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Educação e Cidadania - 8

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Prévia do material em texto

1 
A PRESTAÇÃO DE CONTAS 
COMO UM DEVER
MÓDULO 
8 
SAULO BRAGA
RealizaçãoApoio
Controle Social das 
Contas Públicas
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Presidente 
Luciana Dummar
Diretor Administrativo-Financeiro 
André Avelino de Azevedo
Gerente-Geral 
Marcos Tardin
Gerente Editorial 
Lia Leite
Gerente de Marketing e Design 
Andréa Araújo
Gerente de Audiovisual 
Chico Marinho
Gerente de Criação de Projetos 
Raymundo Netto
Analistas de Projetos 
Aurelino Freitas e Fabrícia Góis
Analista de Contas 
Narcez Bessa
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
Gerente Educacional 
Deglaucy Jorge
Coordenadora Pedagógica 
Jôsy Braga Cavalcante
Coordenadora de Cursos e Secretária Escolar 
Marisa Ferreira
Desenvolvedora Front-End 
Isabela Marques
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO CEARÁ (TCE)
Presidente 
José Valdomiro Távora de Castro Júnior
Vice-Presidente 
Edilberto Carlos Pontes Lima
Corregedora 
Patrícia Lúcia Mendes Saboya
Ouvidor 
Ernesto Saboia de Figueiredo Júnior
Conselheiros 
Luís Alexandre Albuquerque Figueiredo de Paula Pessoa
Soraia Thomaz Dias Victor
Rholden Botelho de Queiroz
Conselheiros Substitutos
Itacir Todero
Paulo César de Souza
David Santos Matos
Fernando Antônio Costa Lima Uchôa Júnior
Manassés Pedrosa Cavalcante
Ministério Público junto ao TCE/CE
Procurador-Geral de Contas 
Leilyanne Brandão Feitosa
Procuradores de Contas 
Gleydson Antônio Pinheiro Alexandre
Eduardo de Sousa Lemos
José Aécio Vasconcelos Filho
Júlio César Rola Saraiva
Cláudia Patrícia Rodrigues Alves Cristino
Diretor-presidente do Instituto Plácido Castelo 
Ernesto Saboia de Figueiredo Júnior
Diretor Geral do Instituto Plácido Castelo 
Luis Eduardo de Menezes Lima
TCE - Educação e Cidadania
Concepção e Coordenador Geral 
Cliff Villar
Coordenadora de Operações 
Vanessa Fugi
Coordenadora de Projetos e Relacionamento 
Larissa Viegas
Coordenador de Conteúdo 
Daniel Oiticica
Coordenadora Editorial 
Lia Leite
Revisora 
May Freitas
Projeto Gráfico e Editora de Design 
Andréa Araújo
Designer Gráfico 
Welton Travassos
Ilustrador 
Carlus Campos
Analista de Marketing 
Henri Dias
Analista de Projetos 
Hérica Paula Morais
Social Media 
Letícia Frota
T249 TCE Educação e Cidadania / vários autores ; ilustrado por Carlus 
Campos. - Fortaleza : Fundação Demócrito Rocha, 2023.
 372 p. : il. ; 1080px x 1920px. – (TCE Educação e Cidadania ; 10 v.)
 Inclui índice e bibliografia.
 ISBN: 978-65-5383-092-9 
 1. Administração pública. 2. Prestação de contas. 3. Orçamento 
público. I. Campos, Carlus. II. Título. III. Série.
 CDD 350
2023-2807 CDU 35
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410
Índice para catálogo sistemático:
1. Administração pública 350
2. Administração pública 35
5 
SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................6
2. Entendendo o que é prestação de contas .... 7
3. Para que serve a prestação de contas 
pública? ................................................................... 12
4. Quem está sujeito à obrigação de prestar 
contas ...................................................................... 16
5. O que pode ocorrer em caso de omissão da 
prestação de contas ........................................... 19
6. Prestações de contas que os gestores 
públicos são obrigados a cumprir .................. 21
7. Periodicidade das prestações de contas .... 23
 Perfil do autor ......................................................40
 Bibliografia ............................................................. 41
 Glossário ................................................................ 44
6 
1. INTRODUÇÃO
Ao longo deste curso você aprendeu diversos assuntos relacionados às contas públicas. Foram abordados conceitos de orçamentos públicos e 
instrumentos de planejamentos e transparência. Você 
conheceu a Lei de Acesso à Informação, assim como o 
papel dos órgãos de controle e a participação do cidadão 
nesse processo. 
Você também entendeu a importância da gestão 
pública na busca do equilíbrio socioambiental, com 
responsabilidade fiscal, e a promoção de bem-estar social. 
Neste módulo, você vai entender o que é e para que 
serve a Prestação de Contas Pública. Vai saber quem está 
obrigado a realizá-la e aprender como ela deve ser feita.
Que essa jornada para conhecer um pouco mais sobre 
o controle social das contas públicas seja enriquecedora 
rumo ao aprimoramento da gestão pública e à 
construção de uma relação sólida e confiável entre os 
gestores e a sociedade que eles servem.
Boa leitura!
7 
2. ENTENDENDO O 
QUE É PRESTAÇÃO 
DE CONTAS
As prestações de contas públicas, no sentido amplo, estão diretamente relacionadas a todo esse contexto.
DEFINIÇÕES
O conceito de Prestação de Conta
Podemos conceituar de forma simples 
que a prestação de contas pode ser definida 
como uma demonstração do que foi feito com 
os recursos públicos, desde o planejamento 
orçamentário, à arrecadação das receitas até a 
execução das despesas.
De forma mais completa, o Tribunal de Contas 
da União (TCU) conceitua a Prestação de Contas 
como: “consiste em informações e análises 
quantitativas e qualitativas dos resultados da 
gestão orçamentária, financeira, operacional e 
patrimonial do exercício, com vistas ao controle 
social e ao controle institucional previsto nos 
artigos 70, 71 e 74 da Constituição Federal”.
8 
Aprofundando mais o próprio conceito acima, 
a Prestação de Contas é um dever estabelecido na 
Constituição. Ela é obrigatória tanto ao Presidente da 
República, governadores e prefeitos, quanto para os 
administradores de órgãos e entidades do setor público. 
A prestação de contas anual do chefe do poder 
executivo é denominada contas de governo, enquanto as 
contas dos demais administradores do setor público são 
chamadas de contas de gestão. 
Apesar de não serem citados governadores e prefeitos 
nos artigos 70, 71 e 74 da Constituição Federal de 1988, 
o artigo 75 estabelece que as regras definidas sobre a 
fiscalização contábil, financeira e orçamentária, seção IX, 
“aplicam-se, no que couber, à organização, composição 
e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do 
Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de 
Contas dos Municípios”. 
