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DIREITO DE FAMILIA - 2 BIM

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DIREITO DE FAMÍLIA 
2º BIMESTRE 
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL E DO 
CASAMENTO 
Sociedade conjugal é aquela em que duas pessoas se unem com o ânimo de constituir 
família. 
Vinculo conjugal  é a própria essência de ser casado. Cria a família o Estado civil de 
estar casado. 
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL 
SEPARAÇÃO 
Põe fim à vida em comum. 
Extingue os deveres do casamento (art. 1566 CC) 
Modalidades: 
I. Separação judicial consensual: acordo entre as partes. 
Art. 1.571 CC, a sociedade conjugal se dissolve, 
ou seja, termina, pela morte de um dos 
cônjuges, pela nulidade ou anulação do 
casamento, pela “separação judicial” e pelo 
divórcio.
Somente o divórcio, a anulação, nulidade e a 
morte podem por fim nesta situação jurídica.
Art. 1.574. Dar-se-á a separação judicial por mútuo 
consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de um 
ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente 
homologada a convenção.
II. Separação extrajudicial: no cartório, observada os requisitos. 
III. Separação litigiosa: não há acordo, consenso, entre as partes. 
EFEITOS DA CULPA: 
A. Alimentos. 
B. Uso do nome: se o cônjuge é culpado, não pode usar o sobrenome do outro. 
Exceção: 
I - evidente prejuízo para a sua identificação; 
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união 
dissolvida; 
III - dano grave reconhecido na decisão judicial. 
OBS: 
Separação de corpos e tutela de urgência ( afastamento temporário de um dos cônjuges 
da residência do casal, com finalidade 
• Consenso; 
• Ausência de filhos menores /incapazes ou nascituro; 
• As disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns; 
• As disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges; 
• O acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e 
• O valor da contribuição para criar e educar os filhos.
Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá 
propor a ação de separação judicial, imputando 
ao outro qualquer ato que importe grave 
violação dos deveres do casamento e torne 
insuportável a vida em comum.
Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier 
a necessitar de alimentos, será o outro obrigado a prestá-los 
mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido 
declarado culpado na ação de separação judicial. 
Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a 
necessitar de alimentos, e não tiver parentes em condições 
de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge 
será obrigado a assegurá-los, fixando o juiz o valor 
indispensável à sobrevivência.
de proteger a integridade física e 
psíquica de um deles. Lei Maria da 
Penha. Não existe mais separação de 
corpos mas tem a tutela de urgência. 
REESTABELECIMENTO DA SOCIEDADE CONJUGAL 
DIVÓRCIO 
Rompimento legal e definitivo do vínculo de casamento. 
I. Extrajudicial: feito diretamente no cartório. Observado os requisitos. 
 
Antes da EC 66/2010: 
1. Divórcio indireto (primeiro tinha a separação judicial, após 1 ano, convertia em 
divórcio). 
2. Divórcio direto (Preenchimento do lapso temporal de dois anos de separação fática, 
tanto em sua forma litigiosa quanto consensual. Apenas baseado no “princípio da 
ruptura”, portanto, não se mostrando pertinente qualquer questionamento acerca da 
culpa. 
Após a EC 66/2010: 
Aboliu os prazos para o divórcio, estabelecendo que o casamento civil pode ser 
dissolvido pelo divórcio. 
O divórcio pode ser pedido no dia seguinte a separação. 
Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação 
judicial e o modo como esta se faça, é lícito aos 
cônjuges restabelecer, a todo tempo, a 
sociedade conjugal, por ato regular em juízo.
• Consenso; 
• Ausência de filhos incapazes ou nascituros; 
• Descrição dos bens e da partilha, da pensão 
alimentícia para os cônjuges e uso do nome; 
• Indispensabilidade de advogado.
REQUISITOS PROCESSUAIS 
I. Foro competente 
II. Legitimidade 
III. Rito processual e tentativa de conciliação 
O rito processual será diferente para cada modalidade. 
Divórcio litigioso: procedimento especial, art. 693 e seguintes. 
Divórcio consensual: procedimento especial, art. 731 e seguintes. 
IV. Pedidos específicos 
 
DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL 
Por ser fonte geradora de direitos e obrigações, apesar de ser uma entidade familiar 
informal, quando de sua dissolução, para que fiquem resguardados direitos em relação às 
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento 
ou dissolução de união estável: 
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; 
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do 
casal; 
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar;
Art. 1.582. O pedido de divórcio somente 
competirá aos cônjuges. 
Parágrafo único. Se o cônjuge for incapaz para 
propor a ação ou defender-se, poderá fazê-lo o 
curador, o ascendente ou o irmão.
• Divórcio consensual; 
• Partilha de bens; 
• Alimentos para os cônjuges; 
• Guarda e regulamentação de visitas; 
• Alimentos para os filhos; 
• Nome de casado.
partes e terceiros, é corriqueiro os companheiros utilizar a Ação De Reconhecimento E 
Dissolução De União Estável. (Declaratória sendo então imprescritível). 
