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CENTRO UNIVERSITÁRIO CIDADE VERDE-UNICV LETRAMENTO DIGITAL NA EDUCAÇÃO E O ENSINO DE INGLÊS NA ALFABETIZAÇÃO – LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS Roberto Carlos Carneiro ITAJOBI 2023 RESUMO O presente trabalho visa explorar o conceito de letramento digital no contexto educacional, investigando sua importância, desafios e oportunidades. O letramento digital é uma habilidade fundamental no século XXI, à medida que as tecnologias de informação e comunicação desempenham um papel cada vez mais proeminente em nossa sociedade. A pesquisa concentra-se na integração do letramento digital no ambiente educacional, considerando seu impacto nas práticas pedagógicas, no desenvolvimento de habilidades dos alunos e na preparação para os desafios tecnológicos do futuro. Também será abordado os aspectos da literatura infantil que desempenha um papel fundamental no contexto educacional, especialmente quando incorporada às aulas de inglês. Seja na forma de contos de fadas, fábulas ou histórias contemporâneas, a literatura infantil oferece uma abordagem rica e envolvente para o ensino de línguas, proporcionando uma série de benefícios significativos para o desenvolvimento linguístico, cognitivo e emocional das crianças. O fundamental é desenvolver desde cedo, justamente no início da alfabetização a introdução das primeiras noções da língua inglesa juntamente com os primeiros passos no aprendizado da língua materna. O letramento digital contribuirá de forma positiva com o progresso de todo processo, uma vez que todo o conjunto de estratégias contribuirá para o aprimoramento de toda obra. Assim como aprender a falar corretamente foi um processo longo e bravamente vencido por nossas crianças desde os primeiros sons balbuciados, aprender a escrever também não acontece de uma hora para outra (Eleva, Escola, Alfabetização & Biletramneto), uma boa conjectura para começar a preparar para o começo da grande jornada. Palavras chave: letramento, alfabetização, inglês, digital INTRODUÇÃO O século XXI testemunhou uma revolução digital que transformou radicalmente a forma como vivemos, trabalhamos e, principalmente, como aprendemos. Nesse contexto, o letramento digital surge como uma competência essencial para indivíduos navegarem eficazmente no mundo digital em constante evolução. Este trabalho se propõe a explorar o letramento digital na educação, examinando seus desafios e oportunidades, e destacando sua importância na formação de cidadãos capacitados para o mundo digital. O letramento digital vai além da simples capacidade de usar tecnologias digitais; ele envolve a habilidade de compreender, analisar, interpretar e criar informações em ambientes digitais. Desde a sua introdução, o conceito de letramento digital evoluiu para acompanhar o ritmo das inovações tecnológicas, abrangendo agora habilidades como a avaliação crítica de informações online, a segurança digital e a participação ativa na comunidade virtual. O letramento digital é crucial na formação de cidadãos aptos a participar de uma sociedade cada vez mais conectada. Nas instituições educacionais, seu papel vai além do simples uso de dispositivos e softwares; envolve a capacidade de os alunos aplicarem habilidades digitais de maneira ética, responsável e eficaz. Integrar o letramento digital no currículo escolar prepara os alunos para enfrentarem os desafios complexos e as oportunidades do mundo digital. Apesar de sua importância, a implementação do letramento digital na educação enfrenta desafios significativos. Questões de acesso à tecnologia, a falta de recursos adequados e a necessidade de formação de professores são barreiras que podem comprometer a eficácia do ensino do letramento digital. Superar esses desafios requer uma abordagem holística, que inclua investimentos em infraestrutura, formação docente e políticas educacionais alinhadas com as demandas do século XXI. OPORTUNIDADES E PRÁTICAS PROMISSORAS Apesar dos desafios, há uma série de oportunidades e práticas promissoras no campo do letramento digital na educação. O uso de plataformas interativas, a implementação de projetos colaborativos e a integração do letramento digital em diversas disciplinas são exemplos de estratégias eficazes. Além disso, a parceria entre escolas, comunidades e setor privado pode ampliar as oportunidades de acesso e fortalecer a eficácia do letramento digital. O letramento digital não é apenas uma habilidade isolada, mas uma competência que se entrelaça com outras habilidades do século XXI, como pensamento crítico, criatividade, colaboração e comunicação. Ao integrar o letramento digital na