O Parágrafo único determina que as Constituições 
estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas 
respectivos, que serão integrados por sete conselheiros.
Até aqui, você aprendeu os conceitos amplos de 
prestações de contas. No entanto, em sentido mais 
restrito, podemos ter casos em que sua aplicabilidade 
pode ser vista de forma mais limitada. 
Como assim? Veja este exemplo: um gestor público 
recebe um suprimento de fundos como adiantamento 
de recursos para executar pequenas despesas em 
um determinado período. Neste caso, este gestor terá 
que realizar uma prestação de contas destes recursos 
recebidos, conforme previsto na legislação. 
9 
Outro exemplo clássico: um ente público recebe 
recursos de convênio para execução de um projeto de 
interesse comum entre o concedente (quem cede os 
recursos) e o convenente (quem executa as despesas com 
os recursos recebidos). Ao final do convênio celebrado, o 
referido ente deverá apresentar uma prestação de contas 
dos recursos utilizados, de acordo com a finalidade do 
objeto celebrado nos termos do convênio.
Para uma melhor compreensão sobre o tema, é 
importante você saber que iremos adotar o conceito 
mais amplo de prestação de contas. Aquele que trata das 
obrigatórias, por período, tanto para os tribunais de contas 
quanto para Secretaria do Tesouro Nacional (STN). 
Conceitualmente iremos enfatizar as contas anuais de 
governo e de gestão. 
10 
PARA ENTENDER MELHOR
Contas de governo e Contas de gestão
Na análise das contas de governo, o Tribunal de 
Contas exerce sua missão constitucional de auxiliar 
o Poder Legislativo na fiscalização orçamentária, 
financeira, contábil, operacional e patrimonial,por 
meio do controle externo. 
Cabe ao Poder Legislativo julgar as contas de 
governo. O TCE auxilia realizando uma análise 
técnica da atuação governamental, de acordo com 
as contas apresentadas pelos chefes dos Poderes 
Executivos. 
Essa análise subsidia a elaboração de parecer 
prévio, que opinará pela aprovação ou rejeição 
das contas de governo, subsidiando o Legislativo 
no exercício do controle externo, a quem cabe o 
julgamento final.
No âmbito municipal, o parecer prévio emitido pelo 
TCE somente deixará de prevalecer por decisão de no 
mínimo dois terços da Câmara dos Vereadores. 
11 
No Legislativo Estadual não existe limite mínimo 
de votos de parlamentares necessários para que o 
julgamento das contas do governador pelo Legislativo 
contrarie o parecer prévio emitido pelo TCE.
As contas de gestão se referem às contas dos 
administradores e demais responsáveis por 
dinheiros, bens e valores públicos da administração, 
bem como as contas daqueles que gerarem perda, 
extravio ou outra irregularidade que resulte em 
prejuízo ao erário público. O erário é o conjunto dos 
recursos financeiros públicos, os dinheiros e bens 
do Estado.
Em caso de irregularidades verificadas nas contas de 
gestão ou ainda nas auditorias e inspeções realizadas 
pelo TCE nos atos e contratos elaborados pelos 
jurisdicionados, o TCE poderá sustar a execução do ato.
Em caso de danos ao erário, o TCE deve exigir o 
ressarcimento pelos danos causados pelo agente aos 
cofres públicos e ainda aplicar multa. 
A multa pode ser aplicada mesmo nas hipóteses em 
que não se verificar um dano ao erário, mas quando 
ocorra uma grave infração à legislação financeira, 
administrativa ou contábil.
12 
3. PARA QUE SERVE 
A PRESTAÇÃO DE 
CONTAS PÚBLICA?
Segundo o Tribunal de Contas da União (2023), o propósito da prestação de contas é assegurar a transparência e a responsabilidade na 
administração pública. Ela também serve para dar 
suporte às decisões de alocação de recursos, promover a 
defesa do patrimônio público e, sobretudo, informar aos 
cidadãos. 
Afinal, somos nós os usuários dos bens e serviços 
produzidos pela administração pública e principais 
provedores dos recursos para o seu funcionamento.
Para o Tribunal de Contas do Estado do Ceará 
(2005), o processo de contas deve ser visto como uma 
modalidade de controle que reúne todas as informações 
pertinentes à gestão que se pretende certificar, 
selecionando aqueles gestores que devem prestar 
contas ao Tribunal, as informações representativas a 
serem reunidas e como analisá-las, em razão do risco, da 
materialidade e da relevância.
Para a sociedade, a Prestação de Contas pode ser um 
instrumento indispensável para fortalecer a democracia 
participativa no país, favorecendo a construção de um 
sistema de governança social. 
13 
DEFINIÇÕES
Governança Social
É o direito do cidadão de participar de todo o 
processo de construção das políticas públicas, 
desde a sua concepção, passando pela definição 
das diretrizes orçamentárias, o controle sobre 
a execução do Orçamento, até a avaliação dos 
resultados alcançados e a adoção dos ajustes e 
correções necessárias ao início de um novo ciclo.
É muito importante você entender que a Prestação 
de Contas é uma etapa fundamental do processo de 
accountability da ação governamental. Ela atende a 
sociedade no seu justo anseio por transparência e 
correção na gestão dos recursos públicos. 
Essa palavrinha, accountability você aprendeu nos 
módulos anteriores. Vamos relembrar? Accountability, 
no contexto das contas públicas, é a responsabilidade 
dos agentes públicos em prestar contas de suas ações e 
decisões, garantindo transparência e responsabilização. 
O conceito também tem um entendimento mais amplo, 
sendo muitas vezes utilizado como sinônimo de controle, 
responsabilidade, transparência e fiscalização.
Podemos concluir que a prestação de contas 
pode ter vários objetivos, dentre eles, a transparência, 
responsabilização, tomada de decisão, controle, 
confiabilidade e evolução no processo de melhoria dos 
serviços públicos, que seja capaz de promover o bem-
estar social.
14 
Transparência também é um termo bastante recorrente 
no nosso curso, não é mesmo? Vamos relembrar. 
Promover a transparência permite que as partes 
interessadas, sociedade, órgãos de controle, acionistas, 
investidores, fornecedores etc. entendam como os 
recursos públicos foram e estão sendo utilizados.
É preciso identificar os gestores que administram os 
recursos para que possam ser responsabilizados por 
suas ações. 
Isso significa que é necessário prestar contas 
e explicar as decisões financeiras mostrando a 
comprovação de gastos. 
