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RESUMO DE FUNDAMENTOS FUNÇÕES DA PELE · Manter a integridade do corpo; · Proteger o corpo contra infecções, lesões ou traumas; · Absorver e excretar líquidos; · Manter a temperatura corpórea; · Sintetizar vitamina D com a exposição aos raios solares; · Agir como órgão do sentido; · Exercer papel estético. O tratamento de feridas se refere a proteção de lesões contra agentes externos, com o objetivo de reduzir, prevenir e ou minimizar os riscos de complicações. Antes de um curativo, é necessária uma avaliação completa da ferida, do seu grau de contaminação, da maneira como esta ferida foi produzida, do agente causador da lesão, como forma de agilizar o processo de cicatrização e proteger a ferida. FERIDAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES · Ferida Lesão do tecido em decorrência de trauma mecânico, físico ou térmico ou que se desenvolve a partir de uma condição patológica ou fisiológica, que deve se fechar em até 2 semanas. · Ulcera A ferida se torna uma ulcera após seis semanas de evolução sem intenção de cicatrizar. · CIRURGICAS OU TRAUMÁTICAS Resultante de uma cirurgia ou de um trauma. · PATOLÓGICA Ocorre como consequência de uma patologia (lesão por pressão, neoplasia, ulceras venosas e arteriais). · IATROGÊNICAS Resultantes de procedimentos ou tratamentos (radioterapias). EVOLUÇÃO · Aguda Feridas de fácil resolução, há ruptura da vascularização e desencadeamento imediato de hemostasia (cortes, escoriações, queimaduras). · Crônica Feridas de longa duração (desvio do processo. PRESENÇA DE INFECÇÃO · Limpa – Isenta de microrganismos. · Limpa contaminada – Lesões com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento inicial. · Contaminada – Feridas cujo tempo de atendimento foi superior a 6 horas após o trauma. · Infectada – Presença de agente infeccioso local. COMPROMETIMENTO TECIDUAL Estágio 1 – Pele integra, com sinais de hiperemia, descoloração ou endurecimento. Estágio II – A epiderme e a derme estão rompidas, podendo envolver tecido subcutâneo, e com hiperemia, bolhas e cratera rasa. Estagio III – Perda total do tecido cutâneo, necrose do tecido subcutâneo até a fáscia muscular. Estagio IV – Grande destruição tecidual, com necrose, atingindo músculos, tendões e ossos. FERIMENTO FECHADO Ex: incisão cirúrgica, laceração penetrante. FERIMENTO FECHADO EX: Contusão ou equimose. AVALIANDO A FERIDA · Sadia Vermelho vivo; Brilhante; Não sangra facilmente ou muito pouco. · Doente Vermelho escuro; Sem brilho ou ressecado; Sangra com abundância. · Mensuração ( comprimento x largura x profundidade); · Extensão do tecido envolvido (estruturas envolvidas); · Localização anatômica (potêncial de contaminação); · Tipo de tecido no leito da ferida (tecidos viáveis – granulação e epitalização, tecidos inviáveis – fibrina desvitalizada, tecidos necróticos); · Cor da ferida (Granulação – rosa, vermelho, pálido, vermelho vivo. Fibrina – amarelo, marrom. Necrose – cinza ou negra); · Exsudato (sanguinolento, serossanguinolento, seroso, purulento, purulento pútrido); · Borda da ferida (Indistinta – não há possibilidade de distinguir claramente o contorno da ferida. Aderida – plana, nivelada com o leito da ferida, sem presença de paredes. Não aderida – Presença de paredes, o leito da ferida é mais profundo que as bordas. Fibrótica – dura, rígida ao toque. Hiperqueratose – formação de tecido caloso ao redor da ferida e até as bordas. Necrosada, macerada, irregular; · Infecção (sinais clínicos de infecção: dor, calor, hiperemia, mudança na cor do exsudato, odor (ideal coletar cultura); · Hemostasia, inflamação, proliferação e remodelação. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO · Primeira intenção: bordas são aproximadas, perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. Não tem tecido de granulação; · Segunda intenção: perda excessiva de tecido com presença ou não de infecção; · Terceira intenção: aproximação das margens da ferida. Isto ocorre principalmente quando há presença de infecção na ferida, que deve ser tratada. CURATIVO É um procedimento terapêutico que consiste na limpeza, no qual toda substância e soluções necessárias são colocadas diretamente sobre um ferimento. · Evitar a contaminação de feridas limpas; · Facilitar a cicatrização; · Reduzir a infecção nas lesões contaminadas; · Facilitar a drenagem de secreções; · Promover a hemostasia com curativos compressivos; · Manter o contato de medicamento junto a ferida. ATENÇÃO · Irrigar antes de retirar o curativo para evitar traumas, e, consequentemente a remoção de tecido viável; · Não se deve cortar a gaze, pois ele irá desfiar; · Só deve usar gaze estéril e não reutilizar um pacote aberto. TIPOS DE CURATIVO · Curativo semioclusivo: absorvente, comumente utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele; · Curativo oclusivo ou fechados: não permite a entrada de ar ou fluidos, atua como barreira mecânica, impede a perda de fluidos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir a formação de crosta; · Curativo compressivo: reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase e ajudar na aproximação das extremidades da lesão; · Curativos abertos: ferimentos que não há necessidade de oclusão. Feridas cirúrgicas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações; · Ferida com fístula ou deiscência de paredes: limpeza no interior da ferida se torna difícil, proporcionando um ambiente favorável a colonização de patógenos. O ideal é realizar a limpeza da ferida em todo seu interior com jatos de aoluçãofisiológica. DEBRIDAMENTO · Remoção de tecido desvitalizado presente na lesão. Seu objetivo é promover a limpeza deixando-a em condições adequadas para promoção do processo de cicatrização, bem como reduzir o conteúdo bacteriano, impedindo sua proliferação. · Autolitico – hidratação do leito da ferida, fibrinólise e consequente ação de enzimas endógenas sobre o tecido desvitalizado. · Quimico – aplicação medicamentosa para estimular a degradação do tecido desvitalizado. · Mecânico - consiste na aplicação de força mecânica diretamente sobre o tecido necrótico a fim de facilitar sua remoção. · Instrumental ou escarificação – utilização de instrumentais cirúrgicos para a remoção de tecido necrosado. LESÕES COM MAIOR INCIDÊNCIA · Queimaduras · LPP(lesão por pressão) · Deiscência · Neoplásicas · Ulcera venosa · Ulcera neuropática (pé diabético) · Ulcera arterial Ostomias Procedimento cirúrgico que consiste na abertura de um órgão oco como, por exemplo, algum trecho do tubo digestivo, do aparelho respiratório, urinário, criando uma comunicação com o meio externo, através de uma fístula, podendo ser temporária ou permanente/definitiva. COLOSTOMIA Realizada no intestino grosso, quando o paciente apresenta problemas que o impedem de evacuar normalmente pelo ânus. São classificadas de acordo com a parte do intestino grosso em que o estoma é criado. · Colostomia ascendente: realizada na parte ascendente do cólon (lado direito do intestino grosso). Caracterizada por fezes pastosas; · Colostomia descendente: realizada na parte descendente do cólon (lado esquerdo do intestino grosso). As fezes podem ser pastosas ou sólidas; · Colostomia transversa: localizada na parte transversa do cólon (entre o cólon ascendente e descendente). Fezes semilíquidas ou pastosas. ILEOSTOMIA Liga o intestino delgado ao meio externo em situações em que a passagem das fezes pelo intestino grosso está impedida. As fezes são mais líquidas e ácidas. UROSTOMIA Exteriorização dos condutos urinários através parede abdominal, permitindo a eliminação constante da urina por gotejamento. Por este motivo, é necessário o uso de um