EXTRAJUDICIAL: 
Não é obrigatória a prévia oficialização da união estável (por escritura pública, contrato 
ou sentença judicial) para dissolvê-la de forma extrajudicial (via cartório). 
E mais, não é obrigatória a presença de ambas as partes no cartório, sendo possível a 
nomeação de procurador por escritura pública com poderes especiais para representar 
uma ou ambas as partes para a realização do ato, que poderá ser um terceiro de 
confiança ou o próprio advogado. 
Dissolução da união estável somente poderá ser feita no cartório caso o pedido seja 
consensual e que os conviventes não possuam filhos menores ou maiores incapazes, 
onde os mesmos concordem com os termos escritura pública que lavrará a composição 
respectiva, como partilha de bens, eventual pensão alimentícia etc. 
E não se perca de vista que, também no caso de dissolução de união estável 
extrajudicial, será necessário que os conviventes estejam acompanhados de advogado, 
o qual assinará em conjunto a escritura pública de dissolução, mediante representação 
por procuração (por instrumento particular ou público com fins específicos), com prazo de 
validade de 30 (trinta) dias. 
Quanto ao Cartório de Notas que fará a lavratura da escritura pública de separação ou 
divórcio, fica a livre escolha das partes, independente do domicílio das mesmas. 
Finalizado o procedimento, dependendo do caso, para transferência dos bens para o 
nome de cada uma das partes, é necessário apresentar a escritura para registro no 
Cartório de Registro de Imóveis (bens imóveis), no Detran (veículos), no Cartório de 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou na Junta Comercial (sociedades), nos Bancos 
(contas bancárias) etc. 
FILIAÇÃO 
O que é? 
É relação de parentesco em linha reta de primeiro grau que se estabelece entre pais e 
filhos, seja essa relação decorrente de vínculo sanguíneo ou de outra origem legal, como 
no caso da adoção ou reprodução assistida como utilização de material genético de outra 
pessoa estranha ao casal, afetiva. 
FILIAÇÃO ANTES DA CF/88 
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: 
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal; 
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, 
separação judicial, nulidade e anulação do casamento; 
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; 
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de 
concepção artificial homóloga; 
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do 
marido.
CRITÉRIO PARA ESTABELECIMENTO DA FILIAÇÃO 
PATERNIDADELEGAL/JURÍDICA/PRESUMIDA 
Essa doutrina chama de presunção quem justae nuptiae demonstrant, ou 
simplesmente pater is est, (atribui ao marido a paternidade do filho concebido durante o 
casamento. Ela  possui natureza juris tantum  (relativa), podendo ser ilidida por prova 
contrária, especialmente o exame de DNA). 
Impotência: 
Recusa exame de DNA: 
PATERNIDADE BIOLÓGICA 
A paternidade biológica se relaciona com a consanguinidade, que pode ser provada 
cientificamente pelo exame de DNA, que revela a verdade técnica sobre a paternidade, 
buscada cada vez mais nos dias atuais. 
Os filhos havidos ou não na constância do casamento, poderão obter o reconhecimento 
de sua origem, tomando conhecimento de seus ascendentes, sua identidade pessoal, 
características e semelhanças genéticas, garantindo também no âmbito jurídico os fins 
sucessórios e de caráter alimentar. Direito de caráter personalíssimo, imprescritível e 
indisponível. 
O reconhecimento da filiação biológica, não vincula ao exercício efetivo da 
paternidade, sendo esse o fator principal das divergências doutrinárias existente. 
Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge 
para gerar, à época da concepção, ilide a 
presunção da paternidade.
Parágrafo único. A recusa do réu em se 
submeter ao exame de código genético - DNA 
gerará a presunção da paternidade, a ser 
apreciada em conjunto com o contexto 
probatório.
PATERNIDADE SOCIOAFETIVA 
Trata-se do vínculo que decorre da relação socioafetiva constatada entre filhos e pais, 
tendo como fundamento o afeto. 
Algo que vai alem dos laços da consanguinidade. 
Consoante se firmou no direito que trata da filiação, três são os tipos de parentesco 
existentes em nosso Código Civil: a consanguinidade, o civil e a afinidade. 
Portanto, relativamente a quem cria, convive, educa e forma um ser humano desde a 
tenra idade, o estado de filiação que passou a dominar é o estado de filiação 
socioafetiva. 
MULTIPARENTALIDADE 
Provimento 63 do CNJ (14/11/2017), entre outros temas, trata do reconhecimento 
extrajudicial da parentalidade socioafetiva diretamente no Cartório de Registro Civil. 
ENUNCIADO 632 – Art. 1.596: Nos casos de reconhecimento de multiparentalidade 
paterna ou materna, o filho terá direito à participação na herança de todos os 
ascendentes reconhecidos. 
622 do STF - repercussão geral reconhecida - tese firmada: "A paternidade socioafetiva, 
declarada ou não em registro público, não impede o do vínculo de filiação concomitante 
baseada na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios 
PROVA DA FILIAÇÃO 
 
RECONHECIMENTO DOS FILHOS HAVIDOS FORA DO CASAMENTO 
Art. 1.603. A filiação prova-se pela certidão do 
termo de nascimento registrada no Registro 
Civil.
Art. 1.607. O filho havido fora do casamento 
pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou 
separadamente.
Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de 
nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer 
modo admissível em direito: 
I - quando houver começo de prova por escrito, 
proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; 
II - quando existirem veementes presunções 
resultantes de fatos já certos.
MODOS DE RECONHECIMENTO 
- Voluntário: é declaração da paternidade e/ou maternidade de forma espontânea. 
Para o reconhecimento de filho maior de idade deve ter o seu consentimento. 
Após o reconhecimento, o ato passa a ser irrevogável. 
Exceção: Art. 1.604. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro 
de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro. 
- Judicial: Aqui a paternidade e/ou maternidade será declarada de forma judicial, 
através de Ação de Investigação de Paternidade e/ou maternidade (É ação de estado, 
pois procura estabelecer um vínculo jurídico entre pai e filho, e é ao mesmo tempo 
uma ação declaratória, ao afirmar e convalidar o estado de filiação, e a posição do 
interessado no grupo familiar, comprovando o seu status familiae). 
- Oficiosa: mãe fala quem é o suposto pai. 
Art. 2° Em registro de nascimento de menor apenas com a maternidade 
estabelecida, o oficial remeterá ao juiz certidão integral do registro e o nome e prenome, 
profissão, identidade e residência do suposto pai, a fim de ser averiguada oficiosamente 
a procedência da alegação. 
CONSEQUÊNCIAS 
 
✔ Estabelecer liame de parentesco entre o filho e seus pais.
✔ Impedir que o filho, reconhecido por um dos cônjuges, resida no lar conjugal 
sem anuência do outro (CC, at. 1.611).
✔ Dar ao filho reconhecido, que não reside com o genitor que o reconheceu, 
direito à assistência e alimentos.
✔ Sujeitar o filho reconhecido, se menor, ao poder familiar, observando-se o art. 
1616 do Código Civil.
✔ Conceder direito à prestação alimentícia tanto ao genitor que reconhece como 
ao filho reconhecido.
✔ Equiparar, para efeitos sucessórios, os filhos de qualquer natureza (lei. 
6515/77, art. 227 § 6o da CF/88, arts. 1.829, I e II e 1845).
✔ Autorizar o filho reconhecido a propor ação de petição de herança e a de de 
partilha, devido a sua condição de herdeiro.
✔ Equiparar a prole reconhecida, tanto para efeito de clausulação de legítima 
(CC, art. 1848) como para o de indignidade (CC. Art. 1814) ou deserdação (CC. 
Art. 1962), ao descendente havido em casamento.
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE 
Poderá ser intentada ação negatória de paternidade nos casos de vícios de 
consentimento (arts. 1604, 171, II CC). 
Exemplo: quando um homem descobre que foi enganado quanto a sua paternidade em 
relação ao filho, que, de fato, não é seu, pode fazer o uso da ação negatória de 
paternidade, com escopo de anular o reconhecimento da paternidade feito por erro. 
SENTENÇA QUE DECLARA PATERNIDADE 
Tem natureza meramente declaratória, acertando uma situação jurídica até então 
existente do plano fático, produzindo efeito erga omnes. 
Na sentença deve o Juiz mandar averbar no registro civil de nascimento do 
investigante o nome do demandado e seus ascendentes, bem como facultar ao autor 
acrescentar o nome patronímico do genitor ao seu. 
BARRIGA DE ALUGUEL E/OU MÃE DE SUBSTITUIÇÃO E/OU GESTAÇÃO 
POR SUBSTITUIÇÃO(CESSÃO TEMPORÁRIA DO ÚTERO) 
Apelar a uma terceira pessoa para assegurar a gestação quando o estado do útero não 
permite o desenvolvimento normal do zigoto ou quando a gravidez apresenta um risco 
para a mãe. 
MODALIDADES DE MÃES DE SUBSTITUIÇÃO 
a) mãe portadora – aquela que empresta o útero, recepcionando os embriões do casal 
doador e solicitante do empréstimo do útero; 
b) mãe de substituição – é aquela que empresta o útero e também pode ceder seus 
óvulos, sendo inseminada com o esperma do marido da mulher infértil. 
Obs: Resolução n°2.168/2017 do CFM - proíbe o caráter lucrativo ou comercial dessa 
forma de gestação e também estipula que as doadoras de útero devam pertencer à 
família da doadora do material genético, com vinculo de parentesco até o 4° grau. 
ADOÇÃO 
A adoção é sem qualquer dúvida o exemplo mais pungente da filiação socioafetiva, 
psicológica e espiritual, por que sustentada, eminentemente, nos vínculos estreitos e 
únicos de um profundo sentimento de afeição. 
Consiste em, por escolha, tornar-se pai e/ou mãe de alguém com quem, geralmente, 
não se mantém vinculo biológico. 
FORMAS 
- Unilateral: possibilidade de um padrasto adotar o enteado ou a enteada, ficando 
mantidos os vínculos com a mãe. 
- Póstuma: Adoção em que o adotante vem a falecer no curso do procedimento. É o 
único caso em que a sentença passa a produzir efeitos retroativos, ou seja, a partir da 
data do óbito. 
- Por homoafetivos: Em 06.05.2011 o STF inovou, concedendo aos homossexuais os 
mesmos direitos dos casais que vivem em união estável, inclusive adoção. 
- Intuito personae: é a conhecida adoção consensual onde os pais entregaram 
diretamente a criança a pessoas não integrantes do cadastro de adotantes. 
Obs: O vinculo da adoção se constitui por sentença, com eficácia constitutiva, e produz 
efeitos depois do trânsito e julgado. 
PODER FAMILIAR 
O que é?É o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no tocante à pessoa e aos bens 
dos filhos menores e não emancipados. 
Múnus público, imposto pelo Estado aos pais, a fim de que zelem pelo futuro de seus 
filhos. 
Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores 
têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. Tem 
como pilar a guarda, o sustento e educação. 
Quem exerce? 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
A. Múnus Publico: é o Estado quem deve fixar normas para o seu exercício, interessa 
seu bom desempenho concernente a atuação do poder dos pais na pessoa dos filhos. 
B. Irrenunciabildiade: os pais não podem, em regra, subtrair-se ao dever de proteção 
dos filhos. EXCEÇÃO: adoção - para a doutrina majoritária. 
C. Indispensabilidade: pois é necessário para o próprio desempenho ou cumprimento 
das obrigações que tem os pais de sustento, criação e educação dos filhos. 
D. Inalienável ou indisponível: não pode ser transferido pelos pais a outrem, a título 
gratuito ou oneroso. 
E. Imprescritível: no sentido de que dele o genitor não decai pelo fato de não exercitá-
lo, somente podendo perdê-lo na forma e nos casos expressos em lei; 
F. Temporariedade: cessa, a rigor, quando o filho atingir a maioridade. 
G. Incompatível com a tutela: não se pode nomear tutor a menor, cujo pai ou mãe não 
foi suspenso ou destituído do poder familiar. 
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade 
de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que 
dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer 
deles o direito de, em caso de discordância, recorrer 
à autoridade judiciária competente para a solução da 
divergência.
 Durante o casamento e a união estável, compete o 
poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de 
um deles, o outro o exercerá com exclusividade. 
CONTEÚDO 
SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR 
Tem caráter temporário, e como 
são apresentadas de forma 
genérica, dependem da decisão 
judicial, onde o juiz terá grandes 
parâmetros para decidir de acordo 
com o caso em concreto. 
Quando a suspensão é cumprida, 
restaura-se o poder familiar. 
OBS:A falta ou carência de 
recursos materiais não constitui 
motivo suficiente para a perda ou 
suspensão do pátrio poder. 
I - dirigir-lhes a criação e a educação 
 II - exercer a guarda unilateral ou 
compartilhada nos termos do art. 1.584 III - 
conceder-lhes ou negar-lhes consentimento 
para casarem; 
IV - conceder-lhes ou negar-lhes 
consentimento para viajarem ao exterior; 
V - conceder-lhes ou negar-lhes 
consentimento para mudarem sua residência 
permanente para outro Município; 
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou 
documento autêntico, se o outro dos pais 
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder 
exercer o poder familiar; 
VII - representá-los judicial e 
extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, 
nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa 
idade, nos atos em que forem partes, 
suprindo-lhes o consentimento; 
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os 
detenha; 
Art. 1.689. O pai e a mãe, enquanto no exercício do 
poder familiar: 
I - são usufrutuários dos bens dos filhos; 
II - têm a administração dos bens dos filhos menores 
sob sua autoridade 
Ainda, traz o artigo 1.693, do Código Civil os bens 
que são excluídos do usufruto e da administração 
dos pais, ditando que, Art. 1.693. Excluem-se do 
usufruto e da administração dos pais: 
I - os bens adquiridos pelo filho havido fora do 
casamento, antes do reconhecimento; 
II - os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis 
anos, no exercício de atividade profissional e os bens 
com tais recursos adquiridos; 
III - os bens deixados ou doados ao filho, sob a 
condição de não serem usufruídos, ou administrados, 
pelos pais; 
IV - os bens que aos filhos couberem na herança, 
quando os pais forem excluídos da sucessão.
