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Aula 06 AFRFB 2009 ECONOMIA

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CURSO ON-LINE – ECONOMIA P/ RECEITA FEDERAL 
PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI 
www.pontodosconcursos.com.br 
180
Aula 6 de Economia 
AFRFB 
Caros Estudantes, 
O conteúdo inicial a ser abordado nesta aula refere-se ao conceito de taxa de 
câmbio, título este que está sendo bastante abordado nos dias de hoje, 
especialmente devido à crise internacional que assolou e ainda assola as economias 
dos diversos países do globo. Após à abordagem do conteúdo referente as taxas de 
câmbio, tratamos da política cambial do país e as crises ocorridas ao longo dos anos 
de 1990 e início dos anos 2000. 
Adicionado o tópico câmbio, voltamos novamente à abordagem do modelo IS-
LM, passando a adicionar nas variáveis que compõem a IS, as exportações e 
importações de bens e serviços, dependentes diretamente da taxa de câmbio 
vigente na economia. 
Um abraço e bons estudos a todos vocês! 
 Francisco 
 
CURSO ON-LINE – ECONOMIA P/ RECEITA FEDERAL 
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181
Taxa de câmbio e Regimes cambiais 
Quando ouvimos os jornais dizerem o seguinte: 
“o real se desvalorizou perante o dólar, fechando cotado a R$ 2,25!” 
O que podemos entender desta afirmação é que agora, para se comprar uma 
unidade de dólar americano, precisamos de mais reais. Pra que tenha ocorrido uma 
desvalorização do real, conforme o caso acima, é necessário que anteriormente a 
desvalorização fosse preciso menos do que R$ 2,25 para se comprar o mesmo dólar 
(Ex: R$ 2,00). 
O que determina a variação no valor da moeda estrangeira em relação à 
moeda nacional é a oferta e a demanda por dólares. 
A oferta de dólares representa o total de divisas estrangeiras a disposição do 
país. A origem da entrada de dólares é advinda da exportação de mercadorias e 
serviços e dos empréstimos e investimentos estrangeiros aqui desembarcados. A 
característica peculiar do dólar, a de ser a principal moeda de negociação 
internacional, é devida especialmente ao tamanho da economia americana e a 
relativa estabilidade da moeda estrangeira. 
A demanda de divisas é exatamente o caso contrário da oferta. As 
importações de bens e serviços, as viagens internacionais, os empréstimos e 
investimentos realizados no exterior são as motivações para a demanda por moeda 
estrangeira dentro da economia nacional. 
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182
 
A taxa de câmbio de equilíbrio é determinada pelo encontro entre a demanda 
(D) e a oferta (O) de divisas. 
Uma taxa de câmbio maior, por exemplo US$ 1 = R$ 2,50, provoca um 
desequilíbrio, estando a quantidade ofertada maior do que a quantidade 
demandada. Uma taxa de câmbio menor, por exemplo US$ 1 = R$ 2,00, provoca 
outro desequilíbrio, com a quantidade demandada maior do que a quantidade 
ofertada. Em um mercado de taxas de câmbio livres ou flutuantes, a oferta sempre 
se ajusta à demanda e vice-versa. 
A taxa de câmbio até agora trabalhada por nós é a nominal, ou seja, a taxa 
que simplesmente mostra quantos reais nós necessitamos para comprar um dólar 
dentro do país. 
Não obstante, importa-nos saber qual seria a taxa de câmbio real, aquela que 
garante que eu consiga comprar o mesmo produto tanto dentro da economia 
nacional como no exterior. 
 
Taxa de câmbio real 
A taxa de câmbio real mostra a relação entre os preços do bem em duas 
economias distintas, uma nacional e outra estrangeira. Ressalta-se que devemos 
Quantidade de divisas 
Taxa de 
câmbio 
ODIVISAS 
 2,25 
Q*
DDIVISAS 
 2,50 
 2,00 
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183
estar medindo o preço do mesmo bem, porque se assim não for, estaremos 
incorrendo em erro de cálculo. 
Podemos representar a taxa de câmbio real por E, a taxa de câmbio nominal, 
definida por nós anteriormente, por “e”, o preço do bem no país estrangeiro por P* e 
o preço do bem nacional por P, tem-se que: 
E = e.P*/P 
Imaginemos que a taxa de câmbio nominal que equilibra o mercado de divisas 
seja igual a 2,25 reais por dólar e que um determinado bem, por exemplo, soja, 
custe 20 reais no Brasil e 8 dólares nos Estados Unidos. Nesse caso, a taxa de 
câmbio real seria: 
E = 2,25 x 8 / 20 = 0,9 
Veja que a taxa de câmbio real é igual a 0,9, o que implica em dizer que este 
produto é mais barato no exterior do que dentro do país. Caso a taxa de câmbio real 
fosse maior do que 1 (E > 1), o produto no país seria mais barato do que no exterior. 
Em casos onde a taxa de câmbio real (E) é < 1, significa que vale mais a pena 
importar o produto do exterior do que produzi-lo internamente. Já se a taxa de 
câmbio real (E) for > 1, significa que vale mais a pena produzir o produto 
internamente e posteriormente exportá-lo. 
No Brasil o produto custa R$ 20,00 
Nos Estados Unidos o produto o equivalente a 2,25*8 = R$18,00 
Para que existisse igualdade no preço dos produtos no Brasil no Estados 
Unidos seria necessário que a taxa de câmbio nominal (e) = 2,5. 
Vejamos, 
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184
E = e P*/P = 2,5*8/20 = 1 
 
