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Revisão para N1 Izabelly Julia O que é ASSEPSIA? Resposta: Métodos para impedir a contaminação de algo com certo grau de limpeza, no caso dos procedimentos cirúrgicos, por exemplo, uso de máscaras, luvas estéreis, dentre outros. O que é ANTISSEPSIA? Resposta: Métodos para erradicar ou diminuir os microrganismos de um objeto ou ser vivo, no caso da cirurgia, a degermação das mãos ou antissepsia de sítio cirúrgico, por exemplo. O que é o ambiente cirúrgico e quais os critérios utilizados para construí-lo? Resposta: Ambiente hospitalar preparado para procedimentos anestésicos e cirúrgicos, tendo como critérios um bom planejamento físico, dimensionamento e localização por conta da iluminação. Quais são os componentes / zonas do ambiente cirúrgico? Resposta: 1. Zona de proteção - vestiários 2. Zona asséptica ou estéril - salas de operação e salas de subesterilização; 3. Zona limpa - todos os demais componentes do agrupamento cirúrgico (sala de equipamento, depósito de material, sala de RPA, sala de conforto, serviços auxiliares - radiologia, anatomopatológico e laboratório clínico -, administração e central de gasoterapia). Qual a temperatura e umidade que uma sala de operações deve dispor? Resposta: Conceitos controlados pela bioengenharia de modo que a temperatura deve estar em torno de 24-26° C e a umidade relativa do ar deve situar-se entre 45-55%. Cite os componentes da equipe cirúrgica e suas funções básicas. Resposta: a) Anestesista - especialista da área, interromper a cirurgia se necessário e acompanhar inepterruptamente a pré-anestesia, indução anestésica de acordo com o tipo de cirurgia, transoperatório e recuperação pós anestésica; b) Cirurgião - chefe da cirurgia, mais capacitado, mais experiente, coordenador da equipe; c) 1° auxiliar - eventual substituto e colaborador direto do cirurgião, capacitado e experiente; d) 2° auxiliar (facultativo) - necessário em cirurgias de grande porte, pode assumir funções do 1° auxiliar quando solicitado, realizar tarefas a critério do cirurgião; e) Instrumentador - responsável pela mesa de instrumentos e pelos materiais, é o primeiro integrante a entrar na sala, deve conhecer os equipamentos e seus usos, entregar e receber os instrumentos harmonicamente mesmo sem solicitações, evitando acidentes, manter limpo o material; f) Circulante - atendimento das solicitações da equipe médica dentro do campo. Descreva o posicionamento correto da equipe cirúrgica. Resposta: Apesar de ser um padrão para cada tipo de cirurgia, no geral o cirurgião fica posicionado à direita do paciente com o 2° auxiliar a sua direita, enquanto o 1° auxiliar fica no lado oposto à sua frente com o instrumentador à sua esquerda. A mesa de instrumentos deve ficar em um ângulo de 90° com a mesa cirúrgica. O anestesista deve ficar na cabeceira isolado por campos estéreis com o carrinho de anestesia à sua direita. Quais são os passos da cirurgia, sua função e instrumentais utilizados? Resposta: 1. Diérese - incisão e divulsão dos tecidos com instrumentos cortantes Bisturi a frio Bisturi elétrico Tesoura de Metzenbaum Tesoura de Mayo Para tecido Para fio 2. Hemostasia - processo de prevenção, detenção ou impedimento do sangramento que pode ser por pinçamento, ligadura, eletrocoagulação ou compressão. Kelly curva Kelly reta 3. Exérese - cirurgia propriamente dita, tempo cirúrgico principal Pinça anatômica Pinça dente de rato Especiais Allis Babcock Clamp intestinal Mixter Satinsky Potts Smith Rochester Kocher Afastadores Auto-estáticos Gosset Finochietto Adson Manuais Farabeuf Doyen Sapata / Maleável 4. Síntese - aproximar ou unir as bordas da feridas para facilitar o processo de cicatrização Agulhas curvas, semirretas e retas Porta agulhas Hagar Mathieu Qual a finalidade dos tratamentos cirúrgicos? Resposta: 1. Curativo - corrigir a causa de uma doença, como uma apendicectomia. 