Afinal, os recursos públicos costumam ser 
provenientes dos impostos pagos pela sociedade ou 
por meio de empréstimos e outras fontes de rendas de 
interesses de financiadores etc. 
Sendo assim, é preciso que todos os interessados 
tenham conhecimento do destino dos recursos investidos, 
desempenho financeiro e resultados alcançados.
Todas essas informações são essenciais e podem 
ser expressas na LDO, LOA, Notas Explicativas e nos 
próprios relatórios financeiros, e servem para tomadas 
de decisões mais embasadas. Então, ao analisar 
esses dados, as partes interessadas podem avaliar o 
desempenho de uma gestão pública, propor melhorias e 
tomar decisões estratégicas.
15 
DICA DE ESTUDO
Para saber mais sobre a LDO e a LOA 
estude o Módulo 1 (Os diferentes 
orçamentos públicos).
As entidades públicas são obrigadas, por lei, a 
prestarem contas de suas atividades financeiras e 
operacionais. Então, a prestação de contas garante o 
cumprimento das regulamentações e normas.
A prestação de contas ajuda a manter confiança e 
credibilidade entre os envolvidos, que devem entender 
com clareza e precisão como os recursos são utilizados 
pelas entidades. 
Isso porque a transparência demonstra um 
compromisso do governo com a honestidade, a ética 
e a responsabilidade. Dessa forma, é mais fácil atrair 
contribuintes mais conscientes, investidores e parcerias 
importantes, impulsionando o crescimento e o sucesso 
da gestão pública.
Por fim, a prestação de contas permite a análise dos 
resultados alcançados comparados com os objetivos 
estabelecidos. Com isso, é possível definir estratégias 
mais embasadas para melhorar o desempenho futuro e 
corrigir os erros.
16 
4. QUEM ESTÁ 
SUJEITO À 
OBRIGAÇÃO DE 
PRESTAR CONTAS
De acordo com Furtado (2007), não existe responsabilidade por administração de recurso alheio sem o respectivo dever de prestar 
contas, assim como não há o dever de prestar contas 
sem a correlativa responsabilidade por gerência de 
recurso alheio. 
Como são institutos jurídicos absolutamente 
dependentes um do outro, indissociáveis, correlatos, é 
fácil concluir que o agente que gerencia interesses de 
terceiros – o responsável – será sempre o mesmo que 
estará obrigado a prestar contas. Ou seja, o titular da 
prestação de contas. 
São aspectos distintos, porém resultantes do mesmo 
fato gerador, qual seja a gerência de bens de terceiros.
Como você já aprendeu nesta aula, a Prestação de 
Contas é um dever tanto do Presidente da República, 
governadores e prefeitos quanto dos administradores de 
órgãos e entidades do setor público.
Vamos apresentar um esquema que simplifica o parágrafo 
único do artigo 70 da Constituição Federal de 1988.
17 
Fonte: Tribunal de Contas da União (2007).
Este esquema evidencia que a prestação de contas 
pode ser exigida de pessoa física ou jurídica, dependendo 
de como é constituída a relação jurídica entre devedor e 
credor da obrigação de prestar contas.
Furtado (2007) ressalta que o dever de prestar contas é 
intransferível. Mas existe uma exceção. É aquela que atribui 
a responsabilidade por reparação de dano patrimonial 
(responsabilidade civil) aos sucessores hereditários do 
gestor público, até o limite do da herança transferida. 
Não se esqueça. Apesar de o texto da Constituição 
Federal referir-se à administração de recursosda União, 
consideramos que deve ser aplicado aos demais entes da 
federação, conforme seu artigo.
As normas brasileiras de contabilidade definem que 
uma entidade do setor público pode ser representada 
por: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público 
ou que, possuindo personalidade jurídica de direito 
privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou 
apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução 
de suas atividades. 
Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas 
que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal 
ou creditício, de órgão público. Portanto, todas essas 
18 
entidades são obrigadas a prestar contas de forma parcial 
ou imparcial. 
O quadro a seguir destaca quem é obrigado a 
observar as Normas de Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público (NCASP).
Integralmente
Entidades governamentais (integrantes do 
Orçamento Fiscal - OF e do Orçamento da 
Seguridade Social – OSS)
Serviços sociais
Conselhos profissionais
Parcialmente (demais 
entidades de setor 
público)
Personalidade jurídica de direito privado 
(inclusive integrantes do Orçamento de 
Investimento - OI) que recebam, guardem, 
movimentem, gerenciem ou apliquem 
recursos públicos, na execução de suas 
atividades.
Pessoas físicas que recebam subvenção, 
benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de 
órgão público.
19 
5. O QUE PODE 
OCORRER EM CASO 
DE OMISSÃO DA 
PRESTAÇÃO DE 
CONTAS
Na ordem jurídica brasileira existem vários dispositivos que incidem no caso de não apresentação de contas pelo gestor público. 
No artigo publicado pelo TCU, Furtado (2007) indica 
as várias prescrições para a hipótese de inadimplência de 
prefeitos, por exemplo: 
a. É ato de improbidade administrativa, ficando 
o responsável sujeito às seguintes sanções: 
ressarcimento integral do dano, se houver; 
perda da função pública; suspensão dos direitos 
políticos de três a cinco anos; pagamento de multa 
civil de até cem vezes o valor da remuneração 
percebida pelo agente; e proibição de contratar 
com o poder público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, pelo prazo de três 
anos (Lei nº 8.429/92, arts. 11, VI, e 12, III); 
b. É crime comum, sujeito ao julgamento do 
Poder Judiciário, independentemente do 
pronunciamento da Câmara de Vereadores, 
estando o inadimplente passível de pena de 
detenção de três meses a três anos, além da 
perda do cargo e a inabilitação, pelo prazo de 
20 
cinco anos, para o exercício de cargo ou função 
pública, eletivo ou de nomeação, sem prejuízo da 
reparação civil do dano causado ao patrimônio 
público ou particular (Decreto-Lei nº 201/67, art. 
1º, VI, § 1º e 2º); 
c. É fato gerador de inelegibilidade (Lei 
Complementar nº 64/90, art. 1º, I, g); 
d. Será instaurada a respectiva tomada de contas 
especial pelo órgão competente; 
e. Haverá intervenção do Estado no município (CF, 
art. 35, II). O pedido de intervenção do Estado no 
município tem-se revelado a providência mais 
eficaz para compelir os prefeitos a cumprirem o 
princípio da prestação de contas.
21 
6. PRESTAÇÕES 
DE CONTAS QUE 
OS GESTORES 
PÚBLICOS SÃO 
OBRIGADOS A 
CUMPRIR
Em primeiro lugar, você deve entender que existem várias formas de prestação de contas a serem efetuadas durante um ano civil. 
