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Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias BIOLOGIA INTEGRATIVA ATIVIDADE ANTITUMORAL E ANTI-INFLAMATÓRIA DA VITAMINA D Fontes de vitamina D: alimentação (vitamina D3 vem de animais, vitamina D2 vem de plantas) ou pela conversão de 7-dehidrocolesterol, que funciona como precursor de colesterol na pele e é convertido fotoquimicamente em vitamina D3 na pele, sendo pró vitamina D3. O 7-dehidrocolesterol (pró-vitamina D), por meio da exposição ao sol, se transforma em colecalciferol na pele, um pré vitamina D. Esse colecalciferol é transportado ao fígado, onde sofre ação de uma hidroxilase (25-hidroxilase), que coloca uma hidroxila (OH) na molécula para que ela possa interagir de maneira adequada com os receptores. Essa molécula com hidroxila vai para os rins e sofre ação de outra hidroxilase, que adiciona outra hidroxila na molécula, formando 1,25(OH)2D3-forma ativa da vitamina D (calcitriol), estimulando a absorção de cálcio pelo organismo. Quando essa molécula chega ao rim ela pode se transformar na forma ativa ou na forma inativa desse hormônio. CALCITRIOL (vitamina D na forma ativa) Ação antitumoral: 1) O calcitriol é a forma ativa da vitamina D e pode inibir a enzima (COX-2) que induz a propagação da atividade tumoral. A enzima COX-2 (ciclo oxigenase 2) é uma prostaglandina responsável pela inflamação que induz a PGE2 que se comunica com os receptores PG das células e induz a proliferação celular, metástase (crescimento e espalhamento do câncer) e a angiogênese (formação de vasos sanguíneos para continuar aumentando o tumor, já que esses vasos nutrem as células tumorais). O VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular) é uma proteína sinalizadora envolvida na angiogênese; a presença dessa proteína no adulto significa formação de novos vasos para alimentar o tumor. Anticorpo que mata essa proteína=estratégia antitumoral. 2) O calcitriol estimula a enzima 15-PGDH, que aumenta a degradação de prostaglandinas (PG). 3) O calcitriol inibe os receptores de prostaglandina. 4) O calcitriol inibe a enzima aromatase (enzima que converte a testosterona em estrogênio), que em níveis altos aumenta o risco de certos tipos de câncer, como câncer de próstata e de mama. Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias 5) O calcitriol inibe o receptor de estrogênio (quando os hormônios se ligam nesses receptores, alimentam o crescimento do câncer). -Vitamina D3 dura mais tempo no organismo do que a vitamina D2 (plantas) -A vitamina D3 natural dura mais tempo no organismo do que a sintética -Relação entre vitamina D e depressão Ação anti-inflamatória: O calcitriol suprime o fator NF-Kb (transcreve genes inflamatórios) Se esse gene é ativado ele vai para o núcleo da célula e estimula o processo de citocinas pró-inflamatórias. A alta taxa de secreção dessas citocinas pró-inflamatórias e de PGE2 (tipo de prostaglandina) contribuem para a inflamação sistêmica. *No processo de inflamação crônica (como em pacientes com câncer) o fator NF-Kb está super estimulado, atuando na inflamação do tecido adiposo. Importante: 1 Entender como a vitamina D pode ser produzida; 2 Entender o porquê do papel antitumoral; 3 Entender como ocorre a atividade anti-inflamatória da vitamina D; ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA MELATONINA A glândula pineal é um importante sítio de produção de melatonina durante o período noturno (por isso a importância do ciclo circadiano bem regulado), além do intestino e da microbiota. Os níveis de serotonina na glândula pineal são elevados durante o dia e caem no início da noite, que é quando esse hormônio é convertido em melatonina. Conversão de serotonina em melatonina: na glândula pineal, a serotonina se junta com a enzima N-acetil-transferase que converte a serotonina em N-acetilserotonina e a 5- hidroxi-indol-O-metil-transferase, formando a N-acetil-5-metoxitriptamina (melatonina). As mitocôndrias possuem receptores de melatonina e são os maiores produtores de reativos de oxigênio celular. Os reativos de oxigênio afetam lipídios, proteínas e DNA (causa destruição/morte/envelhecimento). Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias -A melatonina protege proteínas, lipídios e DNA de danos oxidativos, neutraliza reativos de oxigênio, aumenta a atividade enzimática antioxidante e neutraliza metais em transição (induzem a produção de reativos de oxigênio). A melatonina natural é mais hábil que a sintética na realização desses processos. Funções da melatonina como antioxidante: eliminação de radicais livres, estimulação de enzimas antioxidantes, aumento na eficiência da fosforilação oxidativa (conversão de energia em ATP) e redução da perda de elétrons (isso reduz a produção de radicais livres). MELATONINA E ESTRESSE OXIDATIVO A melatonina tem papel importante na redução do estresse oxidativo*, um dos principais fatores para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. A formação e liberação de radicais livres junto do baixo potencial oxidativo são as principais razões para o desenvolvimento do estresse oxidativo. A melatonina além de sequestrar radicais livres também aumenta o potencial antioxidativo da célula, aumentando a expressão de ezimas antioxidativas. Como a melatonina reduz o estresse oxidativo, que é causa de doenças neurodegenerativas, isso explica a maior incidência dessas doenças em idosos (que possuem menos melatonina por conta da calcificação da glândula pineal). *Estresse oxidativo=desequilíbrio entre os mecanismos pró e antioxidantes. -A serotonina estimula a produção e a secreção de melatonina -Disbiose (desequilíbrio de bactérias na microbiota intestinal)= não produz melatonina -A maior produção de melatonina é na infância, diminuindo durante a vida e tendo menor quantidade na senilidade, por conta da calcificação da glândula pineal. -A produção de melatonina é suprimida pela interrupção do escuro pela luz artificial. -Relação entre déficit de melatonina e distúrbios metabólicos (resistência à insulina, intolerância à glicose, distúrbios na secreção de insulina, obesidade). -Relação entre alteração do ciclo circadiano e obesidade. -Melatonina regula a secreção hormonal de insulina, glucagon e cortisol. -Estresse oxidativo e disfunção mitocondrial são causas de doenças neurodegenerativas. Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias COMO O ESTRESSE AFETA A BIOLOGIA DAS CÉLULAS O estresse aumenta o nível de cortisol e de reativos de oxigênio. Esses reativos atuam na oxidação de lipídios, proteínas e do DNA (causando envelhecimento celular e sendo causa de doenças) associado à inflamação provocada pelo aumento do fator NF-Kb, resultando na diminuição dos telômeros (extremidades dos cromossomos). Em cada etapa da divisão celular, a região dos telômeros fica mais curta, e o envelhecimento acelera esse relógio biológico. O tamanho dos telômeros se relaciona inversamente com o envelhecimento cronológico. EFEITOS DO CAMPO ELETRÔNICO NA DEFESA ANTIOXIDANTE DE NEURÔNIOS -Aumento dos reativos de oxigênio (degradam proteínas, lipídios e DNA) e degradação neuronal. -Risco aumentado para o aparecimento de doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e esclerose amiotrófica lateral. ATIVIDADE MITOCONDRIAL NA ATIVIDADE FÍSICA E NO SEDENTARISMO A atividade física estimula a biogênese mitocondrial, como um processo adaptativo do corpo ao exercício com o aumento do número de mitocôndrias, para aumentar a eficiência de produção de energia para os músculos. Durante o exercício físico, o corpo produz PGC-1alfa, responsável por ativar genes que participam do metabolismo energético, biogênese mitocondrial, energia celular. O aumento da PGC-1alfa aumenta a produção das proteínas NUGEMPS, que são fragmentos da cadeia transportadora de elétrons, responsáveis por codificar proteínas mitocondriais. O sedentarismo estimulamitofagia (destruição das mitocôndrias). NOCICEPTORES Estímulo nociceptivo=estímulo capaz de ativar vias específicas de dor. Receptores de danos. São neurônios presentes em todo o corpo que enviam sinais causando a percepção da dor. Opioides são medicamentos que atuam nesses receptores de danos no sistema nervoso central, aumentando a tolerância à dor (analgésicos - dipirona, paracetamol, etc). Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias SONO A privação do sono pode: -Dificultar a regulação da inflamação; -Aumenta a produção de reativos de oxigênio; -Aumenta a produção de citocinas pró-inflamatórias; -Induz o aumento de cortisol; -Aumenta a pré disposição a diabetes. Seite 26 Seite 27 Seite 28 Seite 29 Seite 30
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