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Genes do câncer

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GENES DO CÂNCER 
INTRODUÇÃO 
O câncer é o conjunto de mais de cem doenças com o potencial desordenado 
de crescimento das células que as propicia características proliferativa e invasiva em 
tecidos e órgãos. Devido à alta capacidade de sofrer mitose os processos 
proliferativos causados pelas células tendem a ser agressivos e incontroláveis 
formando tumores ou neoplasias e podem desenvolver caráter metastático (SOARES 
et al., 2016). 
Essas alterações morfofuncionais das células no câncer ocorrem em sua 
grande maioria devido à interação do organismo com agentes que podem causar 
mutação no material genético como a radiação UV, alcoolismo, tabagismo e 
considerando o estilo de vida do indivíduo ou ocorre por mutações nos genes que 
controlam as funções genicas de regulação celular e sua expressão, e ainda uma 
correlação onde os fatores ambientais podem ser impulsionados pelos fatores 
genéticos (INCA 2017; MOJTAHEDI et al., 2010). 
Segundo o INCA a estimativa de novos casos de câncer para o Brasil, no 
período de 2016-2017 é de 600 mil novos casos e no mundo que até o ano de 2030 
poderá ocorrer em torno de 27 milhões de casos incidentes de câncer. 
O gene é caracterizado como uma parte ou segmento do DNA que vai 
conter as informações para sua expressão gênica que se trata da síntese de 
aminoácidos, parte chamada de exóns e das sequências reguladoras que não 
expressam produto gênico chamadas de íntrons (JOAQUIM; EL-HANI, 2010). De 
forma natural os genes irão atuar nas expressões e regulações requeridas para o 
funcionamento celular normal e para a manutenção constante do organismo e sua 
homeostasia. São chamados de proto-oncogenes os genes normais que atuam com 
a função de regular o crescimento, diferenciação e divisão celular como p53, p16INK4a 
e p14ARF (SERRANO; THEODORO; PINHAL, 2014). Quando estes genes sofrem 
mutações eles passam a ser chamados de oncogenes, passando a agir de forma 
alterada tanto na sua expressão gênica de forma super-expressa ou sobre-expressa 
tão quanto na regulação das vias celulares de divisão, proliferação e senescência, 
parando o ciclo celular surgindo assim o câncer (REBELLÓN SÁNCHEZ et al., 2014). 
No que diz respeito à epigenética o câncer dispões das alterações 
desencadeadas neste processo por na desregulação das enzimas acetiltransferase 
(HAT) e desacetilases de histonas (HDAC). Estas enzimas atuam em mecanismos de 
regulação gênica que normalmente trabalham no manejo da tradução e silenciamento 
gênicos sendo a metilação do DNA e acetilação das histonas, presentes na cromatina, 
responsáveis por conduzir todo o processo do controle da expressão ou não nas 
células dos produtos respectivos aos genes envolvidos. Com a desregulação no 
câncer vai haver sobre-expressão ou supressão de genes e seus produtos regulados 
levando as alterações morfofuncionais nas células (OLIVEIRA et al., 2007; 
REBELLÓN SÁNCHEZ et al., 2014). 
Este estudo apresenta uma revisão bibliográfica sistemática da literatura 
científica onde buscou avaliar e revisar os genes do câncer e o universo que envolve 
as alterações genéticas e aspectos moleculares no surgimento de algumas 
neoplasias. 
 
Tabela 1: Aspectos relacionados aos artigos selecionados. 
 
GENE 
 
 
AÇÃO/FUNÇÃO/ALTERAÇÃO 
 
AUTOR/ANO 
Família Bcl-2: 
Pró Apoptóticas: Bax e Bak 
Anti Apoptóticas: Bcl-xL e Bcl-w 
Genes que regulam a apoptose. 
Mutações nesses genes levam á inibição 
de apoptose, maior proliferação celular e 
invasividade. 
Luchs, 
Pantaleão. 2010. 
Gene P53 Gene supressor de tumor, que regula o 
ciclo celular. Pode sofrer mutações ou 
pleomorfismos (transversões de G para 
C, ou G para T, prinicpalmente). Os 
danos fazem o gene perder sua 
característica supressora de tumor. 
De Assis, et al., 
Ramalho, et al., 
2014, Amorim, et 
al., Mojtahedi, et 
al., Santos, et al., 
2010. 
STK15 ou BTAK ou AuroraA Relacionada ao centrômero e ao ciclo 
celular. Sofre mutações que causam 
instabilidade cromossômica, 
aneuploidias, e resulta na transformação 
das células que se tornam malignas. 
 