Cada ente público e/ou gestor tem suas 
particularidades no momento de prestarem contas. 
As prestações de contas devem ser realizadas tanto na 
mesma esfera, poder legislativo e tribunais de contas, 
quanto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão 
responsável em Promover o acompanhamento, a 
sistematização e a padronização da execução contábil de 
toda a administração pública.
A STN também tem a obrigação de avaliar o 
cumprimento dos compromissos fiscais dos municípios 
que firmaram contrato de refinanciamento de dívida com 
a União. Além disso, devem verificar o cumprimento dos 
limites das operações de crédito dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios.
Para facilitar a sua compreensão, iremos abordar 
quais prestações de contas e como estas devem ser 
realizadas de acordos com prazos e entidades públicas, 
nas três esferas de governo (municipal, estadual e 
federal), ao longo do ano. 
22 
Existem obrigações de prestação de contas que 
devem ser feitas diariamente (em tempo real), mensal, 
bimestral, quadrimestral, semestral e anual.
A transparência sob o enfoque da Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF), alterada e complementada 
pela Lei Complementar nº 131/09, formaliza o conceito 
de transparência na gestão fiscal e orçamentária no 
Brasil, contendo um capítulo inteiro, o de número IX, “Da 
transparência, controle e fiscalização”. 
Estude aqui o artigo 48 da LRF. 
DICA DE ESTUDO
Para saber mais sobre a LRF, estude 
o Módulo 9 (Responsabilidade Fiscal e 
Socioambiental).
Agora você vai aprender as obrigações de prestação 
de contas de acordo com cada periodicidade.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11238936/artigo-48-lc-n-101-de-04-de-maio-de-2000
23 
7. PERIODICIDADE 
DAS PRESTAÇÕES 
DE CONTAS
Prestações de Contas realizadas 
diariamente (tempo real)
De acordo com a LRF, todos os entes da federação deverão disponibilizar, em tempo real, as informações da execução de despesas, 
arrecadação de receita e, quando for o caso, o 
procedimento licitatório realizado. 
Essas informações são disponibilizadas nos portais 
de transparências de cada ente, caso você tenha 
interesse em conhecer um pouco mais sobre essas 
plataformas, visite o portal da União, portal do 
Governo do Estado do Ceará e portal da Prefeitura 
Municipal de Fortaleza.
Prestações de Contas realizadas 
mensalmente
Os prefeitos municipais, os agentes responsáveis 
por dinheiro, bens e valores públicos da Administração 
Municipal Indireta, incluídas as Fundações e Sociedades 
instituídas pelo Poder Público, bem como os Presidentes 
das Câmaras Municipais, deverão prestar contas 
mensalmente, conforme o artigo 42 da Constituição do 
Estado do Ceará de 1989. 
http://tranparencia.gov.br
http://transparencia.ce.gov.br
http://transparencia.fortaleza.ce.gov.br
http://transparencia.fortaleza.ce.gov.br
https://www.tjce.jus.br/wp-content/uploads/2015/07/Constituicao_Estadual.pdf
24 
Os municípios do Estado do Ceará e os Consórcios 
Públicos deverão efetuar suas prestações de contas 
mensais, por meio do Sistema de Informação Municipal 
(SIM), conforme orientações estabelecidas pela Instrução 
Normativa TCE-CE nº 04, de 17 de dezembro de 2019.
IMPORTANTE SABER
O que é o SIM
O SIM permitirá a remessa ao TCE pelos 
jurisdicionados das prestações de contas 
mensais e demais informações necessárias à 
fiscalização financeira, orçamentária, contábil, 
operacional e patrimonial dos municípios 
cearenses e consórcios públicos.
Você deve estar se perguntando... Em que formato 
estas informações de prestações de contas devem ser 
disponibilizadas? 
A Portaria STN nº 642 de 2019 introduziu a Matriz 
de Saldos Contábeis (MSC). Esta matriz corresponde 
a uma estrutura padronizada para o recebimento de 
informações contábeis e fiscais dos entes da Federação. 
Seus objetivos são a consolidação das contas nacionais, 
a geração de estatísticas fiscais, em conformidade 
com acordos internacionais firmados pelo Brasil, 
e a elaboração das declarações do setor público 
(Demonstrações Contábeis e Demonstrativos Fiscais). 
O principal objetivo do recebimento de dados 
e informações por meio da MSC é automatizar a 
elaboração das declarações, facilitando seu trabalho de 
confecção e envio à Secretaria do Tesouro Nacional pelos 
entes federados.
25 
Permite também o compartilhamento desses dados 
com outros órgãos e entidades. Além disso, por se 
tratar de um conjunto detalhado de dados de finanças 
públicas, a MSC contribui para melhorar a qualidade da 
informação disponibilizada à sociedade. Representa um 
instrumento de aprimoramento da transparência.
A Matriz de Saldos Contábeis é baseada no padrão 
XBRL, acrônimo de eXtensible Business Reporting 
Language. Este sistema correspondea uma derivação 
do padrão XML otimizado para a apresentação de 
informações financeiras. 
Porém, por ser relativamente novo no Brasil, o 
padrão XBRL ainda não foi totalmente assimilado pelos 
entes públicos.
A MSC é composta por uma relação de contas contábeis 
associadas a um conjunto de informações complementares 
para permitir a disponibilização de informações detalhadas 
sobre a contabilidade dos entes da federação. É capaz 
de gerar tanto as demonstrações contábeis quanto os 
demonstrativos fiscais exigidos pela LRF.
A MSC será transmitida via Sistema de Informações 
Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro 
(Siconfi). Neste sistema o usuário entra na Área Restrita 
e depois no módulo Declaração e MSC/Elaborar MSC. 
Prestações de Contas realizadas 
bimestralmente (RREO)
A Constituição da República Federativa do Brasil, de 
5 de outubro de 1988, em seu artigo 165, parágrafo 3º, 
exige que o Poder Executivo publique, até trinta dias após 
o encerramento de cada bimestre, o Relatório Resumido 
da Execução Orçamentária (RREO). 
http://www.siconfi.tesouro.gov.br
http://www.siconfi.tesouro.gov.br
https://www.jusbrasil.com.br/doutrina/secao/art-165-secao-ii-dos-orcamentos-constituicao-federal-comentada/1196976714?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=doutrina_dsa&utm_term=&utm_content=capitulos&campaign=true&gclid=CjwKCAjw9-6oBhBaEiwAHv1QvNstfm7XQlejvIQ74lqUjUzxSNox62tlhEsblhK9N9_Fe0UFLDX3SRoCcBgQAvD_BwE
26 
O objetivo dessa periodicidade é permitir que, cada 
vez mais, a sociedade, por meio dos diversos órgãos de 
controle, conheça, acompanhe e analise o desempenho 
da execução orçamentária dos governos federal, estadual 
e municipal.
