Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Ma. Telma Di Pietro MATERIAL COMPLEMENTAR Fisioterapia em Terapia Intensiva A traqueostomia é um procedimento em que é realizada a abertura cirúrgica na porção cervical anterior da traqueia, para a implantação de uma prótese ou cânula de traqueostomia. Cânula metálica e plástica. Cânulas de traqueostomia Fonte: adaptado de: livro-texto. Aberturas para fixar a cânula Conector com trava giratória (em alguns modelos) Placa Abertura cirúrgica na porção cervical anterior da traqueia para a implantação de uma prótese ou cânula de traqueostomia. Indicações. Benefícios. Desvantagens. Cuidados com a traqueostomia. Traqueostomia Fonte: adaptado de: livro-texto. Traqueia Cânula Esôfago Multifatorial. Demanda ventilatória aumentada. Disfunção diafragmática/fraqueza muscular respiratória. Isquemia miocárdica/disfunção cardíaca. Manutenção do quadro infeccioso. Agitação/delirium. Desnutrição. Desmame difícil ou prolongado Retirada do suporte ventilatório – avaliação diária. Parâmetros clínicos. TRE em nebulização (30 a 120 minutos). Monitorização da troca gasosa, hemodinâmica e conforto do paciente. Se houver fraqueza (PImáx < 60% do previsto): treinamento muscular. - Dispositivo de carga linear pressórica. - FES. - Períodos em PSV ou nebulização. Desmame da traqueostomia Fonte: Livro-texto. Avaliar a força muscular inspiratória (PImáx). Programar a frequência de tratamento – recomendado 2 x dia. Programar a intensidade – 30 a 60% da PImáx (dispositivos lineares). Programar séries/repetições – programar o que o paciente tolerar (exemplo: 3 x 12 repetições). Para treinamento de resistência pode-se utilizar períodos de tempo com carga (exemplo: 1min com dispositivo linear) ou períodos de nebulização (exemplo: inicia com 10min). Treinamento muscular – como realizar? Independência da VM por 24 horas. Desinsuflação do cuff (24 horas) → troca da plástica para metálica → retirada total. Decanulação Fatores preditores de sucesso na decanulação Quantitativos Tosse efetiva – PEmáx ≥ 40 cmH20 e PFT > 160 L/min Oclusão da traqueostomia > 24h Semi- quantitativos Nível de consciência - alerta Deglutição adequada Secreção pulmonar fluida PaCO2 < 60 mmHg Estenose traqueal < 50% (avaliada pela broncoscopia) Idade < 70 anos Ausência de comorbidades Fonte: https://www.utilidadesclinicas.com.br/medidor-de-fluxo- expiratorio-peak-flow-medicate Fonte: adaptado de: livro-texto. Cricotireoidostomia Fonte: Livro-texto. Infecção que ocorre no parênquima pulmonar, com presença de exsudato inflamatório que se desenvolve de 48 a 72 horas após a intubação ou a traqueostomização do paciente em ventilação mecânica invasiva. Início precoce (até o 4º dia de internação) e tardio. Diminuição dos mecanismos de defesa e suscetibilidade. Fatores de prevenção: cuff, cânulas com aspiração, higiene oral e sedação. Pneumonia associada à ventilação mecânica Fraqueza muscular. Generalizada. Mobilização precoce: recuperação funcional e desmame. Estabilidade clínica. Mobilização precoce Avaliação da força muscular: - Preensão palmar: valores de dinamometria < 11 kg em homens e <7 kg em mulheres são considerados indicativos de fraqueza muscular adquirida na UTI. - MRC (Medical Research Council): 6 grupos musculares (D e E). Máximo de 60 pontos e < 48: fraqueza Avaliação da força muscular Fonte: adaptado de: livro-texto. Escala MRC 0 Paralisia completa 1 Mínima contração 2 Ausência de movimentos ativos contra gravidade 3 Contração fraca contra gravidade 4 Movimento ativo contra gravidade e resistência 5 Força normal Mobilização passiva e alongamento no leito. Exercícios ativos e ativo-assistidos. Treino de mudanças posturais no leito. Sedestação beira-leito e poltrona. Treino de ortostatismo e deambulação. Cicloergômetro (passivo ou ativo). Estimulação elétrica funcional. Mobilização precoce Fonte: Livro-texto. Um paciente traqueostomizado está em nebulização há uma hora e apresenta: desconforto respiratório e instabilidade hemodinâmica. Medida a PImáx: -15 cmH2O e readaptado ao ventilador mecânico. O que este quadro sugere e como agir? Interatividade Um paciente traqueostomizado está em nebulização há uma hora e apresenta: desconforto respiratório e instabilidade hemodinâmica. Medida a PImáx: -15 cmH2O e readaptado ao ventilador mecânico. O que este quadro sugere e como agir? Sugere que há uma fraqueza muscular ventilatória e há necessidade de treinamento muscular respiratório, 2x/dia, com carga 30 a 60% da PImáx, em séries de repetições e alternar com períodos de nebulização. Resposta Como escolher a modalidade e os parâmetros? Drive ventilatório ausente ou oscilante. Progressão do paciente. Ventilação mecânica na prática Paciente sob VM na modalidade assisto-controlada (volume ou pressão) Desmame da sedação, estabilidade hemodinâmica e das trocas gasosas? SIM Capaz de realizar esforços inspiratórios? SIM Tentar modo PSV Se hipoventilação, retornar para modo assistido NÃO Discutir /sugerir redução da sedação Reavaliar capacidade de realizar esforços inspiratórios NÃO Manter modo atual e reavaliar no próximo período Fonte: adaptado de: livro-texto. Controlados Disparo: Ventilador Ciclagem: Ventilador Assistidos Disparo: Paciente Ciclagem: Ventilador Espontâneos Disparo: Paciente Ciclagem: Paciente Ciclos do ventilador: disparo e ciclagem Fonte: Autoria própria. Modalidade assisto-controlada a volume Fonte: Autoria própria. Modalidade assisto-controlada à pressão Fonte: Autoria própria. SIMV Fonte: Autoria própria. Ventilação com pressão de suporte Fonte: Autoria própria. Fisiologia. Patologia. Ausculta. Gasometria: - Acidose respiratória: hipoventilação; - Alcalose respiratória: hiperventilação; - Hipoxemia. Radiografia de tórax. No que devo me basear para ajustar o ventilador mecânico? Paciente 10º DIUTI por 9º PO de LE (abdômen agudo obstrutivo), 60 kg. Sedado (Dormonid e fentanil), Ramsay 6. Estável hemodinamicamente com DVAs (nora e dobuta) PA: 130 X 80 mmHg, FC: 82 bpm. Em IOT, sob VM, A/C a volume (VC: 280 mL, fluxo: 40 lpm, f 14/14, sens 2, PEEP 6, FiO2 40%), SaO2 95%. AP= MV + diminuído em bases sem RA. Radiografia torácica sem alterações. Gasometria arterial: pH 7,28, PaO2 62, PaCO2 49, HCO3 23, SaO2 90%. a) Qual o modo ventilatório? Explique como é o disparo e ciclagem. b) Baseando-se no laudo da gasometria arterial, altere parâmetros ventilatórios se necessário. Prática clínica ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar