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Experimento do Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U) Alexssandro Oliveira de Matos CEFET/RJ – campus Nova Friburgo Resumo Esse relatório tem como objetivo analisar o experimento do movimento retilíneo uniforme. Para realizar esse experimento foi utilizado um trilho de ar, de um laboratório de mecânica, que foi devidamente ajustado para que um carrinho se movimentasse com uma velocidade constante. Após o tratamento dos dados, a velocidade encontrada foi de 𝑣 = 2,75𝑥10 . Com isso, conseguimos encontrar a função posição do carrinho definida por 𝑠(𝑡) = 0,275𝑡. Após obter o gráfico dessa função, podemos concluir que o movimento estudado pode ser considerado um M.R.U mesmo com pequenas variações na velocidade, que no caso, podem ser desprezadas. Palavra-chave: Experimento. Movimento Retilíneo Uniforme. Velocidade constante. Introdução O movimento retilíneo uniforme, chamado de M.R.U é um movimento na qual a velocidade é constante para qualquer intervalo de tempo, ou seja, um móvel em velocidade constante percorre espaços iguais em intervalos de tempo iguais em uma trajetória retilínea. Na natureza, esse movimento é difícil de ser observado devido a existência de algumas forças dissipativas e também pela aceleração da gravidade. Contudo, podemos promover esse movimento com o auxílio de alguns materiais encontrados em laboratório de física. Modelo teórico A princípio, para a realização do experimento foi necessário o uso de alguns materiais para promover o movimento retilíneo uniforme. Vamos utilizar um carrinho para colchão de ar. Esse carrinho percorre um trilho de ar linear que possui cinco sensores fotoelétricos que acionam um cronômetro para medir o tempo em que o carrinho percorre uma distância fixa. Esse trilho de ar também está ligado a um gerador de fluxo de ar, que é responsável por reduzir o atrito entre o carrinho e o trilho de ar. Figura 1- trilho de ar linear com cinco sensores fotoelétri- cos localizados acima da metade do trilho. Figura 2- gerador de fluxo de ar no centro da imagem. Abaixo, temos o carrinho para colchão de ar e acima temos um cronômetro digital microcontrolado. Podemos observar na figura 2 que o carrinho para colchão de ar possui uma régua quadriculada. Cada intervalo composto por dois quadradinhos possui 18 mm de lado. O tamanho desse intervalo será importante para a medida da variação de posição. A régua quadriculada passará por sensores fotoelétricos sensíveis à sombra, que acionará o cronômetro para medir em quanto tempo o carrinho esse intervalo. Sabendo o tamanho do intervalo e o tempo, podemos encontra a velocidade média que é definida como: 𝑣 = 𝑑𝑠 𝑑𝑡 = ∆𝑠 ∆𝑡 = 𝑠 − 𝑠 𝑡 − 𝑡 Procedimento experimental Primeiramente, colocamos o carrinho no trilho e ligamos o gerador de fluxo de ar. Realizamos as devidas calibrações para diminuir o atrito do carrinho com o trilho ao máximo. Em seguida precisamos garantir que o trilho de ar está perfeitamente na horizontal para que não haja ação da aceleração da gravidade. Fizemos isso regulando os pés do trilho de ar de modo que os dois lados do trilho estejam no mesmo nível. Caso esteja no mesmo nível, o carrinho não irá se movimentar. Depois de realizado todos os procedimentos, empurramos o carrinho sobre o trilho e obtivemos os seguintes resultados: Tratamento de dados Com os dados obtidos no experimento, foi construído um gráfico em um papel quadriculado. O eixo vertical do gráfico marca a posição do carrinho em milímetros, e o eixo horizontal marca o tempo em segundos. A escala usada foi de 3,5 quadradinhos para cada 18 mm na vertical e de 3,5 quadradinhos para cada 0,1 segundos na horizontal. t(s) 0 0,06 3 0,12 8 0,19 3 0,25 9 0,32 5 0,39 0 0,45 7 0,52 3 0,58 9 0,65 5 s(m m) 0 18 36 54 72 90 108 126 144 162 180 Figura 3- gráfico manual, feito com base nas medidas obtidas no experimento. Agora, vamos calcular a velocidade média baseado no ponto inicial (0;0) e final (0,655; 180). 𝑣 = 𝑠 − 𝑠 𝑡 − 𝑡 = 180 − 0 0,655 − 0 = 180 0,655 ≅ 275 𝑚𝑚 𝑠 = 2,75𝑥10 𝑚 𝑠 Encontrado a velocidade, podemos achar a função posição do carrinho, considerando que a velocidade é o coeficiente angular da reta. 𝑣 = 𝑠 − 𝑠 𝑡 − 𝑡 ∴ 𝑣(𝑡 − 𝑡 ) = 𝑠 − 𝑠 Sabemos que 𝑠 = 𝑡 = 0, então: 𝑣. 𝑡 = 𝑠 ∴ 2,75𝑥10 . 𝑡 = 𝑠 ∴ 𝑠(𝑡) = 0,275. 𝑡 Agora, foi feito o gráfico da função s(t) encontrada acima no software GeoGebra. Vale ressaltar que o gráfico possui a escala vertical medida em metros, sendo assim, esse gráfico será bem menos ampliado que o gráfico feito manualmente (figura 3). Figura 4 – gráfico feito no geogebra Podemos notar que todos os pontos obtidos no experimento estão em cima da reta que representa a função posição s(t). Isso ocorre porque o gráfico feito no GeoGebra possui a escala vertical medida em metros, consequentemente, tem um ponto de vista mais macroscópico em relação ao gráfico da figura 3. Conclusão Após os resultados obtidos, podemos considerar que o movimento estudado acima é um M.R.U. já que a velocidade se permaneceu constante. É lógico que a velocidade sofreu algumas variações devido ao atrito, muito pequeno mas ainda existente, do carrinho e o trilho. No entanto, a variação é tão pequena que pode ser desconsiderada, como foi visto no gráfico do GeoGebra. As variações da velocidade só são vistas em um ponto de vista microscópico, como no gráfico da figura 3. Ao fazer o gráfico com base nas unidades do sistema internacional de medidas (SI), as variações se tornam irrelevantes e podem ser desconsideradas. Referências Calculadora 3D - GeoGebra. Disponível em: <https://www.geogebra.org/3d?lang=pt>. Acesso em: 09 jun. 2022.
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