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Livro de Química: Ensino e Fundamentos

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editora científica
REGINALDO DA SILVA SALES
Organizador
qUÍM
ICA
REGINALDO DA SILVA SALES
Organizador
2021 - GUARUJÁ - SP
1ª EDIÇÃO
editora científica
Copyright© 2021 por Editora Científica Digital 
Copyright da Edição © 2021 Editora Científica Digital
Copyright do Texto © 2021 Os Autores
EDITORA CIENTÍFICA DIGITAL LTDA
Guarujá - São Paulo - Brasil
www.editoracientifica.org - contato@editoracientifica.org
Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição 4.0 
Internacional (CC BY 4.0).
Parecer e Revisão Por Pares
Os textos que compõem esta obra foram submetidos para avaliação do Conselho Editorial da Editora Científica Digital, bem como revisados por 
pares, sendo indicados para a publicação.
O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. É permitido 
o download e compartilhamento desta obra desde que no formato Acesso Livre (Open Access) com os créditos atribuídos aos respectivos 
autores, mas sem a possibilidade de alteração de nenhuma forma ou utilização para fins comerciais.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
4
CORPO EDITORIAL
Direção Editorial
R e i n a l d o C a r d o s o
J o ã o B a t i s t a Q u i n t e l a
Editor Científico
P r o f . D r . R o b s o n J o s é d e O l i v e i r a
Assistentes Editoriais
E l i e l s o n R a m o s J r . 
E r i c k B r a g a F r e i r e
B i a n c a M o r e i r a
S a n d r a C a r d o s o
Bibliotecário
M a u r í c i o A m o r m i n o J ú n i o r - C R B 6 / 2 4 2 2
Jurídico
D r . A l a n d e l o n C a r d o s o L i m a - O A B / S P - 3 07 8 5 2
Química: ensino, conceitos e fundamentos
4 5
Robson José de Oliveira 
Universidade Federal do Piauí, Brasil
Eloisa Rosotti Navarro 
Universidade Federal de São Carlos, Brasil
Rogério de Melo Grillo 
Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Carlos Alberto Martins Cordeiro
Universidade Federal do Pará, Brasil
Ernane Rosa Martins 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Brasil
Rossano Sartori Dal Molin 
FSG Centro Universitário, Brasil
Edilson Coelho Sampaio 
Universidade da Amazônia, Brasil
Domingos Bombo Damião 
Universidade Agostinho Neto, Angola
Elson Ferreira Costa 
Universidade do Estado do Pará, Brasil
Carlos Alexandre Oelke 
Universidade Federal do Pampa, Brasil
Patrício Francisco da Silva 
Universidade CEUMA, Brasil
Reinaldo Eduardo da Silva Sales 
Instituto Federal do Pará, Brasil
Dalízia Amaral Cruz 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Susana Jorge Ferreira 
Universidade de Évora, Portugal
Fabricio Gomes Gonçalves 
Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil
Erival Gonçalves Prata 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Gevair Campos 
Faculdade CNEC Unaí, Brasil
Flávio Aparecido De Almeida 
Faculdade Unida de Vitória, Brasil
Mauro Vinicius Dutra Girão 
Centro Universitário Inta, Brasil
Clóvis Luciano Giacomet 
Universidade Federal do Amapá, Brasil
Giovanna Moraes 
Universidade Federal de Uberlândia, Brasil
André Cutrim Carvalho 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Silvani Verruck 
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil
Auristela Correa Castro 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Osvaldo Contador Junior 
Faculdade de Tecnologia de Jahu, Brasil
Claudia Maria Rinhel-Silva 
Universidade Paulista, Brasil
Dennis Soares Leite 
Universidade de São Paulo, Brasil
Silvana Lima Vieira 
Universidade do Estado da Bahia, Brasil
Cristina Berger Fadel 
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Brasil
Graciete Barros Silva 
Universidade Estadual de Roraima, Brasil
CONSELHO EDITORIAL
Mestres, Mestras, Doutores e Doutoras
Química: ensino, conceitos e fundamentos
6
CONSELHO EDITORIAL
Juliana Campos Pinheiro 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil
Cristiano Marins 
Universidade Federal Fluminense, Brasil
Silvio Almeida Junior 
Universidade de Franca, Brasil
Raimundo Nonato Ferreira Do Nascimento 
Universidade Federal do Piaui, Brasil
Marcelo da Fonseca Ferreira da Silva 
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, Brasil
Carlos Roberto de Lima 
Universidade Federal de Campina Grande, Brasil
Daniel Luciano Gevehr 
Faculdades Integradas de Taquara, Brasil
Maria Cristina Zago 
Centro Universitário UNIFAAT, Brasil
Wescley Viana Evangelista 
Universidade do Estado de Mato Grosso, Brasil
Samylla Maira Costa Siqueira 
Universidade Federal da Bahia, Brasil
Gloria Maria de Franca 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil
Antônio Marcos Mota Miranda 
Instituto Evandro Chagas, Brasil
Carla da Silva Sousa 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Brasil
Dennys Ramon de Melo Fernandes Almeida 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil
Francisco de Sousa Lima 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Brasil
Reginaldo da Silva Sales 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Brasil
Mário Celso Neves De Andrade 
Universidade de São Paulo, Brasil
Maria do Carmo de Sousa
Universidade Federal de São Carlos, Brasil
Mauro Luiz Costa Campello 
Universidade Paulista, Brasil
Sayonara Cotrim Sabioni 
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano, Brasil
Ricardo Pereira Sepini 
Universidade Federal de São João Del-Rei, Brasil
Flávio Campos de Morais 
Universidade Federal de Pernambuco, Brasil
Sonia Aparecida Cabral 
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Brasil
Jonatas Brito de Alencar Neto 
Universidade Federal do Ceará, Brasil
Moisés de Souza Mendonça 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Brasil
Pedro Afonso Cortez 
Universidade Metodista de São Paulo, Brasil
Iara Margolis Ribeiro 
Universidade do Minho, Brasil
Julianno Pizzano Ayoub 
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Brasil
Vitor Afonso Hoeflich 
Universidade Federal do Paraná, Brasil
Bianca Anacleto Araújo de Sousa 
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Brasil
Bianca Cerqueira Martins 
Universidade Federal do Acre, Brasil
Daniela Remião de Macedo 
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Portugal
Dioniso de Souza Sampaio 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Rosemary Laís Galati
Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil
Química: ensino, conceitos e fundamentos
6 7
CONSELHO EDITORIAL
Maria Fernanda Soares Queiroz 
Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil
Letícia Cunha da Hungria 
Universidade Federal Rural da Amazônia, Brasil
Leonardo Augusto Couto Finelli 
Universidade Estadual de Montes Claros, Brasil
Thais Ranielle Souza de Oliveira 
Centro Universitário Euroamericano, Brasil
Alessandra de Souza Martins 
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Brasil
Claudiomir da Silva Santos 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Brasil
Fabrício dos Santos Ritá 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Brasil
Danielly de Sousa Nóbrega 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre, Brasil
Livia Fernandes dos Santos 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre, Brasil
Liege Coutinho Goulart Dornellas 
Universidade Presidente Antônio Carlos, Brasil
Ticiano Azevedo Bastos 
Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil
Walmir Fernandes Pereira 
Miami University of Science and Technology, Estados Unidos da América
Jónata Ferreira De Moura 
Universidade Federal do Maranhão, Brasil
Camila de Moura Vogt 
Universidade Federal do Pará, Brasil
José Martins Juliano Eustaquio 
Universidade de Uberaba, Brasil
Adriana Leite de Andrade 
Universidade Católica de Petrópolis, Brasil
Francisco Carlos Alberto Fonteles Holanda 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Bruna Almeida da Silva 
Universidade do Estado do Pará, Brasil
Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco 
Instituto Federal do Sertão Pernambucano, Brasil
Ronei Aparecido Barbosa 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Brasil
Julio Onésio Ferreira Melo 
Universidade Federal deSão João Del Rei, Brasil
Juliano José Corbi 
Universidade de São Paulo, Brasil
Thadeu Borges Souza Santos 
Universidade do Estado da Bahia, Brasil
Francisco Sérgio Lopes Vasconcelos Filho 
Universidade Federal do Cariri, Brasil
Francine Náthalie Ferraresi Rodriguess Queluz 
Universidade São Francisco, Brasil
Maria Luzete Costa Cavalcante 
Universidade Federal do Ceará, Brasil
Luciane Martins de Oliveira Matos 
Faculdade do Ensino Superior de Linhares, Brasil
Rosenery Pimentel Nascimento 
Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil
Irlane Maia de Oliveira 
Universidade Federal do Amazonas, Brasil
Lívia Silveira Duarte Aquino 
Universidade Federal do Cariri, Brasil
Xaene Maria Fernandes Mendonça 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Thaís de Oliveira Carvalho Granado Santos 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Fábio Ferreira de Carvalho Junior 
Fundação Getúlio Vargas, Brasil
Anderson Nunes Lopes 
Universidade Luterana do Brasil, Brasil
Química: ensino, conceitos e fundamentos
8
CONSELHO EDITORIAL
Carlos Alberto da Silva 
Universidade Federal do Ceara, Brasil
Keila de Souza Silva 
Universidade Estadual de Maringá, Brasil
Francisco das Chagas Alves do Nascimento 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Réia Sílvia Lemos da Costa e Silva Gomes 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Arinaldo Pereira Silva 
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Brasil
Laís Conceição Tavares 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Brasil
Ana Maria Aguiar Frias 
Universidade de Évora, Brasil
Willian Douglas Guilherme 
Universidade Federal do Tocatins, Brasil
Evaldo Martins da Silva 
Universidade Federal do Pará, Brasil
Biano Alves de Melo Neto 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Brasil
António Bernardo Mendes de Seiça da Providência Santarém 
Universidade do Minho, Portugal
Valdemir Pereira de Sousa 
Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil
Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida 
Universidade Federal do Amapá, Brasil
Miriam Aparecida Rosa 
Instituto Federal do Sul de Minas, Brasil
Rayme Tiago Rodrigues Costa 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Brasil
Priscyla Lima de Andrade 
Centro Universitário UniFBV, Brasil
Andre Muniz Afonso 
Universidade Federal do Paraná, Brasil
Marcel Ricardo Nogueira de Oliveira 
Universidade Estadual do Centro Oeste, Brasil
Gabriel Jesus Alves de Melo 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Brasil
Deise Keller Cavalcante
Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro
Larissa Carvalho de Sousa
Instituto Politécnico de Coimbra, Portugal
Susimeire Vivien Rosotti de Andrade
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Daniel dos Reis Pedrosa
Instituto Federal de Minas Gerais
Wiaslan Figueiredo Martins
Instituto Federal Goiano
Lênio José Guerreiro de Faria
Universidade Federal do Pará
Tamara Rocha dos Santos
Universidade Federal de Goiás
Marcos Vinicius Winckler Caldeira
Universidade Federal do Espírito Santo
Gustavo Soares de Souza
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo
Adriana Cristina Bordignon
Universidade Federal do Maranhão
Norma Suely Evangelista-Barreto
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Larry Oscar Chañi Paucar 
Universidad Nacional Amazónica de Madre de Dios, Peru
Pedro Andrés Chira Oliva
Universidade Federal do Pará
Química: ensino, conceitos e fundamentos
8 9
APRESENTAÇÃO
D a s c i ê n c i a s n a t u ra i s c l á s s i c a s ( G e o l o g i a , B i o l o g i a , F í s i c a e Q u í m i c a ) , a Q u í m i c a é a i r m ã c a ç u l a . A p e s a r 
d i s s o , p a r a m u i t o s , e l a é a “ C i ê n c i a C e n t r a l ” . P o r t a n t o , c o m p r e e n d e r o s f u n d a m e n t o s d e s s a c i ê n c i a é 
e s s e n c i a l p a ra a c o m p re e n s ã o d o m u n d o m a t e r i a l . Fa l a n d o e m m a t e r i a l , a q u e l e d e c a n t a d o c o n c e i t o d e q u e 
“ m a t é r i a é t u d o a q u i l o q u e p o s s u i m a s s a e o c u p a l u g a r n o e s p a ç o ” r e s u m e , s i m p l i f i c a d a m e n t e , o o b j e t o 
d e e s t u d o d a c i ê n c i a d a s s u b s t â n c i a s e s u a s t r a n s f o r m a ç õ e s , a s a b e r o m u n d o m a t e r i a l . C e r t a v e z , l i 
n u m a n t i go l i v ro d e A r i s t ó t e l e s , i n t i t u l a d o “ Te r ra M a t re m ” , e m t ra d u ç ã o l i v re , “ M ã e N a t u re z a ” , u m a f ra s e 
t ã o s i m p l e s , m a s q u e a b a r c a a a m p l i t u d e d o e s t u d o d a Q u í m i c a . A r i s t ó t e l e s c o m e ç a o o p ú s c u l o f a z e n d o 
u m e s c l a r e c i m e n t o o n d e d i z q u e : “ o q u e s e r á t r a t a d o n e s s e l i v r o é s o b r e o m u n d o m a t e r i a l e n ã o s o b r e 
o m u n d o e s p i r i t u a l ” , e i s o c a m p o d e e s t u d o d a Q u í m i c a , o m u n d o m a t e r i a l , l o go , t o d a s a s s u b s t â n c i a s 
q u e f o r m a m n o s s o u n i v e r s o . C o m o o b j e t i v o d e c o n t r i b u i r n a c o m p r e e n s ã o d e s s e m a r a v i l h o s o m u n d o 
d a s s u b s t â n c i a s , a p r e s e n t a m o s Q U Í M I C A : E N S I N O , C O N C E I T O S E F U N D A M E N T O S . A s t r a n s f o r m a ç õ e s 
m at e r i a i s ex p e r i m e n t a d a s p e l a h u m a n i d a d e s a o l o n go d o s ú l t i m o s d o i s s é c u l o s p e r p a s s a p e l a e v o l u ç ã o d o s 
c o n c e i t o s e f u n d a m e n t o s d a Q u í m i c a , d e s e n v o l v i d o s p o r p e s q u i s a d o r e s e c i e n t i s t a s e m m u i t a s b a n c a d a s 
d e l a b o ra t ó r i o m u n d o a f o ra . A d e m a i s , a o s e d u c a d o re s , a t rav é s d o e n s i n o d o s p r i n c í p i o s q u í m i c o s c o m p e t e 
a m i s s ã o d e t o r n á - l o s a c e s s í v e l à c o m p r e e n s ã o d e t o d a a s o c i e d a d e . A o b r a r e ú n e t r a b a l h o s d e E d u c a ç ã o 
Q u í m i c a , Q u í m i c a Te ó r i c a , Q u í m i c a O rg â n i c a , F í s i c o - Q u í m i c a , Q u í m i c a A n a l í t i c a , B i o t e c n o l o g i a , E n e rg i a e 
C o m b u s t í v e i s , Fá r m a c o s , Q u í m i c a d e A l i m e n t o s , d e P ro d u t o s N a t u ra i s e d e P ro d u t o s d o d i a a d i a e , c o m o 
n ã o p o d e r i a f a l t a r , Q u í m i c a E x p e r i m e n t a l . A f i n a l , a Q u í m i c a é u m a c i ê n c i a e s s e n c i a l m e n t e ex p e r i m e n t a l .
D e u m q u í m i c o d i v i d i d o e n t r e a b a n c a d a d e u m l a b o r a t ó r i o e a s a l a d e a u l a .
B o a l e i t u r a ! 
Reginaldo da Silva Sales
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA E OS TRÊS MOMENTOS PEDAGÓGICOS: UMA PRÁTICA COLABORATIVA DE 
INVESTIGAÇÃO
Cleitor Jacob Konrad; Everton Bedim
 ' 10.37885/210604904 .................................................................................................................................................................................. 14
CAPÍTULO 02
DESVENDANDO FATOS: EXTRAÇÃO DE DNA DE BULBO E FRUTOS POR MEIO DE ATIVIDADES REMOTAS E DE BAIXO 
CUSTO DESENVOLVIDA PELO PIBID
Ana Julia Moreschi; Cassia Vieira Vargas; Dielle Cristina Anastacio; Fabricio Gonçalves Ferreira; Gabriela Moreira de Almeida; Guilherme 
Seminatti; Isabela Pereira Garcia; Naommy Kareana Miranda; Rafaela de Souza Barbosa; Saulo Ribeiro Andrade Silva; Thayná Victoria 
Silva do Nascimento; Ricardo Rodrigues Jimenez; Romualdo Luciano da Silva; Marcelo Fabiano André
 ' 10.37885/210504566 ..................................................................................................................................................................................27CAPÍTULO 03
DOMINÓ DOS GRUPOS FUNCIONAIS: UMA PROPOSTA DIDÁTICA NO ENSINO MÉDIO PARA ASSOCIAR A FÓRMULA 
ESTRUTURAL DOS GRUPOS COM SEU RESPECTIVO NOME
Rodrigo Aparecido de Souza Ribeiro; Elói Luis Krüger; Tayane Regina Campanholi Santos
 ' 10.37885/210604946 ................................................................................................................................................................................. 39
CAPÍTULO 04
DECIFRANDO A COMPOSIÇÃO DOS DESODORANTES ANTITRANSPIRANTES: UMA VISÃO DO CONSUMIDOR SOBRE OS 
BENEFÍCIOS, COMPOSIÇÃO E CURIOSIDADES
Melânia Lopes Cornélio; Elaine Cristina Castro Almeida
 ' 10.37885/210202977 .................................................................................................................................................................................. 48
CAPÍTULO 05
UMA REFLEXÃO NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE EQUILÍBRIO QUÍMICO A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA 
INTERDISCIPLINAR
Cláudio Eduardo Rodrigues-Santos; Maria Clara Ramalho Freitas; Jaqueline da Rocha
 ' 10.37885/210303959 ................................................................................................................................................................................. 60
SUMÁRIO
CAPÍTULO 06
DESPERTAÊ: UM PROJETO PARA MOTIVAÇÃO DE ALUNOS DO EJA À CONTINUIDADE DOS ESTUDOS
Laura Carolina Gonçalves; Nivaldo Rodrigues Santos; Juliana Barretto Toledo; Adilson Aparecido Cardoso
 ' 10.37885/210504572 ................................................................................................................................................................................. 84
CAPÍTULO 07
O PAPEL DA PESQUISA NO ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO
Paulo José Menegasso
 ' 10.37885/210604899 ................................................................................................................................................................................. 95
CAPÍTULO 08
ON TEACHING CHEMISTRY IN BRAZILIAN AND AMERICAN HIGH SCHOOLS: A BRIEF APPROACH
Mayker Lazaro Dantas Miranda; Lindsey Smaka
 ' 10.37885/210504739 ............................................................................................................................................................................... 102
CAPÍTULO 09
O ENSINO DE MODELOS ATÔMICOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE DOS TRABALHOS PUBLICADOS DO ENEQ
Lucas Giacomet; Bruna Jamila de Castro
 ' 10.37885/210303637 ................................................................................................................................................................................ 114
CAPÍTULO 10
ENSINO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA PARA DEFICIENTES VISUAIS: UM LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
DOS ÚLTIMOS QUINZE ANOS
Michele Batista dos Santos; Isabella Maria Buoro da Cruz; Estéfano Vizconde Veraszto
 ' 10.37885/210504791 ................................................................................................................................................................................ 128
CAPÍTULO 11
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE JUSTICIA PECTORALIS JACQ. (ACANTHACEAE) EM 
CERRADO GOIANO
Amanda Mendonça Domingos; Marcelo Garcez Rodrigues; Marcos Rodrigo Beltrão Carneiro; Josana de Castro Peixoto; Lucimar 
Pinheiro Rosseto
 ' 10.37885/210504848 ............................................................................................................................................................................... 140
SUMÁRIO
CAPÍTULO 12
A AVALIAÇÃO DA CURCUMINA E ANÁLOGOS EM QUÍMICA TEÓRICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE POTENCIAIS 
INIBIDORES DA ENZIMA ACETILCOLINESTERASE
Débora Pereira Araujo; Marcia Helena Rodrigues Velloso; Emanuel Henrique da Silva; Fagner Mulinari Lacerda
 ' 10.37885/210504633 ............................................................................................................................................................................... 159
CAPÍTULO 13
DETERMINAÇÃO DE AÇÚCARES REDUTORES, AÇÚCARES SOLÚVEIS TOTAIS E SACAROSE EM VINHAÇAS DA CANA-DE-
AÇÚCAR
Laira Sabrina Rosa dos Santos; Daiane Santos Zanelotti; Naiara Maria Pavani; Jacqueline Roberta Tamashiro; Daniel Angelo Macena; 
Lucas Henrique Pereira Silva; Fabio Friol Guedes de Paiva; Maíra Rodrigues Uliana; Angela Kinoshita
 ' 10.37885/210303948 ................................................................................................................................................................................170
CAPÍTULO 14
ANÁLISE MICROSCÓPICA DE SUJIDADES EM CAMARÕES SEM CASCA, VENDIDOS NO MUNICÍPIO DE BELÉM/PA
Ricardo Bruno Pereira de Souza; Beatriz Garcia Moura Pinheiro; Higo Octavio Brochado Campos; Tamirys Pereira Correa; Ana Karolina 
dos Santos Barbosa; Maila Karen da Silva Palheta; Camila Cristine Ferreira Moura Lobato; Everton Lucas dos Reis Freitas Nunes; 
Cynthia Letícia Serra Cabeça; Elenildo Garcia de Almeida
 ' 10.37885/210504703 ................................................................................................................................................................................178
CAPÍTULO 15
MATÉRIAS-PRIMAS PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL: EXTRAÇÃO E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DO ÓLEO DA BORRA 
RESIDUAL DO CONSUMO DE CAFÉ
Juliana Limana Malavolta; Eloíza Perônio da Rosa; Natanael Nascimento Lencina
 ' 10.37885/210504742.................................................................................................................................................................................187
CAPÍTULO 16
EVOLUÇÃO DOS COMPONENTES GRAXOS NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE ÓLEO DE SOJA POR TRANSESTERIFICAÇÃO 
ALCALINA
Benjamim Henrique de Lima e Silva; Amanda de Sena Gusmão; Marina Barros Cavalcanti; Suzana Pedroza da Silva
 ' 10.37885/210404101 ................................................................................................................................................................................204
SUMÁRIO
CAPÍTULO 17
BIOMASSA DA UVA COMO MATÉRIA-PRIMA PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL: DA PESQUISA PARA A SALA DE AULA
Juliana Limana Malavolta; Eduardo Andrades da Silveira; Eloíza Perônio da Rosa; Kelvin Machado Camargo
 ' 10.37885/210504743................................................................................................................................................................................222
CAPÍTULO 18
REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA CULTURA QUÍMICA
Juliana Alves de Araújo Bottechia
 ' 10.37885/210504872 ...............................................................................................................................................................................236
SOBRE O ORGANIZADOR ....................................................................................................................................248
ÍNDICE REMISSIVO .............................................................................................................................................249
01
Experimentação no Ensino de Química 
e os Três Momentos Pedagógicos: uma 
prática colaborativa de investigação
Cleitor Jacob Konrad
Everton Bedim
ULBRA
10.37885/210604904
https://dx.doi.org/10.37885/210604904
Química: ensino, conceitos e fundamentos
15
Palavras-chave: Experimentação, Três Momentos Pedagógicos, Aprendizagem.
RESUMO
O presente trabalho descreve uma atividade experimental desenvolvida em uma turma 
de 3º ano do curso técnico em química integrado ao ensino médio em uma escola da 
rede estadual, localizada na Cidade de Dois Irmãos/RS. Este trabalho apresenta o de-
senvolvimento de uma prática experimental a partir dos três momentos pedagógicos, 
com a finalidade de tornar o ensino de ciências (química orgânica) mais atrativo quando 
desenvolvido na prática. Os dados, que foram coletados por meio da observação da 
prática experimental, da discussão entre pares e da aplicação de um questionário di-
retivo aos alunos,após interpretados foram analisados a partir de teóricos. A atividade 
desenvolvida instigou a participação ativa dos alunos, apontando um resultado satisfa-
tório quanto ao entendimento dos alunos em relação aos conceitos de polaridade nas 
moléculas orgânicas.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
16
INTRODUÇÃO E APORTES TEÓRICOS
A experimentação no ensino de Química tem sido defendida por diversos autores por-
que se constitui em um recurso pedagógico importante, o qual pode auxiliar na construção 
de conceitos e de saberes referentes a ciência química no aluno. A construção de conceitos 
sobre química é importante porque, de acordo com Trespach, Güntzel e Bedin (2016, p. 
625), “a Química é uma ciência que está constantemente presente na sociedade seja em 
produtos, medicamentos, alimentação, combustíveis, geração de energia, meio ambiente 
ou nas consequências para a economia entre outros”. Portanto, é preciso que os alunos 
tenham “o mínimo de conhecimento químico para poder participar na sociedade tecnológica 
atual” (TRESPACH; GÜNTZEL; BEDIN, 2016, p. 625).
Neste aporte, por ser também uma ciência experimental, a química precisa ser apre-
sentada aos alunos por diferentes veículos, sendo a experimentação um deles. Segundo 
Hodson (1988 apud BEDIN, 2019), os experimentos devem ser conduzidos visando diferentes 
objetivos, tal como demonstrar um fenômeno, ilustrar um princípio teórico, coletar dados, 
testar hipóteses, desenvolver habilidades de observação ou medidas ou adquirir familiaridade 
com aparatos instrumentais. Neste sentido, Reginaldo, Sheid e Güllich (2012) afirmam que 
a realização de experimentos representa uma excelente ferramenta para que o aluno faça 
a aquisição do conteúdo e possa estabelecer a conexão entre a teoria e a prática.
Desse modo, é de fundamental importância que o conhecimento dessas relações 
teórico-práticasseja significativo para a constituição científica dos sujeitos, bem como para 
que estes possam observar e avaliar na ciência algo que se aproxima da própria realidade, 
despertando-nos, além do interesse e da curiosidade, uma visão construtiva em relação à 
ciência. Afinal, os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula devem proporcionar 
ao aluno a capacidade de reflexão em seu cotidiano, fazendo com que o sujeito expresse 
suas ideias, pensamentos e críticas (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002).
Nesse contexto, as atividades experimentais podem proporcionar aos estudantes, quan-
do desenvolvidas em meio a competências e a habilidades docentes, a tomada de decisão 
mais confiável, desenvolvendo a observação, a curiosidade e a autoconfiança (FERREIRA; 
HARTWIG; OLIVEIRA, 2010).Afinal, de acordo com Bedin (2019, p. 104), “a experimentação 
no ensino de química é uma forma de maximizar o conhecimento do educando, pois faz com 
que o mesmo se questione a respeito do fenômeno que está sendo apresentado”. Ainda, 
segundo o autor, “é interessante destacar que a experimentação no ensino de química deve 
apresentar um aspecto filosófico e uma vertente pedagógica antenados com as questões 
contemporâneas relativas à educação científica sobre o conteúdo” (BEDIN, 2019, p. 105).
Nesta perspectiva, é compreensível que “aspectos ligados a experimentação devem ser 
considerados durante todo o processo” (BEDIN, 2019, p. 105). Assim, Hodson (1988 apud 
Química: ensino, conceitos e fundamentos
16 17
BEDIN, 2019, p. 105) ajuíza três aspectos que devem ser considerados no desenvolvimen-
to de atividades experimentais: “1- a proposta do experimento; 2- o procedimento experi-
mental; 3- os resultados obtidos”. Para o autor, cada aspecto tem uma função pedagógica 
específica. O 1º aspecto é importante no ensino e na compreensão do método científico; o 
2º aspecto refere-se a ideia de aumentar a motivação dos alunos e ensinar-lhes as tarefas 
manipulativas; e, o 3º aspecto contribui para a aprendizagem dos conceitos científicos.
Considerando o escrito, e tendo em vista as dificuldades apresentadas por alunos para 
o entendimento dos conceitos científicos, é necessário que o docente desenvolva a experi-
mentação por meio de metodologias de ensino em um viés investigativo, a fim de que o aluno 
possa participar ativamente do processo. A exemplo, este texto objetiva-se apresentar uma 
discussão relacionada a uma atividade experimental desenvolvida à luz dos Três Momentos 
Pedagógicos – 3MP – (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002): 1º: problematização 
inicial; 2º: organização do conhecimento e 3º: aplicação do conhecimento. Esta atividade 
teve por objetivo instigar a participação dos sujeitos em todas as etapas. Afinal, as atividades 
experimentais que exemplificam a importância da ciência podem contribuir para o melhor 
entendimento da disciplina (GUIMARÃES, 2009), e “as estratégias didáticas cooperativas são 
alternativas que contribuem para este processo, tornando o aluno mais ativo e autônomo” 
(DA SILVA; BEDIN, 2019, p. 67).
Perpassando tais aspectos, foi necessário inserir no desenvolvimento da atividade expe-
rimental a metodologia dos 3MP para instigar no sujeito a aprendizagem, quiçá, significativa 
em relação ao tema polaridade. Os 3MP foram considerados a partir da concepção de que 
o ensino por meio da experimentação, para ser expressivo à aprendizagem do aluno, deve 
ocorrer através da problematização dos conteúdos, servindo “para fortalecer as metodologias 
de ensino do professor e qualificar o processo de aprendizagem” (BEDIN, 2019, p. 105), sen-
do necessário contextualizar os conhecimentos aprendidos pelos alunos. Afinal, entende-se 
que a “prática profissional se faz em caminhos de certezas e incertezas, decorrentes das 
metodologias utilizadas e da singularidade, assim como das especificidades e dos conflitos 
de valores dos sujeitos envolvidos no processo” (BEDIN; DEL PINO, 2018b, p. 223)
METODOLOGIA DA PESQUISA
O experimento foi realizado em uma aula para o terceiro ano do Curso Técnico em 
Química integrado ao Ensino Médio na disciplina de Química Orgânica, em uma escola da 
rede estadual de ensino, localizada na cidade de Dois Irmãos, Rio Grande do Sul. A aula 
prática foi realizada no laboratório da escola, totalizando 5 períodos de aula (50 minutos 
cada período). A turma era composta por 7 alunos, sendo o número de meninas (4) superior 
ao de meninos (3).
Química: ensino, conceitos e fundamentos
18
Para desenvolver o experimento com os alunos, o professor considerou os 3MP de 
Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2002) (problematização inicial; organização do conheci-
mento e aplicação do conhecimento). No primeiro momento pedagógico, o professor propôs 
um desafio inicial, instigando o estudante a pensar sobre o conceito de molécula polar e 
apolar. No segundo momento pedagógico, o professor apresentou aos alunos os objetivos 
da proposta a ser desenvolvida, enfatizando a teoria sobre interações intermoleculares, a 
pesquisa em referências bibliográficas sugeridas e a aplicação do experimento da Síntese da 
Ciclohexanona. No terceiro momento pedagógico, o docente realizouuma ação para o aluno 
aplicar o conhecimento construído, instigando-o a uma reflexão crítica sobre o experimento, 
a qual ocorreu por meio da resolução de um questionário.
Para o primeiro Momento Pedagógico, os alunos foram instigados a pensar, a partir da 
teoria trabalhada em sala de aula, como o conceito de polaridade era empregado na prática 
e entendido no contexto social.
O experimento proposto para o segundo Momento Pedagógico foi a Síntese da 
Ciclohexanona, uma cetona intermediária utilizada na produção do Nylon. Para tanto, a parte 
experimental foi desenvolvida com base nas 5 etapas a seguir: i) No frasco de erlenmeyer 
de 250 mL, dissolveu-se 30 g de dicromato de sódio em 50 mL de ácido acético glacial, 
aquecendo-se um pouco, para dissolver, resfriando-o posteriormente até 15ºC;ii) Misturou-
se, em outro frasco de erlenmeyer de 250 mL, 31,6 mL de ciclohexanol e 20 mL de ácido 
acético glacial, deixando resfriar até 15ºC;iii) Verteu-sea solução de dicromato de sódio 
sobre a solução de ciclohexanol, agitando bem e retirando do banho de gelo. A temperatura 
do meio subiu até 60ºC, sendo preciso manter a mistura nesta temperatura durante 30 mi-
nutos, utilizando banho de gelo quando necessário; iv) Após abrandada a reação, deixou-se 
esfriar até a temperatura ambiente e verteu-se o conteúdo do frasco sobre 500 mL de água 
gelada; v) Transferiu-se a mistura para um funil de separação e se extraiu com 4 porções 
de 70 mL de éter etílico.
Após a parte prática, os alunos responderam um questionário com o objetivo de pensar, 
analisar, socializar e refletir sobre a construção de conceitos destes em relação à questão 
do conceito de polaridade, findando-se o terceiro Momento Pedagógico. O questionário foi 
composto pelas seguintes questões:
1. Qual ou quais os componentes são os que ficam na parte inferior do funil de decan-
tação?Justifique.
2. Qual ou quais os componentes são os que ficam na parte superior do funil de de-
cantação? Justifique.
3. O éter etílico é polar ou apolar?
4. Qual a função do éter etílico?
Química: ensino, conceitos e fundamentos
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5. A cicloexanona é polar ou apolar? Justifique?
Ademais, em relação à atividade experimental, o professor-pesquisador, por meio da 
observação, buscou identificar a existência da mudança de comportamento e atitude dos 
alunos em relação à colaboração, a interação e a construção de conceitos coletivamente, 
a fim de diagnosticar dificuldades na aprendizagem. Afinal, para Da Silva e Bedin (2019, p. 
69), o convívio entre os sujeitos propicia “o desenvolvimento pleno do indivíduo, já que a 
relação entre os integrantes de um grupo específico não é apenas uma troca de significados, 
mas um processo de desenvolvimento autônomo construído em conjunto com indivíduos 
que se promovem intelectualmente”. Ou seja, o trabalho coletivo e colaborativo emerge 
da participação entre os alunos no processo de ensinagem, sendo este “primordial para a 
definição de conceito, não visando à uniformização, mas à heterogeneidade que possibilita 
novas formas de relações entre pares” (BEDIN; DEL PINO, 2015a, p. 47) Ademais, os dados 
coletados por meio da observação e do questionário aos alunos são expostos abaixo à luz 
de teóricos da área.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As respostas referentes ao questionário foram coletadas no caderno de laboratório e 
organizadas nas tabelas apresentadas abaixo. Destaca-se que, para cada questão, agru-
pou-se uma reflexão em relação às colocações dos sujeitos, suas ações e interações, bus-
cando validar a atividade desenvolvida com foco na aprendizagem. Ainda, destaca-se que 
a atividade desenvolvida apresentou um caráter colaborativo de viés investigativo porque 
se acredita que no desenvolver da prática pedagógica o aluno deve ter uma atitude ativa, 
sendo necessário que o docente “considere práticas e situações desafiadoras para provocar 
conflitos cognitivos de assimilação e contextualização, responsáveis pela aprendizagem” 
(BEDIN; DEL PINO, 2017a, p. 157).
