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alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 1 SUMÁRIO ÓRGÃOS PÚBLICOS ............................................................................................................................................ 2 1. TEORIA DO ÓRGÃO ................................................................................................................................ 2 2. CAPACIDADE PROCESSUAL .................................................................................................................... 2 3. CLASSIFICAÇÃO ...................................................................................................................................... 3 https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 2 ÓRGÃOS PÚBLICOS 1. TEORIA DO ÓRGÃO Teoria responsável por explicar e classificar os órgãos públicos na Administração Pública do Brasil. Órgãos públicos são entes despersonalizados, ligados a um ente superior, que funcionam apenas como membros desconcentrados da entidade principal. § 2o Lei 9.784/99 - Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; Suas principais características: ➢ Não possuem Personalidade Jurídica; ➢ Não possuem patrimônio próprio; ➢ Não possuem vontade própria; ➢ Agentes atuam em imputação (teoria da imputação volitiva). A doutrina brasileira consagra a aplicação da teoria da institucionalização. Essa doutrina define que, apesar de não possuírem personalidade jurídica própria, determinados órgãos públicos, por conta de sua história existencial, podem ser considerados entidades próprias. Ex: Exército. Não por força de lei, mas por consequência de um costume (fonte do Direito Administrativo, como já visto). Apesar de toda essa “desconexão” com a personalização tradicional, vale destacar que os órgãos públicos devem possuir CNPJ próprio, diretamente ligado ao CNPJ da Pessoa Jurídica que integra. INSTRUÇÃO NORMATIVA No 1.183, DE 19 DE AGOSTO DE 2011 Art. 5º São também obrigados a se inscrever no CNPJ: I - órgãos públicos de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, desde que se constituam em unidades gestoras de orçamento. 2. CAPACIDADE PROCESSUAL Apesar de não terem, em nenhuma situação, personalidade jurídica própria, determinados órgãos públicos gozam de capacidade processual ativa. Isso significa que possuem capacidade postulatória para agirem judicialmente em nome próprio. Veja: Art. 5o Lei 7.347/85 - Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: I - o Ministério Público; II - a Defensoria Pública; Se observa a mesma condição ao analisar a Câmara Municipal. Súmula 525. STJ. A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 3 3. CLASSIFICAÇÃO Não há um consenso doutrinário acerca da classificação dos órgãos, havendo enumeração divergente entre a maioria dos doutrinadores. Por isso, opto por trabalhar as classificações mais aceitas e cobradas em concursos públicos. ➢ Quanto à hierarquia ou posição estatal • Independentes: possuem competência estabelecida na própria Constituição Federal, representam o mais alto escalão da Administração, agentes inseridos através de eleição ou nomeação, não se subordinam a nenhuma outra entidade. Ex.: Presidência da República, STF, STJ, Senado Federal, Câmara dos Deputados. • Autônomos: compostos por agentes políticos nomeados (em cargos de livre nomeação e exoneração), são órgãos da cúpula administrativa, possuem autonomia financeira, técnica e administrativa. Ex: ministérios, secretarias, advocacia-geral da União. • Superiores: detêm comando de assuntos de sua alçada, porém subordinados a uma chefia mais alta, por não possuírem autonomia financeira ou administrativa. Ex: departamentos, gabinetes. • Subalternos: órgãos comandados pelo governo, de mera execução. Não possuem poder de decisão. Ex.: Delegacias ligadas a departamentos, escola, hospitais. ➢ Quanto à atuação funcional • Singular: é um órgão de único titular; aquele que atua pela manifestação de vontade de um único agente que é o seu chefe e representante. Nesses casos, a manifestação deste agente se confunde com a manifestação de vontade do órgão. Ex.: Presidência da República • Colegiado: estes órgãos atuam e decidem pela manifestação da vontade de seus membros, funcionando por um colegiado de agentes, em observância ao seu estatuto ou regimento interno. Ex.: Assembleia Legislativa ➢ Quanto à estrutura • Órgãos Simples: estes são também chamados de órgãos unitários e possuem uma estrutura formada por única unidade orgânica, possuem um só centro de competência. Com efeito, não existem outros órgãos agregados à sua estrutura para garantir uma maior desconcentração das suas atividades. Importante ressaltar que não é relevante saber a quantidade de agentes públicos que integram seus quadros, mas sim a inexistência de outros órgãos compondo sua estrutura organizacional. Ex.: Presidência da República, Assembleia Legislativa (Estado). • Órgãos Compostos: reúnem outros órgãos ligados à sua estrutura, ensejando uma desconcentração e divisão de atividades. Ex.: Congresso Nacional – é formado pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 4 ➢ Quanto às funções • Ativos: são os órgãos que atuam diretamente no exercício da função administrativa, manifestando vontade e praticando atos essenciais ao cumprimento dos fins desta pessoa jurídica. Dessa forma, têm funções de prestação de serviços públicos, execução de obras ou exercício do poder de polícia estatal, seja por meio de direção de atividades, seja por meio da execução direta destas atividades. Ex.: Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Saúde (Estado). • Consultivos: são aqueles órgãos que atuam na emissão de pareceres jurídicos, assumindo a função de aconselhamento da atuação dos demais órgãos estatais. Praticam atos que dão suporte e auxílio técnico ou jurídico, por meio de atos opinativos, sejam de legalidade ou de mérito, não agindo diretamente na prática de atos de execução. Ex.: Ministério Público. • Controle: são órgãos que atuam na atividade de controle dos demais órgãos e agentes públicos, seja esse controle exercido internamente, no âmbito de um mesmo Poder do Estado, ou externamente, quando se manifesta entre Poderes estatais diversos. Ex.: Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União. ➢ Quanto ao âmbito de atuação • Central: são aqueles que possuem atribuição em todo território nacional, estadual, municipal. Enfim, têm competência em toda a área da pessoa jurídica que integram. Ex.: Ministérios e Secretaria de Segurança Pública. • Local: têm competência para atuação apenas em determinado ponto do território daquela pessoa jurídica que eles compõem. Ex.: Delegacia do Bairro de Santo Antônio – competência na região daquele bairro. https://www.alfaconcursos.com.br/
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