 
Amorim, et al., 
2010 
Gene BRCA2 Codifica proteínas de reparo da dulpa fita 
de DNA, funcionando como supressora 
de tumor. Mutações nesse gene se 
relaciona com câncer de mama e de 
ovários. 
Ramalho, et al., 
2014 
Gene BAP1 Importante na via ubiquitina-
proteassoma, na regulação do ciclo 
celular, no reparo de DNA e na 
codificação da BRCA1. Mutações nele 
afetam o BRCA1, que é relacionado á 
câncer de mama e de ovários. 
De Assis, et al., 
2014 
Genes p16INK4a e p14ARF O primeiro regula o ciclo celular, fazendo 
parada na fase G1 quando necessário 
fazer reparo. O segundo inibe que a 
proteína p53 sofra degradação, para agir 
no reparo do DNA, quando a p16INK4a 
fazer a parada do mesmo. 
De Assis, et al., 
2014 
Gene HER-2 É um receptor epidérmico humano, que 
em alguns tipos de câncer começa a ser 
sobre expresso, influenciando no 
crescimento celular, e aumentando as 
taxas de proliferação e diferenciação de 
células malignas. 
Becker et al., 
2012 
Gene NF-2 Responsável pela via Hippo, que 
controla a proliferação celular, atuando 
tanto no crescimento quanto na 
apoptose. Com mutações no NF-2 não 
há a ativação da via, o que altera o 
controle celular. 
De Assis, et al., 
2014 
Gene PTEN Está na família dos genes supressores 
de tumor. Quando alterado, o gene 
PTEN perderá de regulação de 
crescimento, proliferação e apoptose. 
De Assis, et al., 
2014 
Fonte: Próprios autores. 
 