Quanto questionados por meio da questão: “Qual ou quais os componentes ficam 
na parte INFERIOR do funil de decantação?”, todos os alunos apontam água e ácido 
acético; logo, é possível observar que os alunos entendem que as moléculas de água e de 
ácido acético são miscíveis, ou seja, polares. Também foi mencionado pelos alunos, por 
meio do funil de separação, conforme imagem abaixo, que a água é o composto de maior 
densidade, portanto fica na parte inferior (princípio de separação do funil por meio da di-
ferença de densidade entre líquidos), e o ácido acético está em menor quantidade, sendo 
solubilizado na água.
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Imagem 1. Realização da atividade experimental.
Por meio das reações orgânicas estudadas na teoria, percebe-se que os alunos con-
seguem entender que o ácido acético, que eventualmente poderia estar presente na parte 
inferior, é a substância que não reagiu. Assim, percebe-se que a atividade experimental, 
para ser desenvolvida em um viés conceitual, o qual possibilita ao aluno compreender o fe-
nômeno por meio da investigação, deve ser “um processo situado em um contexto histórico 
e social, que exige uma ruptura com procedimentos acadêmicos inspirados nos princípios 
positivistas da ciência moderna” (BEDIN, 2019, p. 109). Isto é, na experimentação deve-se 
possibilitar ao aluno a vivência da prática, bem como da construção de ideias e troca de 
conhecimentos, a fim de que argumentos sejam construídos e os saberes ressignificados. 
Afinal, é por meio da interação ativa que os alunos deixam de ser meros expectadores e 
passam a ser participantes ativos na construção do próprio saber (DA SILVA; BEDIN, 2019).
Em relação à questão 2, a qual instigava os sujeitos por meio do questionamento: “Qual 
ou quais os componentes ficam na parte SUPERIOR do funil de decantação?”, tem-se 
que estes respondem, em sua totalidade, éter, ciclohexanol e ciclohexanona. Ou seja, é 
possível observar que os alunos concluíram que as moléculas de éter etílico, ciclohexanol 
e ciclohexanona são apolares e, portanto, não se solubilizam com os componentes pola-
res da parte inferior. Os alunos, também, mencionaram a correlação entre polaridade e o 
tamanho da cadeia carbônica, afirmando que quando há o aumento da cadeia carbônica 
(massa molecular), a molécula torna-se apolar, correlação ao ciclohexanol e ciclohexanona. 
Desta forma, por meio das reações orgânicas estudadas na teoria, os sujeitos conseguiram 
entender que o ciclohexanol,que eventualmente poderia estar presente na parte inferior, é 
a substância que não reagiu.
Em relação à terceira questão: “O éter etílico é polar ou apolar?”, a tabela 1 apre-
senta as colocações dos alunos.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
20 21
Tabela 1. Respostas dos alunos em relação a questão: O éter etílico é polar ou apolar?
Aluno 1 Apolar
Aluno 2 Apolar
Aluno 3 Apolar
Aluno 4 Apolar
Aluno 5 Não souberam responder
Aluno 6 Não souberam responder
Aluno 7 Não souberam responder
Como destacado na tabela 1, dos 7 alunos participantes, 4 mencionaram que o éter 
etílico é uma molécula apolar e os outros 3 alunos, inicialmente, ficaram em dúvida sobre a 
polaridade da substância. Após a realização de uma pesquisa sobre a teoria de interações 
moleculares, os 3 alunos que haviam ficado na dúvida concluíram que o éter etílico é apolar. 
Ressalva-se que a pesquisa foi realizada no site da Revista Química Nova na Escola, no 
laboratório de informática da escola. A proposta foi direcionada pelo docente, que sugeriu 
o artigo científico para leitura: Interações Intermoleculares(ROCHA, 2001), encontrado nos 
Cadernos Temáticos da revista como fonte de pesquisa. Após a leitura, os alunos realizaram 
uma discussão e, neste ponto, por meio da interação e do diálogo colaborativo em pares, 
foi possível perceber mudança na concepção dos três alunos que não souberam responder.
Neste sentido, considerando a aprendizagem colaborativa, acredita-se que para o 
sujeito construir conhecimentos, tendo como referência seus colegas e seu professor, este 
último como potencializador do processo de aprendizagem, “o objeto de estudo e o mundo 
ao qual pertence, é preciso estruturar, internalizar e contextualizar as informações da sua 
vivência em forma de saber científico” (BEDIN; DEL PINO, 2017a, p. 156). Isto é, é preciso 
que o aluno consiga conectar-se com outras experiências, a fim de aprender de forma sig-
nificativa, como o que aconteceu por meio da troca com os colegas ou pela leitura do artigo 
indicado pelo professor.
Este desenho é importante na experimentação em sala de aula porque na aprendiza-
gem colaborativa a atenção não é centrada apenas no momento presente do aluno ou nos 
conteúdos ministrados, mas, como ressalvam Bedin e Del Pino (2015b, p. 190), “no seu futuro 
como cidadão, como desenvolvimento de habilidades pessoais que podem trazer benefícios 
sociais e profissionais”. A mudança na concepção dos alunos derivado trabalho coletivo e da 
aprendizagem entre os pares, instigando-os “para viver de forma mais autônoma”; a apren-
dizagem colaborativa fortalece o vínculo do aprender por meio da experimentação porque 
ocorre por meio de “um conjunto de atividades desenvolvidas em parceria, isto é, um grupo 
de pessoas (professor e alunos) que busca atingir algo ou adquirir novos conhecimentos 
por meio da interação e troca de saberes e experiências” (BEDIN; DEL PINO, 2018a, p. 70).
Química: ensino, conceitos e fundamentos
22
Uma pergunta investigativa foi realizada aos alunos, os quais necessitaram apontar 
qual foi à função do éter etílico na síntese do composto orgânico. A tabela 2 apresenta as 
colocações dos sujeitos.
Tabela 2. Respostas dos alunos em relação a questão: Qual a função do éter etílico?
Aluno 1 Separar a Ciclohexanona dos compostos apolares
Aluno 2 Separar a Ciclohexanona dos compostos apolares
Aluno 3 Separar a Ciclohexanona dos compostos apolares
Aluno 4 Separar a Ciclohexanona dos compostos apolares
Aluno 5 Separar a Ciclohexanona dos compostos apolares
Aluno 6 Separar a Ciclohexanona e o Ciclohexanol dos compostos apolares
Aluno 7 Separar a Ciclohexanona e o Ciclohexanol dos compostos apolares
De acordo com os dados apresentados na tabela 2, é possível compreender que os 
alunos entendem que a função do éter etílico é separar os compostos apolares da fase 
superior dos compostos polares da fase inferior. Portanto, o éter solubiliza os compostos 
apolares, separando-osda fase polar. Apenas dois alunos mencionaram a solubilização da 
ciclohexanona e do ciclohexanol nesta etapa e os demais, cinco alunos, somente a ciclohe-
xanona. Isto, talvez, tenha ocorrido em função da proposta da atividade experimental, que 
enfatizava a Síntese da Ciclohexanona e a separação da mesma. Ou seja, os alunos deixa-
ram de relacionar que os reagentes não foram totalmente convertidos em Ciclohexanona, a 
reação não teve rendimento de 100%, assunto que não foi abordado na parte teórica.
Neste sentido, os alunos foram instigados a pensar sobre a questão e construírem 
uma resposta plausível. Este momento, de interação e colaboração entre os sujeitos, mos-
trou-se significativo no sentido de a aprendizagem acontecer entre pares, possibilitando a 
aprendizagem coletiva por meio da experimentação. Este desenho é importante porque “a 
aprendizagem, quando concebido de forma colaborativa e dialógica, perpassa por um pro-
cesso de construção eorganização de conhecimentos” (BEDIN; DEL PINO, 2015a, p. 76). 
Afinal, “a experimentação não deve ser usada apenas para validar uma teoria, mas deve 
permitir a interação do estudante com os modelos, problematizando os conhecimentos de 
forma crítica, dinâmica e dialógica” (DA SILVA JÚNIOR; PARREIRA, 2016, p. 69).
Em relação a questão: “A Ciclohexanona é polar ou apolar. Justifique?”, todos os 
alunos apontaram que a mesma é apolar; logo, pode-se perceber que os alunos entenderam 
o conceito de polaridade nas moléculas orgânicas, considerando o experimento realizado de 
forma colaborativa.Além disso, com o auxílio do Kit Molecular Modeling Kit, foi possibilitada 
aos sujeitos a visualização em 3D do grupo funcional da cetona (grupo carbonila em uma 
molécula cíclica e o elevado número de átomos que compõem a estrutura), demonstrando 
que a elevada massa molecular da molécula torna- a apolar.