2. Paliativo - atenuar ou melhorar uma condição, aliviar a dor, como uma gastrostomia. 3. Diagnóstico - esclarecer o processo patológico, como uma laparotomia exploratória. 4. Reparador - reconstruir artificialmente uma parte do corpo lesada por doença ou trauma, como um enxerto de pele em queimado; 5. Reconstrutor ou plástico - estético ou reparador, como uma rinoplastia. Qual a classificação do porte cirúrgico quanto a classificação do tratamento? Resposta: Às cirurgias de grande porte são aquelas que possuem grandes chances de perda de fluídos e sangue, como cirurgias de emergência. As de médio porte são aquelas que possuem médias chances de perda de fluido e sangue, como prótese de quadril. Já as de pequeno porte são aquelas que possuem pequenas chances de perda de fluido e sangue, como EDA ou uma mamoplastia. Qual a classificação do porte cirúrgico quanto ao tempo de duração? Resposta: Porte I - até 2 horas, ex: rinoplastia. Porte II - 2 a 4 horas, ex: colecistectomia. Porte III - 4 a 6 horas, ex: craniotomia. Porte IV - > 6 horas, ex: transplante de fígado. Quais são as classificações do potencial de contaminação das cirurgias? Resposta: 1. Limpa - tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, ex: mamoplastia; 2. Potencialmente contaminada - tecidos com microbiana pouco numerosa, tecido de difícil descontaminação, ausência de processo inflamatório, falhas técnicas discretas, traumas leves com < 6h, ex: apendicectomia sem supuração; 3. Contaminada - tecidos abertos e traumatizados colonizados por microbiota bacteriana abundante, tecidos de descontaminação difícil ou impossível, falha técnica grosseira, > 6h, ex: hemicolectomia; 4. Infectada - tecido com processo infeccioso, tecido necrótico, corpos estranhos, ex: debridamento. Quais são os principais prefixos? Resposta: Adeno - glândula Angio - vasos Blefaro - pálpebra Cisto - bexiga Cole - vesícula Colo - cólon Colpo - vagina Entero - intestino delgado Espleno - baço Gastro - estômago Hepato - fígado Hístero - útero Masto - mama Meningo - meninge Nefro - rins Oftalmo - olho Ooforo - ovário Orqui - testículo Ósteo - oss Oto - ouvido Procto - próstata Rino - nariz Salpingo - trompa Traqueo - traquéia Quais são os principais sufixos? Resposta: Ectomia - remoção parcial ou total; Pexia - fixação de um órgão; Plastia - alteração da forma ou função; Rafia - sutura; Scopia - visualização do interior do corpo; Stomia - abertura de um órgão ou de um nova boca; Tomia - incisão, abertura de parede ou órgão. Quais são as principais cirurgia com o sufixo ectomia? Resposta: Adenoidectomia - adenoides; Amigdalectomía - amígdalas; Apendicectomia - apêndice; Cistectomia - bexiga; Colecistectomía - vesícula biliar; Colectomia - cólon; Craniectomia - calota óssea; Embolectomia - êmbolo; Histerectomia - útero; Laminectomia - lâmina vertebral pela parte posterior; Lobectomia - lobo de um órgão; Mastectomia - mama; Miomectomia - mioma; Nefrectomia - rim; Ooforectomia - ovário; Orquiectomia- testículo; Esofagectomia - esôfago; Esplenectomia - baço; Fistulectomia - fístula; Gastrectomia - estômago; Hemorroidectomia - hemorróidas; Hepatectomia - fígado; Pancreatectomia - pâncreas; Pneumectomia - pulmão; Prostatectomia - próstata; Retossigmoidectomia - retossigmoide; Salpingectomia - trompa; Tireoidectomia - tireóide. Qual a classificação das feridas cirúrgicas? Resposta: 1. Limpa - sem contaminação, não há contato com TR, TGI ou TGI, feridas não traumáticas, sem