É a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece as 
normas para elaboração e publicação do RREO.
O RREO e seus demonstrativos abrangerão os órgãos 
da Administração Direta e entidades da Administração 
Indireta, de todos os Poderes, constituídos pelas 
autarquias, fundações, fundos especiais, e as empresas 
públicas e sociedades de economia mista que recebem 
recursos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social 
(empresas estatais dependentes), inclusive sob a forma 
de subvenções para pagamento de pessoal ou de custeio 
em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles 
provenientes de aumento de participação acionária.
O RREO será elaborado pelo Poder Executivo da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Caso a publicação desse relatório seja feita por meio 
da disponibilização das informações e dados contábeis, 
orçamentários e fiscais conforme periodicidade, 
formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de 
contabilidade da União, o relatório publicado no Sistema 
de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público 
Brasileiro (Siconfi) deverá conter a assinatura digital de 
todos os responsáveis.
O RREO deverá ser assinado pelo Chefe do Poder 
Executivo que estiver no exercício do mandato na data 
da publicação do relatório (em Diário Oficial) ou por 
pessoa a quem ele tenha legalmente delegado essa 
competência. 
Qualquer dos dois deve fazê-lo em conjunto com 
27 
o profissional de contabilidade responsável pela 
elaboração do relatório.
O Siconfi, mais uma vez, é o sistema utilizado. O 
usuário deverá entrar na Área Restrita, no módulo 
Declaração e MSC/Gerir Declaração, preencher os dados, 
finalizar, assinar e homologar o RREO do bimestre de 
referência. 
Prestações de Contas realizadas 
quadrimestralmente (RGF)
A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe que, ao final 
de cada quadrimestre, os titulares de Poderes e órgãos 
emitirão Relatório de Gestão Fiscal (RGF) que deverá 
ser publicado e disponibilizado ao acesso público, 
inclusive em meios eletrônicos, até trinta dias após o 
encerramento do período a que corresponder. 
O prazo para o primeiro quadrimestre encerra-se 
em 30 de maio; para o segundo quadrimestre em 30 
de setembro; e para o terceiro quadrimestre em 30 de 
janeiro do ano subsequente ao de referência.
O objetivo do Relatório é dar transparência à gestão 
fiscal do titular do Poder/órgão realizada no período, 
principalmente por meio da verificação do cumprimento 
dos limites.
Estão obrigados a emitir o Relatório de Gestão Fiscal 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
estando compreendido: 
a) na esfera federal: o Poder Legislativo (incluído 
o Tribunal de Contas da União), o Poder Judiciário 
(incluindo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal), 
o Poder Executivo e o Ministério Público da União 
(incluindo o Ministério Público do Distrito Federal); 
http://www.siconfi.tesouro.gov.br
28 
b) na esfera distrital: o Poder Legislativo (incluído 
o Tribunal de Contas do Distrito Federal) e o Poder 
Executivo; 
c) na esfera estadual: o Poder Legislativo (incluído 
o Tribunal de Contas do Estado), o Poder Judiciário, o 
Poder Executivo, o Ministério Público Estadual; 
d) na esfera municipal: o Poder Legislativo (incluído 
o Tribunal de Contas do Município, quando houver) e o 
Poder Executivo.
Para fins de emissão do Relatório de Gestão Fiscal, 
entende-se como órgão: 
a) o Ministério Público; 
b) as respectivas Casas do Poder Legislativo Federal; 
c) o Tribunal de Contas da União; 
d) a Assembleia Legislativa e os Tribunais de Contas 
do Poder Legislativo Estadual; 
e) a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do 
Distrito Federal; 
f) a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do 
Município, quando houver;
g) o Supremo Tribunal Federal; 
h) o Conselho Nacional de Justiça; 
i) o Superior Tribunal de Justiça; 
j) os Tribunais Regionais Federais; 
k) os Tribunais do Trabalho; 
l) os Tribunais Eleitorais; 
m) os Tribunais Militares; 
n) os Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios e outros, quando houver; 
o) as defensorias públicas, da União e dos estados.
O relatório será emitido pelos titulares dos Poderes e 
órgãos e assinado pelo: 
29 
a) Chefe do Poder Executivo; 
b) Presidente e demais membros da Mesa Diretora 
ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos 
internos dos órgãos do Poder Legislativo; 
c) Presidente de Tribunal e demais membros 
de Conselho de Administração ou órgão decisório 
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos 
do Poder Judiciário; 
d) Chefe do Ministério Público, da União e dos 
estados;
e) Chefe da Defensoria Pública, da União e dos 
estados.
O Siconfi também é o sistema utilizado. O usuário 
deverá entrar na Área Restrita, no módulo Declaração 
e MSC/Gerir Declaração, preencher os dados, finalizar, 
assinar e homologar o RGF do quadrimestre de 
referência. 
Um detalhe importante. Os municípios de até 50 mil 
habitantes não têm a obrigação de realizar a prestação de 
contas mensal, bimestral e quadrimestral, podendo fazer 
como mínimo a semestral. 
Prestações de Contas realizadas 
semestralmente (Sequencialidade)
Aqui, as obrigações são as mesmas. Lembrando 
que as obrigaçõe se acumulam. Por exemplo, nesta 
prestação semestral devem ser informadas todas as 
prestações anteriores. 
A nova lei das licitações e contratos administrativos, 
a Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, em seu artigo 141 
obriga que os pagamentos realizados pela Administração, 
observe a ordem cronológica para cada fonte 
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30 
diferenciada de recursos, subdividida nas categorias de 
contratos:
I - fornecimento de bens;
II - locações;
III - prestação de serviços;
IV - realização de obras.
A intenção do legislador com essa norma foi evitar 
que o poder público favoreça alguns fornecedores em 
detrimentos de outros. 
A lógica é que cada obrigação seja paga respeitando 
uma fila de entrega de produtos, serviços, obras e 
algumas especificidades previstas em lei.
No caso do Ceará, O Tribunal de Contas do Estado do 
Ceará disponibiliza em seu portal de serviços o Sistema 
de Análise de Ordens de Pagamentos (SAOP) para os 
jurisdicionadas efetuarem suas prestações de contas ao 
final de cada semestre.
