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Curso: Arquivologia Resenha da História dos Registros Arquivísticos Os registros arquivísticos são datados desde os primórdios da humanidade, no entanto, a partir da Revolução Francesa (1789-1799) ocorreu uma mudança significativa na forma como os arquivos e acervos em geral eram tratados e através disso influenciaram toda a história arquivística. Neste momento é criado na França o Arquivo Nacional, no qual permitiu o acesso da população aos acervos e houve a responsabilidade Governamental na preservação e na conservação dos arquivos e com isso outros locais ao redor do mundo inspirados nesse conceito resolveram criar ambientes específicos para seus arquivos. Logo, isso demonstra o quão importante foi essa época para os cidadãos terem acesso às informações pertinentes a suas regiões, ao regimento político local, ao social etc. não apenas para os franceses mas para todo o globo. A Era Contemporânea foi marcada por guerras mundiais que impactaram a produção documental visto que atingiu patamares inimagináveis. Durante o ínterim e o Pós-Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a produção americana alcançou a produção de 56.640m3 enquanto que na Guerra Civil (1961-1965) foram gerados cerca de 2.832m3 e após essas guerras esse volume arquivístico só aumentou em progressão aritmética tendo em vista a globalização. Diante disso, é notório o grande número de arquivos uns bem relevantes e outros não, quando há a falta de gestão documental nesses arquivos, torna-se uma problemática pois gera a Massa Documental Acumulada (MDA) que consiste sendo o tratamento inadequado dos arquivos, isso fomenta o acúmulo desordenado e descontrolado das informações. Por conseguinte, há a dificuldade de acesso e a perda de informações valiosas. Conforme Delmas (2010), os arquivos são documentos “vitais” para vários segmentos da sociedade, por exemplo, uma macroempresa possui seguros contra incêndios, furtos, roubos, desastres naturais, entre outros. Supõe-se que haja a perda desses arquivos e aconteça alguma fatalidade mencionada anteriormente, a tendência é que a companhia não consiga se recuperar e decrete a falência só porque perdeu os documentos do seguro. Desse modo, nota-se a importância arquivística para um empreendimento se reerguer ou desaparecer do mercado. Na perspectiva de Delmas (2010), conservar seus arquivos é um ato indispensável, por motivo deles serem relevantes para uma sociedade organizada. Além disso, quanto mais uma nação é desenvolvida, mais produção de documentos para registrar suas atividades é necessário e através disso é preciso conservar os arquivos. Por consequência, deve-se implementar a gestão documental que abarca procedimentos e técnicas que visam a produção, destinação, conservação, preservação e eliminação de documentos favorecendo a organicidade, unicidade, confiabilidade e autenticidade. Os arquivos servem como meios probatórios para defender direitos sociais e deveres regidos pela legislação. Ademais, os arquivos como suporte de provas crescem cada vez mais, por causa do número de atos do estado civil (nascimento, casamento e falecimentos) e dos atos notariais tais como procurações, testamentos, escrituras públicas, entre outros (DELMAS, 2010). Siqueira afirma que para os arquivos sejam considerados de caráter administrativo, cultural, histórico e de memória, eles devem ser de acesso pleno, democrático e livre para todos. Por isso, requer gerenciamento da produção, guarda, preservação e acesso dos arquivos. Em arquivologia existe a Teoria das Três Idades que compreende os procedimentos e técnicas adotadas para determinar as fases corrente, intermediária e permanente do arquivo (MALHEIROS). A fase corrente é a primeira fase do ciclo vital do documento, é relevante para o cotidiano da administração, são acessados com muita frequência e é essencial estar mais próximo do utilizador. No que concerne, a fase intermediária é quando os arquivos eram correntes, mas passaram a ser menos consultados, todavia devem ser conservados em decorrência de seu uso legal, probatório e/ou financeiro e depois podem ou não ser descartados. Já em relação à fase permanente os documentos já cumpriram seu objetivo, os prazos prescricionais venceram, entretanto passaram a ter um valor histórico e/ou cultural e nunca serão eliminados (ROUSSEAU e COUTURE, 1994). Destarte, essa teoria das três idades em arquivologia é calcada nas fases de vida dos arquivos é essencial para a manutenção do ciclo vital deles, pois gerenciam os arquivos se baseia na frequência em que cada documento pode ser acessado e como deve ser utilizado e armazenado. Logo, os profissionais da arquivologia são de suma importância na gestão de documentos tendo em consideração que eles organizam, controlam e mantêm os arquivos visto que o avanço da tecnologia propiciou conglomerado de documentos e esses arquivistas são primordiais em qualquer área administrativa. Referências DELMAS, Bruno. Arquivos para quê?. 2010. DE PAIVA, Henrique; PAPALI, Maria Aparecida. O surgimento dos arquivos nacionais no ocidente. 2018. Documentos disponibilizados pelo professor no Classroom da disciplina. ROUSSEAU, Jean-Yves; COUTURE, Carol. Os fundamentos da disciplina arquivística. 1994.
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