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1 Daniel Carlos da Costa COORDENADOR REGIONAL DA CREDE 6 José Samuel de Oliveira Alcântara ORIENTADOR CEDEA Thyago Teixeira Farias ARTICULADOR PEDAGÓGICO PESQUISA E SELEÇÃO DE ITENS Diana Kelly Alves Oliveira ASSISTENTE TÉCNICA DIAGRAMAÇÃO ELI SALES AGENTE EDUCACIONAL SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR: Adelly Cristina Mendes de Carvalho Cydnara Ximenes de Melo Aragão Greice Kelly Lima Araújo Ferro Isabel Gomes da Frota Joelma Maria de Oliveira Paula Vastilde Ferreira Lima Sandra Pereira Ponte 2 D1: LOCALIZAR INFORMAÇÕES EXPLÍCITAS EM UM TEXTO. Leia e responda. Cidades goianas preservam legados do período colonial É no coração do país, entre duas capitais, a do Estado de Goiás e a do Distrito Federal, que a história preserva dois legados do período colonial brasileiro: a Cidade de Goiás e Pirenópolis. No retrovisor do carro, a capital de Goiás vai ficando para trás. Quando a GO-070 começa a ganhar corpo, o cheirinho de mato que vem com o vento é a “senha” para despertar outros sentidos. Logo a vista sossega com a paisagem que se descortina. Sempre- vivas, canela-de-ema, caraíba ou ipê-do-cerrado e pau-papel, considerada a árvore símbolo de Goiás, cujo tronco se desfolha como papel. [...] Parece que o céu, de um anil absurdo, está mais próximo de nossas cabeças. Mas, nesse momento, o cérebro precisa tomar as rédeas da emoção e controlar o pé no acelerador. […] A estrada, é verdade, facilita o deslocamento. Quase não há buracos, tampouco pedágios. Só caminhonetonas e caminhões pelo trajeto e o branco do gado pipocando no meio do verde nas janelas laterais do veículo. [...] Nossa! Passou tão rápido! Da próxima vez, melhor escolher o banco do carona. Assim, as duas horas até a primeira parada dessa viagem serão exclusivas para ficar à caça das belezas do trajeto. E elas são tantas… 1. De acordo com esse texto, a estrada GO-070 facilita o deslocamento porque A) ajuda a controlar o acelerador do carro. B) apresenta uma bonita paisagem. C) há poucos buracos e pedágios. D) leva duas horas até a primeira parada. E) parece que o céu fica mais próximo. Leia o texto abaixo. A raposa e as uvas Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisas de fazer vir água à boca. Mas tão altos que nem pulando. O matreiro bicho torceu o focinho: – Estão verdes – murmurou – Uvas verdes, só para cachorros. E foi-se. Nisto deu um vento e uma folha caiu. A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa e pôs-se a farejar... Quem desdenha quer comprar. 2. O problema que se apresenta para a personagem é A) a força do vento. B) a altura da parreira. C) o estado das frutas. D) a quantidade de frutas. 3 E) a presença de cachorros. Leia e responda. Segredos do mar Quando chega o verão, nós, humanos, nos sentimos atraídos pelo mar. Multidões se reúnem nas praias buscando um contato com as ondas que nos proporcionam prazer e descanso. Porém, o caminhar do ser humano deixa sua trilha fatal nas areias da praia. Milhões de sacolas de nylon e plásticos de todo o tipo são largados na costa, o vento e as marés se encarregam de arrastá-los para o mar. Uma sacola de nylon pode navegar várias dezenas de anos sem se degradar. As tartarugas marinhas confundem-nas com as medusas e as comem, afogando-se na tentativa de engoli-las. Milhares de golfinhos também morrem afogados… Eles não têm capacidade para reconhecer os lixos dos humanos, até porque, “tudo o que flutua no mar se come”. A tampa plástica de uma garrafa, de maior consistência do que a sacola plástica, pode permanecer inalterada, navegando nas águas do mar por mais de um século. O Dr. James Ludwing, que estava estudando a vida do albatroz na ilha de Midway, no Pacífico, a muitas milhas dos centros povoados, fez uma descoberta espantosa. Quando começou a recolher o conteúdo do estômago de oito filhotes de albatrozes mortos, encontrou: 42 tampinhas plásticas de garrafa, 18 acendedores e restos flutuantes que, em sua maioria, eram pequenos pedaços de plástico. Esses filhotes haviam sido alimentados por seus pais que não conseguiram fazer a distinção dos desperdícios no momento de escolher o alimento. A próxima vez em que você for à sua praia preferida, talvez encontre na areia, lixo que outra pessoa ali deixou. Não foi lixo deixado por você, porém, é SUA PRAIA, é o SEU MAR, é o SEU MUNDO e você deve fazer algo por ele. 3. Nesse texto, a descoberta do Dr. James Ludwing foi considerada espantosa porque A) as sacolas de nylon e plástico são arrastadas para o mar pelo vento. B) as tampinhas plásticas permanecem no mar por mais de um século. C) as tartarugas morrem afogadas ao confundir sacolas com medusa. D) os filhotes de albatrozes se alimentavam do lixo humano. E) os golfinhos morrem afogados ao engolir sacolas plásticas. Leia e responda. Campinas, 19 de novembro de 2006. Senhores associados, Mando-lhes essa carta para solicitar medidas efetivas acerca do biodiesel. Sei que esse recurso cresce a cada instante no país, mas temos que mostrar para a população, para as pessoas que trabalham com a gasolina, por exemplo, que esse recurso ajuda as famílias [...] que moram na zona rural. O biodiesel proporcionará uma nova fonte de renda, facilitará o cumprimento da exigência do Programa Nacional de Biodiesel1 que diz que “no estado de São Paulo 30% das 4 oleaginosas para a produção de biodiesel sejam provenientes da agricultura familiar”, as indústrias terão acesso à redução de impostos federais se cumprirem o que é pedido. Se isso realmente virar realidade, os sistemas de transporte coletivo dos centros das cidades serão transferidos para as lavouras das plantas oleaginosas, ajudando na luta contra a poluição urbana, melhorando a qualidade de vida das pessoas do ambiente urbano, gerando, como já mencionei, renda no campo, alimentando os trabalhadores rurais e suas famílias, fazendo com que as riquezas sejam redistribuídas, diminuindo a desigualdade social que é tão eminente em nosso país. Só dessa forma nosso país vai crescer como deveria e também vai proporcionar a essas pessoas bem-estar [...], fazendo com que trabalhem bem e melhor. Obrigado pela atenção, C. F. 4. De acordo com esse texto, com a utilização do biodiesel, a desigualdade social diminuirá porque A) a poluição diminuirá nas áreas urbanas. B) a população irá cumprir um programa nacional. C) as riquezas redistribuídas melhorarão a vida rural. D) o transporte coletivo atenderá aos trabalhadores rurais. E) os impostos federais serão reduzidos. Leia e responda. Namoro O melhor do namoro, claro, é o ridículo. Vocês dois no telefone: — Desliga você. — Não, desliga você. — Você. — Você. — Então vamos desligar juntos. — Tá. Conta até três. — Um...Dois...Dois e meio... Ridículo agora, porque na hora não era não. Na hora nem os apelidos secretos que vocês tinham um para o outro, lembra?, eram ridículos. Ronron. Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Congonha. (Gongonha!) Mamosa. Purupupuca... Não havia coisa melhor do que passar tardes inteiras no sofá, olho no olho, dizendo. — As dondozeira ama os dondonzeiro? — Ama. — Mas os dondonzeiro ama as dondonzeira mais do que as dondonzeira ama os dondonzeiro. — Na-na-não. As dondonzeira ama os dondonzeiro mais do que etc... E, entremeando o diálogo, longos beijos, profundos beijos, beijos mais do que de língua, beijos de amígdalas, beijos catetéticos. Tardes inteiras. Confesse: ridículo só porque nunca mais. Depois do ridículo, o melhor do namoro são as brigas. Quem diz que nunca, como quem não quer nada, arquitetou um encontrocasual com a ex ou o ex só para 5 ver se ela ou ele está com alguém, ou para fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso querendo dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que podem até ser amigos, está mentindo. Ah, está mentindo. E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe. A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez namorados transam pela primeira vez fazendo as pazes. Não estou inventando. O IBGE tem as estatísticas. (Luís Fernando Veríssimo) 5. No texto, considera-se que o melhor do namoro é o ridículo associado (A) às brigas por amor (B) às mentiras inocentes (C) às reconciliações felizes (D) aos apelidos carinhosos (E) aos telefonemas intermináveis Leia e responda. Anima Mundi: quando seu filho te leva ao cinema, e você adora Crianças e adultos já podem se programar: começa no Rio de Janeiro, nesta sexta- feira, 10 de julho, o 23ª Anima Mundi – o maior festival brasileiro de animação –, que depois de ficar até o dia 10 na capital fluminense, aterrissa em São Paulo (de 17 a 22 de julho). Não é comum que esses dois públicos compartilhem tão bem um passeio, mas no cinema animado cabe diversão e reflexão a igual medida – ainda mais com os 450 títulos selecionados nesta edição. MORAES, C. Anima Mundi: quando seu filho te leva ao cinema, e você adora 6. O Anima Mundi é o maior festival brasileiro de animação e sua 23ª edição acontece nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com o texto, o festival A) começa e termina simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. B) começa primeiramente no Rio de Janeiro e, posteriormente, vem para São Paulo. C) começa no Estado de São Paulo e, em seguida, vai para o Rio de Janeiro. D) começa em São Paulo enquanto ainda está em cartaz no Rio de Janeiro. Leia e responda. 