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ebook GESTÃO DE ESTOQUE Lgística

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Aula 04
Livro Didático 
Digital
Rodrigo Souza da Costa
Gestão de Estoque
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
RODRIGO SOUZA DA COSTA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor 
RODRIGO SOUZA DA COSTA
Sou o professor Rodrigo Souza da Costa e me sinto honrado por 
poder, de alguma forma, contribuir com sua formação. A área de gestão 
é um dos principais problemas (se não o principal) para o crescimento 
socioeconômico do país. 
Dessa forma, a importância de especializar-se fica cada vez mais 
evidente para quem busca uma posição de destaque no mercado. Nossa 
profissão é muito dinâmica. Mudanças nas formas de gestão nos coloca 
em constante uma busca constante por aprendizado e adaptação ao 
ambiente de competição das empresas.
Quando me foi passada a tarefa de lhe acompanhar em parte desse 
aprendizado, procurei buscar subsídios em minha formação e atuação 
profissional que pudessem ser relevantes para o seu aprendizado. Entre 
os meus passos nessa formação destaco: 
 • Sou graduado em Administração pela Universidade Estadual 
de Maringá (UEM), realizei meu Mestrado em Administração pela 
Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Doutorado em Administração 
pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
 • Atuo desde 2007 no ensino na graduação e Pós-graduação 
em diversas instituições do Sul do Brasil.
 • Realizo pesquisas na área de Administração, sobretudo no 
que tange a Estratégia Empresarial e Internacionalização de Empresas, 
tendo publicado mais de 40 artigos em periódicos e eventos nacionais 
e internacionais.
Ministro as seguintes disciplinas: Teoria das Organizações, 
Estratégias Empresariais, Diagnóstico Organizacional, Gestão de 
Recursos Empresariais, Gestão da Produção, Gestão da Cadeia de 
Suprimentos, dentre outras. 
Espero que possa contribuir significativamente nessa etapa de 
sua formação. 
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
Abordagem logística dos estoques ............................................ 12
Considerações Iniciais ...............................................................................................12
Relação da Gestão de Estoques com a Logística e o 
Marketing ............................................................................................................................. 13
Serviço ao Cliente ...............................................................................20
Valor do Cliente ..............................................................................................................24
Valor para o Cliente ....................................................................................................25
Supply Chain Management ............................................................29
Da Logística para o Supply Chain Management ..............................32
Os Sete Princípios do Supply Chain Management ....................... 38
Conclusão ...............................................................................................48
Bibliografia .............................................................................................49
Gestão de Estoque 9
UNIDADE
04
Gestão de Estoque10
Olá, meu caro aluno! Tudo bem com você? A nossa disciplina 
tratou da Gestão de Estoques, onde você viu sobre a importância desta 
área essencial para o aumento da competitividade de qualquer empresa, 
pois trata diretamente de um dos principais setores quando o tema é a 
eficiência de custos.
Nesta unidade final, o essencial é que você compreenda como se 
dá a gestão e o controle de suprimentos, principalmente sabendo qual a 
função e importância dos estoques para a empresa e utilizando técnicas 
de classificação destes estoques, relacionando com a abordagem 
logística dos estoques.
Além disso, vale ressaltar aqui a importância de você saber 
como são estipuladas as políticas de controle de estoques, bem como 
saber definir os custos relativos em estoque e estabelecer qual é o lote 
econômico de compras.
Por fim, você verá a importância de saber como a função compras 
é organizada dentro das empresas, bem como entender formas 
alternativas de organização e seleção de fornecedores.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar 
neste universo!
INTRODUÇÃO
Gestão de Estoque 11
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
 • Compreender a relação do marketing e a logística e as 
definições típicas de serviço ao cliente;
 • Definir fatores que contribuem para a importância do serviço 
ao cliente;
 • Entender o impacto da logística e do serviço ao cliente sobre 
o marketing;
 • Definir o conceito do Supply Chain Management e diferenciar 
da logística.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
OBJETIVOS
Gestão de Estoque12
Abordagem Logística dos Estoques
Nesta unidade, vamos abordar que um dos maiores desafios da 
logística é conhecer corretamente a demanda para planejar a produção 
e o nível de estoque para que se atinja o objetivo de redução de custos. O 
problema é que a demanda está, cada vez mais, variável e incerta, pois a 
grande variedade de produtos e a velocidade com que o mercado opera 
tornam mais complexas as operações para disponibilizar os produtos 
certos, nas quantidades certas, nos momentos certos e nas condições 
adequadas para a conveniência do consumidor. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Considerações Iniciais
A visão sobre a logística mudou recentemente, antes era vista 
como despesa para as empresas, hoje ela é conhecida como forma de 
redução de custos e uma possibilidade de agregar valor. As organizações 
perceberam que todo o processo desde a aquisição das matérias primas, 
a fabricação do produto até a distribuição nos pontos de venda deve ser 
feita com foco na satisfação do cliente final.
Segundo Christopher, a missão do gerenciamento logístico é 
planejar e coordenar todas as atividades necessárias para alcançar 
níveis desejáveis dos serviços e qualidade ao custo mais baixo possível. 
Portanto, a logística deve ser vista como o elo de ligação entre o mercado 
e a atividade operacional da empresa.
Vale salientar que, por causa da crescente competitividade, as 
empresas estão buscando maneiras de criar vantagens competitivas 
que satisfaçam o consumidor. Isto pode ser conseguido através da 
integração da cadeia produtiva, inclusive com quem vem “antes” de 
seu fornecedor e com o consumidor final, uma vez que os efeitosda 
insatisfação do cliente são refletidos em toda a cadeia.
Desta forma, o objetivo é ligar o mercado, a rede de distribuição, 
o processo de fabricação e a atividade de aquisição, de tal modo que 
Gestão de Estoque 13
os clientes sejam servidos com níveis cada vez mais altos e, ainda assim 
mantendo os custos baixos.
Portanto, o objetivo principal de um sistema logístico é a satisfação 
dos clientes. Atualmente, com as marcas perdendo sua força e os 
produtos mais parecidos, as empresas precisam focam seus esforços 
para fornecer um pacote de serviços que seja capaz de diferencia-las 
de seus concorrentes. 
Assim, o sistema logístico de uma cadeia de suprimentos precisa 
construir, ao longo dos elos, uma ligação que os direcione todos ao 
mesmo ponto. Este ponto é o de atender ao cliente com o melhor 
pacote de serviços e ao mínimo custo, agregando o máximo de valor 
e aumentando a lucratividade da cadeia e a diferenciando na visão do 
cliente como a que melhor atende as suas necessidades.
Relação da Gestão de Estoques com a 
Logística e o Marketing
As atividades de marketing estão voltadas para o gerenciamento 
do composto mercadológico do produto. Uma das formas mais comuns 
de defini-lo é através dos “quatro P’s” que são: produto, preço, promoção 
e praça, respectivamente.