Prestações de contas realizadas anualmente 
No contextoda esfera federal, as contas prestadas 
pelo Presidente da República consistem no Balanço Geral 
da União e no relatório do órgão central do sistema de 
controle interno do Poder Executivo sobre a execução 
dos orçamentos da União. Estão referidos no § 5º do 
artigo 165 da Constituição Federal. 
A análise feita pelo Tribunal deve exprimir se o 
Balanço Geral da União representa adequadamente as 
posições financeira, orçamentária, contábil e patrimonial 
do ente federado no encerramento do exercício. 
https://www.jusbrasil.com.br/doutrina/secao/art-165-secao-ii-dos-orcamentos-constituicao-federal-comentada/1196976714?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=doutrina_dsa&utm_term=&utm_content=capitulos&campaign=true&gclid=CjwKCAjw9-6oBhBaEiwAHv1QvPS3gdUnoMJE-wmMYdUl6J1Be6k_SNyZwNZYl_f8XAgnBNgfTj2r6hoCzz8QAvD_BwE
31 
Também deve resolver se a gestão dos recursos 
públicos observou os princípios e as normas 
constitucionais e legais que regem a administração 
pública federal.
O exame e o julgamento de Tomada e Prestação 
de Contas Anuais são a expressão máxima do poder 
controlador do Tribunal de Contas do Estado do Ceará. 
É exercido em auxílio ao Poder Legislativo, pois lhe 
permite realizar juízo sobre a gestão dos responsáveis 
pelos recursos públicos e lhe possibilita fazer 
determinações e impor sanções.
Você vai aprender com uma abordagem 
exemplificativa com as prestações de contas, de 
governo e de gestão, realizadas pelo estado e os 
municípios cearenses junto ao Tribunal de Contas do 
Estado do Ceará.
Na gestão da conselheira Soraia Thomaz Dias Victor, 
presidente do TCE em 2005, foi apresentado o Manual de 
Instrução de Processos de Tomada e Prestação de Contas 
Anuais, elaborado com base em manuais de outros 
Tribunais, especialmente do Tribunal de Contas da União. 
O objetivo foi o de uniformizar os procedimentos 
e orientar os técnicos do próprio Tribunal. Eles são os 
responsáveis pelos processos de Tomada e Prestação 
de Contas Anuais dos administradores e demais 
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos das 
unidades dos Poderes do Estado e das entidades da 
administração indireta. 
Incluem-se aí as fundações, sociedades de economia 
mista e empresas públicas instituídas e mantidas pelo 
Poder Público.
32 
Sobre os prazos
As contas de governo dos municípios deverão ser 
enviadas até o dia 31 de janeiro do ano subsequente às 
suas respectivas Câmaras de Vereadores.
A norma determina que após um prazo de 60 
dias, período em que as contas ficam à disposição de 
qualquer contribuinte, até o dia 10 de abril deverá ser 
encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado do Ceará.
É importante saber que, em julho de 2017, a 
Assembleia Legislativa do Ceará aprovou a Emenda 
Constitucional nº 92, de 16 de agosto de 2017, que 
extinguiu o tribunal de contas dos municípios. Suas 
atribuições foram transferidas para o tribunal de 
contas estadual.
As contas de governo do estado, prestadas pelo 
governador, deverão ser realizadas até sessenta 
dias após a abertura da sessão legislativa, conforme 
determina o inciso XVI do art. 49 da Constituição do 
Estado do Ceará 1989.
Já as contas de gestão dos órgãos da administração 
estadual deverão ser apresentadas ao Tribunal de 
Contas do Estado no prazo de 180 dias, contados da 
data do encerramento do correspondente exercício 
financeiro, conforme art. 8º, § 6º, da Lei Estadual nº 
12.509 de 1995 que dispõe sobre a Lei Orgânica do 
Tribunal de Contas do Estado.
O que deve compor em uma prestação de 
contas?
No âmbito da esfera estadual, o governo deve 
observar as Constituições Federal e Estadual, a Lei 
Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Ceará e 
ficar atento às Instruções Normativas publicadas pelo 
33 
TCE que orientam como deverão ser elaboradas as 
Prestações de contas de governo e de gestão.
Agora você vai aprender a entender a diferença da 
forma de prestação de contas entre as Contas de Governo 
e as Contas de Gestão.
Contas de Governo 
A Prestação de Contas, seja ela do governo federal 
ou estadual, distrital ou municipal deverá conter seu 
respectivo Balanço Geral com as posições financeira, 
orçamentária, contábil e patrimonial no encerramento 
do exercício, o relatório do controle interno e outras 
obrigações acessórias exigidas pelas legislações 
específicas de cada ente federado. 
As contas de governo são efetuadas tanto para as 
casas legislativas como para os tribunais de contas.
Contas do Governo do Estado
No caso do Governo do Estado do Ceará, por exemplo, 
as contas são protocoladas no site da Assembleia 
Legislativa e peticionadas no site do TCE. 
https://www.al.ce.gov.br/
https://www.al.ce.gov.br/
https://www.tce.ce.gov.br/
34 
Contas dos Governos Municipais
As contas prestadas anualmente pelo prefeito à 
respectiva Câmara Municipal devem ser prestadas pelo 
Sistema e-Contas Municipal, conforme disposto na 
Instrução Normativa n° 02/2013, de 19 de dezembro 
de 2013, que dispõe sobre as Prestações de Contas de 
Governo (PCG).
Este sistema tem como finalidade a recepção 
eletrônica de prestações de contas relacionadas aos 
municípios e é dividido em dois módulos distintos: o 
“e-Contas de Gestão e o e-Contas de Governo”. O Acesso 
aos módulos está disponível no Portal de Serviços do 
TCE Ceará.
A Prestação de Contas de Governo (PCG) possui dois 
passos a serem realizados no sistema. 
O primeiro é o cadastramento da PCG no módulo de 
e-Contas de Governo, prestadas anualmente pelo prefeito 
de cada cidade do estado do Ceará. Esta etapa deve ser 
realizada até 31 de janeiro do ano subsequente. 
O segundo passo consiste no encaminhamento da 
PCG ao TCE Ceará, que também é realizada no módulo 
de e-Contas de Governo pelo presidente da Câmara. Esta 
etapa deve ser realizada até 10 de abril de cada ano.
Contas de Gestão 
Contas de Gestão Estadual
As contas de gestão elaboradas pelos Poderes 
Legislativos e Judiciário, Ministério Público do Estado, 
Secretarias, Defensoria Pública do Estado, Procuradoria 
Geral do Estado, Autarquias, Fundos Estaduais, Empresas 
e Sociedades de Economia Mista enquadradas como 
dependentes e independentes deverão obedecer às 
determinações exigidas pela Instrução Normativa nº 03, 
https://portalservicos.tce.ce.gov.br/
https://portalservicos.tce.ce.gov.br/
35 
de 28 de maio de 2019.