7. De acordo com esse texto, a personagem Lola gosta de 6 A) brincar com as palavras. B) conversar com as estrelas. C) tomar sorvete. D) viajar para longe. E) voar ao redor do planeta. Leia e responda. Minha Sombra De manhã a minha sombra com meu papagaio e o meu macaco começam a me arremedar. E quando eu saio a minha sombra vai comigo Fazendo o que eu faço seguindo os meus passos. Depois é meio-dia. E a minha sombra fica do tamaninho de quando eu era menino. Depois é tardinha. E a minha sombra tão comprida brinca de pernas de pau. Minha sombra, eu só queria ter o humor que você tem, ter a sua meninice, ser igualzinho a você. E de noite quando escrevo, fazer como você faz, como eu fazia em criança: Minha sombra você põe a sua mão por baixo da minha mão, vai cobrindo o rascunho dos meus poemas sem saber ler e escrever. LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. 19. ed. Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958. 8. De acordo com o texto, a sombra imita o menino: (A) de manhã. (B) ao meio-dia. (C) à tardinha. (D) à noite. (E) quando ele sai. 7 Leia e responda. Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de medicamentos É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crianças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe receitou ou passará a correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva. PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, no 27. São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41. 9. Segundo a autora, “um dos piores crimes que se podem cometer” é (A) a venda de narcóticos. (B) a falsificação dos remédios. (C) a receita de remédios falsos. (D) a venda abusiva de remédios. Leia e responda. QUÍMICA DA DIGESTÃO Para viver, entre outras coisas, precisamos de energia. Como não podemos tirar energia da luz do sol para viver, como os vegetais, essa energia usada pelo nosso organismo vem das reações químicas que acontecem nas nossas células. Podemos nos comparar a uma fábrica que funciona 24 horas por dia. Vivemos fazendo e refazendo os materiais de nossas células. Quando andamos, cantamos, pensamos, trabalhamos ou brincamos, estamos consumindo energia química gerada pelo nosso próprio organismo. E o nosso combustível vem dos alimentos que comemos. No motor do carro, por exemplo, a gasolina ou o álcool misturam-se com o ar, produzindo uma combustão, que é uma reação química entre o combustível e o oxigênio do ar. Do mesmo modo, nas células do nosso organismo, os alimentos reagem com o oxigênio para produzir energia. No nosso corpo, os organismos são transformados nos seus componentes mais simples, equivalentes à gasolina ou ao álcool, e, portanto, mais fáceis de queimar. O processo se faz através de um grande número de reações químicas que começam a se produzir na boca, seguem no estômago e acabam nos intestinos. As substâncias presentes nesses alimentos são decompostas pelos fermentos digestivos e se transformam em substâncias orgânicas mais simples. Daí esses componentes são transportados pelo sangue até as células. Tudo isso também consome energia. A energia necessária para todas essas transformações é produzida pela reação química entre esses componentes mais simples, que são o nosso combustível, e o oxigênio do ar. Essa é uma verdadeira combustão, mas uma combustão sem chamas, que se faz dentro de pequenas formações que existem nas células, as mitocôndrias, que são nossas verdadeiras usinas de energia. 8 TOSI, Lúcia. Química da digestão. Rio de Janeiro, Ciência Hoje na Escola. 10. O texto afirma que o nosso corpo pode ser comparado a uma fábrica porque (A) reage quimicamente pela combustão. (B) move-se à base de gasolina ou álcool. (C) produz energia a partir dos alimentos D) utiliza oxigênio como combustível. (E) produz muitos processos e reações. D2: ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE AS PARTES DE UM TEXTO, IDENTIFICANDO REPETIÇÕES OU SUBSTITUIÇÕES QUE CONTRIBUEM PARA A CONTINUIDADE DE UM TEXTO. Leia o texto. Manifesto Regionalista Toda terça-feira, um grupo apolítico de “Regionalistas” vem se reunindo na casa do Professor Odilon Nestor, em volta da mesa de chá com sequilhos e doces tradicionais da região – inclusive sorvete de Coração da Índia [...]. Discutem-se então, em voz mais de conversa que de discurso, problemas do Nordeste. Assim tem sido o Movimento Regionalista que hoje se afirma neste Congresso: inacadêmico, mas constante. Animado por homens práticos como Samuel Hardman e não apenas por poetas como Odilon Nestor [...]. Seu fim não é desenvolver a mística de que, no Brasil, só o Nordeste tenha valor, só os sequilhos feitos por mãos pernambucanas ou paraibanas [...] sejam gostosos, só as rendas e redes feitas por cearense ou alagoano tenham graça, só os problemas da região da cana ou da área das secas ou da do algodão apresentem importância. Os animadores desta nova espécie de regionalismo desejam ver se desenvolverem no País outros regionalismos que se juntem ao do Nordeste, dando ao movimento o sentido organicamente brasileiro [...] que ele deve ter. A maior injustiça que se poderia fazer a um regionalismo como o nosso seria confundi-lo com separatismo [...]. Ele é tão contrário a qualquer espécie de separatismo que, mais unionista que o atual e precário unionismo brasileiro, visa à superação do estadualismo, [...] – este sim, separatista – para substituí-lo por novo e flexível sistema em que as regiões secompletem e se integrem ativa e criadoramente numa verdadeira organização nacional. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/cdrom/freyre/freyre.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2014 1. No trecho “... para substituí-lo por novo e flexível sistema...” (l. 17), o termo destacado refere-se à palavra A) regionalismo. B) separatismo. C) unionismo. D) estadualismo. 9 E) sistema. Leia e responda. Vitória da natureza O vazamento de petróleo no mar é um dos mais frequentes – e também um dos piores – desastres ambientais de nossos dias. Na relação das tragédias dos anos 80, o derramamento de óleo no Alasca pelo petroleiro Exxon Valdez é equiparado à explosão do reator nuclear de Chernobyl. O acidente matou 250 000 aves e mamíferos, segundo uma estimativa que não incluiu peixes nem outras criaturas das profundezas. Quando o petróleo se espalha pela superfície da água, 30% dele se evapora naturalmente em dois dias. Nesse meio-tempo, o material restante inicia uma cadeia calamitosa de eventos. Na superfície, a massa negra inibe a fotossíntese dos fitoplânctons, organismos microscópicos que são a base da cadeia alimentar marinha. Quando afunda, vai matando algas, peixes, moluscos e corais até cobrir o leito do oceano com uma camada impermeável. O efeito é igualmente devastador se o óleo atinge áreas de mangue, que são os berçários da vida no mar. Os estragos, felizmente, não são permanentes. Em dez ou quinze anos, a natureza encarrega-se de restabelecer o equilíbrio ecológico perturbado pelo vazamento. Os primeiros organismos a proliferar são bactérias que vivem da decomposição do petróleo. À medida que esses microrganismos limpam a água, a cadeia alimentar é refeita. Retornam os fitoplânctons, os peixes, as aves e, por fim, os mamíferos, como botos e baleias. Vestígios dos 40 milhões de litros de petróleo derramados pelo acidente do Exxon Valdez no mar do Alasca, em 1989, só podem hoje ser detectados em análises com aparelhos científicos. No fim, a vida triunfou. 2. “... que são os berçários da vida no mar.”, o pronome relativo em destaque substitui A) “algas”. B) “peixes”. C) “moluscos”. D) “óleo”. E) “mangue”. Leia e responda. Alguém tem alguma sugestão de nome para mudar? Outro dia fui comprar um abajur. A mocinha me olhou e perguntou: – Luminária? Eu olhei em volta, tinha uma porção de abajur. – Não, abajur mesmo, eu disse. – De teto? Fiquei olhando meio pasmo para a vendedora, para o teto, para a rua. Ou eu estava muito velho ou ela estava muito nova. No meu tempo – e isso faz pouco tempo –, o abajur a gente punha no criado-mudo, na mesinha da sala. E lá em cima era lustre. – Lustre? Descobri que agora é tudo luminária. Passou por spot, virou luminária. […] Pra que mudar o nome das coisas? […] Quer coisa mais 10 bonita do que criado-mudo? […] Pois agora as lojas vendem mesa-de-apoio. […] E tem umas palavras que surgem de repente, do nada. Quer ver?: luau. Isso é novo. Quando eu era jovem, se alguém falasse essa palavra ou fosse participar de um luau, era olhado meio de lado. [...] Mas a vantagem de ser um pouco mais velho é saber que o computador que hoje todo mundo tem em casa e que na intimidade é chamado de micro nasceu com o nome de cérebro-eletrônico. Sabia dessa? E sabia que o primeiro computador, perdão, cérebro- eletrônico, pesava 14 toneladas? E que, na inauguração do primeiro, os gênios da época diziam que até o final do século se poderia fazer computadores de apenas uma tonelada? [...] E agora me diga: por que é que em algumas casas existe jardim de inverno e não jardim de verão? E, se você quiser mudar o nome desta crônica para linguiça, pode. [...] PRATA, Mário. Disponível em: <http://pocafe.blogspot.com.br/2005/10/mario-prata-algum- tem-alguma-sugesto.html?m=0>. 