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Direitos Humanos N1

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AVALIAÇÃO – N1
Brasil Vieira
Discente: Caio da Fé Ramos
O caso apresentado trata-se da situação do julgamento da Ação Direta
de Inconstitucionalidade por Omissão (ADI) n. 26 pelo Supremo Tribunal
Federal, o qual tratou a respeito da criminalização da homotransfobia. Na
análise do caso, além da violação direta à igualdade é possível destacar
também a violação a outros direitos fundamentais tais como a vida, a liberdade
e a segurança pessoal, direitos previstos pelo art. 5º da CF.
O direito à vida também leva em consideração a condição de viver de
forma digna, preservando a integridade física e moral de cada indivíduo. O
direito à liberdade não está limitado à liberdade física, mas também o direito de
livre expressão e manifestação. Dentro do direito à segurança, por sua vez,
está a capacidade do Estado em punir aqueles que não respeitam as leis, além
de oferecer segurança para que o indivíduo possa se defender.
Ademais, é possível perceber a violação ao art. 3º, inciso IV, da
Constituição Federal, segundo o qual é objetivo da República promover o bem
de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação. Nesse sentido, destaca-se que a singularidade de
cada ser humano não é pretexto para a desigualdade de dignidades e direitos,
e a discriminação contra uma pessoa atinge igualmente toda a sociedade.
Em sequência há também a violação ao princípio da dignidade da
pessoa humana, prevista no CF em seu art. 1º, inciso III. Sendo o princípio
norteador da Constituição brasileira e, desse modo, de todo o sistema
normativo. Sendo o princípio que indica ideia de que quaisquer dimensões do
atuar humano devem prestigiar essa mesma essência, implicando o respeito.
Pois bem, com relação a Ação Direta de Inconstitucionalidade por
Omissão (ADO) de n° 26, destaca-se que esta não ocorreria sem a existência
do ativismo judicial e as mudanças sociais existentes à época. Havendo clara
omissão do legislador. Nesse sentido, o Poder Judiciário foi dotado para
(re)interpretação da Constituição Federal de forma mais abrangente e análoga,
a fim de abrigar minorias, como a lei 7.716/89. Ainda, conforme entendimento
dos ministros, a criminalização da homofobia é uma obrigação jurídica
conforme dispõe o art. Art. 5º, XLI, “a lei punirá qualquer discriminação
atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”.
Desse modo, o Ativismo Judicial e as mudanças sociais, a qual garantiu
a proteção da população LGBTQIA+. Sendo vistos como cidadãos de direitos e
deveres, merecendo igual amparo do Estado. Assim, coube ao Poder
Judiciário, diante da mora congressional, intervir para o resguardo dos direitos
de determinados grupos da sociedade.
Por fim, a decisão do STF em enquadrar a homofobia e a transfobia
como crimes de racismo, protegeu a dignidade da pessoa humana e garantias
individuais, além de contribuir ao combate a discriminação contra integrantes
da comunidade LGBTQIA+. Uma vez que é dever do Estado proteger os
direitos dos cidadãos.
REFERÊNCIAS:
GARCIA, Emerson. Conflito entre normas constitucionais. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 2015.

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