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Beatricce, Rafaela e Rodrigo - 4º Período Medicina - 4º Período - UNIDEP TIC: Trabalho de parto. Problema 1: Objetivos/propostas da avaliação inicial (primeira etapa do trabalho de parto) da gestante em trabalho do parto. Um dos principais objetivos da avaliação inicial é verificar se a gestante está de fato em trabalho de parto. A fase de latência do primeiro período do trabalho de parto é caracterizada por contrações uterinas dolorosas e modificação cervical, incluindo apagamento e dilatação até 4 cm. Já na fase de trabalho de parto estabelecido, ocorre contrações uterinas regulares e dilatação cervical progressiva a partir dos 4cm. Além do diagnóstico do início do trabalho de parto, é necessário observar a frequência das contrações uterinas; pulso; temperatura; pressão arterial; frequência de diurese e realizar o toque vaginal. É importante também (nesse mesmo período) verificar a apresentação fetal e do cordão, bem como a frequência cardíaca fetal. É crucial manter a gestante sob observação durante esse período. Um partograma com linha de ação de 4 horas deve ser utilizado para o registro do progresso do parto, utilizando-se do modelo da OMS ou equivalente. Vale destacar que só se abre o partograma quando em 10 minutos a paciente tem 2 a 3 contrações que duram no mínimo 20 a 25 segundos, e colo dilatado maior ou igual a 5cm, ao limite de até 10cm. Problema 2: E a amniotomia? Deve ser realizada? A amniotomia, ou o rompimento artificial das membranas ovulares, não deve ser a rotina em casos com evolução normal do trabalho de parto. Esse procedimento fica reservado para situações em que, após haver contrações uterinas adequadas, ocorre diminuição significativa destas, tornando-se fracas e com intervalos aumentados (hipoatividade); diante de dilatação cervical entre 6 e 8 cm e na suspeita de mecônio pela amnioscopia. Em algumas condições, deve-se retardar a realização da amniotomia, como no parto de fetos prematuros e nas apresentações pélvicas. A amniotomia não deve ser realizada em parturientes com sorologias positivas para hepatites B e C e vírus da imunodeficiência humana (HIV) com o intuito de minimizar o risco de transmissão vertical. Problema 3: A gestante nesta etapa pode se alimentar? Quais as condições? Beatricce, Rafaela e Rodrigo - 4º Período Sim. Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos, de preferência soluções isotônicas ao invés de somente água. Além disso, mulheres em trabalho de parto que não estiverem sob efeito de opióides ou não apresentarem fatores de risco iminente para anestesia geral podem ingerir uma dieta leve. Nesse contexto, vale destacar também que aquelas pacientes que receberem opióides ou apresentarem fatores de risco que aumentem a chance de uma anestesia geral devem receber antagonistas H2/antiácidos. Zugaib (2023) considera adequado oferecer a possibilidade de ingestão de alimentos que produzam poucos resíduos, como líquidos adocicados, gelatinas e sorvetes de frutas durante o trabalho de parto. Não há evidências de que essa atitude aumente a morbidade materna e/ou neonatal em gestações de baixo risco. Referências Bibliográficas: ZUGAIB, M. Obstetrícia Básica. 1. ed. Barueri: Manole, 2015. ZUBAIB, M. Zugaib - Obstetrícia. 5. ed. Barueri: Manole, 2023. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_ normal.pdf. Acesso em: 05 de novembro de 2023.
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