a) Abuso da autoridade; 
b) Falta aos deveres pelos pais, por negligência, incapacidade, 
impossibilidade de seu exercício, ou omissão habitual no 
cumprimento; 
c) Ruína ou dilapidação dos bens dos filhos; 
d) Condenação por sentença irrecorrível em virtude de crime 
com pena de prisão superior a dois anos. Cumprida a pena, 
restaura-se o poder familiar, se nada mais de grave aparecer 
contra os pais; 
e) Se o genitor empregar o filho em ocupação proibida ou 
manifestadamente contrária à moral e aos bons costumes, que 
lhe ponha em risco à saúde, a vida, a moralidade; 
f) Se o genitor, por maus-tratos ou privação de alimentos ou de 
cuidados indispensáveis, puser em perigo a saúde do filho; 
g) Se o genitor através de maus exemplos, crueldade, 
exploração ou perversidade, são comprometidas a saúde, a 
segurança e a moralidade do filho ; 
h) Deixar ou colaborar para que o filho fique em estado habitual 
de vadiagem, mendicidade e criminalidade.
EXTINÇÃO 
 
PERDA OU DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR 
Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar: 
I - pela morte dos pais ou do filho; 
II - pela emancipação, nos termos do art. 5o, 
parágrafo único; 
III - pela maioridade; 
IV - pela adoção; 
V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: 
 I - castigar imoderadamente o filho; 
II - deixar o filho em abandono; 
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; 
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente. 
V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. Parágrafo único. Perderá 
também por ato judicial o poder familiar aquele que I – praticar contra outrem igualmente titular do 
mesmo poder familiar: 
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar 
de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à 
condição de mulher; 
 b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão; 
II – praticar contra filho, filha ou outro descendente 
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar 
de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à 
condição de mulher; 
b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão.
RESTITUIÇÃO 
Além dos pais comprovarem que foram cessadas as causas que os destituíram do poder 
familiar, também terão que provar que o restabelecimento atende o interesse do filho 
menor. 
A restituição do poder familiar só não será possível, se o menor estiver definitivamente 
inserido em família substituta sob a modalidade de adoção. 
DA GUARDA 
De regra sera a guarda compartilhada. 
MODALIDADES 
A. Guarda Unilateral, exclusiva, única e/ou dividida: é aquela atribuída a um só dos 
genitores ou alguém que o substitua. É garantido ao outro genitor o direito de 
visitação, com ou sem regulamentação judicial, e a obrigação alimentar. 
B. Guarda compartilhada: por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o 
exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, 
concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. Na guarda compartilhada, o 
tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a 
mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos 
filhos. 
Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-
se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda 
compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a 
guarda do menor. 
Existem vários entendimentos que para ser aplicada a guarda compartilhada é necessário 
que os pais, mesmo que separados, tenham uma boa convivência. 
C. Guarda alternada: possibilita os pais passarem a maior parte do tempo possível com 
seus filhos, é caracterizada, pelo exercício da guarda, alternadamente, segundo um 
período de tempo pré-determinado, que pode ser anual, semestral, mensalou 
mesmo uma repartição organizada dia-a- dia. A diferença com a compartilhada é que 
a obrigação é de um dos pais, o qual o filho está. 
D. Aninhamento ou nidação: os filhos passam a residir em uma só casa; no entanto, são 
os pais quem se mudam segundo um ritmo periódico. È derivada do Direito 
Americano, porém, muito exótica, e muito pouco prática. NÃO é verdade no Brasil, 
mas pela realidade não condiz. 
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada 
 Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: 
I – Requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer 
deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de 
dissolução de união estável ou em medida cautelar: 
II – Decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do 
filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio 
deste com o pai e com a mãe
TITULARIDADE 
A guarda tem como titulares o pai e a mãe, quando da fragmentação da família, e se 
relaciona à pessoa dos filhos. 
Poderá ser deferida a outras pessoas quando o juiz verificar que os filhos não devem 
permanecer com o pai ou a mãe. 
PESSOAS SUJEITAS A GUARDA 
Filhos menores e não emancipados. 
DIREITO A VISITAS E CONVIVÊNCIA FAMILIAR 
MODIFICAÇÃO DA GUARDA 
Poderá ser modificada, a pedido dos conjugues ou através de determinação judicial, 
podendo ser deferida a terceiros. 
PENSÃO ALIMENTÍCIA E GUARDA COMPARTILHADA 
Aquele que não ficou com a guarda cabe a obrigação de ajudar financeiramente, e 
também dividir as despesas. 
Porém, há uma divisão proporcional dos gastos na criação dos filhos, na medida das 
condições financeiras de cada um dos pais, levando em consideração o que foi 
previamente acordado. 
Descumprir o acordado, deixando de pagar a pensão, são as mesmas da guarda 
unilateral, “podendo sofrer execução até com a possibilidade de ver sua prisão 
decretada, além de outras medidas como o protesto do provimento judicial, negativando 
assim o nome. 
Portanto, ainda que um dos genitores, que não possuía a guarda da criança, faça um 
pedido de guarda compartilhada ao juiz, e este revisando a decisão anterior a conceda, o 
Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não 
estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua 
companhia, segundo o que acordar com o outro 
cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar 
sua manutenção e educação. 
