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1 Prof.ª Kauana Puglia Política Externa Brasileira Contemporânea Aula 2 Conversa Inicial Apresentar a construção do sistema de direitos humanos no século XX Evolução do sistema de direitos humanos no pós-Guerra Fria – século XXI Agenda de direitos humanos brasileira Os direitos humanos no século XX e a formação das instituições 2GM: estabelecer novos padrões diplomáticos, sociais, políticos e estratégicos Carta das Nações Unidas, 1945 (Carta de São Francisco) Os direitos humanos no século XX e a formação das instituições Princípios gerais a partir dos quais se deveriam conduzir as relações internacionais no pós 1945 Nível de compromisso dos Estados Estados Unidos, União Soviética, França e Grã-Bretanha desempenharam um papel de liderança no processo 1 2 3 4 5 6 2 Conselho Econômico e Social (Ecosoc) Comissão de Direitos Humanos (CDH) Tribunal penal de guerra para punir os culpados pelas atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial Carta de Nuremberg Os tribunais penais internacionais permaneceram como um mecanismo excepcional Corte Internacional de Justiça (CIJ, 1945) Conselho de Segurança (CSONU) e Assembleia Geral Poder de veto para cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, China, França, União Soviética) Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948 Trinta artigos, uma série de temas e situações que devem ser regulamentados: vida, liberdade, cultura, identidade, raça, etnia, sociedade, desenvolvimento, condições de trabalho e bem-estar 1950-1960: operações de manutenção da paz Monitorar, estabilizar e ajudar a resolver pacificamente os conflitos Novos componentes Recuperação econômica e social da sociedade afetada pela 2GM Países derivados da descolonização afro-asiático Tema Norte-Sul 1989: fim da Guerra Fria Direitos humanos no pós-Guerra Fria 1990: Guerra do Iraque (1991), Guerra da Iugoslávia (1992-1995) e conflitos com países africanos Conflitos colocam em xeque a comunidade internacional sobre a questão dos tribunais internacionais, o papel da ONU e o desafio de universalizar os direitos humanos Direitos humanos no pós-Guerra Fria 7 8 9 10 11 12 3 ll Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, Viena, 1993 Tornar sólido o debate sobre direitos humanos no contexto pós-Guerra Fria Estabelecimento de posições específicas no campo dos direitos humanos nas Nações Unidas Convergência de expectativas no campo dos direitos humanos Expansão do escopo do sistema jurídico existente Estabelecimento de posições específicas no campo dos direitos humanos nas Nações Unidas Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUR), 1993 Criar um espaço de alto nível em todo o mundo para garantir e verificar o cumprimento dos padrões de direitos humanos Promover os direitos políticos, econômicos, sociais e culturais e fortalecer os mecanismos internacionais de cooperação e proteção Responsabilidade de proteger (R2P), 1999 Mudanças no conceito de segurança e intervenção humanitária, relacionadas à transformação das missões de manutenção da paz da ONU Aumento do número e reavaliação de operações de paz Prevenção, manutenção e construção da paz Estatuto de Roma, 1998 – Tribunal Penal Internacional Permanente (TPI) Organização internacional independente, com personalidade jurídica própria Ações tomadas em casos graves têm impacto na paz e segurança internacionais Crimes que podem ser julgados: genocídio, contra a humanidade, de guerra e de agressão, cometidos tanto por cidadãos de Estados parte do TPI, como por cidadãos de Estados não parte do TPI Direitos humanos no século XXI 13 14 15 16 17 18 4 A ACNUR desempenhou papel fundamental nas questões de direitos humanos Iniciativas entraram em conflito com eventos internacionais que desafiam princípios e valores dos direitos humanos Direitos humanos no século XXI 11/09: situações de exceção Atos em conflito com convenções internacionais e leis domésticas Ato Patriota Norte-americano de 2001 R2P Responsabilidade de proteger, 2001 Princípios gerais do R2P Não há consenso sobre o R2P e conceitos relacionados de segurança humana e intervenção humanitária Soberania do Estado condicionada à segurança dos cidadãos; à aplicabilidade da intervenção humanitária; e ao escopo do mandato na intervenção, no pós-conflito e na eventual reconstrução do Estado objeto da ação O conceito de “responsabilidade ao proteger” baseia-se nos seguintes princípios fundamentais: a valorização da prevenção e dos meios pacíficos de solução de controvérsias; a necessidade de exaurir todos os meios não violentos para a proteção de civis; (...) (...) a obrigação de que qualquer ação militar seja sempre autorizada pelo Conselho de Segurança, limitada em seus elementos operacional e temporal; e a necessidade de monitoramento e avaliação da implementação das resoluções que autorizem intervenções (Brasil, 2012) 19 20 21 22 23 24 5 Situação dos refugiados Conflitos levaram à migração de um grande número de pessoas em busca de melhores condições de vida União Europeia Justiça de transição Situações de gerenciamento de mudança de regimes autoritários para sociedades democráticas Estados autoritários estabelecem leis de anistia para garantir que os crimes cometidos durante a ditadura não sejam punidos O Brasil e o Sistema de Direitos Humanos Ativismo: primeiras décadas do século XX até a década de 1960 Recuo: 1960 a 1985, efetiva implementação do regime militar 1985: restauração de postura ativa O Brasil e o Sistema de Direitos Humanos Estabelecer a imagem de nação que garante os direitos humanos internacionalmente Constituição de 1988 fortaleceu o compromisso com a adesão às normas do sistema internacional Convenção Americana sobre Direitos Humanos (1969) Protocolo adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos (1978) Carta Democrática Interamericana (2001) Protocolos de Ushaia I e II (1998 e 2011) Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do Mercosul (IPPDHM) (2009, 2017) 25 26 27 28 29 30 6 Processo de internalização dos tratados internacionais de direitos humanos no Brasil é realizado pelos Poderes Executivo e Legislativo Emenda Constitucional n. 45, de 2004 I Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), 1996 Ministério dos Direitos Humanos, 1997 Ampliação do ativismo nos anos 1990 Conselho Nacional de Direitos Humanos Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) Lei Maria da Penha (Lei n. 11340, 2006) II PNDH, 2002 III PNDH, 2009 I – Interação democrática entre Estado e sociedade civil II – Desenvolvimento e direitos humanos III – Universalizar direitos em contexto de desigualdades IV – Segurança pública, acesso à justiça e combate à violência V – Educação e cultura em direitos humanos VI – Direito à memória e à verdade Comissão Nacional da Verdade (Lei n. 12.528, 2011) Criada de acordo com as recomendações sobre as responsabilidades da justiça de transição e convenções internacionais Lei de Anistia Brasileira, de 1979, declarada inválida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, em 2010 Participação no TPI desde 2002 Foco nas discussões sobre R2P e ações ativas no campo das operações de paz 2010: Centro de orientação para operações de paz O pacto global para migrações 31 32 33 34 35 36 7 Organização internacional para as migrações (Organização Internacional de Migração) O Brasil é um dos 164 países que assinaram o Pacto, proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) 2019: retirada do Brasil do documento Argumento de perda de soberania do Brasil O pacto global para migrações Resposta conjunta dos países do sistema das Nações Unidas à atual crise migratória Declaração de Nova York, 2016 Desenvolver diretrizes para resolver questões relacionadas à migração Fornecer orientação para as ações dos países que o respeitam Controlar a imigração ilegal, combater o tráfico depessoas, gestão de fronteiras, cooperação de documentos entre países, transferências de fundos e gestão da diáspora Fornecer regularmente aos imigrantes documentos de identificação Facilitar o processo regular de migração Criar um banco de dados para fazer políticas públicas Cooperar para localizar imigrantes desaparecidos Combate ao tráfico de pessoas e introdução clandestina de migrantes Cooperação com embaixadas e consulados Gerenciamento de fronteiras Combate à xenofobia Cooperar para garantir a segurança e a sequência da migração Estabelecer um mecanismo para garantir a integração dos imigrantes na sociedade receptora Promover a convivência amigável com cidadãos nativos Europa: apenas 6% dos refugiados do mundo Jordânia: 665.000 refugiados Na Prática 37 38 39 40 41 42 8 Arts. 1º e 3º da Constituição brasileira Cidadania e dignidade da pessoa humana (art. 1º, incisos II e III) Construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor e idade é o objetivo básico do Estado brasileiro contido no art. 3º da Constituição de 1988 Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos O Brasil vem obtendo sucesso na promoção dos direitos humanos baseada nos princípios da Constituição? Finalizando Temas referentes à área de direitos humanos nas relações internacionais Desenvolvimento dos direitos humanos nos séculos XX e XXI no Brasil e pelo mundo Características, dificuldades e perspectivas associadas à universalização dos direitos humanos Posição do Brasil frente aos desafios e instrumentos internacionais para a promoção dos direitos humanos 43 44 45 46 47
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