Em geral, muitas empresas dão maior ênfase aos três primeiros 
itens por entenderem que estes são mais importantes e mais ligados ao 
EXPLICANDO MELHOR:
Esta preocupação deve estar presente em todas as 
áreas da organização. Como a logística moderna possui 
a característica de ser integradora ela tem se ocupado 
em disseminar esta visão para todos os envolvidos no 
atendimento ao cliente.
Gestão de Estoque14
Fonte: Freepik
Marketing. Com o aumento da concorrência, esta visão foi alterada e a 
ligação da logística com o marketing tem sido explorada como fonte de 
vantagem competitiva.
O produto certo, no lugar certo, na hora certa, parte de uma das 
definições de logística, tem se tornado uma preocupação do marketing 
para garantir a satisfação do cliente e prover um nível de serviço superior.
Com as tendências recentes, o potencial de diferenciação 
proporcionado pelos serviços tem recebido uma atenção especial para 
garantir a posição competitiva da empresa como um benefício a mais 
que não é oferecido pelos seus concorrentes e que reforça o produto e 
a marca na preferência dos clientes.
Um dos princípios básicos no gerenciamento da organização 
deve ser o de que o consumidor final é o verdadeiro gerador de receita 
da cadeia e que as demais operações geram apenas repasses de parte 
deste valor para os elos da cadeia.
Gestão de Estoque 15
Apesar de óbvio, isto parece ter sido esquecido durante um certo 
tempo e agora foi redescoberto, gerando uma corrida pela busca da 
satisfação do cliente como ponto focal das atividades empresariais.
Uma outra forma de se explicar esta tendência pode ser dada 
pela aproximação entre a visão do marketing e da produção possibilitada 
pela Produção Enxuta.
NOTA:
Ao propor que o objetivo de um sistema produtivo é eliminar 
desperdícios e que desperdício é tudo o que não agrega 
valor ao consumidor final, a produção enxuta pavimentou 
uma ponte entre estas duas áreas, que antes viviam em 
conflitos, ao mostrar um caminho para o alinhamento dos 
objetivos funcionais com os do negócio pela definição de 
que o importante é produzir e fornecer aquilo que o cliente 
deseja.
Essa tendência foi ressaltada pelas atuais exigências dos clientes 
que estão mais informados e exigentes e que impõem novos patamares 
de qualidade ao esperar melhores produtos e serviços.
O marketing descobriu que tão importante quanto oferecer um 
produto de alto padrão a um preço justo é assegurar a sua disponibilidade 
nos pontos de venda.
Não se pode esquecer que fazer uma promoção para levar o 
consumidor ao ponto de venda e permitir a falta do produto pode ser 
um convite a se experimentar a marca do concorrente e que esta pode 
ser uma viagem sem volta.
Gestão de Estoque16
A diferenciação pelas suas características físicas e tecnológicas está 
mais difícil e é mais rapidamente copiada. O exemplo dos carros populares 
no Brasil e dos automóveis que usam mais de um tipo de combustível 
provam esta tendência.
EXPLICANDO MELHOR:
Os compradores institucionais, impelidos pela adoção da 
filosofia just in time nas suas compras, exigem níveis de 
serviços mais elevados e a oferta de serviços adicionais, bem 
como, demandam excelência logística de fornecedores 
para poderem reduzir quantidades e aumentar o giro dos 
estoques sem que haja falta de produtos que possam 
prejudicar suas operações.
SAIBA MAIS:
Pesquisas recentes, no mercado automobilístico, mostram 
que dentre os principais fatores de decisão de compra 
estão à qualidade e a variedade de serviços adicionais 
que os fabricantes oferecem, como por exemplo: socorro 
mecânico, revisões com hora marcada e disponibilidade de 
peças para reparo.
Portanto a oferta de um pacote de serviço sob medida e que 
satisfaça mais plenamente as necessidades de cada nicho de cliente, 
tem se tornado cada vez mais importante na defesa da competitividade.
Garantir ao cliente disponibilidade, facilidade, agilidade e 
flexibilidade para a compra provam o poder do serviço ao cliente como 
fonte de diferenciação. Isto também está acontecendo em outros setores 
de mercado.
Gestão de Estoque 17
Os hipermercados exigem entregas frequentes de quantidades 
menores com prazos garantidos de seus fornecedores e no caso dos 
perecíveis estes devem estar o mais cedo possível nas gôndolas, pois, 
em geral, produtos que já tenham ultrapassado um terço da sua vida útil 
não serão aceitos.
Fonte: Freepik
O mercado de celulares e microcomputadores tem o desafio da 
perecibilidade tecnológica e, portanto, velocidade no desenvolvimento, 
fabricação e distribuição são fundamentais para garantir a atualização dos 
produtos vendidos.
Gestão de Estoque18
Fonte: Freepik
IMPORTANTE:
Outro ponto importante é a capacidade de customizar 
produtos de acordo com as especificações dos clientes. 
Ser capaz de disponibilizar inovações mais rapidamente 
que os concorrentes pode ser uma importante vantagem 
competitiva.
Gestão de Estoque 19
O exemplo da Dell Computer exemplifica a visão que se está 
querendo mostrar. Quando montada uma máquina deste fabricante é 
igual a dos outros produtores, mas a vantagem desta empresa está na 
velocidade com que o faz e na sua capacidade de atender plenamente 
as necessidades do cliente e de lançar novidades mais rapidamente que 
outras marcas.
Isto se deve a excelência em logística desta empresa. A Dell conta 
com estoques de processadores para sete dias, em média, enquanto 
seus concorrentes possuem material suficiente para sessenta dias.
Isto que permite que as máquinas da Dell sejam as primeiras a 
serem equipadas com os processadores mais modernos do mercado, 
mas exige maior acerto na gestão da demanda.
Gestão de Estoque20
Serviço ao Cliente
De forma simplista, a logística cria valor ao disponibilizar os 
produtos requeridos, na variedade adequada, nos locais desejados, 
no momento que atenda às necessidades e nos prazos estabelecidos 
pelos clientes.
Ou seja, os produtos só passam a ter valor quando chegam aos 
pontos de venda nos quais encontram clientes dispostos a pagar o 
preço solicitado por estes. Portanto, serviço é o pacote de atividades 
desempenhado pelo sistema de distribuição física no atendimento ao 
cliente. 
Ao analisar a distribuição física o serviço pode ser exemplificado 
como: a frequência e a confiabilidade da entrega, a disponibilidade de 
estoque e a velocidade e a agilidade no atendimento dos pedidos.
VOCÊ SABIA?