dispositivo coletor com válvula antirrefluxo e torneira de drenagem, permitindo o seu esvaziamento ao longo do dia. CISTOTOMIA Possibilita a drenagem da Bexiga em situações que a uretra não permite seu esvaziamento, como em casos de estenose uretral. EQUIPAMENTOS COLETORES · Uma peça Melhor adaptação aos contornos do abdome, sendo indicadas para abdome globoso, superfíciesirregulares, prolapso de alça, mulheres grávidas com ostomias, primeira escolha no pós-operatório. Vantagens: menos evidente sob a roupa, confortável, preferida por facilitar a atividade física ou viagens. Desvantagens: precisa ser trocada por inteiro; impossibilidade de acessar a ostomia. Indicados para colostomias, ileostomias e derivações urinárias. · Duas peças A bolsa coletora possui um aro ou adesivo que encaixa à flange/aro ou suporte adesivo, o que permite sua vedação completa. Vantagens: trocar a bolsa coletora sem deslocar a barreira protetora da pele; facilidade de acesso a ostomia; visualização da ostomia no momento da troca; redução no número de trocas. Desvantagens: flange/aro pode se apresentar mais desconfortável e não adaptável a qualquer abdome; dificuldade no uso em pós-operatórios (estímulo doloroso). Indicados para colostomias, ileostomias e derivações urinárias. CUIDADOS DIÁRIOS COM A COLOSTOMIA · Esvaziar a bolsa (no mínimo uma vez por plantão e sempre que necessário), soltando apenas o clamp que fecha na parte inferior; · Lavá-la com soro fisiológico a cada vez que se desprezar o conteúdo no vaso sanitário; · O clamp poderá ser reutilizado nas trocas do mesmo paciente; · Registrar no prontuário: característica do debito de colostomia, volume, odor, cor, etc. SINAIS VITAIS São os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou desequilíbrio entre os sistemas do organismo e uma determinada doença” (Mozachi , Souza , 2007) 1. Temperatura; 2. Pulso; 3. Pressão arterial; 4. Frequência respiratória; 5. Dor. · Temperatura É a mensuração da temperatura corporal por meio de um termômetro clínico, onde registram temperaturas entre 35 e 42 ºC. · Axilar Necessária a higiene do oco axilar e do termômetro, evitando a umidade local; Valor de referência: 35,5 a 37ºC. · Retal Aplicação do termômetro na ampola retal; Maior precisão, método desagradável, risco de exposição a fluidos, risco de lesão; Contra indicado para recém nascidos e pacientes com doenças retal; Valor de referência: 36 a 37,5ºC. · Timpânica É o local para mensuração da temperatura central, porém, não tem aceitação na prática; Aferição rápida, custo elevado, presença de cerume podem interferir na leitura; Contra indicado para pacientes submetidos a cirurgia auditiva; T 37ºC. · Oral Colocação do termômetro em região sublingual; Termômetro individual – risco de contaminação por fluidos; Não indicado para pacientes que não colaboram ou inconsciente; Leitura lenta (cerca de 7 min); Valores de referência: 36 a 37,4 ºC. · Digital infravermelho Permitem a medição sem o contato direto com a pessoa; Medem a energia irradiada pelo paciente, que é convertida em um valor de temperatura. OBJETIVOS DA TEMPERATURA · Auxiliar no esclarecimento diagnóstico; · Acompanhar a curva de variação da temperatura; · Alertar para possível presença de infecção ou outras reações sistêmicas. A temperatura do interior do corpo permanece constante, mesmo exposto aos estímulos externos. FATORES QUE ALTERAM A TEMPERATURA CORPORAL · Atividades físicas - transpiração ( sudorese ); · Alimentação; · Ambiente (lactantes e idosos são mais afetados); · Hormonais - ciclo menstrual, menopausa; · Medicamentos. FEBRE · A regulação da temperatura é realizada pelo hipotálamo. Na febre, a produção de calor é inibida, e a dissipação do calor aumenta pelo fluxo sanguíneo, através da pele e pela sudorese; · Reação pirogênica é desencadeada pela presença de soluções contaminadas, contendo endotoxina – bactéria na corrente sanguínea, afetando o hipotálamo. Súbito: Quase sempre acompanha sinais e sintomas que começam na síndrome febril, sensação de calafrios nos primeiros momentos. Gradual: O paciente pode nem perceber seu início ou predomina-se outro sintoma como cefaléia, sudorese e a inapetência. INDICAÇÃO · Clientes hospitalizadas; · Antes e após transfusões de hemocomponentes e hemoderivados; · Antes e após alguns procedimentos e cirurgias; · Antes e após administração de alguns fármacos específicos. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES COM FEBRE · Obter culturas de sangue, antes de iniciar antibióticos, durante picos de temperatura; · Minimizar a produção de calor: permitir períodos de descanso e limitar a atividade física; · Maximizar a perda de calor: compressas frias e descobrir o paciente; · Prover líquidos; · Controlar a temperatura ambiente para 21°C a 27°C. Respiração: É a entrada de oxigênio na inspiração e eliminação de dióxido de carbono pela expiração. Finalidade: Troca gasosa entre o sangue e o ar dos pulmões. ANALISANDO A EFICIÊNCIA DA FR · Ventilação: frequência (número de movimentos por min); · Profundidade: profunda, superficial e normal; · Ritmo: regular e irregular. TIPOS DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Respiração costal superior ou torácica : mais comuns em mulheres; Respiração tóraco abdominal: mais comuns em homens e crianças de ambos os sexos. COMPROMETIMENTO RESPIRATÓRIO · Cianose; · Inquietação; · Dispnéia · Sons respiratórios anormais; · Frequência respiratória. RITMOS RESPIRATÓRIOS · Taquipnéia: respiração rápida e superficial. Ex: síndromes restritivas pulmonares (derrames pleurais, doenças intersticiais, edema pulmonar), febre, ansiedade,etc. Frequência de respiração é regular mas anormalmente rápida (maior que 20 respirações/minuto); · Hiperpnéia: aumento da frequência respiratória. Ex: acidose metabólica, febre, ansiedade. Frequência maior que 20 respirações/minuto (ocorre normalmente durante o exercício físico); · Bradipnéia: redução do número dos movimentos respiratórios. Ex: lesões neurológicas, depressão dos centros respiratórios por drogas. Pode preceder a parada respiratória. Frequência de respiração é regular mas anormalmente lenta (menos de 12 respirações/minuto); · Apnéia: interrupção dos movimentos respiratórios por um período de tempo prolongado. Ex: síndrome da apnéia do sono. Indivíduos em apnéia necessitam de suporte respiratório ou progredirão para óbito. Respirações cessam por vários segundos. Cessação persistente resulta em parada respiratória; · Dispnéia: respiração difícil, que exige esforço aumentado e uso de músculos acessórios; · CheyneStokes: respiração de frequência respiratória e profundidade são irregulares, caracterizadas por períodos alternantes de apneia e hiperventilação. O ciclo respiratório começa com respirações, superficiais que gradualmente aumentam para frequência e profundidade anormais. O padrão se reverte, a respiração fica lenta e rasa, concluindo como apneia antes de a respiração ser retomada; · Respiração de Kussmaul: as respirações são anormalmente profundas, regulares e aumentadas em frequência. Inspiração profunda seguida de pausa e expiração curta seguida de pausa; · Respiração de Biot: as respirações são anormalmente rasas por duas a três respirações, seguidas de período irregular de apneia. FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR A RESPIRAÇÃO · Exercíciofísico; · Dor; · Ansiedade; · Tabagismo; · Posição corporal; · Medicações; · Lesão neurológica; · Alteração nos níveis de hemoglobina. AVALIAÇÃO DA DIFUSÃO E PERFUSÃO Avalie os processos respiratórios através da medição da saturação de oxigênio do sangue, pelo oxímetro de pulso. FATORES QUE AFETAM A DETERMINAÇÃO DA SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO (SPO2) · Interferência na Transmissão de Luz · O movimento do paciente; · O esmalte de unhas e as unhas espessas. · Interferência em Pulsações Arteriais · A hipotermia no local de avaliação diminui o fluxo sanguíneo periférico; · Os vasoconstritores farmacológicos (p.ex., epinefrina) diminuem o volume do pulso periférico; · O baixo débito cardíaco e a hipotensão diminuem o fluxo sanguíneo para as artérias periféricas; · O edema periférico obscurece a pulsação arterial. CICLO CARDÍACO O ciclo cardíaco é constituído pelo início de um batimento cardíaco até o início do batimento seguinte. · Pressão sistólica ou máxima: quando o coração se contrai para bombear o sangue para o resto do corpo; · Pressão diastólica ou mínima: pressão dosangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento. O coração consiste de duas bombas: · Lado Direito - bombeia sangue para o interior dos pulmões; · Lado Esquerdo - bombeia sangue para os órgãos periféricos. · FLUXO SANGUINEO Fluxo - É a quantidade de sangue que passa por um vaso em um determinado período detempo. Fatores que interferem no fluxo: · Raio; · Viscosidade; · A espessura ou a viscosidade do sangue; · Comprimento. · RESISTÊNCIA PERIFÉRICA ARTÉRIAS · Transportar sangue oxigenado sob uma pressão elevada aos tecidos; · Possuem elasticidade; · Bombeamento propulsor efetuado pelo coração; · Determina o número de pulsações por unidade de tempo; · Função de manutenção e controle da pressão arterial (PA). DÉBITO CARDÍACO: volume de sangue bombeado pelo coração em um minuto. PULSO/FC: É a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial em cada batimento cardíaco. Onde verificar o pulso: Quais fatores interferem na aferição. · Exercício físico; · Temperatura; · Emoções; · Medicamentos; · Hemorragia; · Alterações posturais; · Condições pulmonares. CARACTERÍSTICAS A SEREM AVALIADAS · Frequência: número de pulsações; · Amplitude: grau de enchimento da artéria (sístole e diastóle); · Ritmo: regularidade dos intervalos. · Forte e regular (rítmico): batimentos regulares com uma boa força de cada batimento; · Fraco e regular (rítmico): batimentos regulares, com uma força precária de cada batimento; · Irregular (arrítmico): batimentos tanto fortes como fracos durante o período da mensuração. PARÂMETROS/TERMINOLOGIA · Normocardia: frequência cardíaca normal; · Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal; · Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal; · Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico; · Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico. PRESSÃO ARTERIAL (PA) · Força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo sangue que pulsa sob pressão do coração. · A PA depende da resistência vascular periférica. · Quanto menor for o lúmen de um vaso, maior é a resistência vascular periférica; · Conforme a resistência sobe, a PA arterial se eleva; · Conforme os vasos dilatam e a resistência cai, a PA cai. PARÂMETROS DOR · “Experiência sensorial associada a lesões reais ou potênciais ou descrita em termos de tais lesões; · A dor é subjetiva e cada individuo a sente de uma forma; · A necessidade da dor é reconhecida como 5º sinal vital e foi citado pela primeira vez em 1996 por James Campbell (presidente da Sociedade Americana da dor). SONDAS NASOENTERAL, NASOGÁSTRICA, OROGÁSTRICA. Sondagem nasoentérica: (Sonda Dobbhoff) Sonda localizada na porção duodenal ou jejunal do intestino. Utilizada principalmente quando o paciente não é capaz de deglutir alimentos, mas ainda é capaz de digeri-lo mesmo que parcialmente e absorvê-lo. Indicações: - Pacientes inconscientes; - Paciente com dificuldade de deglutição; - Pacientes com alto risco de broncoaspiração; - Pacientes com pancreatites agudas, fístulas esofágicas ou gástricas; - Casos em que o estômago não está funcional; - Administração de