Apesar de a atividade experimental proposta ser orientada por um roteiro predetermi-
nado, e o docente orientar os alunos em o que e como fazer, a proposta da experimentação 
Química: ensino, conceitos e fundamentos
22 23
colaborativa no laboratório da escola permitiu a percepção dos sujeitos em relação aos 
fenômenos de polaridade, e enriqueceu a atividade científica na medida em que havia 
interação e colaboração entre os sujeitos. Os alunos foram colocados frente a situação-
-problema adequada, proporcionando a construção coletiva do próprio conhecimento sobre 
polaridade nas moléculas orgânicas. Afinal, quando os alunos trabalham colaborativamente 
eles argumentam e expõem suas ideias entre si, “trabalhando ativamente os seus conceitos, 
raciocinando sobre eles e refinando-os. Além disso, trabalhar em grupo também traz maior 
motivação para o membro, uma vez que o seu trabalho está sendo observado, avaliado e 
[...]comentado por outras pessoas” (BUCHINGER; HOUNSELL, 2012, p. 3).
Assim, ressalva-se que a contextualização em relação à investigação a partir de fatos 
como fator essencial no processo de evolução conceitual dos alunos é de extrema impor-
tância, de acordo com Zuliani (2006). Ou seja, por meio da aula prática pode-se perceber 
que, dentre os sete alunos que compõem a turma, todos tiveram aprendizagem expressiva 
em relação ao assunto polaridade nas moléculas orgânicas, ora de forma individual ora de 
forma coletiva. Ademais, para Finger e Bedin (2019, p. 12), “contextualizar no ensino de 
química é uma forma de qualificar e aprimorar a aprendizagem, para que os alunos consigam 
relacionar os saberes da sociedade com os conteúdos científicos”. Afinal, é importante que 
a experimentação ocorra de forma contextualizada para emergir saberes e despertar nos 
alunos “interesse próprio pelo assunto para usufruir desses saberes e, de forma positiva, 
intervir no meio social em que se situam” (FINGER; BEDIN, 2019, p. 13).
Assim, compreende-se que quando o professor desenvolve aulas à luz de metodologias 
contextualizadas, instigando os sujeitos a pensarem cientificamente por meio da experi-
mentação, aproximando os dois extremos (teoria e prática), a aprendizagem e a motivação 
são garantidas, a fim de que os sujeitos consigam construir conhecimentos sólidos a partir 
da interpretação de fenômenos. Ademais, não se “deve implicar na separação da atividade 
experimental do processo de desenvolvimento teórico dos conceitos químicos pertinentes 
ao tema abordado, pois a teoria é um processo inerente à aprendizagem” (BEDIN, 2019, 
p. 113). Portanto, como destacam Da Silva e Bedin (2019, p. 80), “a motivação despertada 
por estas aulas experimentais deve ser utilizada pelos professores a favor da aprendizagem 
cooperativa dos alunos; logo, é importante que os professores utilizem atividades práticas 
para tornar o conteúdo mais interpretativo aos discentes”.
CONCLUSÃO
Os alunos evidenciaram capacidade de utilizar o conteúdo conceitual e procedimental 
em busca de resolução do problema por meio da colaboração e da dialogicidade à luz da 
atividade experimental. Do ponto de vista cognitivo, definir se uma substância orgânica é 
Química: ensino, conceitos e fundamentos
24
polar ou apolar pode implicar apenas em procedimento mecânico, se os alunos estudassem 
apenas a teoria. Entretanto, utilizando a experimentação de forma colaborativa, os alunos 
podem visualizar e entender, além da prática de um químico orgânico de laboratório, as rela-
ções que se estabelecem no próprio contexto cultural, por exemplo, ao temperar uma salada.
No ensino por investigação, os alunos foram colocados em uma situação que exigia 
destes a realização de pequenas pesquisas, combinando simultaneamente conteúdos con-
ceituais, procedimentais e atitudinais. Esta ação, em um viés experimental aliado a teoria 
por meio de uma metodologia ativa, foi rica para fazer com que os sujeitos se tornassem 
autônomos no processo de aprendizagem, logrando conhecimentos e saberes para além 
da sala de aula.
Portanto, acredita-se que a experimentação no ensino de química é uma estratégia 
docente que transpassa a ideia de interligar a teoria e a prática, tornando-se uma ação que 
possibilita ao aluno, além da construção de conceitos de forma autônoma e crítica, o desen-
volvimento do pensamento reflexivo e da argumentação científica. Além do mais, acredita-se 
que atividades como esta possam ser proliferadas nas diferentes escolas do país, quiçá nas 
universidades, pois o desenvolvimento de um experimento de caráter colaborativo é signifi-
cativo na medida em que se entende que a aprendizagem colaborativaocorre por meio da 
troca de informações e do compartilhamento de conhecimentos.
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Química: ensino, conceitos e fundamentos
26
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https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/2177
02
Desvendando fatos: extração de 
DNA de bulbo e frutos por meio de 
atividades remotas e de baixo custo 
desenvolvida pelo Pibid
Ana Julia Moreschi
IFSP
Cassia Vieira Vargas
IFSP
Dielle Cristina Anastacio
IFSP
Fabricio Gonçalves Ferreira
IFSP
Gabriela Moreira de Almeida
IFSP
Guilherme Seminatti
IFSP
Isabela Pereira Garcia
IFSP
Naommy Kareana Miranda
IFSP
Rafaela de Souza Barbosa
IFSP
Saulo Ribeiro Andrade Silva
IFSP
Thayná Victoria Silva do Nascimento
IFSP
Ricardo Rodrigues Jimenez
IFSP
Romualdo Luciano da Silva
E.E. Dr. Nestor Sampaio Bittencourt
Marcelo Fabiano André
IFSP
10.37885/210504566
https://dx.doi.org/10.37885/210504566
Química: ensino, conceitos e fundamentos
28
Palavras-chave: Extração de DNA, PIBID, Aulas Remotas, Baixo Custo e Química.
RESUMO
Este trabalho foi realizado pelos participantes do Programa Institucional de Bolsa de 
Iniciação à Docência (PIBID), do Instituto Federal de São Paulo - Campus Catanduva, 
em conjunto com a E.E. Dr. Nestor Sampaio Bittencourt, remotamente, com o intuito de 
realizar um experimento de extração de DNA com materiais de fácil acesso e baixo custo. 
Para isso, a equipe selecionou os temas das aulas e a melhor abordagem, elaborando um 
plano de aula. Os alunos foram divididos em equipes, compostas por alunos da eletiva 
“Desvendando fatos” e participantes do PIBID, criando grupos no WhatsApp Messenger 
para facilitar a integração,cada equipe escolheu qual substrato utilizar – banana, tomate, 
cebola, morango e kiwi. Para a apresentação do experimento, foram utilizados recursos 
como vídeos e fotos da prática executada pelos participantes do PIBID, encaminhando- 
os para os alunos reproduzirem a mesma em suas casas.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
28 29
INTRODUÇÃO
Em março de 2020, o Brasil foi paralisado pela pandemia do novo Coronavírus, a 
proteção contra a doença é o isolamento social e o uso de máscaras, por esse motivo as 
aulas presenciais foram suspensas e o ensino remoto foi a solução para a retomada das 
atividades educacionais. O conceito de educação foi repensado, adaptado e ampliado ao 
momento que estamos vivendo (SILUS, 2020). A tecnologia tem sido o grande pilar para a 
sustentação das aulas online e a garantia de emprego de milhões de pessoas, entretanto, 
não tem sido fácil lecionar nesse período de pandemia (SHINMI, 2021). Os educadores 
enfrentam dificuldades todos os dias e os alunos não se sentem diferentes (SILUS, 2020).
Segundo Cordeiro (2020) os educadores tiveram que se reinventar para conseguir dar 
aula à distância através do ensino remoto e os alunos vivenciarem novas formas de apren-
der, sem o contato presencial e caloroso da figura do professor. O ensino remoto tem sido 
a melhor estratégia para amenizar os atrasos e as defasagens escolares provocadas pela 
pandemia (COSTA, 2020).
Os participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) 
vivenciaram a experiência como alunos da instituição do Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia (IFSP) e como docentes da eletiva de química para a realização da 
experiência da extração do ácido desoxirribonucleico (DNA). Este artigo relata a experiência 
de extração de DNA a partir de frutas e bulbo (cebola) (NUNES, 2018).