O câncer é um grave tipo de doença, que ocorre a partir de alterações 
genômicas, como mutações, amplificações genéticas e deleções; ou devido a eventos 
epigenéticos, devido à alterações na DNA polimerase, ou perca de bases 
nitrogenadas que são substituídas por outras, que podem levar á metilação do DNA e 
acetilação de histonas (ALMEIDA, et al., 2014). 
Vários genes se apresentam alterados nos diferentes tipos de câncer, mas 
o que se encontra de forma mais comum é a p53. A proteína p53 é codificada pelo 
gene Tp53, encontrado no braço curto do cromossomo 17, e é responsável pelo 
controle e regulação do ciclo cel0ular, manutenção da integridade do DNA e controle 
de apoptose, sendo então mais conhecida como gene supressor de tumor (SANTOS, 
et al., 2011). 
O p53 pode sofrer tanto mutações, quanto sofrer polimorfismos. Como 
exemplificado em Assis e Isoldi (2014), Amorim, et al., (2010), Mojtahedi, et al., (2010) 
e Santos, et al., (2010), em sua função normal a p53 não costuma ser expressa com 
altos níveis, mas quando uma célula danificada está em processo de replicação de 
DNA, a p53 se eleva, inibe a progressão do ciclo celular comumente na fase G1, e 
inicia o processo de reparo do DNA dessas células. Se o reparo for concluído, o ciclo 
celular reinicia corretamente, porém se não for possível a p53 induz a célula sofrer 
apoptose e assim não passar o DNA danificado para as células filhas. Quando há 
mutações no gene formador da p53, ela perde a sua atividade supressora, permitindo 
que as células danificadas se repliquem. Devido ao dano, essas células iniciarão um 
processo de proliferação descontrolada, criando características de malignidade, e 
formando um tumor. Segundo os autores, a p53 está mutada em pelo menos 50% de 
todos os tumores humanos, e nos outros 50% se encontra inativa, devido à ação de 
outros genes que foram mutados. 
Ramalho, et al., (2014), cita e exemplifica sobre os principais polimorfismos 
que acometem o gene p53, como a transversão de uma guanina para citosina no 
códon 72 do exon 4, que resultam na formação de Prolina e Arginina, e a transversão 
de uma guanina para uma timina no códon 249, exon 7, onde ocorre a substituição de 
uma Serina por uma Arginina. O autor ainda explica que no câncer humano essa 
modificação não-genética pode suprimir alguns genes, como os supressores de 
tumor, favorecendo a proliferação de células danificadas que podem se tornar um 
câncer. 
Comomostrado por Luchs e Pantaleão (2010), um dos processos mais 
importantes dentro da célula é o de apoptose, que além de realizar a manutenção e 
homeostase celular, ainda destrói células danificadas, impedindo-as de proliferam e 
espalhar o seu dano. Esse processo ocorre a partir de estímulos internos como 
estresse celular, ou externos como ativação dos receptores de membrana, que ativam 
a liberação da cascata de caspases, família de enzimas que auxiliam a clivar as 
células e provocar a morte celular. A cascata de caspases ativam proteínas pró-
apoptóticas da família Bcl-2 que liberam o citocromo c da mitocôndria, proteína 
responsável pela degradação dos compostos celulares. 
Os genes Bcl-2 codificam uma família de proteínas pró-apoptóticas (Bax e 
Bak) e anti-apoptóticas (Bcl-xL e Bcl-w), onde as anti-apoptóticas agem impedindo 
que as pró-apoptóticas levem a célula a esse processo sem ser necessário. Devido a 
grande importância dessa moléculas, alterações nesses genes possuem um grande 
potencial oncogênico, sendo encontrado em alguns tipos de câncer, como neoplasias 
hematológicas. No melanoma e no adenocarcinoma gástrico está relacionado à maior 
proliferação celular, maior invasividade e consequente desenvolvimento de 
metástases. 
Amorim, et al., (2010) descreve sobre alguns genes alterados que foram 
encontrados no seu trabalho sobre câncer de bexiga, como o GSTM1 e CYP2D6. O 
GSTM1 (Glutationas S-transferases Mu 1) é um gene da família de Glutationas S-
transferases, como a capacidade de detoxificar hidrocarbonetos aromáticos, e o 
CYP2D6 faz parte do citocromo P450, sendo importante no metabolismo de 
xenobióticos. Ambos genes costumam sofrer polimorfismos, que aumentam a 
susceptibilidade no surgimento de alguns cânceres, como o de bexiga. Além desses 
dois genes, o autor também cita o gene STK15 (também conhecido como BTAK e 
AuroraA) que está relacionado ao centrômero e ao ciclo celular. Quando alterado e há 
o aumento da expressão desse gene, é criado uma instabilidade cromossômica, 
aneuploidias são formadas, e resulta na transformação da célula que se torna maligna 
(QIN, et al., 2015). 
Ramalho, et al., (2014) descreve sobre o gene BRCA2 responsável por 
codificar proteínas relacionadas a papéis críticos no reparo da dupla fita de DNA, 
sendo essencial para integridade genômica, e Assis e Isoldi (2014) descreve o gene 
BAP1, com importante papel na via ubiquitina-proteassoma, na regulação do ciclo 
celular, no reparo de DNA e na codificação da BRCA1. Ambos, o BRCA1 e o BRCA2 
atuam como supressores de tumor, e a mutação nesses genes é um fator de risco 
para o desenvolvimento de câncer de mama e de ovário, devido ao aumento da 
susceptibilidade que a perca desses dois genes causam (CARBONE, et al., 2013; 
ROY, et al., 2012.) 
Outros dois genes supressores de tumor que comumente são encontrados 
em cânceres são o p16INK4a e p14ARF, como descrito no trabalho de Assis e Isoldi 
(2014) sobre o mesotelioma maligno, mas que pode ocorrer também em outros tipos 