A taxa de câmbio no valor de R$ 2,50 por US$ garante o que chamamos de 
Paridade de Poder de Compra (Purchasing Power Parity - PPP). 
Taxas de câmbio flexível ou flutuante 
São as taxas que variam livremente ao sabor das variações na oferta e na 
demanda de divisas. Exemplos de mudanças nas taxas de câmbio: 
No caso em que tenhamos, por exemplo, a diminuição do imposto de 
importação, ocorre um aumento na demanda por câmbio, dado que agora é mais 
barato comprar produtos no exterior. 
 
 
Uma diminuição na demanda por divisas devido ao aumento do imposto de 
importação, diminui a demanda por câmbio. 
quantidade de divisas 
Taxa de 
câmbio 
ODIVISAS 
Q1
2,50 
Q2 
DDIVISAS2
DDIVISAS 1 
Equilíbrio 
inicial 
Equilíbrio 
Final 
2,25
2,00 
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185
 
 
Imaginemos que ocorra um aumento na oferta de divisas provocada por 
políticas de exportação agressivas e pelo crescimento de investimentos estrangeiros 
no país. Em conseqüência, teremos uma diminuição da taxa de câmbio, conforme 
verificado abaixo. 
 
 
 
Finalmente, imaginemos o caso em que ocorra uma saída de capitais 
estrangeiros do país ou mesmo uma política agressiva no exterior contra a entrada 
quantidade de divisas 
Taxa de 
câmbio 
ODIVISAS 
Q2
2,50 
Q1 
DDIVISAS1
DDIVISAS 2 
Equilíbrio 
final Equilíbrio 
inicial 
2,25
2,00 
quantidade de divisas 
Taxa de 
câmbio 
ODIVISAS 1 
Q1
2,50 
Q2 
DDIVISAS 1 
Equilíbrio 
final 
Equilíbrio 
inicial 
2,25
2,00 
ODIVISAS 2 
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186
de produtos exportados pelo Brasil. Nessa hipótese haverá uma depreciação do 
câmbio, conforme indicado acima. 
 
 
 
A taxa de câmbio e a elasticidade da oferta e da demanda de divisas 
A variação na taxa de câmbio no sentido de apreciação ou depreciação de seu 
valor está diretamente ligada à sensibilidade que a oferta e a demanda de divisas 
possuem em relação aos fatores externos. Conforme dissemos anteriormente, na 
medida em que ocorram aumentos e diminuições de impostos sobre o comércio 
exterior, maiores ou menores serão os impactos sobre o câmbio. 
D1 D2 
O2 
O1 
2 
2,
2,7 
Q1 Q2 Q3 
quantidade de divisas 
Taxa de 
câmbio 
ODIVISAS 2 
Q2
2,50 
Q1 
DDIVISAS 1 
Equilíbrio 
inicial 
Equilíbrio 
final 
2,25
2,00 
ODIVISAS 1 
Taxa de 
câmbio 
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187
Ocorrida um aumento na demanda por moeda, para uma mesma oferta, os 
impactos sobre a depreciação da taxade câmbio atinge diferentes magnitudes em 
função da elasticidade da oferta. 
Taxa de câmbio fixa 
É a taxa fixada pela autoridade monetária, no caso o Banco Central, através 
de lei ou por meio dos instrumentos de política monetária. Para manter a taxa de 
câmbio fixa, o Banco Central deve estar preparado para a necessidade de ofertar ou 
demandar moeda estrangeira. 
O instrumento que é utilizado pela autoridade monetária para manter o 
câmbio constante são as reservas internacionais em moeda estrangeira. Sempre 
que a demanda for maior que a oferta, o Banco Central vende moeda estrangeira ao 
mercado. Caso a oferta seja maior que a demanda, ele compra moeda estrangeira, 
resultando em aumento das reservas internacionais. O raciocínio é o mesmo caso 
ocorra uma diminuição na demanda por divisas e uma diminuição da oferta de 
moeda estrangeira. 
 
 O1 
D1 D2 
Venda de Reservas 
Internacionais para manter o 
câmbio fixo (Q2 – Q1), em função 
do aumento da demanda por 
moeda estrangeira. 
Q1 Q2 
Taxa de 
câmbio 
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188
 
 
 