educação, as instituições contribuem para o desenvolvimento de alunos preparados para enfrentar os desafios complexos e dinâmicos do século XXI, capacitando-os a contribuir de maneira significativa para a sociedade globalizada. Depois que aprendi a ler minhas letras, li de tudo: livros, mas também notícias, anúncios, os tipos pequenos na passagem do bonde, letras jogadas no lixo, jornais velhos apanhados sob o banco do parque, grafites, a contracapa das revistas de outros passageiros de ônibus. (MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 20) Fica claro a importância do letramento, mas, vamos associar esse tal letramento digital com outra necessidade que sempre está de forma berrante pedindo para ter uma prioridade dentro do aprendizado educacional que só há uma ligeira preocupação no ensino fundamental, mas se for incrementado desde o início, na alfabetização terá grande desenvolvimento. A literatura infantil desempenha um papel fundamental no contexto educacional, especialmente quando incorporada às aulas de inglês. Seja na forma de contos de fadas, fábulas ou histórias contemporâneas, a literatura infantil oferece uma abordagem rica e envolvente para o ensino de línguas, proporcionando uma série de benefícios significativos para o desenvolvimento linguístico, cognitivo e emocional das crianças. A literatura infantil, quando utilizada nas aulas de inglês, oferece às crianças a oportunidade de explorar novos mundos e experiências por meio da linguagem. As histórias proporcionam um contexto imersivo que estimula a imaginação, amplia o vocabulário e desenvolve a compreensão auditiva na língua estrangeira. Personagens cativantes, cenários intrigantes e tramas envolventes capturam a atenção das crianças, tornando o aprendizado do inglês uma jornada prazerosa e significativa. Tem-se tentado, ultimamente, atribuir um significado abrangente alfabetização, considerando a um processo permanente , que se estenderia por toda vida, que não se esgotaria na aprendizagem da leitura e da escrita. É verdade que, de certa forma, a aprendizagem da língua materna, quer escrita , quer oral, é um processo permanente, nunca interrompido” .(SOARES, 2012 pg 15) A literatura infantil permite a integração natural das quatro habilidades linguísticas - leitura, escrita, fala e escuta - em um único contexto. Ao ler uma história, as crianças praticam a leitura, internalizam novas palavras, desenvolvem a compreensão auditiva ao ouvir a narrativa e, muitas vezes, são inspiradas a expressar suas ideias por meio da escrita e da fala. Essa abordagem integrada promove um aprendizado mais holístico e eficaz da língua inglesa. A literatura infantil, frequentemente, reflete não apenas a língua, mas também a cultura associada a ela. Ao introduzir histórias que abordam tradições, valores e perspectivas culturais, as aulas de inglês não apenas ensinam a língua, mas também promovem a sensibilidade cultural. Além disso, as histórias muitasvezes exploram temas universais, permitindo que as crianças cultivem a empatia ao se identificarem com personagens e situações diversas. (SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2004). Se você deseja aprofundar seus conhecimentos sobre a relação entre o processo de escolarização e a alfabetização, sugerimos a consulta aos artigos “Alfabetização: a (des)aprendizagem das funções da escrita” e “Alfabetização: em busca de um método?”, ambos de autoria de Magda Soares e publicados no livro Alfabetização e letramento. No primeiro artigo, a autora postula que o trabalho com a escrita realizado na escola – as práticas de letramento escolar – termina por, muitas vezes, afastar-se das práticas de letramento realizadas fora da escola, daí a ocorrência do que ela denomina “desaprendizagem” das funções da escrita. O segundo artigo – Alfabetização: em busca de um método? – procura discutir a importância de uma sistematização no ensino da escrita que não seja necessariamente pautada nos métodos tradicionais de alfabetização. Neste contexto pode-se unir o LETRAMENTO DIGITAL e a ALFABETIZAÇÃO com o ensino do INGLÊS, esta apresentação a criança deste motivador ensino a preparará para o ensino de forma ampla nos anos seguintes de ensino. O aprofundamento da alfabetização com o ensino da língua inglesa não atrapalha o desenvolvimento da criança, mas, vai desenvolver a curiosidade por ser algo novo, dinâmico e desafiador, o letramento na alfabetização juntamente com a expansão do ensino de outra língua não atrapalha ou dificulta o aprendizado, por outro lado vai desenvolver a criança de maneira satisfatória não deixando nada a desejar quanto ao seu desenvolvimento no ensino aprendizagem, chega