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DIREITO CIVIL - PESSOAS NATURAISPERSONALIDADE E CAPACIDADE

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DIREITO CIVIL
PESSOAS NATURAIS
PERSONALIDADE E CAPACIDADE
PROF. ALESSANDRA VIEIRA 
PESSOAS NATURAIS 
•De acordo com o Código Civil brasileiro,
•CAPACIDADE é o atributo da personalidade que
confere às pessoas a possibilidade de contrair
direitos e assumir obrigações na ordem jurídica.
•Essa CAPACIDADE divide-se em:
•-Capacidade de Direito ou de Gozo
•- Capacidade de Fato ou de Exercício.
PESSOAS NATURAIS 
CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO: A capacidade
de direito ou de gozo é ínsita à condição humana,
estando presente desde o início da personalidade da
pessoa natural, isto é, desde o seu nascimento com
vida.
PESSOAS NATURAIS 
CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO: A
capacidade de fato ou de exercício é a aptidão de
exercer por si só os atos da vida civil.
PESSOAS NATURAIS 
PESSOAS NATURAIS 
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
O estudo do Direito deve começar pelo conhecimento e
compreensão das pessoas, os sujeitos de Direito, porque são elas
que se relacionam dentro da sociedade.
Então, toda pessoa é suscetível de direitos e obrigações.
Consideram-se pessoas tanto o homem, pessoa física ou natural
como também às pessoas jurídicas.
PESSOAS NATURAIS 
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com
vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do
nascituro.
Basta que a pessoa tenha nascido com vida para que se lhe atribua
personalidade, passando a ser sujeito de direito. O nascituro não
tem personalidade, mas a lei resguarda os seus direitos desde a
concepção. Os direitos do nascituro ficam sob condição suspensiva.
PESSOAS NATURAIS 
Capacidade de fato é a aptidão que as pessoas têm para exercerem
por si mesmas os atos da vida civil.
• A incapacidade civil é classificada em absoluta e relativa.
• - Incapacidade absoluta: a pessoa está impossibilitada de exprimir
a sua vontade. Deve dessa forma ser representada em juízo.
• - Incapacidade relativa: é possível observar um certo
discernimento, mesmo que reduzido, o que o impossibilita de
exercer o direito por si só, fazendo jus à assistência de uma
pessoa.
PESSOAS NATURAIS 
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
(dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015)
•I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
•II - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
•III - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
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PESSOAS NATURAIS 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
• I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
• II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 
13.146, de 2015) (Vigência)
• III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
• IV - os pródigos.
• Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
PESSOAS NATURAIS 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos
completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
PESSOAS NATURAIS 
•Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
•I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
•II - pelo casamento;
•III - pelo exercício de emprego público efetivo;
PESSOAS NATURAIS 
•IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
•V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela
existência de relação de emprego, desde que, em função
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria.
PESSOAS NATURAIS 
PESSOAS NATURAIS 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a
morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos
em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
A morte real extingue a capacidade e dissolve tudo, não
sendo mais o morto sujeito de direitos e obrigações.
PESSOAS NATURAIS 
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de
ausência:
•I - se for extremamente provável a morte de quem estava em
perigo de vida;
•II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não
for encontrado até dois anos após o término da guerra.
•Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos,
somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e
averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do
falecimento.
PESSOAS NATURAIS 
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não
se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos
outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
•A comoriência ocorre, quando não é possível identificar o
momento das mortes dos envolvidos, num evento fático, com
morte de duas ou mais pessoas, reciprocamente herdeiras umas
das outras, presumindo-se então que falecerem no mesmo evento,
e no mesmo momento, por presunção legal de comoriência.
PESSOAS NATURAIS 
•Art. 9o : Serão registrados em registro público:
•I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
•II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do
juiz;
•III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
•IV - a sentença declaratória de ausência e de morte
presumida.
PESSOAS NATURAIS 
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
•I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação
do casamento, o divórcio, a separação judicial e o
restabelecimento da sociedade conjugal;
•II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou
reconhecerem a filiação;
•III - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
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DIREITOS DA PERSONALIDADE
Direitos da Personalidade são direitos que integram a condição
essencial da pessoa humana, como pressupostos de sua existência e
de sua dignidade. São atributos inerentes a nossa própria condição
humana.
Os direitos da personalidade são normalmente definidos como o
direito irrenunciável e intransmissível de que todo indivíduo tem
de controlar o uso de seu CORPO, NOME, IMAGEM ou quaisquer
outros aspectos constitutivos de sua IDENTIDADE. Pode ser
entendido então como direitos atinentes à promoção da pessoa na
defesa de sua essencialidade e dignidade.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos
da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não
podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
DIREITOS DA 
PERSONALIDADE 
INSTRANSMISSÍVEIS
IRRENUNCIÁVEIS 
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a
direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem
prejuízo de outras sanções previstas em lei.
•Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação
para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou
colateral até o quarto grau.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição
permanente da integridade física, ou contrariar os bons
costumes.
•Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido
parafins de transplante, na forma estabelecida em lei
especial.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a
disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte,
para depois da morte.
•Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente
revogado a qualquer tempo.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com
risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção
cirúrgica.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele
compreendidos o prenome e o sobrenome.
O nome é, portanto, uma forma de individualização do ser
humano na sociedade, mesmo após a morte. Trata-se da
manifestação mais expressiva da personalidade. O nome é
essencial para o exercício regular dos direitos e do
cumprimento das obrigações.
NOME PRENOME SOBRENOME
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por
outrem em publicações ou representações que a exponham
ao desprezo público, ainda quando não haja intenção
difamatória.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio
em propaganda comercial.
A publicidade comercial só pode veicular nome de pessoa
física ou jurídica, bem como marca, se houver expressa
autorização do titular do direito.
A exploração econômica do nome alheio não pode ser feita
sem que o proveito possa reverter em favor do titular do
nome ou da marca.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza
da proteção que se dá ao nome.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à
administração da justiça ou à manutenção da ordem
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra,
ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de
uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e
sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se
destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente,
são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge,
os ascendentes ou os descendentes.
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DIREITOS DA PERSONALIDADE
•Este artigo do Código Civil trata da possibilidade do
interessado pleitear a proibição da divulgação de escritos,
transmissão da palavra ou a publicação, exposição ou a
utilização da imagem de uma pessoa, sem prejuízo de
indenização que couber, se for atingida a honra, a boa fama
ou a respeitabilidade ou se destinarem a fins comerciais.
•A regra geral é de que qualquer pessoa pode impedir tais
formas de divulgação.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
- Importante mencionar que o STF afastou a exigência de
autorização prévia para biografias na ADIN 4815.
- Assim, por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal
julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
4815 e declarou inexigível a autorização prévia para a publicação de
biografias.
- Em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de
expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença de pessoa
biografada, relativamente a obras biográficas literárias ou
audiovisuais (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas).
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o
juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências
necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta
norma. (Vide ADIN 4815)
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815

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