A eletiva, projeto interdisciplinar relacionado ao cotidiano com ênfase no mercado de 
trabalho, abordava o tema: “Desvendando os fatos” dentro da área forense, por esse moti-
vo foi selecionado o experimento com o DNA. Os participantes do PIBID reuniram- se para 
aplicação da prática de extração com o intuito de a partir dessa inserir o conceito de reações 
químicas. No experimento em questão, utilizou-se frutas e bulbo, apresentando além das 
reações químicas envolvidas também a extração por maceração, a densidade, a separação 
de líquidos e sólidos e a definição de DNA, uma molécula presente no núcleo das células 
dos seres vivos que carrega toda a informação genética de um organismo.
O objetivo foi abordar um experimento de baixo custo em que os alunos pudessem 
reproduzir em suas casas com segurança e compreender o assunto de maneira objetiva, 
supervisionado pelos participantes do PIBID e com o auxílio dos professores orientadores.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
30
RELATO DE CASO
Elaboração da atividade
A atividade foi idealizada e realizada no segundo semestre de 2020, um período mar-
cado pela pandemia do vírus Sars-CoV-2. Período este que abrangeu um grande impacto 
na educação, diversas instituições acolheram o ensino remoto emergencial (ERE), uma 
configuração de ensino onde alunos e professores que estão privados em isolamento para 
suas próprias seguranças se encontram por meio de chats online (LEITE, 2020). Diante 
da situação vivida no momento foi deliberado pelos professores orientadores que todas 
as aplicações e práticas ocorressem de forma digital em consonância com orientações da 
portaria MEC nº 376 de 03 de abril de 2020 e nota da Reitoria nº 06, de 28 de abril de 2020.
Partindo disso foram criados grupos através do Whatsapp Messenger para contato 
entre os alunos da E.E. Dr. Nestor Sampaio Bittencourt, e os participantes do PIBID do IFSP 
- Catanduva. Dentro da temática da eletiva foi montada uma lista de possíveis experimentos 
que seriam viáveis de aplicar para os alunos de forma remota e determinou- se várias estra-
tégias para poder efetivar-se as propostas de atividades. Por fim foi decidido a elaboração 
do experimento de extração de DNA através de vídeos feito pelos participantes do PIBID.
Com o experimento e forma de aplicação definidos foi elaborado um plano de aula 
conforme descrito por MORAIS, 2020. Ficando explícito os conteúdos abordados, como pro-
cesso de extração por maceração, densidade, soluções e separação de líquidos e sólidos, 
e os resultados esperados, extração e visualização do DNA.
Para uma aprendizagem mais significativa os alunos foram divididos em cinco grupos, 
cuja composição incluía cinco alunos da eletiva e dois participantes do PIBID, cada grupo 
ficou responsável pela extração do DNA de um substrato, sendo eles, banana, cebola, to-
mate, morango e kiwi. Em seguida iniciou-se a etapa de pesquisa e gravação dos vídeos 
pelos participantes do PIBID, após essa gravação os vídeos foram apresentados aos orien-
tadores e realizada algumas adequações. Após as mesmas a atividade foi executada em 
sala de aula virtual.
Extração do DNA.
Embora cada grupo tenha extraído o DNA de substratos variados, os materiais e 
procedimentos seguiram uma padronização garantindo assim que todos obtivessem uma 
aprendizagem análoga às outras. Além da padronização houve também o cuidado para que 
os materiais empregados fossem de fácil acesso e baixo custo.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
30 31
Materiais:
• Substrato: 1 fruto ou bulbo para extração do DNA;
• 2 copos de vidro acima de 200 mL;
• Colher ou garfo;
• 200 mL de água com temperatura entre 65°C a 80°C;
• 20 mL de detergente neutro;
• 15 gramas de sal de cozinha;
• Peneira ou filtro de papel;
• 200 mL de álcool etílico 92% com temperatura entre 10°C e 15°C. 
Procedimento:
O primeiro passo foi a maceração do substrato, adicionou-se no copo o substrato e 
com o auxílio de um garfo ou colher amassou-se, no caso da cebola foi necessário picar a 
cebola antes de colocá-la no copo, em seguida adicionou-se a água, o sal e o detergente 
e com a colher ou o garfo misturou-se a solução formada, não se deve agitar muito, pois o 
detergente formará espuma e isso pode atrapalhar a visualização dos filamentos de DNA. 
Seguindo o experimento foi feita a filtração ou peneiração, a fim de separar a parte líquida 
dos sólidos do substrato, o produto desta separação foi colocado em outro copo de vidro. 
Por fim adicionou-se o álcool etílico, a adição foi feita cuidadosamente, utilizando a colher 
para escoar o álcool ou escorrer pelas bordas do copo. Para a visualização do DNA o sis-
tema foi deixado em repouso por cerca de 10 minutos e os filamentos de DNA começaram 
a aparecer na divisão de fase entre o álcool e o substrato (BRITO, 2017). Segue abaixo a 
Figura 1 com demonstração dos materiais e execução dos procedimentos experimentais.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
32
Figura 1. Fluxograma contendo os materiais e métodos para a realização da extração do DNA.
A apresentação da aula com os alunos foi realizada por vídeo chamada através da 
plataforma Google Meet, introduziu-se a aula com uma abordagem ao tema de DNA, ques-
tionando os conhecimentos prévios dos alunos, foi bastante citado pelos estudantes, em 
diferentes grupos, a informação de que cada indivíduo possui sua própria sequência de 
DNA e que por ela é possível identificar as pessoas. Quando questionadas de onde adqui-
riram essa informação, foram citadas por eles diversos seriados de entretenimento como 
“C.I.S. – New York”, “Criminal Minds” e vários outros. Também foi citado que com o DNA é 
possível identificar seus pais e familiares, essa informação foi adquirida por eles através de 
programas televisivos, como novelas, filmes e outros que abordam esse tema. Entretanto 
quando questionado como realizar a extração de DNA e se era possível ver ele todos os 
alunos citaram apenas exame de sangue, extração capilar e afins, revelando assim não 
possuírem o conhecimento da extração de DNA de frutas e bulbo da forma como o experi-
mento os conduziu.
Esta etapa obteve diferentes resultados apresentadospelos grupos, essa variação dos 
resultados se deu principalmente pela heterogeneidade de cada grupo, onde cada indivíduo 
carrega diferentes conceitos e formas de o expressar, esses adquiridos ao longo de sua vida 
(CENCI, 2020). Sendo assim, os dados obtidos são apresentados na Tabela 1.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
32 33
Tabela 1. Resultados de interação com alunos da eletiva antes do experimento.
Grupos / Perguntas Grupo 1Banana
Grupo 2
Cebola
Grupo 3
Morango
Grupo 4
Tomate
Grupo 5
Kiwi
Sabem o que é DNA? – Sim Sim Sim –
Já viram o DNA? – Não Não Não –
Acreditam conseguir extrair o DNA em 
casa? – Não Não Não –
Acreditam conseguir visualizar o DNA 
em casa? – Não Não Não –
Legenda: (–) - Não houve interação com os alunos.
Fonte: Autoria Própria.
Conforme visto na Tabela 1 dois grupos não conseguiram estabelecer contato com 
os alunos, além desses, os que obtiveram comunicação, já possuíam a informação de “o 
que é o DNA”, possivelmente um conhecimento adquirido por meio das séries e programas 
televisivos citados por eles, porém, nunca tiveram contato direto com o ele. Sendo assim, se 
tratava de um conceito teórico e abstrato. Quando questionados se acreditavam conseguir 
extrair e visualizar o DNA em suas casas todas as respostas foram negativas, isso expõem 
que há uma barreira dos alunos, que acreditam ser capazes de estudar ciências, contudo, 
não acreditam ser capazes de reproduzi-la (DORIGO, 2020).
Explicação do experimento
Cada etapa do experimento possui grande importância para visualização do DNA e para 
aprendizagem de química, nesse experimento trabalhou-se conceitos práticos da química, 
como a extração por maceração, formação de soluções, divisões entre sólido e líquido, que-
bra de ligações, densidade de substâncias e suas influências por temperatura. Ao amassar 
o substrato, facilita-se a absorção da solução (água, detergente e sal), fazendo que haja 
interação com as células do meio. Com a adição de água, que deve estar morna ou quen-
te, possibilita que as moléculas se agitem. Já o detergente, realiza a quebra de lipídio, em 
outras palavras, o detergente é o responsável do rompimento da bicamada lipídica que 
compõe a membrana plasmática, sendo assim, com a ação deste, o desmanche da célula 
se evidencia, removendo suas proteínas e tornando-se solúvel. O sal realiza um processo 
de osmose, extraindo o DNA do interior da célula para o meio. Sendo o DNA insolúvel em 
álcool, acontece uma precipitação, isso se deve a densidade – O DNA é menos denso que o 
álcool, assim foi possível visualizar os filamentos de DNA no sistema heterogêneo formado, 
tornando-se perceptível o aglutinamento do mesmo (GONÇALVES, 2020).