3. No trecho “Isso é novo.” (l. 15), o termo destacado refere-se a A) computador. B) jardim de inverno. C) luau. D) luminária. E) mesa-de-apoio. Leia e responda. Civilização play center De acordo com o princípio da difusão dos sistemas técnicos, dos aparelhos e dos computadores e de acordo também com o princípio da realidade virtual e das possibilidades de o homem ter hoje mais acesso a ela, todas as experiências de emoção podem ser submetidas a sistemas de programação. Não me ocorre nenhuma outra analogia para descrever esta realidade que não seja a do parque de diversões. Nossa sociedade atual transformou-se num grande complexo de play centers, e isso não só pelo princípio de que tudo pode ser comprado, mas também pelo fato de que as emoções se tornam hoje administráveis. Assim, tanto na sociedade em geral quanto no play center, tem-se emoções marcadas por tensão, medo, violência, angústia, aflição, mas ao mesmo tempo, seguras, rapidamente esquecíveis, sem reflexos traumáticos, sem desdobramentos psíquicos, que podem ser previamente adquiridas e sentidas no momento desejado. FILHO, Ciro Marcondes. Sociedade tecnológica. São Paulo: Scipione, 1994, p. 92-93. 4. No trecho “... e das possibilidades de o homem ter hoje mais acesso a ela,...” o termo em destaque retoma A) difusão. B) realidade virtual. C) emoção. D) outra analogia. E) sociedade atual. http://pocafe.blogspot.com.br/2005/10/mario-prata-algum-tem-alguma-sugesto.html?m=0 http://pocafe.blogspot.com.br/2005/10/mario-prata-algum-tem-alguma-sugesto.html?m=0 11 A importância da leitura como identidade social [...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos? Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura. Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo. Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida. A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos? KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria 5. Nesse texto, no trecho “a aceitabilidade que temos e a credibilidade”, o pronome destacado refere-se à palavra A) aceitabilidade. B) credibilidade. C) identidade. D) leitura. E) negociação. Educação ambiental: uma alternativa? A educação ambiental é uma alternativa que parece não ter efeito. Isso acontece porque muita gente entende educação ambiental como verdismo,simplesmente passear em parques, visitar animais, promover e/ou participar de campanhas de separação de lixo. Mas isso é muito superficial. Isso é uma forma de separar a natureza em sua dimensão natural da sua dimensão interna. É como separar o mundo externo do mundo da sua própria casa, ou da instituição da escola. Então, educação ambiental é ressensibilização, tomada de 12 consciência existencial, de como podem ser criados modos de ser, modos de vida, onde o cultivo das emoções positivas, dos valores, da vida simples, do que a nossa tradição herdou. Essas tradições eram sustentáveis em termos de alimentação, de medicação natural. Por exemplo, o que os índios nos legaram. Só que tomamos um rumo chamado progresso que nos levou a essa situação de crise. Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/-06-2009.php>. 6. No trecho “... isso é muito superficial.”, o pronome destacado retoma o trecho: A) “... uma alternativa que parece não ter efeito.” B) “... entende educação ambiental como verdismo,...” C) “... separar a natureza em sua dimensão natural...” D) “... separar o mundo externo do mundo da sua própria casa,...” E) “... cultivo das emoções positivas, dos valores, da vida simples...” Leia e responda. Viva a produtividade O IBGE divulgou na semana passada o mais completo diagnóstico do agronegócio nacional: o Censo Agropecuário, com dados coletados em 2006. Ficou evidente o avanço da produtividade, isto é, a quantidade produzida por área ocupada. No cotejo com o censo anterior, concluído em 1996, o caso mais notável foi o do algodão, cuja produtividade subiu 124%. Na pecuária bovina, o aumento no total de carne produzida por hectare (10 000 metros quadrados) foi de 90%. Com ganhos como esses, possíveis somente com a profissionalização do agronegócio e do investimento em tecnologia, o país se aproximou dos índices de produtividade obtidos pelos Estados Unidos. Outro dado surpreendente: a área efetivamente utilizada recuou 7%, contrariando o discurso segundo o qual a expansão agrícola significa necessariamente avanço sobre matas virgens, como a Floresta Amazônica. Revista Veja, 07 de out. de 2009. Fragmento. (P120039B1_SUP) 7. No trecho “Ficou evidente o avanço da produtividade, isto é, a quantidade produzida por área ocupada.” (l.3-4), a expressão destacada foi usada com o objetivo de A) argumentar. B) condenar. C) exemplificar. D) explicar. E) refutar. Leia e responda. Verdade A porta da verdade estava aberta, mas só deixava passar meia pessoa de cada vez. Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só trazia o perfil de meia verdade. http://www.mundojovem.pucrs.br/-06-2009.php 13 E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os meios perfis não coincidiam. Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos. Era dividida em metades diferentes uma da outra. Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. Nenhuma das duas era totalmente bela. E carecia optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia. http://www.analisedetextos.com.br/2010/09/analise-do-poema-verdade. 8. Nos versos: “E sua segunda metade / voltava igualmente com meio perfil” (v.7-8). A palavra destacada refere-se à (A) verdade. (B) pessoa. (C) miopia. (D) ilusão. (E) porta. Leia o texto. Maneira de amar O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza. Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida. O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho. Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "Você o tratava mal, agora está arrependido?" "Não, respondeu, estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É à minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava". ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. Rio de Janeiro: Record, 1997. 9. No trecho “Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças” (2° parágrafo), o termo em destaque refere-se ao seguinte termo do 1° parágrafo (A) cravina http://www.analisedetextos.com.br/2010/09/analise-do-poema-verdade 14 (B) gerânio (C) girassol (D) homem bonito Leia e responda. O pessoal Chega o velho carteiro e me deixa uma carta. Quando se vai afastando eu o chamo: a carta não é para mim. Aqui não mora ninguém com este nome, explico-lhe. Ele guarda o envelope e coça a cabeça um instante, pensativo: – O senhor pode me dizer uma coisa? Por que é que agora há tanta carta com endereço errado? Antigamente isso acontecia uma vez ou outra. Agora, não sei o que houve… E abana a cabeça, em um gesto de censura para a humanidade que não se encontra mais, que envia mensagens inúteis para endereços errados. Sugiro-lhe que a cidade cresce muito depressa, que há edifícios onde havia casinhas, as pessoas se mudam mais que antigamente. Ele passa o lenço pela testa suada: – É, isso é verdade... Mas reparando bem o senhor vê que o pessoal anda muito desorientado. O pessoal anda muito desorientado… E se foi com um maço de cartas, abanando a cabeça. Fiquei na janela, olhando a rua à toa numa tr isteza indefinível. Um amigo me telefona, pergunta como vão as coisas. E não consigo resistir: – Vão bem, mas o pessoal anda muito desorientado. (O que, aliás, é verdade). BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record. 1993. 10. No trecho “... que não se encontra mais,...” , o pronome destacado refere-se ao termo A) carta. B) endereço. C) gesto. D) censura. E) humanidade. 15 D3: INFERIR O SENTIDO DE UMA PALAVRA OU EXPRESSÃO Leia o texto a seguir. Numa sala de reboco Todo o tempo quanto houver pra mim é pouco Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco Todo o tempo quanto houver pra mim é pouco Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco Enquanto o fole tá fungando, tá gemendo Vou dançando e vou dizendo o meu sofrer pra ela só E ninguém nota que eu tô lhe conversando E nosso amor vai aumentando, e pra que coisa mais melhor Todo o tempo quanto houver pra mim é pouco Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco Todo o tempo quanto houver pra mim é pouco Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco Só fico triste quando o dia amanhece Ai, meu Deus, se eu pudesse acabar a separação Pra nós viver igualado à sanguessuga E nosso amor pede mais fuga do que essa que nos dão Todo o tempo quanto houver pra mim é pouco Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco Fonte: https://www.letras.mus.br/ 1. O uso da expressão “Ai, meu Deus, se eu pudesse acabar a separação revela que o estado emocional do protagonista é de A) aflição, pois o narrador pressente a partida da amada. B) angústia, pois o narrador esconde para todos o segredo do seu amor. C) receio, pois o narrador teme a fuga da mulher e o abandono da amada. D) solidão, pois o narrador sabe do final da festa e que ficará sozinho. E) tristeza, pois o narrador sente o tempo passar. Leia e responda. Uma amizade sincera Não é que fôssemos amigos de longa data. Conhecemo-nos apenas no