de câncer como o melanoma (BAI et al., 2016). O lócus INK4a/ARF está localizado no 
cromossomo 9, e codifica ambas p16INK4a e p14ARF, que possuem função de 
controlar as atividades da proteína retinoblastoma (KO; HAN; SONG, 2016; RECIO 
et al., 2002). O INK4a/ARF é um importante lócus gênico que sofre mutações na 
maioria dos cânceres humanos. A p16ink4a regula a progressão do ciclo celular, 
induzindo a parada da fase G1. A p14arf vai elevar a ação de p53 podendo induzir a 
parada na fase G1 e G2 do ciclo celular (IVANCHUK et al, 2001). 
O mecanismo ao qual a p16ink4a controla o desenvolvimento das células 
tumorais é a partir da inibição da atividade de CDK4 levando a inibição da fosforilação 
de pRb formando então a via p16-CDK/ciclina D-pRb que promove a transição das 
fases G 1-S. Por tanto mutações, deleções e alterações em CDKs afetam a ligação 
de p16 resultando em pRb fosforilação inespecífica e constante progressão do ciclo 
celular, de G1 para a fase S (PARK; VOGELSTEIN, 2003). A p14arf age a partir da 
interação com MDM2 que promove o bloqueio da degradação de p53 induzida por 
MDM2 e impede o silenciamento transcricional de p53. Semelhante à via p16-
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Ko%20A%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27470213
CDK/ciclina D-pRb, a via p14arf -MDM2-p53 é inativado no câncer em humanos 
através de mutações em INK4a, estas alterações estão presentes no melanoma 
hereditário e em mutações somáticas do INK4a podendo ocorrer pela deleção e 
silenciamento do gene (OMURA-MINAMISAWA et al, 2001). 
Em seu trabalho Becker et al., (2012) dispõe a pesquisa em torno do HER-
2 O HER-2 é um oncogene, sendo a mutação de um gene neuro glioblastroma de rato, 
que atua na codificação da glicoproteína transmembrana HER-2. O produto HER-2 é 
um receptor epidérmico humano muito expresso em casos de câncer de mama e 
orteossarcoma que são proteínas-tirosina quinases que se ligam ao fator de 
crescimento endotelial (EGF) sendo associado aos piores índices de prognóstico, 
sobrevida, metástase e resposta aos tratamentos existentes (BECKER et al., 2012). 
Comumente associado a uma maior gravidade nos casos de câncer sua super-
expressão está associado ao com alterações cromossomo 17 onde é codificado e sua 
atividade tirosina quinase com a função de regulação gênica quando age na 
fosforilação inespecífica de EGF no câncer influenciando o crescimento celular, 
diferenciação e sobrevivência, dando aspectos de malignidade as células (WOLF; 
BUBLITZ; FRIGERI, 2015; ROSA et al., 2013). 
No trabalho de Assis e Isoldi (2014), foi abordada a função do gene NF2. 
O mesmo está presente no cromossomo 22q12 e codifica uma proteína que atua na 
regulação na cascata da via bioquímica Hippo. A via Hippo tem a função de controlar 
a proliferação celular delimitando o tamanho de órgãos, por exemplo, e 
consequentemente o crescimento e apoptose por sua cascata de eventos que resulta 
na regulação gênica destes aspectos. A via Hippo é ativada pela proteína de Merlin 
que é codificada pelo gene NF2. 
Segundo Cooper e Filippo (2014), a não ativação da via hippo está 
relacionado com a expressão do oncogene Yes-associated protein (YAP), que migra 
para o núcleo das células a fim de realizar a progressão do câncer pela ativação de 
genes que aceleram a proliferação e perda da capacidade de sofrer apoptose. Por 
tanto no câncer, como o mesotelioma maligno, com a desregulação do NF2 e da via 
Hippo a proliferação, crescimento e falha na apoptose serão concomitantes as 
alterações na regulação gênica 
O gene PTEN presente no cromossomo 10, é considerado um gene 
supressor de tumor e está envolvido na regulação de crescimento, proliferação e 
sobrevida celular, regulando de forma antagonista PIP3 (fosfatidilinositol trifosfato), 
que ativa a via Akt responsável por sinalizar estes mecanismos através de estímulos 
recebidos extracelulares como, os diversos fatores de crescimento, ação da insulina 
e quimiocinas (ASSIS; ISOLDI, 2014). 
 O PTEN é uma fosfatase lipídica e também possui a capacidade de regular 
os níveis de p53 através da manutenção da acetilação e inibe a fosforilação de MDM2 
que degrada a p53, impedindo que esta ocorra. Estando alterado o gene PTEN haverá 
a perda de regulação de crescimento, proliferação e apoptose tanto por alteração em 
Akt quanto em p53 presente em diversos tipos de câncer (JUNG et al., 2010). No 
trabalho de Molinari e Frattini (2013), trás a forte associação da agressividade e mal 
prognóstico do câncer colorretal com a perda da expressão de PTEN, confirmando 
que as mutações presentes nesse gene, realmente levam as alterações celulares 
características do câncer. 
A Figura 2 apresenta a relação entre os genes encontrados nos trabalhos 
revisados e suas funções ou perda destas quando no câncer. 
Figura 2: Genes e suas funções alteradas no câncer
 
Fonte: Adaptado de Assise Isoldi (2014). 
 
Conclusão 
Os genes possuem a função mais importante no organismo, pois mantem 
a constância dos processos bioquímicos e metabólicos mantendo a estabilidade 
genômica. O câncer por ser comumente causado por alterações genéticas 
demonstra que há uma instabilidade no complexo do DNA onde vão ocorrer as 
mutações e o surgimento das diversas neoplasias, cabendo então as diversas 
formas de pesquisa para identificar todo o mecanismo no surgimento do câncer se 
suas características. 
 
 
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