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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO MULTIDISPLINAR DE CARAÚBAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Carlos Ernane Bezerra de Morais Luis Gustavo Ferreira Lopes Saulo Gabryel Alves de Almeida Rafael Gonçalves Diniz Sobreira Relatório de Laboratório de Eletricidade e Magnetismo Caraúbas 2022 Carlos Ernane Bezerra de Morais Luis Gustavo Ferreira Lopes Saulo Gabryel Alves de Almeida Rafael Gonçalves Diniz Sobreira Relatório de Laboratório de Eletricidade e Magnetismo Relatório de Laboratório de Eletricidade e Magnetismo apresentado ao Curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia, do Departamento de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como requisito de avaliação para a primeira unidade da disciplina de Laboratório de Eletricidade e Magnetismo ministrada pelo professor Dr. Mackson Mateus Franca Nepomuceno. Caraúbas 2022 INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS – PARTE I INTRODUÇÃO Em diversos equipamentos e dispositivos eletrônicos são notáveis o uso de componentes que promovem o funcionamento dos mesmos. Capacitores por exemplo é um desses componentes, eles podem ser encontrados em circuitos elétricos e tem como função o armazenamento de cargas elétricas, consistindo de um meio dielétrico que separa duas placas condutoras conectadas a potenciais elétricos distintos [1]. O capacitor tem como principal função, o acumulo de cargas elétricas diante um circuito, para posteriormente haver a descarga delas. As placas do capacitor são feitas de um material condutor, pode-se afirmar que elas são superfícies equipotenciais, já que todos os pontos existentes nas placas possuem o mesmo potencial. Outro componente que é bastante usado em dispositivos eletrônicos são os resistores, eles compõem diversos circuitos elétricos, tem como função converter energia elétrica em energia térmica, ou seja, o famoso efeito joule. Além disso, eles possibilitam alterar a diferença de potencial em determinada parte do circuito [2]. Assim, a resistência gerada por um resistor é a capacidade que um material possui de impedir a passagem de corrente elétrica ou fluxo elétrico [3]. No nosso dia-dia não notamos esses componentes, mas de fato eles estão presentes, seja no ferro de passar roupas, em chuveiros elétricos, aparelhos de som de alta potencial, entre outros. Existe três formas distintas de aplicar esses componentes em circuitos elétricos, são elas: em paralelo, em série e em mista (quando há associação paralela e em série em um único circuito). Para medir a capacitância e a resistência é usado um aparelho chamado multímetro. O multímetro é composto por uma série de medidas especificas, ou seja, é capaz de medir diferentes grandezas elétricas. PROBLEMA Sabemos que nenhuma medida de grandeza física é exata. A exatidão de um dado qualquer a ser medido estará sempre ligada a inúmeros fatores, tais como a sofisticação do equipamento a ser utilizado, ou até mesmo pela habilidade e conhecimento do sujeito que realizará essa medição. Isso fica mais complexo de se compreender quando não temos o conhecimento de qual equipamento utilizaremos. Seria então possível fazer uma verificação sem fazer uso desses equipamentos? Quando estabelecemos uma relação numérica entre duas grandezas, de mesma espécie, podemos dizer que estamos. Medidas elétricas só podem ser realizadas quando utilizamos instrumentos medidores, que nos permita fazer um balanço dessas grandezas, uma vez que seria impossível determinar atras de sentidos humanos. Os instrumentos de medidas elétricas podem ser classificados de várias formas a depender do aspecto considerado, e possuem diferentes formas de serem apresentados seus resultados, como digitalmente e analogicamente. Mesmo com o todo aparato tecnológico e todo avanço na tecnologia, ainda é muito comum que não se saiba a forma correta de usar aparelhos de medição tais como o multímetro que engloba a maior parte dessas medições, a exemplos de corrente, tensão, capacitância e outras. É possível definir os conceitos básicos desses equipamentos, trazendo maior conhecimento quanto a utilização? REFERENCIAL TEÓRICO Todo