A Prestação de Contas desses entes deverá conter 
o Rol dos responsáveis de cada área, dentre eles, o 
Dirigente Máximo, Ordenador de Despesas, responsáveis 
pelos setores Financeiro, Almoxarifado, Patrimônio, 
Contábil, Pessoal e pelas Licitações.
As prestações de contas dos órgãos estaduais devem 
ser realizadas exclusivamente por meio eletrônico no 
Sistema Ágora do próprio TCE. O sistema possui 15 
módulos, em que estão segregadas as peças processuais 
ou informações que compõem a prestação de contas. 
Dentro de cada módulo a inserção das informações 
estará distribuída em telas de acordo com sua natureza. 
O Sistema Ágora pode ser acessado no Portal de 
Serviços do TCE. 
Para exemplificar, é importante que você entenda 
o que deve compor em cada módulo do sistema nas 
prestações de contas. Observe o quadro a seguir:
https://servicoseletronicos.tce.ce.gov.br/
36 
Módulo do 
Sistema Peças Processuais Responsável
Forma 
de 
envio
Contabilidade
Balanço Orçamentário
Contador 
responsável 
Setor
XML e 
PDF
Demonstrativos dos Restos a 
Pagar (Anexos 1 e 2 do BO)
Balanço Financeiro
Balanço Patrimonial
Demonstrativo do Superávit 
Apurado no Balanço 
Patrimonial
Demonstração das Variações 
Patrimoniais
Demonstração do Fluxo de 
Caixa
Demonstrativo da Dívida 
Flutuante
Balancete Contábil com 
todos os grupos de contas
Notas Explicativas das 
Demonstrações Contábeis
Extratos bancário das contas 
correntes e aplicações
Formulário do cadastro das 
contas correntes
Relatório de Auditoria 
Externa do Fundo de 
Previdências
Relatório do Cálculo Atuarial 
do Fundo de Previdência
37 
Contratos Cópia digital dos contratos e aditivos Resp. Contratos PDF
ControlesInternos
Relatório de Auditoria do 
Controle Interno
Responsável 
pelo Controle 
Interno
PDF
Formulário de Avaliação do 
Controle Interno Ágora
Certificado de Auditoria do 
Controle Interno PDF
Parecer do Dirigente Máximo 
do Órgão do Controle Interno PDF
Pronunciamento Expresso 
do Dirigente Máximo Resp. Inf. PDF
Dados Gerais Dados Gerais Resp. Inf. Ágora
Gestão de 
Materiais e 
Patrimônio
Atos de Nomeações da 
Comissão Inventariante
Responsável 
pelo Patrimônio
PDF
Inventário Sintático de 
Material de Consumo, 
Bens Patrimoniais Móveis e 
Imóveis e Bens Intangíveis
Ágora 
ou XML
Alienações Patrimoniais de 
Bens Móveis e Imóveis
Ágora 
ou XML
Baixa de Bens por Doação Ágora ou XML
Licitações
Parecer Técnico ou Jurídico 
em caso de Dispensa ou 
inexigibilidade
Responsável 
pela Licitação PDF
Ratificação de Dispensa ou 
inexigibilidade
Publicação no Diário Oficial 
da decisão ratificadora 
para as dispensas e 
inexigibilidade.
Cópia digital do Projeto 
Básico em caso de Obras
38 
Monitoramento 
das Decisões
Determinações e 
recomendações expedidas Resp. Inf. Ágora
Orçamento
Demonstração dos Ingressos 
e Dispêndios por Categoria 
Econômica
Contador 
responsável 
pelo Setor
XML e 
PDF
Resumo de Despesa 
Empenhada por Item
Relatório do Espelho 
do Monitoramento das 
Iniciativas
Peças 
Processuais
Relatório de Desempenho de 
Gestão Resp. Inf. PDF
Pessoal
Composição do Quadro de 
Pessoal
Responsável 
pelo Setor 
Pessoal
Ágora 
ou XML
Quantitativo do Quadro de 
Pessoal
Relação de Pessoal
Termo de Referência dos 
Contratos de Terceirização
Rol dos 
Responsáveis Rol dos Responsáveis Resp. Inf.
Ágora 
ou XML
Tomada 
de Contas 
Especiais
Relação das Tomadas de 
Contas Especiais no exercício
Responsável 
pela 
Informação
Ágora
Casos de Dispensa de 
Tomadas de Contas 
Especiais no exercício
Ágora
Relatório Final da Comissão PDF
Transferências 
Voluntárias
Relação dos Convênio/
Ajustes Congêneres 
Celebrados no exercício Responsável 
pelo Setor 
Financeiro
Ágora
Plano de Trabalho dos 
Convênios vigentes durante 
o exercício
PDF
O sistema executa uma série de algoritmos em cada 
módulo e fornece para os analistas do TCE possíveis 
achados nas informações fornecidas, possibilitando 
maior agilidade na análise da conta.
39 
Contas de Gestão Municipal
As prestações de contas deverão observar as 
determinações da Instrução Normativa TCM nº 03/2013, 
de 19 de dezembro de 2013 e demais legislações 
correlatas.
O módulo e-Contas de Gestão – Prestação de Contas 
Municipal (PCS) foi desenvolvido no site do TCE Ceará 
para recepcionar as prestações de contas de gestão dos 
responsáveis legais.
A Prestação de Contas, portanto, se constitui como 
um instrumento que permite à sociedade e aos órgãos 
de gestão e controle o acompanhamento e análise do 
desempenho da execução orçamentária, financeira, 
contábil, patrimonial, legal e operacional dos governos 
em seus diversos aspectos, seja por esfera, poder e nas 
mais diversas entidades relacionadas ao setor público.
40 
PERFIL DO AUTOR
Saulo Braga é servidor público, auditor fiscal 
contábil financeiro da Receita Estadual, atual Contador 
Geral do Estado do Ceará. Mestre em Controladoria 
pela Universidade Federal do Ceará e doutorando em 
Administração Pública pela Universidade de Lisboa. Atua 
na área contábil do Tesouro do Estado do Ceará.
41 
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Planalto. Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 45, de 30 de 
dezembro de 2004. (DOU 31/12/2004).
BRASIL. Emenda Constitucional nº 74, de 06 de agosto 
de 2013, que altera o art. 134 da Constituição Federal. 
(DOU 07/08/2013).