Parágrafo único. O direito de visita estende-se a 
qualquer dos avós, a critério do juiz, observados os 
interesses da criança ou do adolescente
pagamento da pensão alimentícia subsistirá. Pois a mudança da guarda unilateral para a 
guarda compartilhada trará consequências/benefícios para a criança e para o 
adolescente, o que não se confundem com a desobrigação financeira. 
ALIENAÇÃO PARENTAL 
 Alienação parental consiste na interferência psicológica provocada na criança ou 
adolescente por um dos seus genitores contra outro membro da família que também 
esteja responsável pela sua guarda e vigilância. 
Exemplos: 
A mãe desqualificar o pai da criança em sua frente e de outros. 
Arrumar empecilhos seguidamente para que a criança não vela um dos genitores no dia 
de visitação. 
Deixar de compartilhar com o ex-cônjuge informações relevantes sobre a educação e a 
saúde da criança. 
Mudar o domicilio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência 
da criança ou adolescente com avós. 
ALIMENTOS 
O que é? 
Tudo quanto é indispensável às necessidades da vida, como vestimentas, alimentação, 
moradia, atendimento médico-hospitalar, instrução etc. 
O fundamento axiológico da obrigação alimentícia reside na afirmação do direito à vida, 
e a sua medida se dá pela afirmação do princípio da dignidade da pessoa humana. 
VÍNCULOS QUE AUTORIZAM PEDIR ALIMENTOS 
*Vinculo conjugal 
*União estável 
*Vinculo de parentesco. 
*Suposição de vinculo de parentesco estabelecida pela Lei 11.804/2008 (Alimentos 
gravídicos) 
 
OBS. o vinculo de afinidade não gera alimentos; já o vinculo socioafetivo pode gerar 
obrigação alimentar que vai além da simples afinidade. 
Enunciado 14. Salvo expressa disposição em 
contrário, os alimentos fixados ad valorem incidem 
sobre todos os rendimentos percebidos pelo 
alimentante que possua natureza remuneratória, 
inclusive terço constitucional de férias, 13o salário, 
participação nos lucros e horas extras.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou 
companheiros pedir uns aos outros os alimentos de 
que necessitem para viver de modo compatível com 
a sua condição social, inclusive para atender às 
necessidades de sua educação. 
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção 
das necessidades do reclamante e dos recursos da 
pessoa obrigada. 
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à 
subsistência, quando a situação de necessidade 
resultar de culpa de quem os pleiteia.
PRESSUPOSTOS DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR 
1 – Necessidade do alimentando. 
2 – Possibilidade do alimentante. 
O binômio necessidade e possibilidade trata de uma implicação fundamental para a 
obrigação alimentícia. Tem como finalidade de não retirar de um para dar ao outro sendo 
que aquele fique em estado de miséria. 
O direito a alimentos não é perpétuo, pois esta condicionado ao binômio. Se um 
daqueles desaparecer, ipso facto, cessam o direito e o dever. 
TEORIA DA APARÊNCIA 
Usada para estipular o valor dos alimentos 
Teoria da Aparência para fixar e, posteriormente, alterar a pensão alimentícia, 
argumentando que a condição social demonstrada pelo alimentante e os bens que ele 
possui indicam a renda de fato por ele auferida. 
Ocorre nos casos em que o devedor se valer da inexistência de vínculo empregatício na 
CTPS, da condição de profissional autônomo ou empresário, sem comprovar 
judicialmente a renda que aufere, porém, ostenta uma condição financeira superior a 
declarada. 
ORIGEM DOS ALIMENTOS 
Dever de sustento - estabelecido em razão do poder familiar ( filhos menores de idade). 
Neste caso por se tratar de menor, a necessidade é presumida. 
Obrigação alimentar – estabelecida entre os cônjuges, companheiros e parentes. (filhos 
maiores ou incapazes) – neste caso há de demonstrar a necessidade. 
São devidos os alimentos quando quem os pretende 
não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu 
trabalho à própria mantença e aquele, de quem se 
reclamam, pode fornecê-los sem desfalque do 
necessário ao seu sustento.”
CLASSIFICAÇÃO 
I. Quanto a natureza 
Naturais ou necessários (necessarium vite): alimentos estritamente necessários à 
mantença da vida de uma pessoa, compreendendo tão-somente a alimentação, a cura, o 
vestuário, a habitação, nos limites das necessidades vitais. 
Civis ou côngruos: as necessidades intelectuais e morais, inclusive a recreação do 
beneficiário, compreendendo necessidades outras da pessoa. 
II. Quanto a causa jurídica 
Alimentos legítimos ou legais: decorrentes de relação familiar de casamento, de união 
estável, homoafetiva ou parentesco, em favor do alimentado. Independem de qualquer 
acordo entre o credor e devedor, pois são ex dispositione iuris. 