Numa visão ampliada, o serviço é o conjunto de atividades 
logísticas que permitem que os produtos sejam produzidos 
e entregues ao consumidor final nas condições e com as 
conveniências por ele desejadas, sendocompletado com 
as atividades pós-vendas que o fabricante oferece. Todo 
esse esforço visa à plena satisfação do comprador. 
Gestão de Estoque 21
Fonte: Freepik
O pacote de serviços que uma empresa oferece pode ser diferente 
para cada mercado em que atua, ou mesmo ser feito sob medida para 
seus principais clientes. Portanto, não se busca uma definição que 
abranja todas as possíveis variações, o que se quer mostrar é que 
serviço, de modo abrangente, mostra a forma como uma empresa se 
relaciona com seus clientes.
O serviço ao cliente poderia ser examinado sob três aspectos:
1. Elementos da pré-transação.
2. Elementos da transação.
3. Elementos da pós-transação.
Os elementos da pré-transação do serviço ao cliente relacionam-
se às políticas ou programas de corporação, ou seja, declarações 
Gestão de Estoque22
escritas da política de serviços, adequação da estrutura organizacional 
e flexibilidade do sistema.
Já os elementos da transação são aquelas variáveis do serviço 
ao cliente diretamente envolvidas no desempenho da função de 
distribuição física, como a confiabilidade do produto e da entrega.
Por fim, os elementos da pós-transação são geralmente aqueles 
que apoiam o produto enquanto este tiver em uso, por exemplo, garantia 
do produto, peças e serviços para assistência técnica, procedimentos 
para reclamações do cliente e substituição do produto.
Desse modo, torna-se fundamental a segmentação logística que 
levará a empresa a conhecer as necessidades de seus, agrupar aqueles 
que tem necessidades semelhantes e projetar um sistema logístico que 
possa atender aos requisitos solicitados.
NOTA:
Como já salientado a variedade de pacote de serviços 
é resultado da necessidade de se atender diferentes 
mercados e clientes e que cada um possui requisitos 
específicos de serviços e a importância de cada um dos 
fatores varia de cliente para clientes.
EXPLICANDO MELHOR:
Infelizmente em logística, muitas vezes, não é possível 
atender a todos os requisitos solicitados, pois isso iria elevar 
muito o custo da operação. Portanto, é necessário que se 
estabeleça com clareza quais serviços serão ofertados para 
cada mercado. Assim, os clientes saberão qual o padrão de 
atendimento que irão receber e se este os atende.
Gestão de Estoque 23
Apesar da importância do serviço logístico, a maioria das empresas 
não possui política de serviço logístico formalizada e claramente 
definida. Muitos sistemas logísticos são projetados com foco apenas na 
eficiência operacional e na redução de custos, uma visão interna, e não 
são alinhados com as expectativas dos clientes e com a estratégia do 
negócio.
Fonte: Freepik
Essa é a fórmula para o fracasso, pois, muito provavelmente, os 
concorrentes ao perceberem esta fraqueza irão garantir a disponibilidade 
e a confiabilidade de entrega de seus produtos para ganhar a confiança 
dos clientes e conquistar mercado.
Em suma, pode se estabelecer que, no momento, em que a força 
da marca e a diferenciação dos produtos diminuem a eficiência em 
logística é um ponto de suporte para a eficiência de marketing e que 
esta relação está cada vez mais presente nas estratégias competitivas 
das empresas vencedoras.
Gestão de Estoque24
Valor do Cliente
O valor a longo prazo da empresa é fortemente determinado pelo 
valor do relacionamento da empresa com seus clientes, que é chamado 
de: Valor do Cliente. Valor do cliente é uma medida da empresa, de 
quanto o cliente vale para ela e pode ser definido como: o total dos 
valores de consumo do cliente ao longo de sua vida de consumo, 
naquela empresa. 
À medida que os mercados amadurecem e os custos de 
conquistar novos clientes aumentam, uma ênfase maior precisa ser 
dada à retenção dos clientes existentes e à estabilização dos negócios 
fechados com eles.
Uma maneira para que isto seja possível é construir um 
relacionamento de valor para o cliente, de forma que isso reflita em valor 
para toda a cadeia.
Fonte: Freepik
NOTA:
Algumas empresas ainda não perceberam a importância 
do cliente para o seu sucesso, e não concordam com 
este enfoque. Este tipo de comportamento diminui as 
possibilidades de ganho, porque a empresa faz uma 
análise “interna” sem se preocupar primeiramente com o 
que o cliente realmente quer.
Gestão de Estoque 25
Um dos caminhos para uma empresa ter sucesso é manter uma 
relação lucrativa e duradoura com seus clientes, mesmo que ao longo 
do tempo seus produtos estejam mudando.
As necessidades e os desejos de um consumidor mudam e isto 
pode refletir nas suas preferências por marcas. O desafio da empresa é 
manter a relação com o cliente.
Um axioma do marketing diz que clientes não compram produtos, 
eles compram satisfação. A principal vantagem para a empresa em 
estabelecer uma relação com os clientes é manter um relacionamento 
continuado com a marca, e fazer com que eles sempre sintam 
necessidade ou vontade de comprar novamente. 
 
Valor para o Cliente
O valor para o cliente é subjetivo, é o quanto ele considera que 
vale um esforço em relação ao benefício esperado. Em termos simples, 
valor para o cliente é criado quando as percepções dos benefícios 
recebidos em uma transação superam os custos totais de propriedade.
Este custo de propriedade é diferente de preço porque envolve 
todos os custos que o cliente tem ao adquirir uma mercadoria, mesmos 
os nãos monetários, como a procura, necessidade de mobilidade e 
busca por informações.
Gestão de Estoque26
Fonte: Freepik
O serviço ao cliente pode oferecer oportunidades de diferenciar 
um produto-padrão e de ajustar as ofertas da empresa às exigências 
específicas do cliente. Foi um dos pensadores na área de marketing, 
Theodore Levitt, quem primeiramente disse que “as pessoas não 
compram produtos, elas compram benefícios”.
Como já citado, apesar de estar pronto ao final da linha de 
produção, o produto ganha valor ao chegar ao cliente. Portanto, o 
REFLITA:
Para que o cliente perceba valor em uma empresa, é 
preciso que ele seja o foco do negócio. Para ganhar 
vantagem competitiva sobre seus rivais, uma empresa deve 
proporcionar valor para seus clientes desempenhando 
atividades de modo mais eficiente que seus concorrentes 
ou desempenhando as atividades de forma que crie maior 
valor percebido pelo comprador.
Gestão de Estoque 27
serviço de distribuição deve ser uma forma de adicionar valor. A figura 
abaixo desenvolve esta ideia, com o conceito de “envoltório de serviços”.