processo inflamatório; 2. Potencialmente contaminada - abertura iatrogênico ou não de TR, TGI ou TGI sem contaminação grosseira, pequenas quebras da barreira asséptica, áreas de difícil antissepsia; 3. Contaminada - contaminação grosseira da ferida, abertura de TR, TGI ou TGI, feridas com <6h, processo inflamatório sem pus; 4 - Infectada - pus presente, vísceras perfuradas > 6h, necrose evidente. Quais são os critérios para definir que o paciente tem sepse? Resposta: Quais são os critérios CLÍNICOS que definem uma infecção? Resposta: Apetite, temperatura, náuseas, vômitos, taquicardia, dispnéia, distensão abdominal, oligúria e diminuição da peristalse. Quais são os critérios LABORATORIAIS que definem uma infecção? Resposta: Leucocitose, plaquetopenia, anemia, lactato, glicemia, hipoalbuminemia. Quais são os princípios de utilização dos antibióticos? Resposta: Espectro que agrida bactérias do local a ser utilizado, toxicidade, risco de alteração da flora bacteriana, farmacocinética, duração da ação de no máximo 48h e custo. Como evitar as infecções? Resposta: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), internação curta, deambulação precoce, assepsia, antissepsia, sala de operação, degermação das mãos, banho pré-operatório com clorexidina, uso de aventais, uso de antibióticos. Quais são os fatores de complicação nas cirurgias? Resposta: 1. Paciente - estado nutricional e doenças de base; 2. Cirurgia - tipo de cirurgia (eletiva, urgência, emergência) e porte; 3. Cirurgião - conhecimento técnico, destreza, responsabilidade. Qual a diferença de SEROMA e HEMATOMA? Qual o tratamento que deve ser realizado? Resposta: O SEROMA é uma coleção líquida localizada entre a pele e a aponeurose, já o hematoma é o acúmulo de sangue no subcutâneo ou na cavidade abdominal. O tratamento de ambos é semelhante: abertura de pontos, lavagem com soro e curativo compressivo para diminuir o espaço morto. O que é deiscência da ferida cirúrgica? E quais são seus fatores de risco? Resposta: Separação das camadas musculares antes unidas por sutura, o que traz risco de evisceração e favorece infecções. Seus principais fatores de risco são erro técnico no fechamento aponeurótico, cirurgia de emergência, infecção intra-abdominal, idade avançada, seroma, hematoma, pressão intra-abdominal elevada, obesidade, uso crônico de corticoesteróides, deiscência de ferida anterior, desnutrição, quimioterapia, radioterapia, doença sistêmica. Quais são as causas para trombose venosa profunda? Resposta: Lesão endotelial, estase venosa e hipercoagulabilidade. Quais são os sinais semiológicos da TVP e seu funcionamento? Resposta: Sinal de homans - dor na panturrilha a dorsiflexão do pé, sinal da bandeira - empastamento da panturrilha e sinal de bancroft - dor a palpação da musculatura da panturrilha contra a estrutura óssea. Quais são os critérios CLÍNICOS que definem um TEP? Resposta: Dor torácica, dispneia súbita, hemoptise e choque. Quais são os critérios DIAGNÓSTICOS que definem um TEP? Resposta: D-dímero, angiografia pulmonar e eco-dopller. Qual o tratamento para TVP / TEP? Resposta: O tratamento deve buscar evitar complicações e ser preventivo entre deambular, usar meias elásticas, usar heparina, dentre outros. O que é o bexigoma? Qual seu tratamento? Resposta: Retenção urinária comum em cirurgias pélvicas e perianais. Seu tratamento é a sonda vesical de demora (folley) ou de alívio (nelaton). O que acontece no íleo no pós-operatório? Quais são os sinais de melhora? Resposta: No pós-operatório o intestino pode ter uma redução do peristaltismo que pode persistir de 2 a 4 dias após a manipulação cirúrgica / analgesia. Alguns sinais de melhora são ruídos hidroaéreos