Voluntários: decorrentes de ato espontâneo. 
inter vivos – estabelecidos mediante declaração unilateral de vontade ou em decorrência 
de convenção, ou causa mortis, os quais se estabelecem por legado 
Indenizatórios ou ressarcitorios: resultam de uma sentença condenatória em matéria de 
Responsabilidade Civil. Não permite a prisão civil como forma de coerção. Surgida em 
consequência da prática de ato ilícito concebe indenização do dano ex delicto. 
Para a hipótese de lesão ou diversa ofensa à saúde, o responsável sujeita-se à prestação 
de alimentos correspondentes à importância do trabalho eu se inabilitou, ou da 
depreciação que ele sofreu. 
III. Quanto a finalidade 
Definitivos: decorrem de sentença proferida em ação de alimentos ou em outras ações 
que tragam pedido de alimentos cumulativamente ou quando decorrem de acordo 
celebrado entre as partes e referendado pelo Ministério Público ou Defensoria Pública e 
seusadvogados. 
Provisórios: concedido pela lei de alimentos. Podem alcançar, além das necessidades 
para subsistência, parte da renda de bens comuns. 
Para serem concedidos, exige-se a prova prévia da obrigação: parentesco, casamento, 
união estável ou homoafeiva. 
Apresentada essa prova, o juiz “fixará” os alimentos provisórios, se requeridos. 
Provisionais: São fixados por meio de antecipação de tutela ou em liminar concedida em 
medida cautelar de separação de corpos em ações em que não há a prova pré-
constituída do parentesco (certidão de nascimento) ou do casamento (certidão de 
casamento), caso da ação de investigação de paternidade ou da ação de reconhecimento 
e dissolução da união estável. 
IV. Quanto ao tempo das prestações pleiteadas 
Pretérito (alimenta pretérita): quando os alimentos pleiteados se referem a um tempo 
anterior ao ajuizamento do pedido judicial, ou seja, à época em que se realizou o fato 
jurídico gerador do direito subjetivo. A legislação brasileira não acolhe. 
Atuais ou futuro: após a ação. 
CARACTERÍSTICAS 
• Personalíssimo: a titularidade é intransferível. 
• Irrenunciabilidade: não pode ser renunciado. 
• Irrepetibilidade: uma vez prestamos, os alimentos são irrepetíveis. 
• Incompensabilidade: obrigação alimentar não permite o uso da compensação como 
forma de extinção de valores devidos a título de alimentos com outros pagos por mera 
liberalidade do devedor. 
• Impenhorabilidade: prestação alimentícia visa manter a subsistência do alimentando 
que não pode prover suas necessidades. Ressalte-se que o crédito alimentar é 
impenhorável. 
• Impossibilidade de transação: direito de pedir alimentos não pode ser objeto de 
transação. O quantum das prestações vendidas é transacionável. 
• Imprescritibilidade: estando configuradas as condições, o credor terá legitimidade 
para pleitear os alimentos a qualquer tempo. Porém, se já houver obrigação 
estabelecida anteriormente e com prestações vencidas, estas serão suscetíveis de 
prescrição (2 anos a contar do vencimento de cada parcela, que só começa a correr 
quando tem 18 anos) 
• Variabilidade: pode modificar. 
• Periodicidade: paga de regra, mensalmente, 
• Intransmissibilidade: com a morte, extingue-se a obrigação. 
• Divisibilidade: divisível entre vários devedores. 
• Ausência de solidariedade: não se opta por vários parentes, a obrigação recair nos 
parentes mais próximos. 
Exceção: Lei 10.741/03 – Estatuto do Idoso – art. 12 “a obrigação alimentar é solidaria, 
podendo o idoso optar entre os prestadores”. 
SUJEITOS ATIVO E PASSIVO 
I. Alimentos decorrentes do casamento, da união estável e da união homoafetiva: 
Artigos 1566 e 1724 do CC estabelecem o dever de mútua assistência, daí 
decorrendo o direito a alimentos, sendo em regra para os casos de separação judicial, 
divórcio ou de dissolução da união. 
Para que qualquer um dos cônjuges ou companheiros perceba alimentos de seu ex-
consorte é necessária a comprovação da ausência de condições de auto-sustento 
(impossibilidade para o trabalho, observando-se, por exemplo, sua saúde, idade, sua 
capacidade). 
II. Alimentos decorrente do parentesco: solidariedade no âmbito familiar, repercute 
também, no dever da mútua assistência material, pode-se dizer que a obrigação 
alimentar é reciproca entre cônjuges e companheiros, bem como entre pais e filhos, 
estendendo-se a todos os ascendentes, recaindo no mais próximo grau, assim 
sucessivamente. 
Na falta de ascendentes, cabe à obrigação aos descendentes, conservada o ordem 
sucessória. É possível o reconhecimento de alimentos na relação entre padrasto e 
madrasta e enteado e enteada. 
ORDEM PARA PEDIR ALIMENTOS 
1º. parentes em linha reta, os mais próximos excluindo os mais remotos. Se o pai puder 
prestar alimentos, não se acionará o avô. 