No centro, está o produto com suas características tangíveis 
resultantes de sua fabricação. O círculo externo representa todos os 
valores adicionados proporcionados pelo serviço ao cliente e pela 
logística.
Ao considerar o cliente sensível ao serviço pode se estabelecer 
que ele é menos tolerante à espera e a disponibilidade do produto 
supera a preferência pela marca. Portanto, perder uma venda e um 
cliente em potencial gera uma grande perda em volume de receita para 
a empresa.
EXPLICANDO MELHOR:
Não é só o serviço ao cliente e as atividades logísticas 
que adicionam valor. Em muitos casos, a propaganda, a 
marca e a embalagem podem aumentar o valor do produto 
percebido pelo cliente. Entretanto, torna-se cada vez mais 
evidente que é necessário algo mais além da marca para 
diferenciar o produto.
NOTA:
Quanto maior a excelência logística de uma cadeia mais 
eficiente ela será e obterá maior diferenciação do produto, 
pois o cliente será melhor atendido e sua satisfação 
aumenta.
Gestão de Estoque28
Para que isto possa acontecer, é necessária uma grande 
integração de toda a cadeia que deverá estar preocupada em conhecer 
os desejos e necessidades do consumidor final, para que todos os seus 
esforços estejam alinhados para que se possa reduzir e agregar valor.
Atualmente, as empresas buscam novas formas de agregar valor 
e os requisitos logísticos que o cliente demanda oferecem chances para 
que sejam ofertados benefícios adicionais.
Assim, podeser criado um produto ampliado que proporcione 
maior satisfação, o que levaria a retenção do cliente que irá garantir uma 
relação duradoura e lucrativa.
Está cada vez mais difícil e caro conquistar novos clientes e a 
capacidade de reter clientes é fundamental para o negócio. Dessa 
maneira, o serviço logístico tem contribuído muito para a retenção e, 
portanto, empresas que não conseguem oferecer um nível de serviço 
adequado podem estar em desvantagem competitiva diante de seus 
concorrentes.
Assim, pode-se afirmar que a excelência em logística não é mais 
um benefício, mas sim uma obrigação para quem quiser competir e 
vencer.
Gestão de Estoque 29
Supply Chain Management
O aumento da competitividade, em especial nos anos 90, 
levou as empresas a uma busca pela melhoria da sua produtividade e 
aumento da eficiência. Neste cenário, a logística assume um papel de 
extrema importância e a sua evolução, para fazer frente à complexidade 
de um mercado em rápida mudança e crescente globalização, é o 
desenvolvimento do conceito do Supply Chain Management.
Isto leva as empresas a fazer uma revisão de suas estratégias e 
posicionamentos, enquanto clientes e fornecedores, redefinindo seus 
papéis na cadeia produtiva.
Wood & Zuffo ressaltam sua função como integrador dos elos 
dizendo que “em linhas gerais o Supply Chain Management pode ser 
definido como uma metodologia desenvolvida para alinhar todas as 
atividades de produção de forma sincronizada, visando reduzir custos, 
minimizar ciclos e maximizar o valor percebido pelo cliente final por meio 
do rompimento das barreiras entre departamentos e áreas.”
SAIBA MAIS:
O Supply Chain Management é uma evolução da logística 
empresarial que aumentou seu escopo de atividades e 
expandiu sua abrangência para fora da empresa, o que 
a tornou responsável pela integração estratégica com os 
intermediários do canal de distribuição e com as fontes 
de suprimento de modo que todos os esforços sejam 
alinhados para eliminar custos e agregar valor ao cliente 
final para que a empresa seja capaz de se diferenciar de 
seus concorrentes. 
Gestão de Estoque30
Isto ilustra as possíveis vantagens e a necessidade da integração, 
tanto logística como de cada uma das áreas funcionais, das empresas 
envolvidas. 
Assim, mostra-se fundamental para o sucesso deste modelo o 
estreitamento das relações, internas e externas, e a criação de competências 
distintas pelos seus componentes. Ou seja, cada um deve se especializar e 
ter excelente desempenho em sua área de atuação. 
Essa ideia é derivada da premissa segundo a qual a cooperação entre 
os membros da cadeia de valores reduzirá os riscos individuais e poderá, 
potencialmente, melhorar a eficiência do processo logístico, eliminando 
perdas e esforços desnecessários.
Não há uma perda da importância dos componentes. Ao contrário, 
para o aumento da competitividade da cadeia, cada elo deve representar 
com excelência seu papel.
Assim, o Supply Chain Management leva a um outro contexto 
de competitividade, pois esta passa a existir não mais somente entre 
empresas, mas também entre as cadeias produtivas.
O modelo enfatiza que cada componente deve preocupar-se 
com a competitividade do produto perante o consumidor final e com o 
desempenho da cadeia produtiva como um todo.
NOTA:
Todos os elementos ou os níveis de uma cadeia executam 
funções importantes, cujos respectivos desempenhos 
determinam de forma interdependente o desempenho do 
sistema como um todo. Portanto, trata-se de uma situação 
constituída por um conjunto de agentes decisores em que 
o resultado, tanto geral quanto para cada um em particular, 
depende das decisões tomados por todos.
Gestão de Estoque 31
A crescente utilização deste conceito pode ser explicada pela 
necessidade que as empresas hoje possuem de atender simultaneamente 
a dois objetivos, os quais são aparentemente antagônicos.
O primeiro é o de melhor atender a um número cada vez maior 
de requisitos impostos pelos clientes. O segundo é a necessidade de 
aumentar sua lucratividade. Uma das faces desse dilema é o que está 
acontecendo com o transporte.
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Fonte: Freepik
Dentre outras exigências, os fornecedores estão sendo solicitados a 
realizar entregas frequentes de pequenos lotes, cargas pequenas têm um 
custo unitário proporcionalmente mais caro que as grandes cargas.
Portanto, fragmentação em pequenos lotes tende a aumentar os 
custos logísticos, os quais representam uma parcela significativa do custo 
total, e isto pode afetar negativamente o lucro diminuindo, assim, a margem 
de contribuição dos produtos.
Gestão de Estoque32
Para tentar resolver esses dilemas as empresas estão maximizando 
as sinergias entre as partes da cadeia produtiva, de forma a atender o 
consumidor final com maior eficiência, tanto pela redução de custos 
quanto pela adição de mais valor aos produtos finais.
A redução de custos tem sido obtida mediante a diminuição do 
volume de transações de informações e papéis, dos custos de transporte 
e estocagem e da diminuição da variabilidade da demanda de produtos 
e serviços, dentre outros.
Valor tem sido adicionado aos produtos por meio da criação 
de bens e serviços customizados e do desenvolvimento conjunto de 
competências distintas através da cadeia produtiva e dos esforços 
para que, tanto fornecedores como clientes, aumentam mutuamente a 
lucratividade.
