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Aula 2 – Sistemas Discretos e Contínuos Controle de Processos Contínuos e Discretos ETEC ARMANDO PANNUNZIO - SOROCABA 09/03/2023 Prof. Rodrigo Pita Rolle Introdução Sistemas e Modelos • Desde os primórdios, os cientistas investigam fenômenos que podem ser modelados por leis naturais (exemplo: lei da gravidade, leis da química, leis da eletricidade etc.); • Normalmente são encontradas quantidades ou medidas de deslocamento, temperatura, cargas elétricas, entre outras; • Em todas estas medidas, o tempo está associado a uma grandeza contínua, que pode ser aferida em qualquer instante de tempo, pois evolui contínua e constantemente; • Estas variáveis são chamadas “contínuas”. Introdução Sistemas e Modelos • Entretanto, no cenário atual, muitas das quantidades que utilizamos não são contínuas – uma vez que possuem valores inteiros (exemplo: números binários, quantidades de peças numa linha de montagem, quantidade de alarmes numa planta industrial); • Estas variáveis são chamadas “discretas”, e são frequentes em sistemas digitais. Introdução Representações Analógicas • As grandezas contínuas variam ao longo de faixas contínuas de valores: por exemplo, a temperatura em uma sala, a velocidade de um carro etc. • Sendo assim, as representações analógicas deem refletir a continuidade da grandeza medida! Introdução Representações Digitais • As grandezas discretas são representadas por quantidades proporcionais (“dígitos”); • Sendo assim, as representações são “digitais” – mostram os dígitos que representam a evolução da variável; • Mesmo que a variável seja contínua, a representação dela será em saltos discretos, através de processos de “discretização”, ou conversão Analógico-Digital. Introdução Grandezas Analógicas e Digitais • Dentre as quantidades a seguir, quais são analógicas e digitais? • Chave de dez posições. • A corrente que flui de uma tomada elétrica. • A temperatura de um ambiente. • Grãos de areia em uma praia. • O velocímetro de um automóvel. Introdução Sistemas Analógicos e Digitais • Resumindo... Variáveis contínuas Sistemas analógicos Variáveis discretas Sistemas digitais Variáveis contínuas representadas em mostradores digitais Processo de “discretização” (conversão A/D) Sistemas analógicos • Um sistema analógico contém dispositivos que manipulam quantidades físicas que são representadas na forma analógica; • Em sistemas analógicos, as quantidades físicas podem variar ao longo de uma faixa contínua de valores; • Exemplos de sistemas analógicos são a amplitude do sinal de saída de um alto-falante, equipamentos de gravação/reprodução de fita magnética, regulador de luminosidade (dimmer). Sistemas digitais • Um sistema digital é uma combinação de dispositivos projetados para manipular informação lógica ou quantidades físicas que são representadas no formato digital, ou seja, as quantidades só podem assumir valores discretos; • Exemplos de sistemas digitais são os computadores, calculadoras, microcontroladores, smartphones etc.. Sistemas analógicos e digitais Vantagens dos sistemas digitais • Projeto mais simples • Fácil armazenamento de dados • Maior precisão e exatidão • Operação programável • Maior resistência ao ruído • Circuitos de pequeno tamanho (Circuitos Integrados) Sistemas analógicos e digitais Vantagens dos sistemas analógicos • O mundo real é quase totalmente analógico! • Dispensa as conversões A/D • Melhor visualização de oscilações rápidas na grandeza medida. Modelos • Para analisarmos um sistema, é preciso atribuir valores bem definidos às características de desempenho deste sistema; • Isto quer dizer que é conveniente criarmos um modelo que o represente! • A modelagem requer a definição de variáveis mensuráveis: velocidade, temperatura, tensão elétrica. Modelos • As variáveis podem ser de: • Entrada – são as que conseguimos manipular • Saída – são as que variam de acordo com as entradas • Para finalizar a modelagem, é razoável assumir que exista uma relação matemática ou física entre as variáveis de entrada e saída; • O sistema é o “algo real”, enquanto o modelo é uma “abstração” que geralmente se aproxima do comportamento real do sistema. Modelos • As variáveis podem ser de: • Entrada – são as que conseguimos manipular • Saída – são as que variam de acordo com as entradas Modelos • Exemplo 1: divisor de tensão • Como podemos modelar este sistema? • A primeira coisa que precisamos saber é quais serão as variáveis de entrada e de saída; • A partir delas, podemos obter o modelo do sistema. Modelos • Exemplo 1: divisor de tensão • Suponha que: • Controlamos a tensão de entrada V • Medimos a tensão de saída v Modelos • Exemplo 1: divisor de tensão • Suponha que: • Controlamos a resistência r • Medimos a tensão de saída v Modelos • Exemplo 1: divisor de tensão • Suponha que: • Controlamos a resistência r e a tensão V • Medimos a corrente de saída i Modelos • Exemplo 2: armazém • Um sistema de armazenagem recebe produtos prontos na entrada; • Periodicamente, um caminhão faz retiradas de produtos para os clientes da empresa; • Como podemos modelar o estoque do armazém? Modelos • Exemplo 2: armazém • Os produtos são unidades discretas, inteiras e não-negativas; • Nosso modelo deve apresentar a quantidade x(t) disponível, sabendo-se que haverá eventos de entrada e(t) e de saída s(t) de produtos. Modelos • Exemplo 2: armazém • Podemos mostrar graficamente a evolução da quantidade de produtos x(t) Modelos • Exemplo 3: circuito de uma lâmpada • Controlamos as chaves A e B, de forma a comandar a lâmpada L; • Assuma a seguinte convenção: • A = 1 – chave fechada • A = 0 – chave aberta Modelos • Exemplo 3: circuito de uma lâmpada • Podemos modelar o funcionamento deste sistema em termos de uma tabela- verdade: