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1 
 
Projetos Pedagógicos 
 
Ma. Maria Ângela Paié Rodella Innocente 
http://lattes.cnpq.br/8189933030125592 
 
O texto enfoca a autonomia da escola e o projeto político-pedagógico, as 
formas de organização da prática pedagógica, interdisciplinaridade, 
metodologias de ensino e avaliação. 
O projeto político-pedagógico (PPP) norteia a ação educativa da escola, 
por isso exige uma construção coletiva e aponta uma visão de futuro, de que 
escola queremos, pois, o termo projeto significa lançar para frente, indica 
plano, intento, desígnio (VEIGA, 2000). 
Para entender o caráter político e o pedagógico devemos considerar a 
função social da escola, que pode ter um caráter excludente, ou emancipatório. 
O PPP deve atender aos anseios da comunidade escolar, envolvendo-a e aos 
profissionais da educação que atuam na escola, em sua elaboração. O 
compromisso do PPP com os interesses coletivos da escola lhe confere o 
caráter pedagógico e político, como dimensões indissociáveis. Deve-se 
indagar, problematizar quais as condições em que ocorre a atividade 
pedagógica e qual a finalidade da escola. Assim, o PPP pode ter caráter 
regulador ou emancipador. Segundo VEIGA (2003). 
 
Enquanto as inovações do tipo emancipatório têm sua 
origem e destino nas necessidades do coletivo da escola, 
as inovações regulatórias decorrem de prescrições, de 
recomendações externas à escola; tendem a ser 
burocratizadas, não sendo resultado de processos 
participativos e partilhados pela comunidade escolar. 
 
A autora indica como princípios para a escola pública democrática as 
condições de acesso, permanência e qualidade social, gestão democrática, 
autonomia e valorização do magistério (VEIGA, 2000). O trabalho pedagógico 
pode ser organizado de diversos meios, dentre eles os projetos, os módulos 
didáticos e as sequências didáticas. 
http://lattes.cnpq.br/8189933030125592
 
2 
 
Os projetos de trabalho são uma forma de organizar o trabalho da 
escola, numa concepção de aproximação do conhecimento com a identidade e 
as experiências dos alunos, vinculando-os ao contexto social e cultural e aos 
problemas que dele emergem, ultrapassando os limites das áreas e 
conhecimentos curriculares, com o desenvolvimento de atividades práticas e 
estratégias de pesquisa. Permite o desenvolvimento pelos alunos de uma 
atitude ativa e reflexiva, mostrando o significado do conhecimento para a vida e 
para a leitura de mundo. A Pedagogia de Projetos não é um método, pois não 
há um percurso definido, ele é construído durante o processo de 
aprendizagem. Requer mudanças na concepção de organização do currículo, 
de ensino e aprendizagem e na postura do professor. O aluno passa a ser 
sujeito do processo e o professor, pesquisador (HERNANDEZ, 1998). 
Outra maneira de organizar o trabalho pedagógico são os módulos 
didáticos. Definem-se como “materiais que servem de apoio para os 
professores e possibilitam aos alunos uma melhor construção da aprendizagem 
e compreensão do conteúdo” (SOUZA 2016). Podem conter uma parte teórica 
e uma experimental. A parte prática é importante para desenvolver nos alunos 
habilidades atitudinais e procedimentais. Podem ser organizados por temáticas 
ou assuntos, contendo problematização inicial, organização do conhecimento e 
aplicação do conhecimento. Utilizam a metodologia de resolução de problemas. 
A sequência didática é definida por um processo encadeado de etapas 
interligadas para facilitar a aprendizagem. São planejadas com início e fim 
conhecidos por professores e alunos. Há alguns passos a serem respeitados: 
apresentação do projeto aos alunos, pelo professor; produção prévia em que 
os alunos falam o que já sabem sobre o assunto, servindo como um 
diagnóstico para o trabalho a ser desenvolvido, quais atividades serão 
aplicadas na sequência didática; módulos com atividades direcionadas a 
superar as dificuldades apresentadas pelos alunos; produção final, com 
avaliação comparando a produção inicial e a final dos alunos. Encontramos, 
por exemplo, sequências didáticas no PCN – Parâmetros Curriculares 
Nacionais e nos Cadernos de Currículo da Secretaria de Educação de São 
Paulo. 
 