presentes, flatos e fome. O que é a síndrome compartimental abdominal? Quais os sintomas? Qual é o tratamento? Resposta: Conjunto de disfunções orgânicas causadas pelo aumento da pressão intra-abdominal > 12 mmHg (normal é 5 mmHg, quando está > 20 mmHg é indicativo de gravidade). Seus principais sintomas são limitação respiratória, oligúria e hipóxia. O que é uma fístula intestinal e quais são os seus tipos? Resposta: É a comunicação de uma víscera oca epitelizada com outro tecido epitelizado de tipo enteroentéricas, enterovesicais, enterovaginal e enterocutânea. Elas são classificadas em alto débito quando passam mais de 500 ml / 24h, sendo comum na porção proximal do intestino e de baixo débito quando passam menos de 200 ml / 24h, sendo comum na porção distal do intestino. Quais são os critérios CLÍNICOS que definem uma fístula intestinal? Resposta: Alteração eletrolítica, desidratação, desnutrição, proliferação bacteriana distal à fístula e dermatite. Qual o tratamento mais adequado para a fístula intestinal? Resposta: Jejum por dieta apropriada, dieta pela fístula, nutrição parenteral total, antibiótico, protetor gástrico. 18 de abril de 2023 Anestésicos locais São drogas que podem bloquear de forma reversível a transmissão do estímulo nervoso no local onde for aplicado, sem ocasionar alterações do nível de consciência . Exemplo - Michael Jackson usou propofol e rebaixou o nível respiratório porque não droga local; Características fundamentais ● Ação em área delimitada; ● Reversibilidade; ● Manutenção da consciência e ação muscular. Meios de obtenção da anestesia ● Mecânicos - garroteamento ou compressão do feixe nervoso (por exemplo quando dormimos por cima do braço ou ficamos sentados por muito tempo); ● Físicos - éter (cheira como nos filmes), gelo, cloreto de etila; ● Químicos - anestésicos locais. DROGAS ANESTÉSICAS 1. Aminoésteres a) Cocaína ● 1° anestésico inventado, final do século XIX; ● Uso tópico na otorrinolaringologia e oftalmologia; ● Vasoconstritor; ● Atualmente banida da prática médica por alta toxicidade sistêmica e dependência química. b) Prilocaína ● Odontologia e pele ● Usada geralmente associada a outras drogas c) Lidocaína - 1% a 2% ● Ação efetiva e segura ● Uso tópico (gel ou “spray”) ou infiltração local; ● Anestésico e antiarrítmico; ● Características: ❖ pH próximo da neutralidade com baixa reação tecidual; ❖ Potência intermediária; ❖ Baixa latência (1-2 min); ❖ Média duração (1-2 h); ❖ Toxicidade sistêmica relativamente baixa (SNC - convulsões). Existem apresentações comerciais associadas a um vasoconstritor. O vasoconstritor faz necrose, por isso não se faz em extremidades como orelha, pênis, dedos, dentre outros. Um local muito bom de se fazer é o couro cabeludo pela extrema vascularização, por exemplo. RINGER LACTATO é usado por sua concentração plasmática ser muito parecida com a do sangue, É a 1° escolha no trauma. Celiorrafia - fechamento do peritônio d) Bupivacaína 0,5% ● Anestésico (alta dose) e analgésico (baixa dose); ● Uso de infiltração local e anestesia peridural; ● Características: ❖ Alta potência;❖ Média latência e alta duração; ❖ Média / alta toxicidade (cardiovascular / SNC). e) Ropivacaína 0,5%, 0,75% e 2% ● Ação semelhante a bupivacaína ● Características ❖ Média potência; ❖ Longa latência e duração; ❖ Média / baixa toxicidade (cardiovascular / SNC). Atonia uterina é perda de tônus uterino - miotamponamento é o normal. Seleção de vasoconstritor ● Duração do efeito desejado e local; ● Condições clínicas do paciente - comorbidades; ● Uso de outras drogas associadas; ● Drogas vasoconstritoras - adrenalina. Complicações ● Reações alérgicas; ● Reações cardiovasculares; ❖ Arritmias benignas; ❖ Arritmias ventriculares graves; ❖ Parada cardiorrespiratória. ● Reações neurológicas ❖ Parestesia perioral ❖ Zumbidos e escotomas visuais (ponto preto ou reluzente na visão); ❖ Tonturas; ❖ Abalos musculares; ❖ Convulsões localizadas e generalizadas - coma. - Tônica - rigidez; - Clônica - flacidez; - Tônica-clônica - rigidez e flacidez. Anestésico ideal ● Ação em área delimitada; ● Ação reversível; ● Baixa agressão tecidual; ● Início de ação rápido e tempo duração suficiente; ● Grau reduzido de toxicidade; ● Potente o suficiente para anestesiar; ● Boa penetração tecidual; ● Não desencadear reações alérgicas. TIPOS DE ANESTESIA - CAI NA PROVA!!! Tópica ● Uso em mucosas - trato respiratório superior, conjuntiva, ouvido, anus, trato geniturinário; ● Menos eficaz para crioterapia, raspagens, curetagem de molusco contagioso, punções, tatuagens. ● Drogas utilizadas - agentes - lidocaína e prilocaína / apresentações - gel, spray, pomada ou solução. Sulfadiazina de prata é a melhor para queimaduras, mas se não tiver pode usar xilocaína. PARA AUTOEXTERMÍNIO - sonda nasogástrica para infundir SF no estômago, 2 ampolas de atropina em bolus para evitar midríase paralítica e 2 ampolas de furosemida para colocar o rim para funcionar e evitar LRA. Suspeita de fratura de base de crânio é contraindicação absoluta para sonda nasogástrica. Lesão ureteral é contraindicação absoluta para passar sonda, tem que fazer cistostomia. Infiltrativa ● Antissepsia ● Colocação de campo cirúrgico estéril ● Botão anestésico próximo a lesão com agulha final ● Infiltração de anestésico sob a lesão. Bloqueio de campo ● Antissepsia; ● Colocação de campo cirúrgico estéril; ● Botão anestésico próximo a lesão com agulha fina; ● Infiltração sob a lesão em área delimitada com agulha maior. Bloqueio regional Objetivo - anestesiar uma região delimitada por um plexo ou nervo específico, como por exemplo bloqueio de plexo braquial, bloqueio de plexo cervical. 1. Bloqueio de cabeça e pescoço - nervo trigêmio - oftálmico, maxilar e mandibular; 2. Bloqueio de mão - nervo radial, nervo mediano e nervo ulnar; 3. Bloqueio do dedo - nervo troncular, o professor faz o mais distante possível; 4. Bloqueio do tornozelo - nervo fibular profundo, fibular superficial, sural, tibial posterior e safeno. 5. Bloqueio peniano - nervo dorsal do pênis; 6. Bloqueio região frontal - nervo supra-orbital, nervo supratroclear; 7. Bloqueio do pavilhão auricular - nervo occipital menor, aurículo-temporal, grande auricular; 8. Bloqueio medular - raquidiano (cirurgias curtas, não sente dor e nem pegar) e peridural (cirurgias grandes, sente pegar) - faz em decúbito-lateral ou sentado - a altura das cristas ilíacas superiores entre L2-L3; PESQUISAR PARA PRÓXIMA AULA Púrpura trombocitopénica idiopática A PTI é uma doença autoimune conhecida como trombocitopenia imune. Nessa doença o paciente tem plaquetopenia. Alguns sintomas são propensão a hemorragias, gengivorragia, epistaxe, dentre outros. 02 de maio de 2023 Patologias pleurais Pleura ● Película composta por 2 folhetos: visceral e parietal direito e esquerdo individualizados; ● VN do líquido pleural: 8 a 10 ml; ● Produção diária - 5 a 10 litros por dia, mas é reabsorvido em grande quantidades também pelos capilares pulmonares; ● Componentes: bicarbonato, glicose, proteínas, albuminas e células diversas. Derrame pleural ● Acúmulo de líquido no espaço pleural; ● Aumento da entrada de líquido pleural; ❖ Pressão hidrostática - icc; ❖ Pressão oncótica; ❖ Permeabilidade pleural; ❖ Pressão do espaço pleural. ● Líquido abdominal para o tórax. Clínica ● Dor - ventilatório dependente, inflamação (pleura parietal; ● Dispneia - ventilação