medicações e alimentos. Contraindicações: - Nos casos de pacientes com desvio de septo importante; - Traumatismo cranioencefálico; - Obstrução intestinal mecânica; - Sangramento gastrintestinal; - Vômitos incontroláveis; - Diarreia intratável; - Isquemia gastrintestinal; - Íleo paralítico prolongado; - Inflamação do trato gastrintestinal; - Tumor de boca e hipofaringe e varizes esofágicas. Vantagem: Oferece menor risco de refluxo gastroesofágico e broncoaspiração se comparado às sondas gástricas. Desvantagem: - Desconforto causado pela passagem da sonda; - A sonda localizada no jejuno está associada à maior incidência de diarreias; - Menor absorção dos alimentos e consequentemente uma menor utilização metabólica dos nutrientes. Técnica: - Importante colocar o paciente em Fowler 90º, a menos que haja contraindicação (como suspeita de traumatismo raquimedular). - Caso o usuário não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito lateral esquerdo ou decúbito dorsal horizontal lateralizando a cabeça e inclinando-a pra frente. - Ápice do nariz – lóbulo da orelha – descer até o apêndice xifoide adicionando mais 4 dedos. - Nos casos de sintomas adversos como tosse, dispneia, cianose e agitação a sonda deve ser retirada. - Verificar o conforto do paciente e pedir para que ele fique com a cabeceira elevada a 30º ou 45º, na impossibilidade disso, deve-se permanecer em decúbito lateral direito por algumas horas. - SÓ UTILIZAR A SONDA APÓS CONFIRMAÇÃO DO RAIO-X Sondagem Nasogástrica e Orogástrica: (Sonda Levine) Indicações: - Via de escolha em pacientes que necessitem de aporte nutricional e possuem a função gástrica preservada; - Drenagem do conteúdo gástrico; - Realização de lavagem gástrica; - Administração de medicamentos e alimentos; Obs: em pacientes com suspeita de traumatismo craniano encefálico é recomendada a sondagem orogástrica. Contraindicações: - Casos de má formação ou obstrução do septo nasal (no caso da nasogástrica); - Sangramentos gastroesofágicos; - Desconforto respiratório importante; - Pacientes com traumatismo craniano encefálico (utilizar apenas sonda orogástrica); - Má formação ou obstrução do trato gastrointestinal; - Hérnia de hiato importante; - Pancreatite; - Neoplasias de boca, faringe, esôfago ou estômago. Vantagens: É a via habitual e mais próxima da via fisiológica de alimentação e administração de medicamentos. Desvantagens: - Maior risco de refluxo e aspiração do conteúdo gástrico; - Desconforto local pela passagem da sonda. Técnica: - Nasogástrica: Medir do ápice do nariz ao lóbulo da orelha e descer até o apêndice xifoide. Fixação é na face, do mesmo lado da narina utilizada. - Orogástrica: Medir do canto da boca ao lóbulo da orelha e descer até o apêndice xifoide. Fixação é na bochecha. OBS: Sempre observar a curvatura do pescoço. Manutenção e cuidados: - Verificar o posicionamento correto da sonda antes de realizar qualquer infusão. - Administrar a dieta em temperatura ambiente e não a infundir rapidamente, minimizando riscos de diarreia ou má absorção do alimento. - Caso a sonda estiver com a fixação comprometida e retraída, nunca inserir novamente, deve-se retirar e realizar uma nova passagem. Complicações: - Traumas ocasionados pela inserção ou manutenção da sonda; - Distúrbios metabólicos como hiperglicemia e distúrbios hidroeletrolíticos; - Náuseas, vômitos, diarreia ou constipação; - Obstrução da sonda; - Distensão abdominal; - Sinusite aguda, otite, esofagite, ruptura de varizes do esôfago; - Broncoaspiração, a qual pode ocasionar uma pneumonia. Gastrostomia: É um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso à luz do estômago através da parede abdominal. Dependendo da técnica aplicada pode ser realizado através da laparotomia, por via endoscopia ou laparoscopia. Indicações:
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