último ano da escola. Desde esse momento estávamos juntos a qualquerhora. […] Chegamos a um ponto de amizade que não podíamos mais guardar um pensamento: um telefonava logo ao outro, marcando encontro imediato. [...] Esse estado de comunicação contínua chegou a tal exaltação que, no dia em que nada tínhamos a nos confiar, procurávamos com alguma aflição um assunto. […] 16 [...] Éramos muito jovens e não sabíamos ficar calados. De início, quando começou a faltar assunto, tentamos comentar as pessoas. Mas bem sabíamos que já estávamos adulterando o núcleo da amizade. […] Minha solidão, na volta de tais encontros, era grande e árida. Cheguei a ler livros apenas para poder falar deles. Mas uma amizade sincera queria a sinceridade mais pura. À procura desta, eu começava a me sentir vazio. Nossos encontros eram cada vez mais decepcionantes. […] Foi quando, tendo minha família se mudado para São Paulo, e ele morando sozinho, pois sua família era do Piauí, foi quando o convidei a morar em nosso apartamento, que ficara sob a minha guarda. Que rebuliço de alma. Radiantes, arrumávamos nossos livros e discos, preparávamos um ambiente perfeito para a amizade. Depois de tudo pronto – eis- nos dentro de casa, de braços abanando, mudos, cheios apenas de amizade. […] Mas como se nos revelava sintética a amizade. […] Tentamos organizar algumas farras no apartamento, mas não só os vizinhos reclamaram como não adiantou. […] Ele, a quem eu nada podia dar senão minha sinceridade, ele passou a ser uma acusação de minha pobreza. Além do mais, a solidão de um ao lado do outro, ouvindo música ou lendo, era muito maior do que quando estávamos sozinhos. […] Afinal o que queríamos? Nada. Estávamos fatigados, desiludidos. A pretexto de férias com minha família, separamo-nos. Aliás ele também ia ao Piauí. Um aperto de mão comovido foi o nosso adeus no aeroporto. Sabíamos que não nos veríamos mais, senão por acaso. Mais que isso: que não queríamos nos rever. E sabíamos também que éramos amigos. Amigos sinceros. LISPECTOR, Clarice. Uma amizade sincera. In: Conto 2. Nesse texto, a expressão “rebuliço de alma” foi usada para A) demonstrar desordem. B) expressar surpresa. C) indicar empolgação. D) provocar humor. E) sugerir dificuldade. Leia e responda. Cardápio existencial – E se a vida for como um cardápio? A pergunta pegou Rosinha de surpresa. Ela levantou os olhos do menu e se deparou com o marido em estado reflexivo. – Ora, Alfredo, deixe de filosofar e escolha logo o seu prato. Os dois haviam saído para jantar e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode ver um cantinho de céu e o Redentor. – Rosinha, pense nas consequências do que estou dizendo. Se a vida for como um cardápio, nós talvez estejamos escolhendo errado. No lugar da buchada de bode em que nossas vidas se transformaram, poderíamos nos deliciar com escargots. Experimentar sabores novos, mais sofisticados… – Por que a vida seria como um cardápio, Alfredo? Tenha dó. – E por que não seria? Ninguém sabe de fato o que é a vida, portanto qualquer acepção é válida, até prova em contrário. 17 – Benhê, acorda. Ninguém vai aparecer para servir o seu cardápio imaginário. Na vida, a gente tem que ir buscar. A vida é mais parecida com um restaurante a quilo, self- service, entende? – Boa imagem. Concordo com o restaurante a quilo. É assim para quase todo mundo. Mas quando evoluímos um pouco, chega a hora em que podemos nos servir a la carte. Rosinha, nós estamos nesse nível. Podemos fazer opções mais ousadas. – Alfredo, se você está querendo aventuras, variar o arroz com feijão, seja claro. Não me venha com essa conversa de cardápio existencial. Além disso, se a nossa vida virou uma buchada de bode, com quem você pensa experimentar essa coisa gosmenta, o tal escargot? – Querida, não reduza minhas ideias a uma trivial variação gastronômica. Minha hipótese, caso correta, tem implicações metafísicas. Se a vida for como um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef, o criador do menu. – Alfredo, fofo, agora você viajou na maionese. FARIAS, Antônio Carlos de. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult686u141.shtml> 3. Nesse texto, o trecho “– Benhê, acorda.” revela A) carinho. B) infantilidade. C) irritação. D) preocupação. E) revolta. Leia e responda. O universo de Ziraldo Nascido em 24 de outubro de 1932, Ziraldo Alves Pinto é o mais velho de sete irmãos, e entre eles há outro cartunista, o Zélio. O nome curioso advém da combinação de sílabas dos nomes da mãe Zizinha e do pai, Geraldo. Coisa que os pais no Brasil costumam fazer e acabam inventando nomes para os filhos. Ziraldo nasceu em Minas Gerais, na cidade de Caratinga, onde viveu até a adolescência, quando depois de cursar o Grupo Escolar Princesa Isabel, veio com o avô para o Rio de Janeiro, estudar no MABE (Moderna Associação Brasileira de Ensino). Em 1950, voltou para seu estado, estudou mais e acabou formando-se advogado em Belo Horizonte, na Faculdade de Direito de Minas Gerais. Afeito ao desenho desde os mais tenros anos de vida, Ziraldo publicou seu primeiro desenho com apenas 6 anos de idade, no jornal A Folha de Minas. Em 1958, já morando fora de Minas Gerais, desembocou o namoro de sete anos com Vilma Gontijo, num casamento que lhe trouxe três filhos: Daniela, Fabrizia e Antônio, além de seis netos. Conhecimento Prático Literatura. Jan. 2011 4. No trecho “... desembocou o namoro de sete anos com Vilma Gontijo, num casamento...”, a palavra destacada adquire, no contexto, sentido de A) assumiu. B) começou. C) decidiu. D) levou. 18 E) transformou. Leia e responda. Vintage – Paulinho da Viola Ontem, 1981 Eu aspirava a muitas coisas. Eu temia viver à deriva. Eu desfilava meu amor pela Portela. Eu cantava carinhoso. Eu escutava e não ligava. Eu usava roupas da moda Me alegrava uma roda de choro. Eu pegava um violão e saía noite adentro. Meu cavaquinho chorava quando eu não tinha mais lágrimas. Hoje, 2010 Eu aspiro ao essencial: uma boa saúde Eu temo não poder navegar. Eu desfilo meus sonhos possíveis. Eu canto e males espanto. Eu escuto e... “pode repetir, por favor?” Eu uso, mas não abuso. Me alegra um bom papo. Eu pego o violão e procuro um cantinho. Meu cavaquinho chora quando surge uma melodia nova. Folha de S. Paulo. Março 2010. p. 82. Fragmento. (P120329B1_SUP) 5. Depreende-se dessas declarações que o cantor A) arrependeu-se do que falou antes. B) fez uma revisão de conceitos. C) mudou muito a personalidade. D) reinventou as composições. E) sentiu certo saudosismo. Leia o texto abaixo. Pouca gente sabe que, apesar do clima tropical, o Brasil também tem sua parte de deserto. Porém, diferente de outros países, a aridez de nosso deserto não é tão rigorosa. Ele tem oásis de verdade e forma um cenário fantástico que se encontra delicadamente com o Oceano Atlântico. Estamos falando de Lençóis Maranhenses, também conhecidos como o “Saara brasileiro”, um lugar cheio de gente simples e hospitaleira. CIDADES DO BRASIL. Internet: www.cidadesdobrasiI.com.br. 6. Na frase “... forma um cenário fantástico...”, a palavra destacada pode ser substituída por A) vulgar. 19 B) maravilhoso. C) impossível. D) fantasioso. E) inexistente. Leia o texto abaixo. Minhocas aliadas Apesar de inofensivas, as minhocas não despertam muita simpatia na maioria das pessoas, não é mesmo? O que você faria se encontrasse uma em seu jardim? Espero que não tenha nojo, pois esses pequenos animais [...] são de grande ajuda para que a qualidade do solo esteja sempre em dia! [...] Há séculos a presença de minhocas nas lavouras é considerada um indicador de qualidade do solo – agrônomos italianos escreveram sobre isso ainda no século 17 [...]. Entretanto, ainda não se sabia exatamente por que esses anelídeos acabavam sendo benéficos para a terra. É aí que entra em cena um estudo feito por cientistas da Universidade de Wageningen, nos Países Baixos,e da Universidade do Norte do Arizona, nos Estados Unidos, em parceria com o ecólogo brasileiro George Brown [...]. Eles conduziram um tipo de pesquisa que chamamos de revisão bibliográfica – é quando o pessoal reúne tudo que já foi descoberto sobre o assunto e, a partir disso, tenta tirar conclusões gerais sobre o tema. E veja que audacioso: a equipe de George analisou praticamente tudo que já havia sido escrito sobre minhocas em 53 artigos científicos, publicados entre 1910 e 2013. [...] Depois de tanto trabalho, eles concluíram que as minhocas fazem mesmo muito bem para a terra. Um exemplo disso é o fato de que a presença delas tende a aumentar a produção de grãos em 25%. Bastante, não é mesmo? [...] Mas atenção: elas não fazem milagre. Para desfrutar dos benefícios da presença delas na terra, o agricultor também deve ser aliado das minhocas e evitar o uso excessivo de agrotóxicos. Esses venenos podem fazer um mal danado para as minhoquinhas – podem matá-las ou mesmo impedir que elas deem aquela força para o solo. [...] TOSCANO, Gabriel. Minhocas aliadas. In: Ciência Hoje das Crianças. 2014. Disponível em: <http://chc.org.br/mi 7. Nesse texto, no trecho “... ou mesmo impedir que elas deem aquela força...” , a expressão em destaque significa A) ajudar. B) concordar. C) construir. D) resistir. E) segurar. Leia o texto abaixo. Cidades de papel Eu estava tentando pensar em algo mais quando nós três vimos, ao mesmo tempo, a massa humana [...] que atende pelo nome de Chuck Parson caminhando cheio de si em nossa direção. [...] 