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DIREITO PROCESSUAL CIVIL VIDEOAULA PROF. FIDEL RIBEIRO Do Chamamento ao Processo www.acasadoconcurseiro.com.br http://www.acasadoconcurseiro.com.br DIREITO PROCESSUAL CIVIL 3 DO CHAMAMENTO AO PROCESSO CAPÍTULO III DO CHAMAMENTO AO PROCESSO Doutrina de Marcus Vinícius Rios Gonçalves (Direito Processual Civil Esquematizado): É forma de intervenção de terceiros por meio da qual o réu fiador ou devedor solidário, origi- nariamente demandado, trará para compor o polo passivo, em litisconsórcio com ele, o afian- çado ou os demais devedores solidários. A diferença fundamental entre o chamamento ao processo e a denunciação da lide, afora o fato de aquele caber apenas nos casos de fiança e solidariedade, é que, nesta, ao menos como regra, não há relação jurídica direta entre o denunciado e o adversário do denunciante (...) A denun- ciação constitui verdadeira ação do denunciante contra o denunciado. A ação aforada contra denunciante jamais poderia ter sido aforada direta e exclusivamente contra o denunciado. No chamamento ao processo existe tal relação direta entre os chamados e o autor da ação: a proposta contra o chamante poderia igualmente ter sido proposta contra os chamados, como se demonstrará no item seguinte. O chamamento ao processo é sempre facultativo, e mesmo que o réu não o faça, poderá reaver dos demais coobrigados a parte que lhes cabe, em ação autônoma. Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu; (o contrário não é verdadeiro) II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. → consequência do chamamento: formação de litisconsórcio facultativo ulterior (exceção à re- gra geral de que a definição dos limites subjetivos do processo é realizada pelo autor na petição inicial) PRAZO PARA EFETIVAÇÃO DA CITAÇÃO DO CHAMADO Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o cha- mamento. 4 Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses. Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedo- res, a sua quota, na proporção que lhes tocar. Artigo relacionado: Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenoriza- damente à penhora. → Prevalece o entendimento na jurisprudência de que o benefício de ordem na fase executiva só poderá ser invocado se o fiador houver chamado o afiançado ao processo oportunamente na fase de conhecimento. § 1º Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do credor. § 2º O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo. § 3º O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem.
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