a ser um facilitador na alfabetização, desenvolve o raciocínio logico e o cognitivismo, uma vez que estará desenvolvendo o letramento e a alfabetização juntamente com os primeiros passos com outra língua facilitando o aprendizado, tudo é novo e lúdico. A melhor fase para desenvolver o aprendizado é nos primeiros anos do ensino, quando a criança vê tudo de forma desafiadora, avido por conhecimento, então, que se aproveite essa avidez para apresentar além da alfabetização, a língua materna, que também seja apresentada a língua inglesa em seus primeiros passos. Em 2018 a educação básica recebeu uma nova regulamentação através de um documento, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que foi homologada em caráter normativo com competências e habilidades que deveram serem desenvolvidas nas escolas, tanto públicas quanto privadas (BRASIL, 2018). Veio como uma base unificada criando um currículo nacional mínimo, na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) em seu artigo nono onde aponta que é dever da União onde: IV –Estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Munícipios, competências e diretrizes para a educação Infantil, e o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearam os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum (BRASIL, 1996, p.3-4) Com o advento e implantação da BNCC, o ensino e aprendizado da língua inglesa precisa agora ser norteado com um novo conceito de “Inglês como Lingua Franca” (ILF). É importante exaltar que nomear/conceituar o inglês como uma ‘língua estrangeira’ ou como uma ‘língua franca’ significa muito mais do que penas uma escolha terminológica (LIMA; SAVIO; ROSSO, 2020; FIGUEIREDO; SIQUEIRA, 2021). A BNCC faz de maneira conceitual o estudo podemos intitular de “Inglês como Lingua Franca”(ELF). E podemos ressaltar que dentro do desenvolvimento histórico dos estudos dessa área (suas fases, objetivos e arcabouços teóricos), pode-se observar que não é “simples conceituar ILF, tendo em vista que é explorado por diferentes vieses” (LIMA; ROSSO; PASINI, 2021, p. 3), dito isso, o ensino da língua inglesa desde o início da vida escolar ajuda e muito com o desenvolvimento e assimilação de conteúdo não atrapalhando ou dificultando a compreensão dos conteúdos. CONCLUSÃO Em conclusão, o letramento digital na educação é mais do que uma resposta às demandas tecnológicas; é uma ferramenta para capacitar os alunos a serem participantes ativos, críticos e éticos no mundo digital. Este trabalho destaca a importância do letramento digital, explora os desafios enfrentados na sua implementação e enfatiza as oportunidades e práticas promissoras que podem moldar o futuro da educação digital. Ao abraçar o letramento digital, as instituições educacionais estão investindo no desenvolvimento de uma geração apta a prosperar na era da informação. Os anos iniciais representam um período crucial para a alfabetização, definindo o curso da jornada educacional de uma criança. Ao incorporar fundamentos sólidos, abordagens lúdicas e considerações sensíveis à diversidade, os educadores podem superar os desafios e criar um ambiente propício para a aquisição bem-sucedida da leitura e escrita. Investir nesse estágio inicial não apenas equipa as crianças com habilidades fundamentais, mas também inspira a paixão pela aprendizagem ao longo de suas vidas. A criança deve ver a escrita como momento natural de seu desenvolvimento e não como treinamento imposto de fora para dentro: "o que se deve fazer é ensinar às crianças a linguagem escrita, e não apenas a escrita das letras" (vigotsky,2007) Tendo em vista que a criança é bem maleável quanto a curiosidade de aprender podemos aproveitar esse dado para inserir não só a alfabetização como o letramento digital que de certa forma já faz parte de seu cotidiano, e inserindo e apresentando uma outra língua, essa será muito bem aceita. O letramento há alguns anos era muito tradicional, a globalização trouxe a instantânea ligação com o mundo de uma forma inimaginável, um desenvolvimento fantástico e que agora o novo educando tem toda essa tecnologia a seu alcance, sendo uma insensatez não usar para trazer progresso no ensino aprendizagem desde o início, já no letramento, na alfabetização fazendo a união de todo o processo na aprendizagem, inserir uma nova língua e chegará o momento que não haverá diferença para quem teve desde os primeiros passos essa forma de alfabetização que já está prevista em lei. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Versão Final. Brasília, DF, SEB/MEC, 2018. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 996. 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