Isto reforça a possibilidade de utilizar este modelo para criar 
vantagens competitivas realmente sustentáveis e duradouras, pois este 
desenvolvimento só será possível se houver a capacidade de reunir 
alguns fatores importantes, como:
 • pessoal qualificado, motivado e competente;
 • um sistema logístico eficiente, que torne viável atingir o nível 
de serviço desejado pelos clientes;
 • gestão do conhecimento, bem como, outras características 
que não possam ser copiadas ou suplantadas pelos concorrentes e que 
agreguem maior valor aos produtos e serviços da empresa.
Da Logística para o Supply Chain 
Management
Para o desenvolvimento de uma estratégia de Supply Chain 
Management o primeiro passo deve ser o de avaliar a cadeia em que se 
atua e a capacidade desta em atingir seus objetivos.
Basicamente, os pontos a considerar são os seguintes: 
necessidades do cliente; requisitos do cliente; aptidões internas, 
Gestão de Estoque 33
aptidões dos demais integrantes potenciais, aptidões dos concorrentes 
e os objetivos do negócio. 
Como resultado desta fase, considerando a situação atual e 
as tendências futuras, pode ser feita uma análise, tanto do ambiente 
interno quanto externo, que leva ao descobrimento das oportunidades 
e desafios, bem como, dos pontos fortes e fracos que se apresentam.
Essa visão, deve nortear o papel da empresa na busca pela 
agregação de valor ao cliente e nas decisões de quais as atitudes a tomar 
para se obter uma posição de vantagem competitiva. O elo forte também 
tem a responsabilidade de influenciar e coordenar os componentes da 
cadeia para que a visão se torne uma realidade.
REFLITA:
Após realizar esta avaliação pode ser estabelecida uma 
visão da cadeia logística e podem ser avaliados os 
movimentos e iniciativas que possam afetar o negócio e o 
seu futuro.
IMPORTANTE:
Devem ser feitas algumas ponderações necessárias para a 
implantação deste conceito. A primeira é a de que, apesar 
das mudanças recentes salientarem a necessidade de se 
focar no cliente, bem como, a crescente percepção das 
empresas como um somatório de processos, a maioria 
das empresas continua a insistir, ignorando as tendências 
atuais, em empregar orientação funcional. 
Gestão de Estoque34
A segunda é a avaliação dos impactos desta atitude, pois ao dar 
muita importância e poder aos departamentos, a segmentação de suas 
atividades é mantida. Isto propicia, além da existência de muitas áreas 
de atrito, a continuidade de modelos onde a integração é muito baixa e 
o desempenho do sistemalogístico é prejudicado, uma vez que não se 
consegue usufruir os benefícios da integração.
Isto pode ajudar a entender porque muitas empresas brasileiras 
continuam a tratar os subsistemas logísticos, o de abastecimento, o de 
produção e o de distribuição, de forma desagregada e os subordina a 
diferentes áreas da organização.
Esta decisão, somada a pouca utilização de sistemas de 
informação, mostra um cenário preocupante, mas no qual há 
possibilidade de melhorias significativas. 
O que falta são iniciativas no sentido de reverter este quadro, 
contudo, o aumento do nível de exigência por parte dos clientes e a 
entrada no mercado de concorrentes mais gabaritados são as forças 
motrizes que irão catalisar este processo.
Este contexto trará como implicações: primeiro a implantação da 
logística integrada, através da integração da estruturas organizacionais 
ou dos processos; e segundo o fato de que a logística receba um 
tratamento mais estratégico, no qual estará mais presente nas decisões 
da empresa.
Somente nesta situação, poderá ser totalmente explorado, 
compreendido e avaliado o real potencial de ganhos que podem ser 
obtidos por uma empresa através da logística.
Como já salientado, um dos pressupostos do Supply Chain 
Management é o de que exista uma total integração dos componentes 
da cadeia produtiva na busca de uma otimização sistêmica.
Este processo se dá em três etapas distintas que serão analisadas 
individualmente para um melhor entendimento.
A primeira etapa é caracterizada pela melhoria das transações 
entre as áreas afins, por exemplo, a área de compras do cliente 
relaciona-se intensamente com a de vendas do fornecedor, levando a 
um estreitamento entre as empresas e, com o passar do tempo, surge 
Gestão de Estoque 35
um clima de confiança, os acordos são estabelecidos e cumpridos, o 
que acaba por propiciar as condições de que seja iniciada uma parceria.
Na segunda etapa ocorre a integração dos processos da cadeia, 
ou seja, há uma extrapolação das fronteiras das empresas na qual as 
atividades são executadas conjuntamente.
O processo de pesquisa e desenvolvimento é uma das áreas que 
pode obter resultados melhores neste contexto, pois, quanto mais cedo 
os fornecedores forem inseridos, menor será o tempo gasto entre o 
projeto sair da prancheta e estar disponível para o consumidor final.
Isto é um diferencial importante num mercado onde os produtos 
estão tendo ciclos de vida, cada vez mais, curtos. Portanto, ser mais ágil 
que os concorrentes no lançamento de novos produtos é um objetivo 
que as empresas estão perseguindo.
A terceira etapa exige que se estabeleça uma aliança na qual as 
estratégias a serem desenvolvidas devem ter foco na cadeia como um 
todo e não nos componentes individualmente.
A cadeia só atingirá seus objetivos se cada empresa conseguir 
entender e executar o seu papel na criação de valor para o cliente. 
Deverá existir um perfeito alinhamento dos processos-chave do negócio 
para se estabelecer uma cadeia vencedora.
Inúmeras etapas e desafios devem ser vencidos ao trilhar este 
caminho, no qual se busca evoluir de uma relação conflitante entre os 
componentes até que se consiga estabelecer uma filosofia única, aceita 
e executada por todos, para nortear as decisões e o destino de uma 
cadeia de suprimento.
No ocidente, existe uma grande ênfase ao individualismo e o 
contexto predominante é o da concorrência, onde a vitória é uma glória 
pessoal. Isto, por si só, representa um obstáculo que dificulta em muito 
a mudança para uma cultura onde o importante é o coletivo.
No âmbito das empresas, a história da evolução do pensamento 
administrativo, principalmente as duas primeiras escolas, a científica de 
Taylor e a clássica de Fayol, podem ajudar a entender esta realidade. 
Gestão de Estoque36
Inicialmente, a organização foi entendida como sendo um sistema 
fechado que era independente do ambiente externo e no qual a busca 
pela eficiência estava focada exclusivamente no ambiente interno. 
Enxergar a empresa como um sistema isolado foi o alicerce de 
muitas das técnicas de gestão da produção encontradas na literatura 
especializada, e consagradas em livros.