limitada pela dor, espaço físico ocupado pelo volume do derrame; ● Tosse seca - reacional ao derrame pelo processo inflamatório associado; ● Diminuição do murmúrio vesicular, do frêmito tóraco-vocal e da expansibilidade; ● Macicez a percussão quando tiver + ou - 500 ml de líquido (observar a gravidade); ● Na TC o líquido é cinza como o músculo e o parênquima pode sofrer atelectasia; SE FOR TRAUMA É HEMOTÓRAX, SE NÃO, É DERRAME PLEURAL Radiologia PA, perfil e laurell (decúbito lateral) Velamento Apagamento do seio costofrênico (300 a 400 ml) e cardiofrênico Sinal do menisco Desvio do mediastino contralateral Atelectasia homolateral (do mesmo lado do derrame); Tratamento Todo derrame pleural > 400 ml deve ser puncionado (TORACOCENTESE) para investigar. Mas em alguns casos não vai adiantar, como em ICC, por exemplo. Punção de alívio (anotar qtd) e diagnóstica Técnica da toracocentese No trígono da ausculta, na ponta da escápula, segurando mais alto, tornando o espaço um pouco maior. Se o paciente for acamado pode fazer na linha axilar média no 5°- 6° espaço intercostal. No espaço intercostal faz-se punção única e anestesia localmente (preconiza-se em feixe vasculo nervoso / NAV, mas é inespecífico e demora). Utiliza-se o jelco 14. Vem protegido dentro do jelco para não perfurar o pulmão. Vai aspirando (A PRESSÃO É NEGATIVA DENTRO DO PULMÃO GERALMENTE) até sair tudo. VAI FAZER TORACOCENTESE, COLOCA SORO PARA HIDRATAR, PORQUE CORAÇÃO COMEÇA A TRABALHAR MELHOR CONFORME O PROCEDIMENTO E DÁ HIPOTENSÃO Pneumotórax Entrada de ar no espaço pleural. (normalmente o coração 60% a esquerda e 40% a direita). Taquicardia e hipotensão é a instabilidade hemodinâmica. Radiografia é o exame diagnóstico que detecta ar no espaço pleural. HIPERTENSIVO TEM QUE TER SINAIS VITAIS. A drenagem simples é a toracocentese, basicamente BLEBS Arteríolas abrem todas de uma vez - edema de reexpansão - descompensação de forma lenta é o correto. Apêndice xifóide, sobe 1 ou 2 espaços para fazer a drenagem. 23 de maio de 2023 Abdome agudo - slide no telegram As doenças podem passear entre os tipos de abdome. Perfurativo DB - descompressão brusca Sinal de Jobert - percussão hepática timpânica (distensão difusa por pneumoperitônio) Rotina de abdome agudo - raio-x de tórax em pé (pneumoperitônio) e abdominal em pé e deitado. Metronidazol com ciprofloxacina ou metronidazol com ceftriaxona Omeprazol, por ser úlcera perfurada faz 60mg a cada 24h Hidratação e analgesia precisam andar em equilíbrio para não desequilibrar Viu pneumoperitônio, é cirúrgico, não precisa nem esperar laudo. Vascular Caso apresentado no slide é o típico de isquemia mesentérica Se evoluir pra necrose, ai deixa de ser dor geral / desconforto abdominal inespecífico - dilatação - proliferação de bactérias - bacteremia - choque séptico que evolui rápido - febre, vômito fecalóide LDH (marcador de lesão celular) e D-dímero (marcador vascular para trombose) tem valor importante Potássio muito elevado A pneumatose intestinal é ar dentro da parede da alça. o ar dentro da alçaforma um nível, com líquido descendo. Conceitos para colocação de ostomia mais de 8 h de duração estabilidade do paciente contaminação local Anticoagulação após 6h de cirurgia Hemorrágico Nos abdominais agudos o paciente geralmente da o momento exato Abdome em tábua Dieta 0, hidratação boa pq está hipotensa - em boulos, analgesia leve - dipirona no máximo, rotina de abd agudo e USG. Descartar gravidez, sempre pedir beta. Hemoglobina e hematócrito somente no laboratorial que estarão alterados. 30 de maio de 2023 Trauma torácico 3° trauma mais comum, atrás de traumas de extremidades e acidentes automobilísticos. 