BRASIL. Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei 
Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, que 
estabelece normas de finanças públicas voltadas 
para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras 
providências. (DOU 05/05/2000)
BRASIL. Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei 
Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009, que 
acrescenta dispositivos à Lei Complementar no 101, de 4 
de maio de 2000, a fim de determinar a disponibilização, 
em tempo real, de informações pormenorizadas sobre 
a execução orçamentária e financeira da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (DOU 
28/05/2009).
BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, licitações 
e contratos administrativos, Lei nº 14.133, de 1º de abril 
de 2021. (DOU 01/04/2021).
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que estatui 
Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração 
e controle dos orçamentos e balanços da União, dos 
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. (DOU 
05/05/1964).
42 
CFC. Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC 
TSP Estrutura Conceitual, de 23 de setembro de 2016, 
para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil 
de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público. 
Conselho Federal de Contabilidade. Brasília, 2016.
CEARÁ. Constituição do Estado do Ceará, 1989. 
Fortaleza: INESP, 2014.
CEARÁ. Emenda Constitucional nº 92, de 16 de 
agosto de 2017, que extinguiu o tribunal de contas dos 
municípios. (DOE 21/08/2017).
FURTADO, José de Ribamar Caldas. Os regimes de 
contas públicas: contas de governo e contas de 
gestão. Revista do TCU (2007), Disponível em: https://
revista.tcu.gov.br/ojs/index.php/RTCU/article/view/438. 
Acesso em: 22/08/2023.
STN/MPOG. Portaria Interministerial nº 163, de 04 
de maio de 2000 - Dispõe sobre normas gerais de 
consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras 
providências. (DOU 07/05/2001)
STN. Portaria nº 285, de 14 de junho de 2018 - Aprova 
o Regimento Interno da Secretaria do Tesouro Nacional. 
Disponível em: https://www.gov.br/tesouronacional/pt-
br/acesso-a-informacao/institucional/base-juridica-da-
estrutura-organizacional-e-das-competencias. Acesso 
em: outubro.2023.
STN. Portaria STN nº 642, de 20 de setembro 2019. 
Matriz de Saldos Contábeis: Regras Gerais – 2022. 
Ministério da Economia e Secretaria do Tesouro Nacional, 
(2021).
https://revista.tcu.gov.br/ojs/index.php/RTCU/article/view/438
https://revista.tcu.gov.br/ojs/index.php/RTCU/article/view/438
https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/base-juridica-da-estrutura-organizacional-e-das-competencias
https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/base-juridica-da-estrutura-organizacional-e-das-competencias
https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/base-juridica-da-estrutura-organizacional-e-das-competencias
43 
TCE. Lei nº 12.509, de 06 de dezembro de 1995 - Dispõe 
sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado e 
dá outras providências, (DOE 06/12/1995).
TCE. Instrução Normativa TCE-CE nº 01, de 20 de 
março de 2018 – Dispõe sobre o envio ao Tribunal de 
Contas do Estado do Ceará, por meio do Sistema Ágora, 
das prestações de contas anuais dos administradores 
e demais responsáveis por órgãos e entidades 
pertencentes à administração pública estadual. (DOE 
26/03/2018)
TCE. Instrução Normativa TCE-CE n° 02, de 19 de 
dezembro de 2013, que dispõe sobre as Prestações de 
Contas de Governo (PCG). (DOE 23/12/2013)
TCE. Instrução Normativa TCE-CE nº 03, de 28 de 
maio de 2019 – Dispõe sobre alterações da Instrução 
Normativa TCE-CE nº 01/2018. (DOE 07/06/2019)
TCE. Instrução Normativa TCE-CE nº 04, de 17 de 
dezembro de 2019 – Aprova o Manual do Sistema 
de Informações Municipais (SIM), versão 2020. (DOE 
23/12/2019).
TCE. Manual de Instrução de Processos de Tomada 
e Prestação de Contas Anuais – Coletânea 70 Anos. 
Fortaleza, 2005.
TCM. Instrução Normativa TCE-CE n° 03, de 19 de 
dezembro de 2013, que dispõe sobre as Prestações de 
Contas de Governo (PCG). (DOE 23/12/2013)
44 
GLOSSÁRIO
Accountability: termo inglês que consiste no dever que 
um órgão e/ou instituição tem de prestar contas, em 
decorrência das responsabilidades oriundas de uma 
delegação de poder.
Ágora: sistema doTribunal de Contas do Estado do 
Ceará que tem por finalidade a automatização dos 
procedimentos de recebimento dos dados e peças 
processuais que integram os processos de prestação 
de contas anuais dos administradores e demais 
responsáveis por órgãos e entidades da Administração 
Pública Estadual.
Consórcios Públicos: instrumento pelo qual devem ser 
constituídas e reguladas as obrigações entre entes da 
federação.
Contas Anuais: dever estabelecido na Constituição que 
obriga tanto aos chefes do poder executivo quanto os 
administradores de órgãos e entidades do setor público.
Contas de Gestão: contas anuais que evidenciam os 
atos de administração e gerência de recursos públicos 
praticados pelos chefes e demais responsáveis de órgãos 
e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
das fundações públicas.
Contas de Governo: também chamadas de contas 
anuais, referem-se aos resultados gerais do exercício 
financeiro-orçamentário do chefe do poder executivo.
Contas Públicas: contabilidade dos gastos e das receitas 
internas de um governo ou ente público.
45 
eXtensible Business Reporting Language: tecnologia 
XBRL que transforma as informações contábeis que estão 
disponibilizadas em outro formato, como papel, em 
arquivos eletrônicos.
Governança Social: sistema composto por mecanismos 
e princípios que as instituições possuem para auxiliar as 
tomadas de decisões e para administrar as relações com 
a sociedade, alinhado às boas práticas de gestão e às 
normas éticas, com foco em objetivos coletivos.
Improbidade Administrativa: ato ilegal ou contrário aos 
princípios básicos da Administração Pública no Brasil, 
cometido por agente público, durante o exercício de 
função pública ou decorrente desta.
Matriz de Saldos Contábeis: estrutura padronizada 
para o recebimento de informações contábeis e fiscais 
dos entes da Federação para fins da consolidação das 
contas nacionais, da geração de estatísticas fiscais e da 
elaboração das declarações do setor público.
Prestação de Contas: demonstração do que foi feito com 
os recursos públicos.
Siconfi: ferramenta da Secretaria do Tesouro Nacional 
(STN) destinada ao recebimento e análise de informações 
contábeis, financeiras e orçamentárias dos governos 
públicos.
Socioambiental: refere-se aos problemas e processos 
sociais, tendo em conta sua relação com o meio 
ambiente.
Realização
Apoio

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