2º. não havendo parentes em linha reta, ou estando impossibilitados de pensionar, são 
chamados os irmãos, (unilaterais ou germanos) na linha colateral. Os demais parentes 
e afins estão excluídos desta obrigação legal (tios e primos). 
 Súmula 596, sobre a obrigação alimentar dos avós - “A obrigação alimentar dos avós 
tem natureza complementar e subsidiária, somente se configurando no caso da 
impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais.” 
EXTINÇÃO DOS ALIMENTOS 
Cessa o dever de prestar alimentos se o credor vier a se casar, mantiver união estável 
ou concubinato. 
Cessa também o dever de prestar alimentos se o credor vier a ter procedimento 
indigno. 
ALIMENTOS GRAVIDICOS 
Alimentos gravídicos se trata de verba de caráter alimentar, o qual valor destinam-se 
as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, do 
momento da concepção ao parto, até mesmo as referentes à alimentação especial, 
assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, 
medicamentos e demais necessidades prescritivas e terapêuticas os quais são 
indispensáveis a gestante, de acordo com o que o médico julgue necessário e que o juiz 
considere adequado. 
AÇÃO DE ALIMENTOS 
No processo de separação, divórcio, dissolução da união, anulação e nulidade do 
casamento, os alimentos para os cônjuges, companheiros e filhos, serão pleiteados, 
inclusive como pedidos acessórios. 
COBRANÇA DE ALIMENTOS 
Quando não há o cumprimento voluntário do pagamento da obrigação, o credor pode 
optar pelas formas de cobrança: 
I. Cumprimento de sentença: poderão ser cobradas todas as parcelas devidas. 
II. Na forma do art. 528 do CPC - somente poderá pleitear o pagamento com 
observância do. § 7o “ O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é 
o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e 
as que se vencerem no curso do processo” 
Sumula 309 do STJ - 
O débito alimentar que autoriza a prisão civil do 
alimentante é o que compreende 
 as três prestações anteriores à citação e as que 
vencerem no curso do processo.
PRISÃO CIVIL DO DEVEDOR 
A prisão civil por dívida alimentar não tem natureza punitiva, trata-se, pois, de 
mecanismo de coerção destinado a forçar o devedor a cumpri-lo. Sua decretação deve 
ser fundamentada, devendo-se analisar a possibilidade de sua eficácia, sendo assim 
justificada haja vista a natureza da obrigação alimentar e o propósito de assegurar a 
subsistência e consequentemente, a própria dignidade e integridade do alimentando. 
AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS 
Possibilidade de modificar a verba alimentar, anteriormente fixada. Presta tanto para o 
credor como para o devedor. 
Após a fixação judicial do valor da pensão a ser paga, é possível pedir a revisão da 
quantia quando ocorrer mudança na situação financeira de quem paga alimentos. 
O novo casamento ou união da pessoa que paga os alimentos não faz extinguir seu dever 
de prestar alimentos ao seu ex-cônjuge. Os companheiros não mais terão o dever de 
prestar alimentos quando: a) a pessoa que recebe os alimentos contrair casamento ou 
estabelecer nova união estável e até concubinato; b) quando a pessoa que recebe 
alimentos tiver procedimento indigno com aquela que paga alimentos; c) quando a 
pessoa que recebe alimentos falecer. 
AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE PAGAMENTO DE ALIMENTOS 
a) casamento, união estável, concubinato ou procedimento indigno do cônjuge 
alimentado (art. 1.708 CC); 
b) aumento na fortuna do alimentando, principalmente decorrente do recebimento ou 
aumento de salário; 
c) maioridade dos filhos; Vide Súmula 358 STJ. 
d) conclusão de curso universitário pelo filho maior de idade. 
Às vezes a exoneração é temporária como no caso de doença grave do alimentante. 
Em alguns casos, na própria ação que determinou o pagamento dos alimentos, já existe a 
especificação do período em que o dever de pagar alimentos se encerra. 
Mister se faz salutar que não basta deixar de pagar os alimentos por si só e sim ajuizar 
uma ação ou fazer um pedido na própria ação de alimentos, corroborando e provando a 
existência do motivo que permite extinguir o dever de pagar os alimentos.Caso o 
pagador da pensão não adote o procedimento judicial para a exoneração de sua 
obrigação, e passe a não mais pagar a pensão, poderá ser processado para que pague 
os valores em atraso. 
Ademais, nas ações que atêm prazo para o encerramento do dever de prestar alimentos, 
o interessado poderá contestá-lo informando o juiz que ainda necessita dos alimentos. 
A jurisprudência já entende que a exoneração da obrigação não é automática em relação 
ao filho que chegou à maioridade. O devedor tem de ajuizar ação de exoneração de 
alimentos em face do filho e, a este, é garantido o contraditório.
Súmula n. 358: "O cancelamento de pensão 
alimentícia de filho que atingiu a maioridade está 
sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, 
ainda que nos próprios autos."

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