25% de todas as mortes por traumas. Tipos de morte ● Morte imediata (dentro de segundos a minutos por hipovolemia ou choque cardiogênico) ❖ Lesões cardíacas e de grandes vasos. ● Morte precoce (dentro de minutos a horas) ❖ Obstrução das vias aéreas - desobstrução por jaw thrust e chin lift; ❖ Pneumotórax hipertensivo; ❖ Contusão pulmonar e enfisema subcutâneo; ❖ Tamponamento cardíaco. ● Morte tardia (dentro de dias a semana) ❖ Complicações pulmonares; ❖ Sepse; ❖ Lesões não diagnosticadas. Tratamento ● Geralmente é conservador, quando não se trata de grande porte; ● É necessário analgesia, higiene pulmonar, intubação orotraqueal / ventilação mecânica e / o drenagem torácica; ● Somente 10 a 15 % dos pacientes vão precisar de grandes cirurgias como toracotomia ou esternotomia, sendo esses nos casos: ❖ Hemotórax >1500 mL; ❖ Sangramento pelo dreno torácico >200 ml/h por > 3h; ❖ Tamponamento cardíaco; ❖ Ferida mediastinal transfixante; ❖ Pneumotórax aberto; ❖ Grande escape de ar pelo dreno torácico; ❖ Lesão vascular no estreito torácico com instabilidade hemodinâmica; ❖ Lesão esofágica; ❖ Evidência radiológica de lesão de grandes vasos; ❖ Suspeita de embolismo aéreo; ❖ Empalamento. Tipos de lesões Imediatamente letais - Obstrução de vias aéreas - retração da língua, dentaduras, corpos estranhos, sangue secreções, fratura mandibular bilateral (cricotomia ou traqueostomia), hematoma no pescoço que gera compressão de traqueia, trauma laríngeo; Tratamento - imobilização da coluna cervical, entubação precoce, material para cricotiroidostomia (CARTILAGEM ARITENÓIDE); - Pneumotórax hipertensivo - ferimento penetrante no tórax, trauma torácico contuso com lesão pulmonar, ventilação com alta pressão e pneumotórax espontâneo. TRÍADE DE BECK - hipotensão, turgência de jugular e abafamento de bulhas, grave dificuldade respiratória, ausência unilateral do murmúrio vesicular, hipertimpanismo à percussão, cianose, pode ser precipitado após intubação e VM. Tratamento - imediato após descompressão (punção) com jelco 14 no 2° espaço intercostal, a seguir imediata drenagem torácica fechada (toracocentese) que deve ser colocado póstero-superiormente no 5° espaço intercostal. - Tamponamento cardíaco - trauma penetrante, trauma contuso. Sempre suspeitar em pacientes com hipotensão persistente e acidose sem resposta a reposição volêmica, principalmente se não parecer que tem sangramento. Acúmulo de sangue no pericárdio. DIAGNÓSTICO - distensão das veias jugulares, hipotensão e buchas abafadas em 33% dos pacientes, sinal de Kussmaul, pulso paradoxal; Tratamento - avaliar necessidade de entubar e reposição volêmica, pericardiocentese, toracotomia anterolateral ou lateral esquerda se está agônico, esternotomia se paciente instável. Pneumotórax aberto - empalamento ou ferimento penetrante destrutivo, grandes defeitos na parede torácica (>3cm) determina equilíbrio entre as pressões intratorácicas e atmosféricas. Se a abertura for maior que ⅔ do diâmetro da traqueia, determina profunda hipoventilação e hipóxia; Tratamento - entubar se instável ou insuficiência respiratória, curativo de 3 pontas. Hemotórax - artérias intercostais e mamária interna são as mais comumente lesadas. Cada hemitórax pode conter até 3 litros de sangue. As veias jugulares podem estar vazias secundário à hipovolemia ou distendida devido ao efeito mecânico do sangue intratorácico. Lesão dos grandes vasos ou do hilo pulmonar apresentará choque profundo. DIAGNÓSTICO: choque hemorrágico, ausência ou diminuição do murmúrio vesicular, macicez à percussão, veias jugulares vazias e opacificação do hemitórax no rx; Tratamento - intubação em choque e insuficiência respiratória, acesso venoso, autotransfusão, drenagem torácica. A cirurgia está indicada quando. Tórax instável - respiração paradoxal - fratura seguida de 3 ou mais arcos costais. Hemotórax e pneumotórax frequentemente presentes. Tratamento - intubação imediata para choque ou insuficiência respiratória, considerar intubação para história de instabilidade hemodinâmica, necessidade de cirurgia, DPOC, doença cardíaca ou > 60 anos e ANALGESIA. É IMPOSSÍVEL ENGESSAR TÓRAX. POR ISSO FAZ ANALGESIA PROLONGADA. 