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NAVEGAÇÃO AÉREA 
 
Módulo 1 
Aula 01 
 
- Introdução à Navegação 
- Navegação e seus Processos 
- A Terra e o seu Sistema de Coordenadas 
1. introdução 
A Navegação Aérea começa e termina no chão. Antes de um voo, deve-
se determinar o rumo ao destino previsto, assim como o tempo que se levará 
para atingi-lo. No ar, é óbvio, há constantes problemas a serem solucionados, 
tais como: posição, direção, distância e tempo. 
Posição: 
É um ponto definido por coordenadas. Ela é qualificada, 
frequentemente, por adjetivos: estimada, sem vento, mais provável etc. A 
palavra posição sempre se refere a um lugar que pode ser identificado. O 
navegador deve conhecer sua posição a fim de dirigir sua aeronave para outra 
posição ou para outra direção. 
Direção: 
 
É a posição de um ponto no espaço relativamente a outro, sem levar 
em consideração a distância entre eles. A direção não é propriamente um 
ângulo, mas é muitas vezes expressa em termos de distância angular a partir 
de uma direção de referência. 
 
 
 
 
 
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Distância: 
 
 
 
 
 
 
É a separação espacial entre dois pontos e é medida pelo comprimento 
da linha que as une. Numa superfície plana, o problema é bem simples. 
Entretanto, numa esfera onde a separação entre dois pontos pode ser 
expressa numa variedade infinita de curvas, é essencial que seja decidido, 
exatamente, como a distância será medida. 
 
 
 
 
 
 
 
A distância entre dois pontos, isto é, o comprimento de uma linha, pode 
ser traduzido nas várias unidades de comprimento conhecidas. 
Tempo: 
 
Pode ser definido de diversas maneiras, porém, as definições que 
interessam à navegação aérea podem ser resumidas em duas expressões: 
hora do dia e intervalo ou fração da hora. 
2. Navegação e Seus Processos 
2.1 Definição 
Etimologicamente a palavra navegação significa "navio que caminha 
orientado", visto originar-se dos vocábulos latinos NAVIS (navio) e AGERE 
(caminhar orientado). Mas com o crescente progresso científico, não só 
navios necessitam navegar orientados, como também carros, aviões e 
 
 
 
 
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foguetes, nascendo assim a necessidade de diferenciação, o que foi feito 
acrescentando-se um adjetivo que modificasse o modo de ser da palavra 
navegação. Então, conforme o ambiente onde acontece a orientação (Mar, 
Terra ou Ar), se tem os tipos de navegação: marítima, terrestre, aérea e 
espacial. 
Como objetivamos o estudo da Navegação Aérea, definiremos como a 
sendo a arte ou ciência que possibilita determinar a posição de uma aeronave 
em voo a qualquer momento, possibilitando dirigi-la de um ponto a outro, 
mantendo a progressão desejada em relação à superfície terrestre. 
2.2 Processos de Navegação 
Para determinar a posição de uma aeronave em voo e manter uma 
progressão desejada, podemos utilizar os seguintes processos de navegação 
aérea: 
2.2.1 Navegação Visual ou por Contato 
 
 
 
 
 
 
Este processo de navegação consiste em observar na superfície 
terrestre, referências visuais identificáveis, como rios, estradas, cidades, 
pontes ou outros pontos quaisquer, característicos do terreno, que possam 
servir de base de orientação, na determinação da posição da aeronave. 
2.2.2 Navegação Estimada 
Neste processo, a posição geográfica da aeronave é determinada 
considerando-se a direção e o tempo voado desde o ponto de partida. Para 
utilização deste processo, há necessidade do conhecimento prévio de alguns 
elementos essenciais tais como: 
a) Coordenadas geográficas dos pontos de partida e destino; 
b) Distância e direção entre os pontos de partida e destino; 
c) Velocidade da aeronave e tempo de voo; 
d) Direção e velocidade do vento. 
Este processo requer o domínio de uma série de conhecimentos 
básicos, que serão vistos oportunamente quando estudarmos 
especificamente a Navegação Estimada, que é o alicerce dos demais 
processos de navegação. 
2.2.3 Navegação Rádio ou Rádio navegação 
Por definição, Rádio navegação é o processo no qual são utilizados 
equipamentos rádio (como NDB, VOR, LORAN, DME, ÔMEGA, e outros) para 
determinar a posição de uma aeronave e orientá-la a um ponto desejado. 
 