circuito elétrico é gerado a partir da interconexão de elementos, que são os seus componentes básicos. Os elementos são divididos em dois tipos básicos, sendo um destes os elementos passivos, que são aqueles não capazes de gerar energia. Os principais exemplos de elementos passivos em um circuito são os resistores, capacitores e indutores (ALEXANDER E SADIKU, 2013). Resistores Resistores podem ser definidos como dispositivos elétricos que tem como finalidade transformar energia elétrica em outro tipo de energia (como energia térmica por exemplo). A principal característica de um resistor é se opor a passagem de corrente, fazendo assim com que sua intensidade seja limitada, sendo sua representação feita pela letra R e sua medição feita em Ohm (Ω) (JUNIOR er al, 2021). Capacitores Um capacitor é um elemento passivo projetado para o armazenamento de energia em seu campo elétrico. Um capacitor é composto por duas placas condutoras que são separadas por um material isolante (ou dielétrico) (ALEXANDER E SADIKU, 2013). Multímetro O multímetro é um equipamento utilizado para medição multifuncional, com um único instrumento podendo medir tensão, corrente, resistência, etc. Um multímetro (seja este analógico ou digital), é composto por dois terminais, nos quais são ligadas as pontas de prova. A ponta de prova vermelha deverá ser ligada ao terminal positivo, e a ponta de prova preta ao negativo (CRUZ, 2020). METODOLOGIA A seguir serão descritos os materiais utilizados e o procedimento experimental realizado no Laboratório de Eletricidade e Magnetismo. ➢ Multímetro; ➢ Cabos com conectores tipo jacaré; ➢ Três capacitores; ➢ Três resistores; ➢ Placa protoboard; ➢ Folha com código de cores para resistores Procedimento experimental: Primeiramente as instruções foram dadas pelo professor, em seguida os capacitores e resistores foram montados na placa protoboard, em seguida as resistências e capacitância de cada componente foi estimada, posteriormente o multímetro foi ligado e ajustado para medir a resistência e com isso o cabo negativo (preto) foi inserido no borne comum e o cabo positivo (vermelho) foi inserido no borne de resistência, depois os conectores tipo jacaré foi conectado nas extremidades dos resistores e a resistência foi medida, esse processo se repetiu para os demais resistores e suas respectivas resistências foram anotadas. Posteriormente, o cabo negativo (preto) ligado ao borne comum foi retirado e o multímetro foi ajustado para medir a capacitância, em seguida o cabo positivo (vermelho) ligado a borne de resistência foi retirado e colocado no borne de capacitância, o cabo negativo (preto) foi inserido novamente no borne comum, os capacitores tem uma extremidade negativa e outra positiva, o cabo negativo com conector tipo jacaré foi inserido na extremidade negativa do capacitor, e, consequentemente o cabo positivo foi inserido na extremidade positiva do capacitor e a capacitância pôde ser medida, esse processo se repetiu para os demais capacitores e suas respectivas capacitâncias foram medidas e anotadas. Por fim, pôde-se calcular o erro relativo percentual de cada um dos resistores e capacitores. As figuras 1, 2 e 3 mostram os matérias utilizados. Figura 1 - Multímetro Fonte: Próprio autor Figura 2 – Placa protoboard Fonte: Próprio autor Figura 3 – Cabos conectores Fonte: Próprio autor OBJETIVOSObjetivos Geral O objetivo deste trabalho consiste em identificar alguns componentes presentes em equipamentos e dispositivos eletrônicos, identificar a valor da capacitância e da resistência dos componentes, além de medir a capacitância e a resistência dos mesmos com o auxílio de um multímetro, e comparar os valores medidos com os valores nominais presentes nos componentes. Objetivos Específicos ➢ Medir os valores da capacitância e a resistência dos componentes; ➢ Identificar os valores correspondentes a cada componente; ➢ Calcular o erro relativo percentual. ➢ Fazer uso do multímetro corretamente ANÁLISE DE DADOS Considerando que a teoria estudada aborda os conceitos sobre capacitores e resistores, falando de forma sucinta como são suas respectivas utilizações em circuitos elétricos e eletrônicos, e a forma correta de medir suas