Política Cambial no Plano Real e as Crises Cambiais 
No início de 1994 foi implantado no país o Plano Real, plano que procurou 
combater a inflação de uma forma inovadora. Uma delas, a chamada ancoragem 
cambial, baseou-se na valorização do real em relação ao dólar, beneficiada pela 
entrada de capitais estrangeiros, que resultou em barateamento das importações e 
em fator de inibição a aumentos de preços de produtos com concorrência 
internacional (bens tradeables). A elevação de preços durante os primeiros anos não 
eram repassados à taxa cambial, pois o Banco Central intervinha no mercado para 
manter a valorização da moeda nacional, em faixas denominadas "bandas 
cambiais", beneficiado pela existência de apreciável volume de reservas 
internacionais. 
Essa mesma política, no entanto, causou apreciáveis déficits na Balança 
Comercial, que eram cobertos pela entrada de capitais, a maior parte de curto prazo. 
Depois de um saldo positivo de US$ 10,5 bilhões em 1994, os saldos foram 
negativos em 1995 (US$ 3,2 bilhões), em 1996 (US$ 5,5 bilhões), em 1997 (US$ 8,4 
bilhões) e em 1998 (US$ 6,4 bilhões). 
O país sofreu duas corridas contra a sua moeda, em setembro de 1997 e 
setembro de 1998, com o governo procurando manter a política de valorização da 
 
O1 
D1
Compra de Reservas 
Internacionais para manter o 
câmbio fixo (Q2 – Q1), em função 
do aumento da oferta por moeda 
estrangeira. 
Q1 Q2 
O2 
Taxa 
de 
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189
moeda nacional. No final do ano as reservas de divisas tinham diminuído 
sensivelmente, apesar da elevação dos juros, e tornando-se imperiosa a ajuda 
externa de capitais, liderada pelo Fundo Monetário Internacional, que exigiu, em 
contrapartida, que o país fizesse um ajuste fiscal rigoroso e a aceleração das 
desvalorizações da moeda. 
No início de 1999, o governo federal ampliou a margem de flutuação do real 
diante do dólar em 10%. A forte demanda por dólares elevou a sua cotação até o 
teto da banda cambial, e o Governo permitiu finalmente a livre flutuação da taxa de 
câmbio. A cotação disparou e chegou a ultrapassar R$ 2 por dólar em março. 
O aumento do dólar pressionou os preços dos produtos que possuíam 
componentes importados e a taxa de juros básica foi fixada em 45%. O reforço das 
reservas, promovido pelo FMI, o controle do déficit público e o anúncio de medidas 
de política econômica devolveram o otimismo à economia, acompanhados da volta 
dos capitais estrangeiros e da taxa de câmbio mantendo-se por volta de R$ 1,80 no 
final de 1999. 
A partir do início do regime de liberdade cambial, a taxa de câmbio tem subido 
de uma forma mais ou menos acelerada, embora com alguns recuos ocasionais. O 
efeito positivo de tal situação é o maior estímulo às exportações e ingresso de 
capitais estrangeiros. Do lado das importações, o seu encarecimento resultou em 
maior estímulo à produção interna de bens similares. Os produtos com baixo poder 
de substituição na produção, como o trigo, o petróleo e máquinas e equipamentos, 
provocaram impulsos de custos que acabaram por contaminar as taxas 
inflacionárias. 
O repasse de da variação do dólar para esses preços só não foi maior em 
função da não aceitação de preços maiores por parte do setor varejista e do próprio 
consumidor. O Banco Central, para evitar maiores pressões sobre a demanda de 
dólares, procura evitar elevações exageradas no câmbio, emitindo títulos públicos 
com correção cambial. 
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190
Em 2002, devido a diversos problemas mundiais, como a recessão nos 
Estados Unidos, a crise na Argentina e a expectativa quanto à eleição de um 
candidato oposicionista ao cargo de presidente da República fizeram aumentar a 
demanda por dólares, cujo valor ultrapassou R$ 3,00 em agosto do mesmo ano. A 
queda nas Reservas Internacionais e a necessidade de manter a confiança dos 
investidores no País fez as autoridades econômicas brasileiras recorrerem a uma 
nova ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional. 
A economia internacional ainda passa por um período turbulento, 
especialmente devido à crise de crédito originada na economia norte-americana. Tal 
crise foi originada no inadimplemento dos contratos de concessão de crédito 
realizados com os mutuários. Devido a isto, os bancos americanos, credores das 
dívidas, têm enfrentado grandes dificuldades, o que promoveu o alastramento da 
crise pelo cenário econômico mundial, dado a capilaridade existente no sistema ao 
longo do mundo. O resultado de tal crise levou a cotação da moeda americana, que 
até o final de agosto encontrava-se em torno de R$ 1,60, a atingir no mês de outubro 
de 2008 o patamar de R$ 2,40. Com a adoção de políticas fiscais responsáveis e o 
adequado controle da política monetária, o Brasil vem tentando superar a passos 
curtos a turbulência internacional, fazendo inclusive com que a sua taxa de câmbio 
esteja novamente abaixo dos R$ 2,00 por dólar. 
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191
Exercícios: 
51 – (Analista de Orçamento Federal/ESAF – 1997) No sistema de câmbio flexível, a 
taxa de câmbio é determinada 
a) pelas autoridades monetárias do país. 
b) pelo preço do ouro. 
c) pela oferta de moeda do país. 
d) pelo câmbio fixo. 
e) pelas forcas de oferta e demanda no mercado. 
52 – (Economista da Petrobras Distribuidora – 1997) Um país, cuja taxa de câmbio 
nominal tenha sofrido uma desvalorização de 180%, tendo os preços internos no 
mesmo período aumentado de 150%, e os preços externos não tenham sofrido 
variação, teve sua taxa real de câmbio: 
a) depreciada em 20% 
b) depreciada em 12% 
c) apreciada em 12% 
d) apreciada em 20% 
e) apreciada em 30% 
53 – (APO/MPOG – ESAF/2008) A atuação econômica do governo na área externa 
pode dar-se por meio da política cambial ou da política comercial. A política cambial 
refere-se a alterações na taxa de câmbio. No que diz respeito à política cambial, 
aponte a única opção falsa. 
a) Regime de taxas fixas de câmbio, onde o Banco Central fixa antecipadamente a 
taxa de câmbio, com a qual o mercado deve operar. 
b) A política adotada, na maioria dos países, é a chamada “flutuação suja”, na qual é 
adotado o regime de bandas cambiais, com o mercado de divisas, determinando a 
taxa de câmbio, mas com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra. 
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192
c) No regime de taxas flexíveis de câmbio, o Banco Central é o principal agente 
nesse mercado, tanto nacompra como na venda de divisas, o que lhe permite, 
praticamente, manter a taxa de câmbio nos níveis em que ele deseja. 
d) Regime de bandas cambiais, onde o Banco Central fixa limites superior e inferior, 
dentro dos quais a taxa de câmbio pode flutuar. 
e) Regime de taxas flutuantes, onde a taxa de câmbio é determinada pelo mercado, 
pela oferta e pela demanda de moeda estrangeira. 
54 – (Economista/ANA – ESAF/2009) Considerando a taxa de câmbio como sendo o 
preço, em Reais, de uma unidade de moeda estrangeira, e supondo uma economia 
aberta e inserida no sistema financeiro internacional e que adote um regime de 
câmbio flutuante, é correto afirmar que: 
a) um aumento na taxa de câmbio nominal implica necessariamente em um aumento 
na taxa real de 
câmbio. 
b) considerando a taxa de câmbio como sendo o preço, em reais de um dólar, uma 
elevação nessa taxa significa uma valorização do real em relação ao dólar. 
c) é possível que o real se valorize em relação ao dólar e se desvalorize em relação 
ao euro. 
d) tudo mais constante, a compra, no mercado interno, de dólares por parte do 
Banco Central tende a valorizar o real em relação ao dólar. 
e) considerando válida a condição de paridade de juros, a taxa de câmbio não sofre 
influência da taxa de juros interna. 
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193
Gabarito Comentado: 
Questão 51: letra “e” 
Trata-se da própria definição de taxas de câmbio flexíveis. 
Questão 52: letra “b” 
Imagine inicialmente que a taxa de câmbio nominal E = 1, o nível de preços 
internacional é igual a 1 e o nível de preços interno é igual a 1. 
Uma desvalorização de 180% na taxa de câmbio nominal faz com que agora seja 
necessário R$ 2,80 para cada dólar. Da mesma forma, um aumento de 150% nos 
preços internos faz com que estes pulem de R$ 1 para R$ 2,50. Dessa maneira, 
temos que a taxa real de câmbio será: 
Einicial = E.P*/P = 1.1/1 = 1 
Efinal = 2,8.1/2,5 = 1,12 
Pela taxa de câmbio real, você necessita agora de R$ 1,12 para cada dólar, o que 
demonstra uma depreciação de 12%. 
Questão 53: letra “b” 
Na flutuação suja de fato existe uma forte atuação do Banco Central, comprando e 
vendendo moeda estrangeira, sem no entanto determinar a taxa de câmbio (câmbio 
fixo) nem tão quanto determinando banda cambial (inferior e superior), conforme 
apontado na assertiva “b”. 
 
Questão 54: letra “c” 
Vamos à análise de cada alternativa: 
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194
a – Um aumento da taxa de câmbio nominal pode não significar necessariamente 
um aumento da taxa de câmbio real, uma vez que a relação dos níveis de preços 
dos bens internos e externas, podem modificar o resultado do aumento da taxa de 
câmbio nominal. 
Incorreta 
b – uma elevação da taxa significa que são necessários agora mais unidades de 
reais para se comprar a mesma quantidade da moeda americana, o que segnifica 
uma desvalorização do real em relação ao dólar. 
Incorreta 
c – A relação entre as moedas é sempre de dependência, de tal modo que quando 
no mercado o real se valoriza em relação ao dólar, ele tende a se valorizar em 
relação ao euro. Ocorre no entanto que isto pode não ocorrer. Basta apenas que o 
euro seja utilizado pelos demandantes da moeda como forma de se proteger de uma 
um ataque especulativo contra o dólar. Nesta situação o real deve se valorizar em 
relação ao dólar, se desvalorizando no entanto quanto ao euro. 
Correta 
d – a compra no mercado de dólares provoca uma demanda por moeda estrangeira 
maior do que a sua oferta. Como o Banco Central troca reais por dólar, a tendência 
que este tenha que ofertar cada vez mais reais por dólar, tendendo a desvalorizar 
ainda mais a moeda nacional. 
Incorreta 
e – A chamada paridade de juros parte do pressuposto de que não há diferenças do 
investidor estrangeiro ou brasileiro investir em reais na economia nacional versus 
investir em dólares na economia americana. De todo modo, toda vez que ocorre um 
aumento das taxas de juros internas, este aumento tende a levar ao aumento de 
capital estrangeiro no país, provocando uma apreciação, ao ganho de valor da 
moeda nacional (real) em relação ao dólar, uma vez que este último está entrando 
em grande quantidade. 
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195
As Políticas Monetária e Fiscal em uma Economia Aberta 
No estudo do modelo IS-LM definimos os conceitos da curva IS, que 
representa o mercado de bens e serviços, e da curva LM, representativa do mercado 
monetário. 
Através da interação entre as políticas monetária e fiscal, procuramos 
analisar os impactos gerados por estas sobre os níveis de renda e taxa de juros. 
Os resultados obtidos baseavam-se no pressuposto de que a economia do 
país era fechada, ou seja, sem levar em consideração os impactos das políticas 
econômicas sobre o balanço de pagamentos. 
A partir de agora, introduziremos a chamada política cambial, uma vez que a 
economia do país realiza transações de compra e venda de bens e serviços com o 
exterior. 
O estudo da macroeconomia aberta está baseado no modelo Mundell-
Fleming, que compara os impactos das políticas fiscal e monetária sobre o resultado 
economia, considerando para isto o regime cambial adotado. 
Para que a análise do modelo Mundell-Fleming seja fundamentada, é 
importante que façamos algumas ressalvas quanto às curvas IS e LM. 
Em relação à curva representativa do mercado de bens (IS), relembramos 
que essa é estruturada por cinco componentes, quais sejam o consumo agregado 
(C), o investimento agregado (I), os gastos do governo (G), as exportações (X) e as 
importações (M). 
IS = C + I + G + (X – M) 
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196
Esta consideração é feita devido ao fato de a curva IS passar agora a 
relacionar a taxa de câmbio, variável que atua diretamente no resultado do balanço 
de pagamentos (X – M). 
Conforme verificamos em aula anterior, na ocorrência de uma valorização ou 
apreciação da taxa de câmbio, ou seja, na necessidade de menos unidades de 
moeda nacional para comprarmos uma unidade de moeda estrangeira, as 
importações de bens e serviços serão estimuladas. De forma inversa, caso ocorra 
uma desvalorização ou depreciação da moeda nacional frente à moeda estrangeira, 
o resultado é um estimulo as exportações do país. 
Com o aumento das importações, teremos a saída de recursos do país para o 
exterior, impactando negativamente a renda da economia. Já quando ocorrer o 
aumento das exportações, teremos a entrada adicional de renda na economia. 
Uma conceituação adicional é a de que existe uma relação direta entre a taxa 
de juros e o volume de capitais externos ingressantes. Em situações em que a taxa 
de juros encontra-se alta, maior é o fluxo de capitais destinados ao país. É como se 
estivéssemos pensando em uma poupança, que, diante de um aumento dos juros, 
ocorre um incremento nos saldos dos recursos aplicados. 
Sobre o impacto do aumento dos juros nos fluxos de capitais estrangeiros, 
leva-se em consideração o grau de aberta da economia, ou seja, se a legislação do 
país é rígida quanto à mobilidade desses capitais (entrar é fácil, e sair?). Essa 
interpretação se traduz em dizer se o país possui uma alta mobilidade de capital 
(inexistência de amarras a entrada e saída de capitais estrangeiros) ou baixa 
mobilidade de capitais estrangeiros (dificuldade de saída dos capitais). 
O grau de mobilidade dos capitais é importante pois é através desta 
característica que saberemos como o resultado das variações nos juros 
remuneratórios impactam a taxa de câmbio. 
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Destacamos ainda que a análise do modelo Mundell-Fleming se dará para o 
caso de uma pequena economia, como o Brasil, quando comparado como resto do 
mundo. 
De volta à análise do modelo IS-LM para uma economia aberta, podemos 
dizer que os resultados das políticas monetária e fiscal são analisados segundo dois 
regimes cambiais: câmbio fixo e câmbio flutuante ou flexível. 
Política monetária expansionista em um regime de cambio fixo 
 
Com o aumento da oferta de moeda a renda desloca-se para Y2. O aumento 
da renda no país leva ao estimula das importações. Nesse exemplo, como não há 
razão para supor que as exportações tenham-se alterado, o saldo do balanço de 
pagamentos (balanço comercial) certamente piora. 
A segunda conseqüência refere-se à queda dos juros, que acaba por 
provocar uma saída de capitais. Como a economia opera em um regime de câmbio 
fixo, a saída de capitais opera a redução do crédito interno, uma vez que para cada 
moeda estrangeira que sai da economia, torna-se necessário diminuir uma unidade 
de moeda nacional. 
Diante deste fato, toda a expansão monetária realizada pelo Banco Central é 
ineficaz, dado que ocorre uma saída de divisas gerada pela redução dos juros. 
Y (Produção = Q) 
 i 
LM1 
i1 
Y1 
IS 
LM2 
I2 
Y2 
Com o aumento da oferta de moeda a LM se 
desloca para a direita fazendo com que ocorra 
um aumento na produção da economia (mais 
pessoas compram). Mas o que aconteceria 
com setor externo diante de uma queda nos 
juros devido à expansão monetária? 
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Necessitando manter a paridade entre a moeda estrangeira e a moeda nacional, o 
Banco Central vende câmbio reduzindo a oferta de moeda na economia. (No gráfico, 
a renda volta de Y2 para Y1). 
Pelo exposto, concluímos que a política monetária é ineficaz no objetivo 
de elevar a renda da economia diante de um regime de câmbio fixo. 
Política fiscal expansionista (aumento dos gastos do governo ou 
diminuição dos impostos) para uma economia com regime de câmbio fixo e 
baixa mobilidade de capital 
 
Considerando que o aumento de gastos resultou em um impacto positivo 
sobre a renda, necessitamos saber qual o impacto provocado no balanço de 
pagamentos. 
O aumento da riqueza do país estimula o aumento das importações. Como a 
economia encontra-se em um regime de câmbio fixo, não há que se falar em 
estimulo as exportações. Em resultado a política fiscal, ocorre um déficit no balanço 
comercial e, por conseqüência, nas transações correntes. 
Conforme verificamos no modelo IS-LM, a política fiscal leva ao aumento dos 
juros na economia, o que acabará por atrair do exterior os capitais necessários ao 
fechamento do balanço de pagamentos. 
Y (Produção = Q)
 i 
LM1 
i1 
 Y1 
IS1 
IS2 
I2 
Y2 
Um aumento dos gastos do governo desloca a 
curva IS para a direita, através do efeito 
multiplicador, aumentando o produto da 
economia de Y1 para Y2. Qual seria o 
resultado sobre o balanço de pagamentos? 
LM2 
Y3 
I3 
BP 
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O resultado do aumento de juros sobre a conta financeira leva em 
consideração a baixa mobilidade de capital, o que poderá fazer com que a saída de 
divisas provenientes das importações seja muito maior que a entrada de capitais. 
Por este resultado ocorre uma redução do crédito interno e uma minimização dos 
impactos positivos sobre a renda, provocados pelo aumento dos gastos 
governamentais. 
Política fiscal e câmbio fixo num ambiente de alta mobilidade de capital 
 
 
Num ambiente de alta mobilidade de capital, a eficácia da política fiscal 
também se verifica, mas os mecanismos de ajuste são um pouco diferentes. Com a 
política expansionista, o resultado direto é a expansão da renda agregada. A grande 
diferença em relação a uma economia com baixa mobilidade de capital está no 
impacto que tal política terá sobre o balanço de pagamentos. Sabemos que a 
política fiscal acaba por elevar a taxa de juros de mercado, o que, por conseqüência, 
leva a entrada de capitais na economia. 
Nas economias em que o fluxo de capital é excessivamente controlado, 
somente grandes aumentos nos juros estimulam a entrada de capitais, o que, em um 
regime de câmbio fixo, acaba por estimular o aumento da oferta de moeda no país e 
o conseqüente crescimento da renda. No gráfico acima, esta diferença (baixa 
mobilidade de capital X alta mobilidade de capital) está representada pela inclinação 
Y (Produção = Q)
 i 
LM2 
i1 
 Y1 
IS1 
IS2 
I2 
Y3 
Com grande mobilidade de capital, os 
impactos sobre a entrada de divisas são 
maiores do que a saída de divisas 
provenientes das importações, o que gerará 
um resultado positivo sobre o aumento da 
renda do país, uma vez que existe maior 
disponibilidade de crédito estimulador do 
consumo.
LM1 
Y2 
I3 
BP 
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200
da curva BP, que, conforme já estudado por nós, representa as elasticidades de 
oferta e de demanda da moeda estrangeira. 
É importante ressaltar que a política fiscal em um regime de câmbio fixo é um 
instrumento eficaz! A entrada líquida de divisas aumenta a oferta de moeda, a LM se 
desloca para a direita até o ponto onde os mercados de bens, o monetário e o 
cambial estão em equilíbrio. 
Resumo: 
Em um regime de taxas FIXAS de câmbio, somente a POLÍTICA FISCAL gera 
impactos sobre o crescimento da renda (Y). A magnitude desse crescimento é 
dependente da mobilidade que os capitais estrangeiros possuem na sua estadia 
(entrada e saída) do país. 
Política monetária expansionista em uma economia com regime de 
câmbio flutuante (flexível) 
Quando a taxa de câmbio é determinada exclusivamente pelo mercado de 
divisas, sem interferência das autoridades monetárias, temos um regime de taxas 
flutuantes de câmbio. Nesse caso, a variável câmbio é determinada pelo mercado, 
no processo de oferta e demanda de divisas. 
Essa mesma oferta, conforme vimos, advém da entrada e saída de divisas do 
país. 
Vejamos agora o caso do governo querer estimular o emprego e a renda no 
país via aumento da oferta de moeda. Sabemos que o impacto deverá se dar no 
nível de atividade econômica, mas de que forma este estímulo impactará o 
mercados de bens, o monetário e o cambial. 
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201
 
 
O aumento do crédito doméstico desloca a LM1 para LM2, elevando o nível 
renda para Y1. Devido ao aumento da oferta de moeda (crédito), as taxas de juros 
diminuem, provocando uma saída dos capitais do país. Em um segundo momento, 
com a saída de divisas provocada pela queda nos juros, como pelo aumento das 
importações, a taxa de câmbio deprecia-se, dando origem ao estímulo exportador. 
Com o aumento das exportações, a curva IS desloca-se para a direita (lembrem-se 
da fórmula da curva IS!), elevando o nível de renda da economia para Y3. 
Assim, podemos verificar que a adoção de uma política monetária 
expansionista sobre o regime de câmbio flutuante é extremamente eficaz. 
Política fiscal expansionista (aumento dos gastos ou diminuição dos 
impostos) em uma economia com regime de câmbio flutuante (flexível) 
O que aconteceria se o governo resolvesse aumentar seus gastos como meio 
de reduzir o desemprego? 
 