20 Havia uns dois anos que Chuck não representava um problema maior para nós – alguém do grupinho de alunos descolados tinha decretado que não era para mexer com a gente. Então era meio esquisito ele vir falar conosco. [...] – O que você sabe sobre Margo e Jase? [...] Pensei em tudo que sabia sobre eles: Jase era o primeiro e único namorado sério de Margo Roth Spiegelman. […] – Eu mal conheço a Margo – falei, o que tinha se tornado verdade. Ele refletiu por um instante, e eu tentei encarar aqueles olhos juntos. Ele assentiu muito ligeiramente [...] e se afastou, a caminho de sua primeira aula do dia: como manter e cultivar os músculos peitorais. O segundo sinal tocou. Um minuto para a aula. Radar e eu estávamos na turma de cálculo; Ben, na de matemática finita. As salas eram geminadas; caminhamos juntos, os três lado a lado, confiando que o mar de alunos iria abrir passagem para nós, e abriu. 8. Nesse texto, no trecho “... confiando que o mar de alunos iria abrir passagem...” , a expressão destacada foi utilizada para A) demonstrar entusiasmo. B) expressar espanto. C) indicar deboche. D) revelar irritação. E) sugerir quantidade. Leia o texto abaixo. SALÃO DOS ROMÂNTICOS Na Academia Brasileira de Letras há um salão muito bonito, mas um pouco sinistro. É o Salão dos Poetas Românticos, com bustos dos nossos principais românticos na poesia: Castro Alves, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Álvares de Azevedo. Os modernistas de 22, e antes deles os parnasianos, decidiram avacalhar com essa turma de jovens, que trouxe o Brasil para dentro de nossa literatura. Foram os românticos, na prosa e no verso, que colocaram em nossas letras as palmeiras, os índios, as praias selvagens, o sabiá, as borboletas de asas azuis, a juriti — o cheiro e o gosto de nossa gente. Não fosse o romantismo, ficaríamos atrelados ao classicismo das arcádias, à pomposidade do verso burilado que tem o equivalente cinematográfico nos efeitos especiais. Sem falar nos poemas-piadas, a partir de 1922, tidos como vanguarda da vanguarda. Foram todos jovens: Casimiro morreu com 21 anos, Álvares de Azevedo com 22, Castro Alves com 24, Fagundes Varela com 34. O mais velho de todos, Gonçalves Dias, mal chegara aos 40 anos. O Salão dos Poetas Românticos é também sinistro, pois é de lá que sai o enterro dos imortais, que morrem como todo mundo, entre outras razões, porque a maioria deles não tem onde cair morto. (A piada é de Olavo Bilac). José de Alencar também devia estar ali. Mas está perto, como perto está o busto de Euclides da Cunha. Foram pioneiros na valorização dos temas brasileiros, bem antes de 1922. Com exceção de Euclides, que foi acadêmico em vida, todos são anteriores à fundação da Academia, estão imortalizados em bustos. São patronos de cadeiras em que sentaram Machado de Assis, Coelho Neto, Bilac, Guimarães Rosa, Darcy Ribeiro, Barbosa Lima Sobrinho, Jorge Amado e outros. Todos brasileiros. E de letras. Fonte: CONY, Carlos Heitor. Salão dos românticos. Folha de S. Paulo, São Paulo, 23 out. 2001. 21 9. O termo destacado em “o cheiro e o gosto de nossa gente” expressa a. afetividade. b. distanciamento. c. indiferença. d. variedade. e. saudade. Leia o texto abaixo. Briga de irmão Com o nascimento do Mário Márcio no ano passado, tive de dar um gás no trabalho. O dinheiro que eu ganhava passou a ser pouco para alimentar duas crianças e dois adultos. Decidi correr atrás de clientes maiores oferecendo o serviço de assessoria de imprensa, um trabalho que pode ser feito em casa, sem maiores danos à minha vida de mãe e dona de casa. Mas Mário Márcio não deixa ninguém trabalhar. Tudo o que Maria de Lourdes teve de quietinha, Mário Márcio tem de chorão, manhoso, grudento, agitado. Virou meu xodó, mas às vezes cansa. O menino exige demais de mim. E não tem se dado muito bem com a irmã. — Mãe, o Máio Máxio pegou minha bola. A reclamação tem hora para começar: acontece sempre que estou no meio de um raciocínio, no meio de uma frase. Thalita Rebouças. Fala sério, mãe! Rio de Janeiro: Rocco, 2004. 10. No trecho “Com o nascimento do Mário Márcio no ano passado, tive de dar um gás no trabalho”. A expressão “dar um gás” significa A) manter o interesse. B) dedicar-se ao máximo. C) despreocupar-se. D) diminuir o ritmo. E) se ausentar do trabalho. D4: INFERIR UMA INFORMAÇÃO IMPLÍCITA EM UM TEXTO Leia o texto abaixo. Tanto faz Quando você for sair da sua casa Não se esqueça de levar coragem Sempre equipe sua alma com asas Cada dia é uma nova viagem Todo mundo gosta de viajar A saudade muitas vezes faz bem [...] Ame demais, sofra demais Consequentemente é assim, entendeu? Só quem sofreu poderá dizer que já sentiu o amor 22 E aí, já sofreu? Tanto faz, tanto fez Não dá nada, dessa vez Vou lutar por vocês- E quando tudo for melhor Eu vou ligar pra ela […] PROJOTA. Disponível em: <http://www.somusica10.com.br/2015/08/projota-tanto-faz-mal 1. Nesse texto, o eu lírico demonstra um sentimento de A) admiração. B) confusão. C) desconfiança. D) despreocupação. E) otimismo. Leia o texto abaixo. A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez, Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: – “Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia”. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7189.> 2. Nesse texto, a atitude da mãe diante das histórias do menino foi de A) conciliação. B) desespero. C) paciência. D) repreensão. E) surpresa. Leia e responda. Como surgiram o Dia das Mães e outros feriados comerciais? Na verdade, o Dia das Mães não tem uma origem comercial. Desde a Grécia Antiga, havia celebraçõesna entrada da primavera, em homenagem a Reia, mãe de Zeus e considerada matriarca de todos os deuses. Mas essa festa ancestral se perdeu, e o Dia das Mães atual só surgiu no início do século passado, nos Estados Unidos, como homenagem às mulheres que haviam perdido os filhos na Guerra Civil Americana. A americana Anna Jarvis conseguiu oficializar primeiro o feriado em sua cidade, Webster, depois no estado de Virgínia Ocidental e, em 1914, o feriado se tornou nacional em todo o país. No Brasil, a data começou a ser comemorada sob influência americana – foi introduzida pela Associação 23 Cristã de Moços (ACM) em 1918 – e, em 1932, foi oficializada pelo presidente Getúlio Vargas. Só em 1949, a data ficou mais comercial, quando rolaram propagandas para aumentar as vendas. Outros feriados, que têm uma origem “nobre” fora do Brasil e aqui ganharam caráter mais comercial, são o Dia dos Namorados, o Dia da Criança e o Dia dos Pais. Mundo Estranho. São Paulo: Abril, ed. 87, p. 34. *Adaptado: Reforma Ortográfica 3. Quanto ao Dia das Mães, é possível concluir que A) celebrava o início da primavera. B) começou a ser comemorado em 1949. C) estava vinculado a instituições religiosas. D) surgiu para homenagear Anna Jarvis. E) teve sua base em uma motivação nobre. 4. Infere-se desse texto que A) a dengue pode ser combatida com atitudes simples. B) a vacinação contra a dengue deve ser realizada o ano todo. C) é indispensável a utilização de produtos recicláveis. D) é necessário evitar o desperdício de água ao regar plantas. E) o lixo deve ser descartado em locais apropriados. Leia e responda. Fui sabendo de mim por aquilo que perdia pedaços que saíram de mim com o mistério de serem poucos e valerem só quando os perdia fui ficando por umbrais aquém do passo que nunca ousei eu vi 24 a árvore morta e soube que mentia COUTO, Mia. Raiz de Orvalho e outros poemas. Alfragide: Editorial Caminho, 1999. 5. .A partir do poema, constata-se que o eu-lírico A) foi aprendendo a descobrir-se a partir das suas conquistas na vida. B) foi valorizando cada pedaço seu antes mesmo de perdê-lo. C) foi gradativamente descobrindo quem era pelas experiências da vida. D) foi seguindo adiante na vida, dando os passos que precisava dar. Leia e responda. A desmemória. Uma crônica de Eduardo Galeano Um registro do escritor uruguaio sobre o “esquecimento” das origens e do significado do 1º de Maio nos Estados Unidos Chicago está cheia de fábricas. Existem fábricas até no centro da cidade, ao redor de um dos edifícios mais altos do mundo. Chicago está cheia de fábricas, Chicago está cheia de operários. Ao chegar ao bairro de Heymarket, peço aos meus amigos que me mostrem o lugar onde foram enforcados, em 1886, aqueles operários que o mundo inteiro saúda a cada primeiro de maio. — Deve ser por aqui – me dizem. Mas ninguém sabe. Não foi erguida nenhuma estátua em memória dos mártires de Chicago nem na cidade de Chicago. Nem estátua, nem monolito, nem placa de bronze, nem nada. O primeiro de maio é o único dia verdadeiramente universal da humanidade inteira, o único dia no qual coincidem todas as histórias e todas as geografias, todas as línguas e as religiões e as culturas do mundo; mas nos Estados Unidos o primeiro de maio é um dia como qualquer outro. Nesse dia, as pessoas trabalham normalmente, e ninguém, ou quase ninguém, recorda que os direitos da classe operária não brotaram do vento, ou da mão de Deus ou do amo. Crônica publicada originalmente em O Livro dos Abraços (Editora L&PM, 1989), 