 
 
 
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Entende-se que, para utilização de tal processo de navegação, há 
necessidade de equipamentos instalados no solo emitindo sinais que são 
captados pelos equipamentos de bordo e apresentados ao piloto através de 
instrumentos próprios. 
2.2.4 Navegação Inercial e Navegação Doppler 
Tais processos de navegação não necessitam de equipamentos 
instalados no solo, visto que os equipamentos de bordo se utilizam de 
princípios físicos como a Lei da Inércia ou Efeito Doppler para determinar a 
posição da aeronave em relação à superfície terrestre. 
2.2.5 Navegação Astronômica ou Celestial 
 
 
 
 
 
 
 
Astrolábio 
 
 
 
 
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Neste processo, a posição da aeronave em relação à superfície 
terrestre é determinada por meio dos astros. 
 
2.2.6 Navegação por Satélite 
É o processo mais moderno e que mais tem evoluído a partir dos 
meados da década de 1980. Baseia-se nas informações recebidas de 
satélites ao redor da Terra que, comparadas e confrontadas, fornecem 
posição, altitude, velocidade e todas as variáveis relativas à navegação aérea. 
 
 
 
 
 
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3. A Terra e o Sistema de Coordenadas 
 
3.1 Introdução 
Quando apresentamos os processos de navegação, referimo-nos à 
Navegação Visual ou por Contato, porém, como este processo de navegação 
é mais empírico do que científico, então entraremos diretamente no estudo da 
Navegação Estimada. 
Como já foi dito, a Navegação Estimada serve de base aos demais 
processos de navegação, por envolver alguns conhecimentos, tais como: A 
Terra e Sistema de Coordenadas, Estudo do Tempo, Instrumentos de 
Navegação, Escalas e Projeções, Mapas e Cartas, o Vento e seu Efeito. 
3.2 A Terra 
A Terra é um elipsoide de revolução, em que o eixo menor é o de 
rotação. Em consequência disto há um ligeiro achatamento na sua forma, 
dando origem a um diâmetro máximo (6.887,91 NM) e um diâmetro mínimo 
(6.864,57 NM) em que a diferença entre eles é de apenas 23,34 NM. Levando 
em conta as proporções da Terra, tal diferença torna-se insignificante para a 
maioria dos problemas de navegação, o que nos leva a considerá-la, para 
este fim, como uma esfera perfeita. A Terra gira em redor de uma linha 
imaginária a qual denominamos Eixo da Terra. Tal giro é feito 
aproximadamente em 24 horas. 
 
 
 
 
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Os dois pontos onde o eixo da Terra intercepta a superfície do globo 
terrestre chamamos de Polos Verdadeiros ou Geográficos, os quais são 
diferenciados pelas designações Norte ou Sul. 
 
O eixo da Terra apresenta uma inclinação de 23° 27' 30" em relação ao 
plano da órbita que a Terra descreve em torno do Sol. 
 
3.3 Sistema de Coordenadas 
A melhor maneira de determinarmos pontos na superfície de uma esfera 
é traçarmos círculos, cujos planos se cruzem. Se estes círculos estiverem 
referenciados a um suporte qualquer da esfera, teremos a exata posição dos 
pontos quando cruzamos dois círculos. Porém, dois tipos de círculos 
podemos traçar em uma esfera: os Círculos Máximos e os Círculos Mínimos 
ou Menores. 
 
 
 
 
 
 
 
Definiremos “Círculo Máximo” como um círculo delimitado pela 
superfície de uma esfera, cujo centro e raio são os mesmos da esfera. 
Podemos dizer ainda que todo plano que passa pelo CENTRO da esfera 
determina com a superfície desta um círculo máximo, que é o maior círculo 
que se pode traçar em uma esfera. Assim podemos traçar em uma esfera, 
tantos círculos máximos 13 que se queira. Todo plano determinado por um 
círculo máximo divide a esfera em duas partes iguais, chamados Hemisférios. 
 