Por essa razão, muitas delas têm se mostrado pouco eficazes 
quando aplicadas no mundo real, onde de fato a empresa encontra-se 
inserida em um contexto organizacional dinâmico e complexo.
A capacidade de estabelecer parcerias será o fator determinante 
para a sobrevivência das empresas, mas muitas parecem não perceber 
isto ou não conseguem mudar sua filosofia.
NOTA:
Há uma opção a ser feita, que não poderá ser postergada por 
muito tempo, que é a de escolher entre continuar tentando 
crescer sozinho e fazer frente às pressões de aumentar o 
valor percebido e reduzir custos de modo individual, que 
poderá causar uma sobrecarga, ou unir esforços para 
permitir que o esforço a ser realizado para atingir estes 
objetivos seja suavizado, mesmo que isto signifique abrir 
mão de uma parcela da independência estratégica da 
organização e force a sempre difícil mudança da cultura 
organizacional.
Porém esta mudança é imperativa e torna-se necessária para que 
a cadeia consiga obter um padrão de competitividade que possibilite 
o desenvolvimento de aptidões que a qualifiquem a disputar o atual 
mercado global, que as expõem à concorrência dos fabricantes de 
classe mundial.
Entre os principais benefícios estratégicos da adoção do Supply 
Chain Management obtidos podem ser citados:
Gestão de Estoque 37
a. reestruturação e consolidação do número de fornecedores e 
clientes, implicando sua redução e aprofundamento das relações com as 
quais realmente se deseja desenvolver relacionamentos colaborativos e 
com resultado sinergético gerando parceiras de longo prazo;
b. divisão de informações e integração da infraestrutura com 
clientes e fornecedores, propiciando entregas just-in-time e redução 
dos níveis de estoques. A integração de sistemas computacionais e a 
utilização de sistemas, como o Eletronic Data Interchange (EDI), entre 
fornecedores, clientes e operadores logísticos, podem permitir a prática 
por exemplo da reposição automática do produto na prateleira do cliente. 
A utilização de representantes permanentes (in plant representatives) 
junto aos clientes, pode facilitar, dentre outros aspectos, o melhor 
balanceamento entre as necessidades dos mesmos e a capacidade 
produtiva do fornecedor;
c. resolução conjunta de problemas e envolvimento dos 
fornecedores desde os estágios iniciais do desenvolvimento de 
novos produtos permitindo a concepção de produtos que facilitem 
o desempenho da logística da cadeia produtiva e a escolha de um 
operador eficiente para administrá-la;
d. compatibilização da estratégia competitiva e das medidas 
de desempenho da empresa à realidade e aos objetivos da cadeia 
produtiva.
O nível de resultados obtidos pela empresas que adotaram o 
Suplly Chain é variável, mas foram constatados ganhos significativos no 
que seguinte:
a) redução de estoques;
b) redução da falta de produtos;
c) aumento das entregas no prazo; 
d) redução dos prazos de entrega;
e) aumento da receita.
Gestão de Estoque38
Uma consideração importante para explicar a tendência atual de 
intensificação da utilização do conceito de Supply Chain Management, é 
a crescente consciência da ineficiência das cadeias de valores.
Se o movimento da qualidade chamou a atenção para as perdas 
relacionadas aos retrabalhos e refugos na produção, o novo foco 
na gestão logística mostra como a ineficiência é ainda maior quando 
olhamos a cadeia como um todo.
Apesar de, inicialmente, aparentar uma certa complexidade, o 
conceito de Supply Chain Management tem sido muito aceito por estar 
baseado na reunião de pressupostos simples e que já eram utilizados, 
por muitas empresas, porém de forma desconexa e sem a orientação 
dada por este modelo.
Uma importante referência é de não se esquecer queas soluções 
simples se mostram mais fáceis de implantar, menos onerosas e 
propiciam bons resultados.
As práticas eficazes de Supply Chain Management implementadas 
em todo mundo têm visado à simplificação e à obtenção de uma cadeia 
produtiva mais eficiente.
Os Sete Princípios do Supply Chain 
Management 
Para tentar encontrar o caminho que leve a balancear o nível de 
serviço aos clientes e a necessidade do aumento da lucratividade da 
empresa, o que muitas vezes se assemelha a um cabo de guerra, pode-
se utilizar a combinação entre descobrir o que o cliente quer e como 
coordenar os esforços na cadeia de suprimento para atender estes 
requisitos de modo mais rápido, barato e melhor que os concorrentes. 
Porém, isto não é assim tão fácil de se atingir ou sustentar, pois cada 
companhia deve encontrar o melhor modelo para sua cadeia.
Portanto, não existe uma fórmula pronta ou uma receita de bolo 
que mostre os passos para implantar o Supply Chain. Cada empresa e 
Gestão de Estoque 39
sua respectiva cadeia precisa descobrir o caminho a trilhar para que se 
definam e alcancem os objetivos desejados.
Ao analisarmos diversos fornecedores, fabricantes, distribuidores 
e varejistas perceberam, naquelas cadeias que obtiveram sucesso, 
uma combinação de sete princípios que, quando usados em conjunto, 
mostram-se eficientes na iniciativa de implantar o conceito de Supply 
Chain Management.
A intensidade com que cada cadeia deve aplicar cada um dos 
conceitos lhe é particular e deve ser por ela mensurada, pois não serão 
encontrados dois casos idênticos.
Segmentação Logística
O primeiro princípio é o de segmentar clientes com base em 
grupos de necessidades distintas e adaptar a cadeia para ser lucrativa 
ao atender esses segmentos. O que se apresenta é a necessidade de se 
mudar o modo de segmentação utilizado.
A correta segmentação, utilizando o critério das necessidades 
dos clientes, permite que a empresa desenhe uma gama de serviços 
realmente adequada e sob medida para diferentes segmentos.
Através de pesquisas, entrevistas e outras técnicas pode ser 
determinado quais os requisitos mais importantes para cada nicho. A 
partir disto, pode sem entendidos quais serviços são valorizados por 
todos os clientes e quais são representativos somente para certos 
segmentos.
REFLITA:
Como o objetivo é o de maximizar o lucro, para se desenhar 
adequadamente o pacote de serviços, um fator importante, 
mas que representa um grave problema para muitas 
organizações, que insistem em permanecer na ignorância e 
subestimar este assunto, é o desconhecimento dos custos 
incorridos em cada atividade.
Gestão de Estoque40
Faz-se necessário conhecer duas informações, uma delas é o 
custo e a outra é a necessidade de se identificar a quais itens de serviço, 
o cliente atribui maior valor. Desse modo, busca-se um equilíbrio entre 
os custos e os serviços ofertados, que mais agreguem valor, para se 
tentar obter um aumento no lucro.
Customização Logística
O segundo princípio é o de customizar o sistema logístico aos 
requisitos de serviço e lucratividade dos segmentos de clientes. A 
consciência de que nem todo cliente precisa ou deve ser tratado da 
mesma forma que outros clientes. 