Após a replicação do experimento pelos alunos, foi exposto por eles informações so-
bre como se procedeu a extração e visualização, por meio de mensagens pelo Whatsapp 
Química: ensino, conceitos e fundamentos
34
Menssenger e por fotos enviadas também por este. Os dados baseados nas respostas e 
observações feitas por eles são apresentados na tabela 2.
Tabela 2. Resultados dos alunos da eletiva após o experimento.
Grupos \ Perguntas Grupo 1Banana
Grupo 2
Cebola
Grupo 3
Morango
Grupo 4
Tomate
Grupo 5
Kiwi
Conseguiram extrair o
DNA em casa? – Sim Sim Não –
Conseguiram visualizar o DNA em 
casa? – Sim Não* Não –
Legenda: (*) - Problemas com pectina. (–) - Não houve interação com os alunos.
Fonte: Autoria Própria.
Na tabela 2 é possível compreender que além dos grupos que não conseguiram es-
tabelecer comunicação, um outro grupo não conseguiu realizar a extração, sendo este 
justificado pela falta de tempo dos alunos que estavam com excesso de atividades. Dos 
grupos que tiveram êxito na extração, apenas um conseguiu visualizar o DNA. O grupo que 
extraiu, mas não conseguiu visualizar, relatou ter visto no local dos filamentos de DNA uma 
“camada espessa branca’’.
Imagens com os resultados esperados pela extração do DNA dos insumos escolhidos 
para a aula foram enviadas, para efeito de comparação entre os grupos participantes, con-
forme se vê nas Figuras 2 a 6.
Figura 2. DNA extraído do morango sobre diversos ângulos.
Fonte: Autoria Própria.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
34 35
Figura 3. DNA extraído da banana sobre diversos ângulos.
Fonte: Autoria Própria.
Figura 4. DNA extraído do wiki sobre diversos ângulos.
Fonte: Autoria Própria.
Figura 5. DNA extraído da cebola sobre diversos ângulos.
Fonte: Autoria Própria.
Figura 6. DNA extraído do tomate sobre diversos ângulos.
Fonte: Autoria Própria.
Com o intuito de fixação dos conceitos trabalhados e absorvidos pelos alunos, foi 
desenvolvido uma poesia. Segundo Costa (2020) a poesia se faz como uma forma literária 
Química: ensino, conceitos e fundamentos
36
interdisciplinar, sendo essa interdisciplinaridade uma estratégia eficaz para absorção de 
conceitos e teorias novas, sendo assim a poesia foi elaborada e aplicada ao fim da atividade.
DNA envolvente
Agora irei fazer uma explicação consciente
sobre o DNA, que ouvimos falar a respeito
e frequentemente.
Mas afinal, o que é a molécula de DNA
tem a relacionar?
De características físicas e fisiológicas,
do nosso corpo e de outros seres vivos diretamente.
A Molécula de DNA há de encontrar
em organismos eucariontes
e nas organelas chamadas de mitocôndrias.
Também é encontrado no núcleo celular,
Já nos organismos procariontes.
Esse material se encontra de maneira dispersa
E se encontra presente
No citoplasma da célula
DISCUSSÃO
Como supracitado a decisão tomada para aplicação da atividade por meio do ERE foi 
através de vídeos, os participantes do PIBID junto dos professores orientadores os realizaram 
e conseguiram extrair o DNA com êxito. Contudo, o contato com os alunos foi prejudicado 
por causa do ensino remoto, diferente do planejado. Alguns grupos, mesmo com as abor-
dagens por Whatsapp Messenger e chats online por meio do Google Meet, não obtiveram 
respostas e interação dos alunos, e neste sentido não foi possível saber se realizaram o 
experimento proposto o que prejudicou o processo de ensino aprendizagem por falta das 
habilidades e competências almejadas.
Por outro lado, alguns grupos conseguiram interação e chegaram à realização do 
experimento até o ponto de visualização do DNA, esses grupos alcançaram os resultados 
esperados conforme a literatura apresenta. Um dos grupos, entretanto, teve dificuldades de 
visualização do DNA, foi observado uma “camada espessa branca”, esse problema foi apu-
rado pelos participantes do PIBID e chegou-se à conclusão de ser uma camada de pectina, 
Química: ensino, conceitos e fundamentos
36 37
a partir disso houve uma busca na literatura sobre ela e esses foram mediados para o grupo 
que relatou essa experiência.
Realizando a comparação entre os saberes iniciais dos alunos da eletiva, tabela 1, e 
os conhecimentos após o experimento, tabela 2, chegou-se à conclusão de que a respectiva 
temática de ensino, possibilitou o entendimento dos alunos da eletiva e ao mesmo tempo 
agregou conhecimento para os participantes do PIBID. A experiência de produção de vídeos 
da extração de DNA e aplicação desse através do ERE propiciou desenvolvimento, tanto 
acadêmico quanto profissional, de modo que os iniciantes à docência identifiquem a varie-
dade e diversidade de uma sala de aula para, assim, conseguir envolver a todos da mesma 
maneira em práticas de ensino.
A extração do DNA foi feita pelos participantes do PIBID e alguns alunos da eleti-
va. A prática ocorreu como esperava-se se comparado com a literatura encontrada acerca 
do tema (BRITO, 2017). Já no caso em que a visualização foi prejudicada pela presença da 
pectina sabia-se por meio de FILHO, 2018 que esse poderia ser um resultado obtido.
Nesse sentido, através deste trabalho, pode-se reforçar a importância que uma abor-
dagem diferenciada para execução de aulas práticas, como estratégia didática e de baixo 
custo, facilitam a mediação do conhecimento e compreensão de conteúdos teóricos nas 
aulasde química. Além disso, fomentar experimentações acessíveis até mesmo em esco-
las com poucos recursos e espaços adequados faz parte do processo de popularização da 
ciência. E com isso, enriquecer e humanizar a formação de todos os sujeitos envolvidos 
no processo de ensino e aprendizagem, propiciando um conhecimento significativo e ao 
mesmo tempo contextualizado para superar o ensino fragmentado pelo distanciamento 
social (SILUS, 2020).
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03
Dominó dos grupos funcionais: uma 
proposta didática no ensino médio 
para associar a fórmula estrutural dos 
grupos com seu respectivo nome
Rodrigo Aparecido de Souza Ribeiro
Elói Luis Krüger
Tayane Regina Campanholi Santos
10.37885/210604946
https://dx.doi.org/10.37885/210604946
Química: ensino, conceitos e fundamentos
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Palavras-chave: Química Orgânica, Ludicidade, Grupos Funcionais.
RESUMO
O estudo dos compostos orgânicos é muito importante para o ensino de Química, pois 
utilizamos essas substâncias na produção de combustíveis, medicamentos, alimentos 
e entre outros produtos. A Química Orgânica é uma área que estuda os compostos de 
carbono. Diante disso, o trabalho teve como objetivo criar e aplicar um jogo de dominó 
dos grupos funcionais para desenvolver de maneira lúdica habilidades necessárias para 
identificar e relacionar as fórmulas estruturais de cada grupo funcional com seus respec-
tivos nomes. O trabalho foi realizado com os estudantes do 3º ano do ensino médio de 
uma escola pública do município de Nova Marilândia-MT. O diagnóstico realizado teve 
como partida um questionário antes e depois da aplicação do jogo, nele continha várias 
fórmulas estruturais de compostos orgânicos onde os estudantes tinham que reconhecer 
corretamente os grupos funcionais e seus nomes. O recurso possibilita uma aprendizagem 
mais significativa já que consegue prender a atenção dos estudantes, estimulando-os na 
construção de habilidades para compreender o conteúdo abordado.
Química: ensino, conceitos e fundamentos
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INTRODUÇÃO
O estudo das substâncias é um dos principais pilares para o ensino de Química na 
Educação Básica, pois retrata fatores referente à estrutura, classificação, nomenclatura e 
situações onde essas substâncias podem ser empregadas. Existem inúmeras substâncias 
químicas e de acordo com suas propriedades são divididas em dois grandes grupo, os com-
postos orgânicos e inorgânicos.
Nesse contexto, o estudo desses compostos é muito importante para o ensino de 
Química, pois utilizamos essas substâncias na produção de combustíveis, medicamentos, ali-
mentos e entre outros produtos, fato este que aproxima a disciplina com o cotidiano de todos.
A Química Orgânica é uma área que estuda os compostos de carbono. Esses compos-
tos são muito abundantes em nosso planeta e apresentam propriedades e características 
diferentes dos compostos inorgânicas, estando presente na matéria viva e não-viva. De acor-
do com Solomons e Fryhle (2009), esses compostos são classificados em vários grupos que 
chamamos de funções orgânicas, e para que haja tal classificação é levado em consideração

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