atividade constritora/adrenérgica intensa, o que
leva a isquemia das extremidades
Sinais clínicos:
“bocopa” -> boca, cola e patas
- desprendimento do epitélio da boca e mucosa do esôfago
- úlceras na língua
- alisamento da superfície lingual
- sialorréia, anorexia, decréscimo dos movimentos ruminais
- alopecia da porção distal da cauda
- laminite
- claudicação
- necrose do casco
- afrouxamento do estojo córneo dos cornos
- lesões no globo ocular (opacificação córnea, ceratite, hemorragia da câmara
anterior do olho)
- distúrbio neurológico -> ovelhas
Tratamento: remover o acesso ao fungo, autocura.
Atenção! Diagnóstico diferencial de febre aftosa.
Claviceps purpurea
- infecta sementes de gramíneas e cereais: trigo, aveia, etc.
Princípio tóxico: ergoalcalóides, ergotamina, ergocristina, ácido
lisérgico
Espécie acometida: herbívoros
Fisiopatologia: causa vasoconstrição intensa por atividade adrenérgica e efeitos sob o
SNC.
Apresentações da intoxicação:
● Distérmica: os ergoalcalóides têm ação sob o hipotálamo, nos centros do controle
de apetite e temperatura, levando a hipertermia, anorexia, dispnéia, pelo arrepiado
e sem brilho, salivação, poliúria e polidpsia
● Gangrenosa: mesmos efeitos da intoxicação por ramária, necrose das
extremidades, perda de pêlos, claudicação, lesões em cauda, orelha e mucosa oral.
“O ergotismo gangrenoso ocorre pelo efeito vasoconstritor dos ergoalcalóides, que
estimulam a junção mioneural das fibras nervosas simpáticas induzindo a uma
constrição das arteríolas”
● Nervosa: pouco frequente, causa cambaleio, sonolência, tremores, incoordenação,
cegueira, opistótono, convulsões, paralisia posterior e decúbito
● Reprodutiva: mais frequente em éguas, ocorrem abortos entre 5° e 8° mês,
mumificação fetal e anemia fetal
Tratamento: reduzir exposição aos grãos contaminados, sendo por redução completa ou
diluição do material contaminado em material adequado para consumo.
Intoxicação por cobre em ovinos
Metabolismo normal do cobre:
Ingerido normalmente na dieta -> parte é quelada no rúmen por tiomolibdatos -> parte
restante absorvida pelos enterócitos -> corrente sanguínea -> liga-se a albuminas, a.a. e
eritrócitos -> transferido para hepatócitos -> absorção e armazenamento -> ligação com
metalotioneína hepática -> excreção biliar.
A intoxicação por cobre:
Intoxicação aguda: gastroenterite severa -> rara
Intoxicação crônica primária: ocorre quando esse mineral é consumido em quantidades
maiores do que as necessárias (suplemento para bovinos na maioria das vezes), havendo
concentração excessiva do elemento na corrente sanguínea, acarretando em acúmulo de
Cu no fígado por longo período de tempo
-> o acúmulo de cobre ocorre na mitocôndria e nos lisossomos hepáticos, causando
lesões progressivas a essas organelas, degeneração e necrose
-> ao ultrapassar a quantidade máxima de armazenamento há extravasamento
de cobre não conjugado
-> o potencial “redox” do cobre oxida a membrana dos eritrócitos, que ficam
fragilizados e acabam hemolisados
-> hemólise intravascular massiva = sinais clínicos: hemoglobinúria,
icterícia, anemia, fraqueza, bilirrubinúria
-> a oxidação da hemoglobina forma metahemoglobina = hipóxia
-> danos cumulativos =insuficiência hepática + insuficiência renal =
muitos radicais livres = morte por estresse oxidativo
Intoxicação crônica secundária: deficiência de molibdênio
Diagnóstico
Animal vivo: dosagem de AST, GGT, anamnese a respeito de alimentação e exame clínico
Morto: dosagem de cobre do lóbulo caudal do fígado, necropsia (colestase, macrófagos
com pigmentação castanha, necrose tubular aguda)
Tratamento
- antídoto tetratiomolibdato 3,4mg/kg PV
- fluidoterapia
- oxigenioterapia
- transfusão sanguínea
- quelante de cobre D-penicilamina
- molibdato de amônio e sulfato de sódio anidro
Plantas que causam dano renal?
Dracaena trifasciata (espada de São Jorge) - família Araceae
Princípio tóxico: ráfides de oxalato de cálcio e saponinas
Espécies acometidas: cães e em menor quantidade gatos
Fisiopatologia: as ráfides de oxalato de cálcio são irritantes quando em contato com
mucosas, causando dano físico e induzindo liberação de histaminas
Sinais clínicos:
- olhos: dor, inchaço, fotofobia, lacrimejamento, lesão de córnea e conjuntiva
- boca: dor, edema de língua, edema de glote, salivação excessiva, úlceras, vômitos,
disfagia, obstrução do sistema respiratório
- pele: dermatites e queimaduras
- TGI: cólicas, úlceras, diarréias, antinutriente = má absorção
-rins: lesão direta aos túbulos renais e formação de urólitos
- sangue: lesão da membrana das hemácias, hemólise, anemia, neutrofilia e
hipocalcemia
Tratamento: lavagem gástrica, protetores hepáticos, fluidoterapia
Ficus lyrata (ficus-lira)
Princípio tóxico: ráfides de oxalato de cálcio e cumarinas (fotossensibilizante)
Espécies acometidas: cão, gato e humano
Fisiopatologia: xx
Sinais clínicos: xx
Tratamento: xx
Lilium spp. (lírio)
Princípio tóxico: desconhecido
Espécies acometidas: gato
Fisiopatologia: a toxina desconhecida causa dano às células epiteliais dos túbulos
renais, levando a morte e descamação celular, necrose tubular aguda e insuficiência renal
aguda.
Sinais clínicos: xx
- redução abrupta da função renal -> acúmulo de substâncias -> uremia
https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/6814725.pdf
- vômito e diarréia -> devido ao desequilíbrio hidroeletrolítico e à uréia aumentada
que causa lesão de mucosa gastrointestinal, com consequente diminuição da
absorção de nutrientes e desequilíbrio osmótico
- poliúria -> incapacidade de concentrar a urina devido ao dano tubular
- polidipsia -> compensatória devido à perda de líquidos
- sinais neurológicos -> uremia
Tratamento: xx

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