Como, no geral, muito pouco é sabido a respeito das verdadeiras 
necessidades de serviços dos clientes, muitas firmas reagem 
simplesmente mantendo um elevado nível de serviço. Isto resulta em 
custo de distribuição maior que o necessário e, portanto, maior preço 
final para os clientes.”
Ao desenhar o sistema logístico devem ser considerados fatores 
como o ramo de negócio, as características dos produtos, a localização 
e as particularidades dos clientes, bem como, é importante analisar o 
estágio da logística em cada segmento.
EXPLICANDO MELHOR:
Então, é possível definir quais são os fatores realmente 
diferenciadores. Por exemplo, num mercado de 
commodities agregar serviços será muito significativo, 
principalmente, se isto levar à uma redução do tempo 
de ressuprimento e à uma movimentação mais eficaz de 
materiais. Por outro lado, no segmento de supermercados, 
onde já se utiliza o Efficient Consumer Response, isto é 
apenas um fator qualificador.
Gestão de Estoque 41
Ou seja, conforme os fundamentos da qualidade, o importante 
é atender as necessidades dos clientes e para isto é indispensável 
entendê-las com clareza.
Porém, um nível de qualidade maior, com aumento de custos, que 
não seja percebido pelo cliente como agregação de valor, além de ser 
um desperdício, irá diminuir a lucratividade e não terá utilidade alguma.
Uma qualidade abaixo do esperado irá levar à busca por uma 
outra cadeia que possa oferecer um melhor atendimento.
Gerenciamento da Demanda
O terceiro princípio é o de ouvir os sinais do mercado e alinhar 
o planejamento da demanda adequadamente ao longo da cadeia, 
tentando obter previsões consistentes e melhorar a alocação dos 
recursos. 
A importância não só da previsão, mas da percepção da demanda 
pela cadeia é fundamental para seu desempenho e pode estabelecer 
um grande diferencial competitivo.
A qualidade, a confiabilidade e a rapidez no repasse da informação 
aos componentes são os fatores que irão permitir a sincronização da 
produção com a demanda e, consequentemente, suportar decisões 
mais acertadas. Isto possibilita substituir estoques por informações.
Na teoria isto parece ser fácil e simples, porém, na vida real, 
alguns desafios precisam ser vencidos para se realizar uma boa previsão 
de demanda, pois, por melhor que seja o método utilizado, nunca se 
terá como resultado a certeza, mas sim uma maior garantia para o 
planejamento da produção e das necessidades de materiais. 
Torna-se fundamental entender que, como se trata de uma 
cadeia, o objetivo a ser atingido é de melhorar a previsão de todos os 
elos e não individualmente.
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Fonte: Freepik
IMPORTANTE:
Isto só será possível com o estabelecimento de uma 
sincronia perfeita entre os componentes para que todos 
percebam e respondam de modo adequado e rápido, 
aos movimentos de aumento e decréscimo da demanda. 
Assim, poderão utilizar racionalmente os recursos e melhor 
atender aos clientes finais.
Apesar das dificuldades, para poder ofertar um nível de serviço 
adequado aos clientes e, principalmente, fazê-lo com um nível de 
estoques ideal ao longo da cadeia, é fundamental uma correta previsão e o 
gerenciamento da demanda.
Ou seja, se não se atingir o grau de acerto desejado, poderá se optar 
pela estratégia de se manter elevado índice de inventário, consequentemente, 
aumentando os custos logísticos e diminuindo a eficiência e competitividade.
Postergação
O quarto princípio é de diferenciar o produto o mais próximo do cliente 
e acelerar a conversão através da cadeia. Muitas empresas vêm tentando 
Gestão de Estoque 43
tornar-se manufaturas enxutas e, assim, cortar custos através da redução do 
tempo de preparação das máquinas, da manufatura celular e do emprego de 
técnicas de Just in Time.
Mas, um campo promissor tem se apresentado para aqueles que 
utilizam a customização em massa, ou seja, ofertar uma grande gama de 
produtos para melhor atender as necessidades dos clientes, e que estão 
descobrindo as vantagens de postergar a diferenciação do produto para o 
mais tarde possível.
REFLITA:
Com a percepção de que a redução do lead time possibilita 
diminuir o nível de estoque, bem como, permite responder 
mais rapidamente ao mercado. Muitas empresas têm 
aplicado esforços em encurtar o tempo de ressuprimento 
ao longo da cadeia e acelerar a conversão das matérias-
primas em produtos acabados feitos sob medida para os 
clientes.
Este encurtamento permite aumentar a flexibilidade e fazer 
a configuração final do produto mais próxima do momento em que a 
demanda ocorre.
O desafio de posicionar o ponto onde o produto não possa 
mais ser alterado mais próximo do consumidor, de maneira a atender 
requisiçõesparticulares e permitir a oferta de opções ao cliente, pode 
ser alcançado ao se utilizar a postergação, o desenho modular e a 
alteração do processo produtivo. Assim, é viável aumentar a flexibilidade 
e responder a crescente demanda por variedade dos consumidores.
Um bom exemplo, empregado na indústria automobilística, é o 
conceito de plataforma, que é a utilização de uma base comum que 
pode ser convertida em uma gama de produtos bastante diversificados 
para o consumidor.
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Fonte: Freepik
 Gerenciamento das Fontes de Suprimento
O quinto princípio é o de gerenciar estrategicamente as fontes 
de suprimento para reduzir o custo total de possuir materiais e serviços. 
É preciso entender que uma relação só continua a existir se houver 
equilíbrio e, portanto, isso pressupõe que as duas partes estejam 
satisfeitas, bem como, em vez de um clima belicoso, é necessário um 
ambiente favorável para se estabelecer a cooperação e ajuda mútua. 
Por se tratar de uma estrutura comum, a mesma linha de 
montagem pode ser utilizada, sem alterações, para a construção de 
automóveis diferentes que irão atender, muitas vezes, a públicos com 
necessidades muito distintas. Isto representa uma maneira inteligente 
de aumentar a flexibilidade, ofertar variedade de produtos e, ainda, 
reduzir de custos de fabricação.
Gestão de Estoque 45
O foco precisa ser alterado, os elos da cadeia não devem competir 
entre si, mas sim procurar maneiras de se ajudar visando aumentar a 
eficiência do todo. Isto gera uma dinâmica propícia para a detecção e 
correção das falhas, bem como, para a análise e questionamento da 
maneira atual pela qual as operações estão sendo realizadas.
Assim, serão propostas inovações e melhorias que criem novos 
produtos e serviços, ou alavanquem as operações, e que sejam capazes 
de melhorar a capacidade competitiva da cadeia. 