 
 
 
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O arco de círculo máximo é a distância mais curta entre dois pontosna 
superfície de uma esfera. Todos os demais círculos, delimitados por uma 
esfera, cujos planos não passam pelo centro da mesma, são chamados de 
Círculos Menores ou Mínimos, dividindo a esfera em duas partes desiguais. 
Como já vimos anteriormente, a Terra foi considerada para fins de 
navegação uma esfera perfeita. Sendo assim todos os princípios acima 
referidos poderão ser aplicados à mesma. Dessa forma, estabeleceram-se no 
Globo Terrestre, círculos imaginários, cujos planos são perpendiculares ao 
eixo da Terra, que recebem o nome de Paralelos de Latitude ou, 
simplesmente, Paralelos. 
Paralelos de Latitude 
Todos os paralelos de latitude são círculos menores, com exceção de 
um, cujo plano passa pelo centro da Terra, denominado Equador, que é um 
círculo máximo e está a meia distância entre os polos, dividindo a Terra em 
Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. Assim, o Equador passou a ser o ponto de 
referência para a designação dos paralelos, os quais são determinados 
conforme a distância angular norte ou sul do Equador em direção aos polos. 
 
Mas como o Círculo representativo de um paralelo pode conter infinitos 
pontos equidistantes do Equador, estabeleceu-se também no Globo 
Terrestre, círculos imaginários cujos planos são perpendiculares aos planos 
dos paralelos e contendo o eixo da Terra. Consequentemente, estes círculos 
são máximos e passam pelos polos da Terra, que os dividem ao meio 
formando semicírculos denominados Meridianos de Longitude ou, 
simplesmente, Meridianos. 
 
 
 
 
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Meridianos de Longitude 
 
Como todos os meridianos são iguais, por convenção estabeleceu-se 
que o meridiano que passa por Greenwich, Inglaterra, seria o Meridiano de 
referência para designação dos meridianos, os quais são determinados 
conforme a distância angular, 15 Este (E) ou Oeste (W) de tal meridiano, que 
também é chamado de Primeiro Meridiano ou Meridiano Zero. 
Do exposto, concluímos que podemos determinar um ponto na 
superfície terrestre, simplesmente referendando-o conforme a distância 
angular norte ou sul do Equador e Este ou Oeste do meridiano de Greenwich. 
Definições: 
Meridiano de longitude ou meridianos: 
São semicírculos 
máximos, limitados pelos 
polos, cujos planos que os 
formam contém o eixo 
polar. Para melhor 
entendimento, meridianos 
são todas aquelas linhas 
verticais traçadas no globo 
e são medidas em graus a 
partir do meridiano central. 
 
 Fonte: http://www.professorpaulinho.com 
http://www.professorpaulinho.com/
 
 
 
 
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Meridiano de Greenwich, Zero, de Origem, Primário ou Primeiro 
Meridiano: É o meridiano que passa pelo Laboratório Naval de Greenwich 
(Inglaterra), é a partir dele que são contados os meridianos e dividindo a terra 
em dois hemisférios, Oeste (W) e Leste (E). 
Meridiano 180°: É o meridiano que está oposto a 180° ao Meridiano de 
Greenwich. O círculo máximo formado pelos Meridianos de Greenwich e 180° 
divide a Terra em dois hemisférios, chamados de Oeste (W = West) e Leste 
ou Este (E = Este). 
 
Fonte: http://www.professores.uff.br 
Linha do Equador: É um círculo máximo formado por um plano 
perpendicular ao eixo polar, que divide a Terra em dois hemisférios chamados 
Norte (N = North) e Sul (S = South). 
 
Fonte: http://planetadoalan.blogspot.com 
Paralelos de Latitude ou Paralelos: São os círculos formados por planos 
paralelos ao plano do Equador. Devemos concluir que formaremos infinitos 
paralelos de latitude, sendo que o Equador é o único paralelo que é um círculo 
máximo, todos os outros são círculos menores. 
http://www.professores.uff.br/
http://planetadoalan.blogspot.com/
 
 
 
 
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 Fonte: http://www.ancruzeiros.pt 
 
http://www.ancruzeiros.pt/

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