6. A partir das informações explícitas no texto, é possível inferir que o autor A) constata que alguns acontecimentos históricos que ele considerava importantes não são tão relevantes como ele pensava. B) compreende que os Estados Unidos consideram a conquista pelos direitos trabalhistas algo já consolidado e que não requer lembranças. C) denuncia que fatos importantes nas lutas trabalhistas caíram no esquecimento, tanto do poder público quanto da população. D) relembra que o dia do trabalho não é uma data importante nos Estados Unidos, como é para os outros países do mundo. Leia e responda. NELSON MANDELA E “A NOVA ÁFRICA DO SUL” Em 1999 para a felicidade do mundo inteiro, Nelson Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul. Depois de 28 anos de prisão por sua luta contra o apartheid, Mandela foi libertado em 1990 e o então presidente, F. W. de Klerk, pediu-lhe que o ajudasse a pôr um fim àquele terrível período da história do país. O trabalho de ambos 25 levou a África do Sul a um recomeço e por isso receberam o Prêmio Nobel da Paz. Em episódios históricos, eles organizaram eleições livres e pela primeira vez os negros da África do Sul puderam escolher seu governo. A África do Sul agora tem sua Carta de Direitos, de modo que todos são iguais perante a lei e igualmente protegidos por ela. Graças a pessoas como Nelson Mandela, esse tipo de transformação é possível. Ele é um verdadeiro herói dos direitos humanos. Todos temos direitos. São Paulo: Ática, 1999. 7. O que se pode afirmar após a leitura do texto? (A) A prisão de Mandela tornou-o capaz de ser presidente. (B) Na África do Sul, há muito tempo, ocorriam eleições livres. (C) Mandela lutou contra as guerrilhas. (D) Nelson Mandela foi um dos primeiros presidentes negros da África do Sul. (E) A luta de Mandela foi para ter um país livre e justo. Leia e responda. Sem sinalização Recentemente, precisei de um mapa para chegar a um lugar à beira da Marginal Tietê. É claro que o mapa de nada adiantou, pois os nomes das pontes estão afixados “nas” pontes e não “antes” delas. E não há placas anunciando a qual ponte se está chegando. Ao ver que chegara a uma ponte de onde deveria ter saído antes, precisei passar por debaixo dela, pegar a alça e cruzá-la. Pergunto à CET ou ao DSV: custa muito fazer placas com os nomes das pontes das Marginais do Pinheiros e do Tietê, para que o cidadão saiba de qual ponte está se aproximando? Por que isso ainda não foi feito? COSTA, Cláudia. Sem sinalização. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 31 out. 8. A pessoa que escreve a carta relata que acabou errando o caminho porque (A) as placas estão no lugar errado. (B) as pontes estão muito afastadas. (C) desconhecia a Marginal dos Pinheiros. (D) deixou de consultar um mapa. Leia e responda. Se você me conheceu há cinco anos atrás, talvez você não saiba mais quem sou Sabe o que rola? É que mudei demais. Cortei partes de mim que me faziam mal; deixei para trás os velhos hábitos, mudei o corte de cabelo, [...] levantei a cabeça pra vida, saca? Não sou mais aquela pessoa que cometia erros sem se importar com as consequências. A vida me bateu forte, e eu aprendi que apanhar não vale a pena. Se hoje erro, logo me desculpo. Percebi com as perdas que a vida é muito breve para guardar qualquer coisa que não seja lembranças. Por isso, talvez você não me reconheça mais, pois cheguei à minha melhor versão; ainda cheia de problemas, mas bem mais estável e madura do que todas as outras que tentei ser até aqui. Então, se você me conheceu no momento errado, a gente se conhece de novo, afinal, eu também não posso garantir que daqui a cinco anos você irá saber quem sou. ALVES, Neto. Se você me conheceu há cinco anos atrás. 26 9. Infere-se desse texto que A) as consequências dos erros atrapalham as pessoas. B) as pessoas adultas são estáveis e maduras. C) é importante conhecer as pessoas no momento certo. D) errar faz parte dos acontecimentos cotidianos. E) vale a pena mudar para ser uma pessoa melhor. Leia o texto e responda à questão. O ACESSO À EDUCAÇÃO É PRIORIDADE PARA QUE O PAÍS SE DESENVOLVA O Brasil talvez seja o país com a lei de direitos autorais mais restritiva do mundo. EUA e Europa são mais flexíveis. Nossa Constituição garante acesso à educação e exige que toda propriedade — direito autoral incluído— exerça sua função social. Se um livro estiver esgotado, quem ganha? Ninguém: nem autor, nem estudante. Deveria haver uma autorização para cópia integral. O Brasil é oficialmente a favor do equilíbrio entre a proteção dos direitos autorais e o acesso ao conhecimento e tem o apoio de outros países. O autor, apesar de dever ser remunerado e incentivado, é o que menos se beneficia. Uma grande parcela fica nas mãos das principais editoras, que, aliás, têm imunidade tributária garantida pela Constituição. Temos de considerar o preço cobrado por livros educacionais, que é incompatível com o poder aquisitivo da população. Algumas ferramentas virtuais são extremamente restritivas, além de terem sérios problemas de direito do consumidor. O acesso à educação é prioridade para que o País se desenvolva. A lei atual deve ser revista com urgência. Fonte: PARANAGUÁ, Pedro. O acesso à educação… O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 set. 10. Com a frase “O Brasil talvez seja o país com a lei de direitos autorais mais restritiva do mundo”, o autor do texto manifesta a. certeza sobre a afirmação que faz. b. clareza na ideia que apresenta. c. dúvida com relação ao que fala. d. segurança na opinião que emite. e. timidez ante o assunto de que trata. Leia e responda. 27 11. A liberdade de expressão é um direito de todos, mas que nem sempre pode ser colocado em prática. A charge apresentada faz uma crítica a esse respeito, mostrando que: a) todos os indivíduos têm dificuldade de lidar com opiniões diferentes das suas. b) todas as pessoas deveriam pensar do mesmo modo para termos um mundo sem violência. c) a opinião do outro, para muitas pessoas, só é considerada quando é igual à sua. d) é aceitável que as pessoas tratem mal aqueles que pensam diferente delas. e) todos nós somos diferentes e, por isso, é normal que não aceitemos as formas de pensar dos outros. D5: INTERPRETAR TEXTO COM AUXÍLIO DE MATERIAL DIVERSO Leia e responda. 1. A figura acima destaca um dos grandes problemas nos centros urbanos que é o(a) A) falta de construção de estradas e vias. B) falta de oportunidade de emprego. C) construção irregular de calçadas. D) desmatamento e diminuição da área verde. E) falta de prédios comerciais. 2. Com base nesse texto, conclui-se que o menino 28 A) é um excelente aluno. B) faz sempre os deveres. C) gosta de se autoelogiar. D) tem medo da professora. E) tenta enganar a mãe. Leia e responda. 3. A partir do texto e da imagem que a personagem aparenta ter de si mesma, podemos inferir que o gato A) imagina que não precisa se apresentar porque Papai Noel já o conhece de outros anos. B) sabe que Papai Noel deixará um presente para ele, mesmo não o conhecendo muito bem. C) supõe que o Papai Noel entrega presentes a todos, independentemente do comportamento de cada um. D) acredita que o Papai Noel só entrega presentes para pessoas que agem corretamente durante o ano. Leia e responda. 29 4. O sinal de adição e a figura que sugere um raio (A) chamam a atenção do leitor, embora guardem pouca relação com a mensagem verbal. (B) são imagens que dão ênfase aos aspectos mais importantes da mensagem verbal. (C) contrapõem-se ao sentido da mensagem verbal, causando maior impacto no leitor. (D) são recursos gráficos intimamente relacionados com o tipo de livros à venda. (E) não são recursos gráficos. 5. O que levou Mafalda a pensar que o grito ouvido era do mundo? (A) Ela acha que tudo causa dor. (B) O mundo para ela é um animal. (C) As notícias drásticas que ela ouviu no rádio. (D) Ela ouviu no rádio que o mundo ia gritar. (E) Mafalda é bastante imatura. 6. Observando a tira, o que significa a expressão “ ...tua bola acabou de conquistar a liberdade dela!”? (A) A menina chutou a bola. (B) O menino gosta de ter liberdade. (C) A bola foi perdida pela menina. (D) Os meninos querem ser livres. (E) A menina escondeu a bola. 30 7. De acordo com esse texto, infere-se que o menino do quarto quadrinho A) desistiu de esperar os amigos voltarem. B) distraiu-se com as opções da internet. C) não se lembrou do pedido dos amigos. D) não soube como fazer a pesquisa. E) quis fazer a pesquisa sobre outro assunto. 8. A propaganda em foco apresenta em pequenos cartazes as ameaças a. à invasão das terras pelas águas marítimas. b. à preservação de certas espécies em extinção. c. à preservação geral do planeta. d. ao degelo iminente das calotas polares. e. aos animais adultos em geral. 31 9. Com a leitura do texto pode-se afirmar que o personagem do Snoopy descartou o seu texto porque: A) as palavras insipiência e tempestuosa apresentavam problemas ortográficos. B) mesmo inserindo a palavra insipiência o texto continuava simples. C) a palavra insipiência, apesar de rebuscada, não cabia no contexto de escrita pretendido. D) a palavra insipiência não era rebuscada, pois faz parte de uma linguagem coloquial. E) o personagem não gostou de Lucy ter falado que seu texto é simples demais. 