Y (Produção = Q)
 i 
LM2 
i1 
Y2 
IS1 
IS2 
I2 
Y3 
LM1 
Y1 
Y (Produção = Q) 
 i 
LM1 
i1 
Y1 
IS1 
IS2 
I2
Y2 
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202
Um aumento nos gastos do governo desloca a curva IS (mercado de bens) 
para um nível maior de renda. Com a nova intersecção do mercado monetário, as 
taxas de juros domésticas ficam maisaltas que as internacionais (lembre-se que os 
juros sobem porque a oferta de moeda da economia (LM) não foi alterada). O 
aumento dos juros promove uma entrada de capitais atraídos pela alta rentabilidade. 
O resultado da entrada de divisas é uma apreciação do câmbio, 
desestimulando as exportações e estimulado as importações. 
Com o desestímulo às transações correntes, ocorre um retorno da curva IS ao 
seu patamar anterior à política fiscal expansionista. 
Verifica-se que ocorrem vazamentos de renda do país para o exterior, 
promovidos pelo aumento das importações e a diminuição das exportações devido à 
apreciação cambial. 
Conclui-se assim que a adoção de uma POLITICA FISCAL em um regime de 
câmbio flutuante é ineficaz no intuito de geração do crescimento da renda no país. 
Resumo: 
Em um regime de câmbio de taxas flutuantes, somente a POLÍTICA 
MONETÁRIA gera impactos sobre o crescimento da renda (Y). 
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203
Exercícios: 
55 – (AFRF/SRF – ESAF/2000) Considere o modelo IS/LM com as seguintes 
hipóteses: I) economia pequena e aberta; II) livre mobilidade capitais; III) taxa 
de câmbio nominal igual à taxa de câmbio real. Suponha que a autoridade 
econômica disponha de dois tradicionais instrumentos de política econômica. 
Pode-se então afirmar que 
a) os impactos de um e outro instrumento sobre a renda agregada dependem do 
regime cambial adotado no modelo. 
b) ambos os instrumentos exercem impactos sobre a renda, independentemente 
do regime cambial adotado, já que as taxas de câmbio real e nominal são 
iguais. 
c) independentemente do regime cambial, a política monetária é a única capaz 
de exercer influência sobre o produto, já que se verifica uma situação de total 
estabilidade nos preços internos. 
d) se o regime for de câmbio fixo, tanto a política monetária quanto a política 
fiscal exercem influência sobre a renda agregada, já que as taxas de câmbio 
real e nominal são iguais. 
e) independentemente do regime cambial, a política fiscal é a única capaz de 
exercer influência sobre o produto, já que, no modelo, está implícita a hipótese 
de que a taxa de inflação é zero. 
56 – (ACE/TCU – ESAF/2000) Supondo que haja livre mobilidade de capital, os 
efeitos de uma política monetária expansionista em um país sobre o nível de 
renda desse país será 
a) nenhum, se houver um regime de câmbio flexível. 
b)nenhum, se houver um regime de câmbio fixo. 
c) positivo, só se houver um regime de câmbio fixo. 
d) positivo, não importando qual regime cambial seja adotado. 
e) negativo, se houver um regime de câmbio flexível. 
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57 – (AFC/STN – ESAF/2000) o modelo “Mundell-Fleming” representa o modelo 
IS/LM aplicado a uma pequena economia aberta. Tal modelo considera o nível 
de preços fixo e analisa as causas das flutuações da renda e da taxa de câmbio. 
Com base nesse modelo, e supondo livre mobilidade de capital, é correto 
afirmar que 
a) a política fiscal é a mais adequada para estabilizar a renda, 
independentemente de o regime ser de taxas fixas ou flexíveis. 
b) quando as taxas são flutuantes, a política monetária não exerce qualquer 
influência sobre a renda agregada. 
c) quando as taxas de câmbio são fixas, a política fiscal não exerce não exerce 
qualquer influência sobre a renda agregada. 
d) quando as taxas de câmbio são fixas, a política monetária é a única capaz de 
influenciar a renda agregada. 
e) quando as taxas de câmbio são flutuantes, a política fiscal não exerce 
qualquer influência sobre a renda agregada. 
58 – (APO/MPOG – ESAF/2002) Supondo que o denominado modelo 
keynesiano generalizado e considerando como hipótese uma economia aberta e 
pequena num mundo com livre e perfeita mobilidade de capital, é correto afirmar 
que 
a) sob um regime de taxas de câmbio flutuante, somente a política fiscal é 
eficiente no que diz respeito aos seus efeitos sobre o produto. 
b) sob um regime de taxas de câmbio fixas, a política fiscal é mais eficiente do 
que a política monetária no que diz respeito aos seus efeitos sobre o produto. 
c) independentemente do regime cambial, a política fiscal é mais eficiente do 
que a política monetária no que diz respeito aos seus efeitos sobre o produto. 
d) independentemente do regime cambial, não há como utilizar a política 