3 
 
A sequência didática deve promover compreensão, conflito cognitivo, 
metacognição, aprendizagem significativa, atitude favorável/motivação, deve 
apresentar interdisciplinaridade e é formada por situações de aprendizagem, as 
quais se organizam em etapas: levantamento de conhecimentos 
prévios/sondagem; contextualizar, discutir, analisar e propor soluções para os 
problemas, exigindo negociação dos significados e sistematização do novo 
conhecimento, podendo ainda haver aprofundamento. É uma sequência de 
atividades que promovem a aprendizagem, dentre elas aulas práticas, análise 
de textos, pesquisa, aulas expositivas, leituras, trabalho em grupo. 
A interdisciplinaridade aparece na Lei 5692/71 e também na LDB/96 e 
nos PCN, indicando integrar o conteúdo de uma disciplina com outras áreas do 
conhecimento. Possibilita um saber crítico-reflexivo pelo diálogo entre os 
conhecimentos e a compreensão da realidade, por meio de temas de estudo. 
Em relação à avaliação, relaciona-se ao currículo, servindo como 
reflexão. Envolve legitimidade técnica e política, devendo referenciar-se no 
PPP e nas convicções do papel social da educação escolar. A avaliação é 
parte dos processos educativos, traz uma concepção de educação e estratégia 
pedagógica. Existe a avaliação da aprendizagem, a avaliação da instituição e a 
avaliação do sistema escolar. 
 
Considerações Finais: 
 
Abordou-se no texto conceitos relevantes para a prática pedagógica e a 
reflexão sobre o fazer pedagógico, os processos ensino-aprendizagem, 
buscando construir criticidade quanto a tais aspectos. 
 
Referencial Bibliográfico: 
APPLE, M. W. Ideologia e Currículo. São Paulo: Brasiliense, 1982. 
CARVALHO, A. e DIOGO, F. Projeto Educativo. São Paulo: Afrontamento, 
1994. 
____ . A construção do projeto da escola. Porto: Porto Editora, 1993. 
 
4 
 
DAVIES, I.K. O planejamento de currículo e seus objetivos. São Paulo: Saraiva, 
1979. 
DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços. São Paulo: Papirus, 1997. 
FREITAS, Luiz C. Ciclos, seriação e avaliação. São Paulo: Editora Moderna, 
2003. 
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 
2000. 
HERNÁNDEZ, Fernando - Transgressão e Mudança na Educação: os projetos 
de trabalho. Porto Alegre: ArtMed, 1998. 
HERNÁNDEZ, F. & VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de 
trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre: ArtMed, 1998. 
MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos Parâmetros 
Curriculares Nacionais. Brasília, 1997. 
SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo. 1 
ed. Atual – São Paulo: SEE, 2012. 
SOUZA, N. M. et ali. Elaboração e aplicação de módulo didático para o ensino 
de polímeros sintéticos. Disponível em 
http://www.unifra.br/eventos/seminariopibid2012/Trabalhos/3790.pdf. Acesso 
em 23 jun 2016. 
VEIGA, I. P. A. Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção 
possível. 10 ed. Campinas, SP: Papirus , 2000. 
______. Inovações e projeto-pedagógico: uma relação regulatória ou 
emancipatória? Caderno Cedes, v. 23, nº 61, Campinas, Dez, 2003. 
ZABALA, Antony. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 
1998. 
http://www.unifra.br/eventos/seminariopibid2012/Trabalhos/3790.pdf

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