Somente ao alinhar os objetivos dos elos da cadeia, será 
possível a busca, pelas melhorias e racionalizações para torná-la mais 
competitiva. Cabe ressaltar que, está se procurando eliminar ou, no 
mínimo, racionalizar todas as atividades que não agregam valor.
Isto significa um esforço maior e mais difícil do que apenas tentar 
diminuir o preço do fornecedor, pela pechincha na hora da compra, que 
de pouco adianta, pois não irá atacar e eliminar as ineficiências e não 
trará nenhum esforço de melhoria. 
Tecnologia da Informação
O sexto princípio é o de desenvolver uma estratégia de tecnologia 
de informação que englobe toda a cadeia, dando suporte a diferentes 
IMPORTANTE:
Para trabalhar com o Supply Chain Management a empresa 
deve ter uma mentalidade muito mais aberta e inovadora, 
pois, só assim, irá perceber que é preciso estabelecer 
relacionamentos baseados em parcerias com os seus 
fornecedores e que, ao invés de estar preocupada em obter 
ganhos individuais, é necessário buscar estratégias que 
propiciem vantagens mútuas e otimizem o desempenho 
da cadeia como um todo.
Gestão de Estoque46
níveis de tomada de decisão e permitindo uma visão clara do fluxo de 
produtos, serviços e informações.
As empresas do mundo todo, tentando garantir sua sobrevivência, 
têm se encontrado frente a frente com o desafio de melhorar 
significativamente a maneira como realizam suas operações.
Está acontecendo uma progressiva interação entre a logística e 
a informação. Atualmente um dos grandes desafios é o da substituição 
de estoques, que são utilizados para proteção contra as incertezas e a 
ineficiência, mas que representam pesados custos, por informações que 
permitam tomar, com maior nível de certeza, as decisões de adquirir, 
produzir e distribuir em sincronia com a demanda.
O gerenciamento da logística global, em verdade, é o 
gerenciamento do fluxo de informações. O sistema de informações 
é o mecanismo pelo qual os fluxos complexos de materiais, peças, 
subconjuntos e produtos acabados podem ser coordenados para a 
obtenção de um serviço a baixo custo.
Qualquer organização com aspirações a liderança global depende 
da visibilidade que ela possa obter dos fluxos de materiais, estoques e 
demandas, através da cadeia total.
Em resumo, no Supply Chain Management, é muito importante o 
comprometimento das pessoas. A consciência de que devem trabalhar 
de forma integrada, a visão de que as atividades que realizam são parte 
de um todo e, portanto, a importância do seu papel, ao gerar e distribuir 
informações, bem como, utilizá-las para tomar decisões que melhorem 
desempenho do sistema logístico como um todo, são fundamentais 
para o sucesso do negócio.
Sem esta postura, os resultados esperados não serão alcançados 
e os investimentos em tecnologia de informação de pouco adiantarão.
Indicadores de Desempenho
O sétimo princípio é o de adotar indicadores de performance do 
canal de distribuição da cadeia para avaliar o seu sucesso em atingir de 
modo eficiente o consumidor final.
Gestão de Estoque 47
Se para uma empresa isoladamente isto já é um desafio, quando 
se pensa em medir a performance de uma cadeia a dificuldade é 
ampliada, mas a importância também aumenta na mesma proporção.
Para isto, a cultura das empresas deve estar adaptada ao Supply 
Chain Management, pois é necessário que se abandone a ideia de que medir 
somente o desempenho individual garante um bom desempenho da cadeia. 
De fato, é preciso entender que se deve medir a performance coletiva 
e, principalmente, a da interface entre cada um dos elos. Só assim, será 
possível determinar se está havendo sinergia ou sobreposição entre estes.
IMPORTANTE:
Portanto, o fundamental é entender, com clareza, o 
processo, seus propósitos, os objetivos desejados e 
quais resultados são esperados, isto sem perder de vista 
a ótica do cliente. Desta forma, será possível elaborar 
uma metodologia de controle e avaliação que mostre o 
desempenho que se está obtendo, quais os pontos fortes e 
os pontos fracos e enxergar os desvios, ou seja, o que está 
acontecendo de modo diferente daquilo que foi planejado.
EXPLICANDO MELHOR:
Apesar da dificuldade em se determinar um conjunto ideal 
e universal, somente a utilização de indicadores comuns irá 
facilitar a detecção dos problemas, o entendimento de onde 
estes estão acontecendo, bem como, permitirá uma análise 
do conjunto de operações e a elaboração de uma política 
que otimize as possíveis sinergias entre os elos da cadeia.
Isto poderá garantir a redução de custos, o aumento da 
lucratividade e, principalmente, o eficiente atendimento ao consumidor 
final.
Gestão de Estoque48
Conclusão
Para entender a crescente aceitação do Supply Chain 
Management, é preciso lembrar que, recentemente, muitas empresas 
adotaram estratégias baseadas na redução de seus custos, no 
enxugamento de suas operações e na redução de seus quadros de 
pessoal com o objetivo de aumentar sua competitividade. 
Com isto, voltaram a se concentrar em seu negócio, corrigiram 
seus desvios estratégicos, adotaram conceitos de produção enxuta e se 
preparam para competir num mercado globalizado.
Ao trilhar este caminho doloroso, ficou evidente que estas 
estratégias somente seriam eficientes no curto prazo e que deveriam 
prepará-las para uma próxima fase.
No longo prazo, para evitar seu desaparecimento, as empresas 
precisariam aumentar suas vendas e lucratividade. Portanto, teriam que 
desenvolver novos produtos, customizar os produtos existentes, entrar 
em novos mercados, ter foco nos clientes, criar sinergias com seus 
fornecedores e agregar mais valor aos seus clientes finais. A pergunta 
que se faziam era: Como fazer tudo isto ao tempo?
Ao possibilitar simultaneamente reduzir o inventário, diminuir o 
custo, cumprir o prazo de entrega, reduzir o ciclo logístico, aumentar as 
vendas, incrementar o giro de estoques, agregar mais valor, integrar e 
alinhar os objetivos de clientes e fornecedores, bem como, aumentar a 
visibilidade do fluxo de materiais, o Supply Chain Managementtornou-
se o caminho para que as empresas pudessem voltar a crescer e 
interrompessem um ciclo reducionista que poderia levá-las a deixar de 
existir.
Gestão de Estoque 49
BIBLIOGRAFIA
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. 4. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2001.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo 
de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
CHITALE, A.K.; GUPTA, R.C. Materials Management: Text and 
Cases (2. edition). Nova Delhi: PHI, 2011.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem 
logística. São Paulo: Atlas, 2010.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: 
uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2001.
VIANA, J. J. Administração de Materiais: um enfoque prático. São 
Paulo: Atlas, 2011.

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