monetária num mundo de livre mobilidade de capital. 
e) independentemente do regime cambial, a política monetária só terá efeitos 
sobre a inflação. 
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205
59 – (AFRF/SRF – ESAF/2002) Considere o modelo a seguir, também 
conhecido como modelo IS/LM para uma pequena economia aberta com livre 
mobilidade de capital: Y = C (Y – T) + I(r) + G + NX (e); M/P = L(r, Y); Lr < 0 e 
Ly > 0; r = r*, onde Y = produto; (Y – T) = renda disponível; C = consumo; I = 
investimento; G = gastos do governo; NX = exportações líquidas; e = taxa de 
câmbio; r = taxa de juros; M/P = oferta de saldo monetários reais; L (r, Y) = 
demanda de saldo monetários reais em relação à taxa de juros; Ly = derivada 
parcial da função demanda de saldos monetários reais em relação a renda; r* = 
taxa de juros mundial. Com base nesse modelo, é incorreto afirmar que 
a) o modelo é compatível com a hipótese de perfeita mobilidade de capital. 
b) um aumento dos gastos do governo não exerce influência sobre a renda 
agregada quando as taxas de câmbio são flutuantes. 
c) os efeitos tanto da política monetária como da fiscal dependem do regime 
cambial adotado. 
d) no modelo a curva LM é positivamente inclinada. 
e) uma expansão monetária exerce influência sobre a renda, se a economia 
trabalha com um regime de taxas de câmbio fixas. 
60 – (Fiscal de Rendas/ Séc. Fazenda – FGV/2007) Considere uma economia 
aberta, com câmbio flutuante e sob perfeita mobilidade de capitais. Qual é o 
impacto de uma política fiscal expansionista sobre a taxa de câmbio e o nível de 
produção? 
a) A taxa de câmbio se aprecia, e o nível de produção aumenta. 
b) A taxa de câmbio se aprecia, e o nível de produção permanece inalterado. 
c) A taxa de câmbio se deprecia, e o nível de produção permanece inalterado. 
d) A taxa de câmbio se deprecia, e o nível de produção diminui. 
e) A taxa de câmbio permanece inalterada, e o nível de produção aumenta. 
61 – (Economista /Enap – Esaf/2006) Um sistema de câmbio fixo num regime de 
livre e perfeita mobilidade de capitais é incompatível com 
a) um aumento na taxa de câmbio real. 
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b) uma política fiscal expansionista. 
c) uma política monetária contracionista. 
d) uma queda na taxa de câmbio real. 
e) um aumento da inflação. 
62 – (Economista/Enap – Esaf/2006) Considere a seguinte sentença: 
“Num regime de taxas de câmbio flutuantes e com livre e perfeita mobilidade de 
capitais, a política monetária exerce influência sobre a taxa de câmbio. Por 
exemplo”, um aumento da base monetária, ao ________ a taxa de juros, tende 
a provocar ________ de moeda estrangeira do país, resultando numa 
____________ da moeda ___________.” 
Completam corretamente este texto, respectivamente, 
a) aumentar / saída / desvalorização / estrangeira 
b) reduzir / entrada / desvalorização / nacional 
c) reduzir / saída / valorização / nacional 
d) reduzir / saída / desvalorização / nacional 
e) aumentar / entrada / desvalorização / estrangeira 
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Gabarito Comentado: 
Questão 55: letra “a” 
Conforme verificamos, diante de um regime de taxa de câmbio fixa somente a 
política fiscal é eficiente no sentido de estimular o crescimentodo produto ou 
renda. J á no regime de câmbio flexível ou flutuante, apenas a política 
monetária é eficiente no sentido de estimular o crescimento do produto. 
Questão 56: letra “b” 
A resposta se baseia na própria explanação da questão 55. 
Questão 57: letra “e” 
Idem a explicação da questão 55. 
Questão 58: letra “b” 
Idem a explicação da questão 55. 
Questão 59: letra “e” 
Idem a explicação da questão 55. 
Questão 60: letra “b” 
Diante de uma política fiscal expansionista num regime de câmbio flexível, 
ocorre um deslocamento da IS para cima e para a direita, aumentado 
inicialmente o PIB e as taxas de juros. Com o aumento dos juros ocorre um 
grande fluxo de entrada de capitais, o que tende a apreciar a taxa de câmbio. 
Essa apreciação tende a deteriorar o balança de bens e de serviços não fatores 
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uma vez que estimula as importações e desestimula as exportações. O 
resultado é a diminuição do PIB, retornando este ao seu nível inicial. 
Questão 61: letra “c” 
Idem a explicação da questão 55. 
Questão 62: letra “d” 
É o próprio desenvolvimento do impacto da política monetária diante de um 
regime de taxa de câmbio flutuante. Em complemento a desvalorização da 
moeda, ocorre um estímulo às exportações e desestímulo as importações, 
provocando um aumento do PIB.

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