10. A partir da leitura verbal e não verbal, conclui-se que: A) os cadeirantes não podem usar banheiros públicos. B) existem locais que não são adaptados para cadeirantes. C) existem cadeiras de rodas que passam por portas estreitas. D) os bebedouros devem ser colocados próximos aos banheiros. E) os bebedouros de locais públicos são acessíveis a qualquer pessoa 32 D6: IDENTIFICAR O TEMA DE UM TEXTO. Leia e responda. Aquecedores solares de baixo custo: alternativas tecnológicas e sociais eficientes Pesquisadores brasileiros filiados à Sociedade do Sol (SoSol) ─ uma ONG de caráter socioambiental [...] localizada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), no campus da Universidade de São Paulo (USP) ─ desenvolvem projetos de modelos de aquecedores solares para populações de baixa renda. Os equipamentos são capazes de fornecer a maior parte da energia térmica consumida pelo chuveiro elétrico, promovendo sensível economia energética, doméstica e nacional. [...] No Brasil, diante da necessidade da busca de práticas tecnológicas e sociais na área de energia solar e renovável, estes equipamentos surgem para auxiliar na redução da demanda elétrica nacional, visto que cerca de 7 a 10% de toda a energia gerada no país é consumida em, aproximadamente, 50 milhões de chuveiros elétricos ligados todos os dias. [...] O projeto leva em conta a constante presença do Sol e as temperaturas médias diárias altas [...], a existência das caixas de água [...], a difusão do chuveiro elétrico e o hábito de amplas camadas da população brasileira de construírem suas próprias casas (no processo do “faça você mesmo”), barateando a produção de moradias e minimizando custos industriais. [...] A meta da equipe de pesquisadores tem sido oferecer, a cada família, a possibilidade de vir a ter seu aquecedor solar, montado pelo sistema do “faça você mesmo” com materiais de fácil obtenção nas lojas da construção civil. 11. De acordo com o texto a menina A. chora de tristeza ao verificar que está trocando os dentes. B. está trocando os seus dentes de leite e não gosta disso. C. reclama da dor que sente ao trocar os dentes. D. usa o espelho para observar a beleza dos seus dentes. 33 Do ponto de vista ambiental, a utilização de aquecedores solares contribui com a diminuição do ritmo de aumento da temperatura da camada atmosférica, através da redução das emissões de gás carbônico, provenientes de usinas termoelétricas. Do ponto de vista econômico-social, o projeto resulta em maior integração, cidadania e autoestima para as famílias envolvidas em sua implementação e as estimulam a sentir orgulho de produzir energia de forma autônoma [...]. Do ponto de vista da comunidade científica e tecnológica internacional, o projeto incentiva o Brasil a “fazer sua lição de casa”,levando o que existe no território em abundância – luz e energia solar – a praticamente 100% da população. [...] [...] A difusão de alternativas tecnológicas e sociais eficientes para a utilização de recursos naturais realizada pela Sociedade do Sol, bem como a massificação de um conjunto de atitudes positivas, em prol do uso de aquecedores solares de baixo custo em casas brasileiras, tornam incontestável a relevância deste projeto. 1. Qual é o assunto desse texto? A) As consequências para o Brasil do uso de energia solar. B) As instruções para a construção de aquecedores elétricos. C) O desenvolvimento de um projeto de aquecedores solares para populações de baixa renda. D) O orgulho que os cientistas desenvolvedores do projeto sentem pela sua invenção. E) O uso da energia solar como única solução para a diminuir o aquecimento do planeta. Leia e responda. O universo de Ziraldo Nascido em 24 de outubro de 1932, Ziraldo Alves Pinto é o mais velho de sete irmãos, e entre eles há outro cartunista, o Zélio. O nome curioso advém da combinação de sílabas dos nomes da mãe Zizinha e do pai, Geraldo. Coisa que os pais no Brasil costumam fazer e acabam inventando nomes para os filhos. Ziraldo nasceu em Minas Gerais, na cidade de Caratinga, onde viveu até a adolescência, quando depois de cursar o Grupo Escolar Princesa Isabel, veio com o avô para o Rio de Janeiro, estudar no MABE (Moderna Associação Brasileira de Ensino). Em 1950, voltou para seu estado, estudou mais e acabou formando-se advogado em Belo Horizonte, na Faculdade de Direito de Minas Gerais. Afeito ao desenho desde os mais tenros anos de vida, Ziraldo publicou seu primeiro desenho com apenas 6 anos de idade, no jornal A Folha de Minas. Em 1958, já morando fora de Minas Gerais, desembocou o namoro de sete anos com Vilma Gontijo, num casamento que lhe trouxe três filhos: Daniela, Fabrizia e Antônio, além de seis netos. Conhecimento Prático Literatura. Jan. 2011 2. Qual é o assunto tratado nesse texto? A) A formação escolar de Ziraldo. B) Aspectos biográficos de Ziraldo. C) A mudança para o Rio de Janeiro. D) A família de origem de Ziraldo. 34 E) Aspectos da obra do Cartunista. Leia e responda. 3. O assunto desse texto é a) a conservação das pinturas de Gentileza devido às obras na Zona Portuária. b) a crítica social presente nas obras do profeta Gentileza. c) a restauração das obras do profeta Gentileza feita em 2011. d) as obras para melhoria da mobilidade urbana realizadas no Rio de Janeiro. e) as pinturas de Selarón nas escadarias da Lapa. Leia e responda. O planeta está de olho em Nossa Biodiversidade Existem dezessete países no mundo considerados "megadiversos" pela comunidade ambiental. São nações que reúnem em seu território imensas variedades de espécies animais e vegetais. Sozinhas, detêm 70% de toda a biodiversidade global. Normalmente, a 35 "megadiversidade" aparece em regiões de florestas tropicais úmidas. É o caso de países como Colômbia, Peru, Indonésia e Malásia. Nenhum deles, porém, chega perto do Brasil. O país abriga aproximadamente 20% de todas as espécies animais do planeta. A variedade da flora também é impressionante. De cada cinco espécies vegetais do mundo, uma está por aqui. A explicação para tamanha abundância é simples. Os 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro englobam várias zonas climáticas, entre elas a equatorial do Norte, a semi-árida do Nordeste e a subtropical do Sul. A variação de climas é a principal mola para as diferenças ecológicas. O Brasil é dono de sete biomas (zonas biogeográficas distintas), entre eles a maior planície inundável (o Pantanal) e a maior floresta tropical úmida do mundo (a Amazônia). http://www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/Biodiversida 4. Pode-se afirmar que o tema do texto é (A) a biodiversidade das florestas tropicais. (B) a megadiversidade da Colômbia e do Peru. (C) a imensa biodiversidade do Brasil. (D) a variedade de climas do território brasileiro. (E) as imensas variedades de animais do mundo. Leia e responda. VELHA CHÁCARA A casa era por aqui... Onde? Procuro-a e não acho. Ouço uma voz que esqueci: É a voz deste mesmo riacho. Ah quanto tempo passou! (Foram mais de cinquenta anos.) Tantos que a morte levou! (E a vida... nos desenganos...) A usura fez tábua rasa Da velha chácara triste: Não existe mais a casa... - Mas o menino ainda existe. (Manuel Bandeira) 5. O tema do poema é (A) a lembrança da adolescência do poeta. (B) a lembrança da infância do poeta. (C) a lembrança da velhice do poeta. (D) o tempo que não passou. (E) o riacho que silenciou. Leia e responda. NOVO CROCODILO PRÉ-HISTÓRICO DESCOBERTO EM SÃO PAULO http://www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/Biodiversida 36 Encontrados onze esqueletos quase completos de espécie que viveu há 90 milhões de anos. Um parente distante dos crocodilos atuais que viveu há cerca de 90 milhões de anos acaba de ser descrito por pesquisadores brasileiros. Onze esqueletos quase completos da espécie primitiva, chamada "Baurusuchus salgadoensis", foram encontrados no interior do estado de São Paulo, numa descoberta que já é considerada uma das mais importantes da paleontologia brasileira. A preservação desses fósseis mostra como podem ter sido as catástrofes ecológicas ocorridas na Terra no Cretáceo e ajuda a entender as condições do planeta nesse período. A origem da descoberta remonta ao início dos anos 1990 na cidade de General Salgado (SP), quando um professor do ensino fundamental e médio encontrou os primeiros fósseis da nova espécie com a ajuda de seus alunos. O "Baurusuchus salgadoensis" viveu no período Cretáceo, há cerca de 90 milhões de anos, quando os continentes ainda estavam reunidos em um grande bloco, chamado Gondwana. Esse Crocodilo morfo -como são chamados os parentes distantes dos crocodilos atuais - media cerca de três metros de comprimento e pesava aproximadamente 400 kg. Era carnívoro e suas grandes mandíbulas faziam dele um excelente predador. Suas pernas eram bem mais longas que as dos crocodilos de hoje, já que ele precisava andar muito mais tempo sobre o solo, em comparação com os crocodilos atuais - na época em que o "B. salgadoensis" viveu, a Terra passava por uma situação climática instável, com grandes períodos de seca e escassez de água. Antes da descoberta do "Baurusuchus", espécies semelhantes só haviam sido encontradas no Paquistão, na Ásia. Segundo os pesquisadores, isso pode sugerir que houve um possível movimento migratório desses animais entre os continentes. (Adaptado de Cathia Abreu. 10/06/05 Especial para a CH On-line. 6. O texto trata (A) de uma catástrofe ecológica. (B) do período Cretáceo. (C) de uma espécie em extinção. (D) de um crocodilo pré-histórico. (E) de uma nova espécie de crocodilo. Leia e responda. A VILA DE CONTÊINERES Estudantes de Amsterdã se mudam para apartamentos de Lata. Em 1937, o americano Malcom McLean inventou grandes caixas de aço para armazenar e transportar fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais para o comércio na economia globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de um? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda, fica a maior vila de contêineres do mundo: com aproximadamente 1000 apartamentos de metal. Ela fica a 4 quilômetros do centro e foi construída para atender à demanda por alojamentos estudantis na cidade. Os contêineres foram comprados na China, onde passaram por uma reforma e ganharam os equipamentos básicos de um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor e isolamento acústico. Eles foram levados de navio para a Holanda e empilhados com guindastes para formar um prédio de 5 andares, que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca de 1000 estudantes. 37 Os contêineres são pequenos, e o prédio não tem elevador (é preciso subir de escada). Mas, como o aluguelcusta 320 euros por mês, barato para os padrões de Amsterdã, ninguém reclama. “No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho bem eficiente”, diz o estudante alemão Torsten Müller, que já vive lá há 6 meses. O sucesso foi tão grande que a empresa responsável pelo projeto já construiu outra vila num subúrbio de Amsterdã – e também está erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para turistas que quiserem ter a experiência de dormir num contêiner. Mas com acomodações de luxo – lata por fora, quatro- estrelas por dentro. (Caroline D’essen) Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1oehhyyc8Avuwk_ 7. O tema do texto é (A) o valor do aluguel em Amsterdã. (B) um problema habitacional grave. (C) a criação dos contêineres em 1937. (D) uma inovação na moradia em Amsterdã. (E) a influência da China no resto do mundo. Leia e responda. A TORRE EIFFEL DE UM BRASILEIRO Inaugurada em 1889 como parte da Exposição Mundial de Paris, a Torre Eiffel, com 324 metros de altura, se tornou um dos principais símbolos da capital francesa. A cada ano, ela recebe quase 7 milhões de visitantes. Um deles, o empresário Edson Ferrarin, se apaixonou pela estrutura a ponto de construir uma réplica. A obra custou R$ 180 mil e reproduz as formas da torre original, mas com apenas 10% de seu tamanho, o que equivale a um prédio de 11 andares. Foram usadas mais de 2 mil peças de ferro, que somam 30.000 quilos (contra 10.000 toneladas da verdadeira). A torre de Umuarama já está aberta para visitação. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1oehhyyc8Avuwk_l_ta 8. O tema desse texto é a (A) importância da torre. (B) inauguração da torre. (C) simbologia da torre. (D) origem da torre. (E) réplica da torre. Leia e responda. Uma breve história da estereospcopia Camadas de história constroem o atual sucesso do 3D no cinema e seu ingresso nas salas de estar, com os aparelhos de televisão. Nossos bisavós, a partir de meados do século XIX e início do XX, já namoravam a tecnologia, hoje redescoberta. Em 1833, o inglês Charles Wheatstone construiu um aparelho de espelhos muito simples, mas engenhoso, por meio do qual se visualizavam desenhos tridimensionais "em relevo". Um olho mirava uma foto, o outro sua equivalente, sua quase gêmea, e no cérebro se dava a fusão mágica. Esse aparelho - o estereoscópio -, ainda hoje encontrado nas feiras de antiguidade, foi o precursor do 3D. Ao casar-se com a fotografia, invenção ainda na inância, detonou uma explosão de imagens https://drive.google.com/file/d/1oehhyyc8Avuwk_l_ta 38 tridimensionais, que se valiam da riqueza de detalhes que surgiam especularmente dos retratos de famílias e de paisagens. Essa combinação, a união de duas tecnologias ainda imberbes, fez expandir o consumo de imagens que pareciam brotar da superfície. 9. O tema desse texto é (A) a expansão da tecnologia 3D. (B) a influência da tecnologia 3D. (C) a origem da tecnologia 3D. (D) o resultado da tecnologia 3D. (E) o sucesso da tecnologia 3D. Leia e responda. Coringa – o palhaço que não é piada Neste domingo, 5 de janeiro, o filme Coringa concorreu em quatro categorias do Globo de Ouro, uma das premiações mais importantes do mundo. Pra lá de merecido. Fiquei tão impressionada com essa obra-prima do cinema que decidi escrever sobre o filme – como psicóloga, como política e na condição de cidadã que vive as angústias do presente. Meu primeiro ponto: o filme traz o desconforto da realidade, incomoda porque é verdadeiro, transparente e, sobretudo, por exibir o permanente menosprezo dos órgãos públicos com as doenças psicológicas[...]. Gotham é a cidade da violência e da brutalidade, da solidão, do bullying e da omissão do Estado. Aqui, por mais perturbadora que possa ser a questão, cabe indagar: o descaso contribui para transformar seres humanos em criminosos? Como cuidar da ansiedade e da depressão, muitas vezes causadas pela descrença, pelo desalento e pela frustração? Como evitar que se alastre a epidemia oculta de infelicidade que atinge milhões de pessoas? Para resolver um problema, é necessário reconhecer que ele existe. [...] O Brasil é o primeiro no ranking internacional de países com o maior número de pessoas com ansiedade — são 18,6 milhões de brasileiros. [...] O sofrimento aumenta na crise. Aqui, a taxa de desemprego segue na faixa de 12%, ou seja, quase 13 milhões de pessoas penam com a pobreza e se frustram com a falta de expectativa. Questões difíceis e complexas como essas nos fazem refletir sobre a urgência de buscar consenso para fazer mudanças no tratamento de transtornos mentais, enquanto é tempo. Coringa é um filme fortíssimo porque mostra que a dor das pessoas não pode ser vista como piada. E a arte imita a vida mais do que o contrário. Tanto que estamos assistindo a milhares de coringas irem às ruas do mundo todo bradar contra injustiças e a distribuição desigual de poder e de renda. [...] Vale imensamente a pena ver Coringa. Joaquin Phoenix interpreta o personagem de forma tão intensa que dá vontade de abraçá-lo para agradecer por cumprir com tanta excelência o ofício de ser ator. Ele nos faz sentir a dor que representa a dor de milhares de pessoas. O filme mexeu muito comigo. Até hoje não consegui esquecer a frase que Coringa, depois de abraçar seu lado violento, anotou: “Só espero que minha morte faça mais sentido do que minha vida”. Em um mundo com tanto conforto e tanto conhecimento disponível, uma pessoa se sentir tão mal assim não tem graça nenhuma. Kátia Abreu – Psicóloga. 39 Correio.Braziliense/Opinião/07.01.2020. 10. No artigo “Coringa – o palhaço que não é piada”, o tema discutido é (A) a premiação concorrida pelo filme. (B) os transtornos psicológicos abordados no filme. (C) a interpretação de Joaquin Phoenix no filme. (D) a ansiedade no Brasil liderando o ranking internacional de casos abordados no filme. (E) o descaso aos transtornos à patologia psicológica. D7: IDENTIFICAR A TESE DE UM TEXTO. Leia o texto abaixo. Desperdiçar o tempo didático As horas que os alunos passam na sala de aula são preciosas e devem ser direcionadas para que eles aprendam os conteúdos curriculares. Por isso, o foco nos objetivos de ensino do professor é fundamental: a intenção é uma leitura bem feita? Ou uma discussão sobre o texto? Ou é o confronto de diferentes hipóteses? Sabendo disso e orientando os estudantes diretamente para essas atividades, as fases intermediárias que não somam conhecimento passam a ser mais breves. A organização do tempo não é fácil, mas a discussão com coordenadores pedagógicos e colegas deve facilitá-la. Com base na experiência dos demais, o professor pode notar que determinada tarefa feita em duplas durante 50 minutos fez com que os estudantes se dispersassem. Ou que o tempo gasto na cópia de um enunciado antes de começar a atividade de Matemática foi perdido, já que a fase de resolução de problemas era a realmente importante. Se alguns dos alunos são mais rápidos que os demais, é necessário ter à mão mais uma atividade para eles fazerem. Mas não vale pedir que a turma se preocupe com a feitura de um desenho ou uma redação sem propósito. O ideal é propor outras tarefas sobre o mesmo conteúdo, conforme os diferentes limites e saberes, para que todos avancem e encontrem desafios. Já nos trabalhos em grupo, é tarefa do professor orientar a junção dos alunos e notar se todos realizam a atividade – se não, reagrupar para que não percam aquele tempo de estudo. 1. A ideia defendida nesse texto é a de que A) o professor deve aproveitar de forma satisfatória o tempo em sala de aula e orientar as atividades. B) o professor necessita interagir com os coordenadores pedagógicos na discussão dos conteúdos. C) o professor precisa realizar menos tarefas em grupo para a aplicação dos conteúdos curriculares. D) os alunos ficam mais dispersos quando
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