respectivas grandezas usando um multímetro, pode-se comprovar tudo que foi abordado, no laboratório, a partir de medições realizadas com precisão. Pode-se ver que os resistores medidos tem uma margem de erro que é dada pela equação (1), essa margem de erro varia de acordo com o resistor e já é prevista em tabela dependendo da variação do resistor, ele pode estar apto ou inapto para uso. Veremos a distribuição dos resistores e capacitores na figura 4, e modo de medição dos resistores na figura 5 e a tabela com o código de cores na figura 3. Figura 4: distribuição de resistores e capacitores na protoboard Fonte: autoria própria Figura 2: modo de medição utilizando multímetro Fonte: autoria própria 𝑹𝟏 = |𝟏 − 𝑹𝑻 𝑹𝑴 | . 𝟏𝟎𝟎% 𝐸𝑞(1) Onde; R1 = porcentagem de erro RT = valor encontrado usando a tabela com o código de cores RM = valor medido no laboratório O resistor com maior erro foi o R1 com 0,74% de margem de erro, isso comprova que a variação está dentro da faixa vista na tabela. Já os outros dois R2 e R3 ficaram com porcentagem de erro de 0,34% e 0,44% respectivamente. Figura 3: tabela com o código de cores Fonte:http://eletronsdadepressao.blogspot.com/2015/01/codigo-de-cores-de- resistores.html Já os capacitores notam-se uma variação maior da porcentagem de erro, pois o capacitor só irá mudar sua capacitância se houver alguma deformação em seu corpo, tendo que sua capacitância depende da sua geometria, ou seja, qualquer mudança no seu corpo causará uma alteração na sua capacitância, onde é mostrado na equação (2). Na figura 4 será mostrado a medição dos capacitores. 𝑪𝟏 = |𝟏 − 𝑪𝑻 𝑪𝑴 | . 𝟏𝟎𝟎% 𝐸𝑞(2) Onde; C1 = porcentagem de erro CT = valor da capacitância vindo da fabrica CM = valor medido no laboratório O capacitor com maior porcentagem de erro foi o C1 com 26,95%. Os outros dois tiveram porcentagem de erro próximos, C2 e C3 com 3,7% e 3,46% http://eletronsdadepressao.blogspot.com/2015/01/codigo-de-cores-de-resistores.html http://eletronsdadepressao.blogspot.com/2015/01/codigo-de-cores-de-resistores.html respectivamente. Com os valores observados foi possível verificar que qualquer modificação em sua geometria pode alterar sua capacitância. Figura 4: medição de capacitância utilizando multímetro Fonte: autoria própria CONCLUSÕES Diante do experimento realizado, observou-se que sem o auxilio de um equipamento adequado não seria possível fazer a medição correta da capacitância e da resistência, assim o uso de um multímetro é de fundamental importância para medir grandezas elétricas. Também se verifica que tanto os capacitores como resistores são componentes essenciais em aparelhos e equipamentos eletrônicos, visto que sua utilização abrange diversas aplicações tecnológicas, ou seja, é praticamente impossível encontrarmos algum componente eletrônico que não tenham esses tipos de dispositivos. Além disso, é observado que para os capacitores sua geometria é de fundamental importância, já os resistores apresentam diversas configurações que seguem uma tabela de cores, onde cada cor dessa define qual a resistência do resistor e qual sua possível variação. Com os resultados obtidos é possível verificar que a margem de erro está compatível com a teoria, apesar que um desses componentes apresentou um valor superior aos demais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] HELERBROCK, Rafael. "Capacitores"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/capacitores.htm. Acesso em 14 de ago de 2022. [2] JÚNIOR, Joab Silas da Silva. "O que são resistores?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-sao-resistores.htm. Acesso em: 14 de ago de 2022. [3] NILSSON, J. W. & Riedel, S. A. (2008). Circuitos elétricos, 8a. edição. LTC– Livros Técnicos e Científicos Editora SA (Bibliografia Complementar), 11. JÚNIOR, José Marcelo de Assis W.; MARTIN, Andrea A.; MARGOTI, Luciana M.; et al. Eletricidade. Porto Alegre: Grupo A, 2021. ALEXANDER, Charles K.; SADIKU, Matthew N O. Fundamentos de Circuitos Elétricos com Aplicações. Porto Alegre: Grupo A, 2013. CRUZ, Eduardo César A. Eletricidade Básica - Circuitos em Corrente Contínua - 2ª Edição Revisada. São Paulo: Editora Saraiva, 2020.
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