06 de junho de 2023 Lesões de difícil diagnóstico Ruptura traumática de aorta ● Assimetria na pressão sanguínea das extremidades superiores; ● O local e a extensão do trauma determinam a gravidade; ● Hipertensão nas extremidades superiores; ● Contusão na parede torácica; ● Dor escapular posterior; Metade dos pacientes com lesões de grandes vasos não tem sinais externos de contusão, como por exemplo, por um acidente de alta velocidade contra um volante. DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO - alargamento de mediastino >8cm (mais consistente achado), fratura das 3 primeiras costelas, escápula (esmagamento ou queda) e esterno, obliteração do arco aórtico, desvio da traqueia e do esofago para direita e derrame pleural à esquerda. Aortografia, TC do tórax, ecocardiograma transesofágico. TRATAMENTO - intubação quando necessário, controlar e prevenir hipertensão e cirurgia (toracotomia de peito aberto com extracorpórea). Lesões traqueobrônquicas ● Lesão traqueal cervical; ● Usualmente apresenta-se com obstrução das vias aéreas superiores e cianose que não melhora com O2; ● Dor local, disfagia, tosse, hemoptise; ● Enfisema subcutâneo (PROVA!!! POR QUE TEMOS ES EM LESÕES TRAQUEOBRÔNQUICAS? ) 80% das lesões ocorrem a 2 cm da carina; Nas lesões intrapleurais ocorre grande fuga aérea e pneumotórax; Na rotura extrapleural para o mediastino, haverá pneumomediastino e enfisema subcutâneo. TRATAMENTO - broncoscopia imediata se paciente estiver estável, intubação seletiva do brônquio normal para melhorar ventilação (vicariância - um órgão duplo começa a trabalhar pelo outro) e evitar aspiração e cirurgia com broncorrafia. Contusão miocárdica ● Taquicardia sinusal, fibrilação atrial, extra-sístoles atriais e ventriculares, bloqueio de ramo direito e alterações de ST; ● Ecocardiograma quando ECG estiver anormal, para verificar contratilidade miocárdica - infarto ou não? competência valvular; ● Níveis de CKMB e troponina I, não correlaciona-se com a gravidade nem predizer complicações (rabdomiólise - degeneração muscular que prejudica os rins por produzir substâncias tóxicas). TRATAMENTO - arritmias conforme ATLS, alterações isquêmicas ou enzimas altas se trata como IAM, sinais de IC realiza monitorização invasiva. A contusão miocárdica não é contraindicação absoluta para cirurgia. Hérnia diafragmática Perfuraçãoesofágica Contusão pulmonar ● Mais comum e potencialmente fatais das lesões torácicas; ● Hemorragia intrapulmonar; ● Comumente existem múltiplas fraturas de costelas de tórax instável; ● Crianças podem ter contusão pulsar sem fraturas (fratura em galho verde); ● A progressão natural é piora da hipoxemia nas primeiras 24/48h - NÃO DAR ALTA - tem que fazer TC e repetir dentro desse tempo. DIAGNÓSTICO - sinais tipicamente tardios, se diagnosticado precocemente é muito grave, hemoptise ou sangue no tubo endotraqueal é sinal de contusão pulmonar (não confundir com mallampati 4). TRATAMENTO - o edema pulmonar pode agravar a insuficiência respiratória, então cateter na artéria pulmonar pode ajudar. Antibióticos profiláticos e esteróides não estão indicados. Intubação e ventilação mecânica. FÁCEIS PLETORA. Sinal do guaxinim.
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