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REVISAO PROCESSO CIVIL A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROCESSO A Constitucionalizacao do Processo Civil, a qual se encontra explicitada no art. 1º do CPC/2015. Art. 1º Codigo Processo Civl O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. EQUIVALENTES JURISDICIONAIS A Equivalente Jurisdicional nos traz que solução de conflitos pode ser realizada pelas partes por outros meios que não a jurisdição . Isso porque o Estado não detém exclusividade na solução de controvérsias METDOS DA SOLUCAO DE CONFLITO Autotutela - Forma de solução de conflitos em que prevalece o interesse de uma das partes pela imposição da vontade de uma das partes sobre a vontade da do outro. Na autotutela, temos a ausência de um julgador distinto das partes. MEIOS ALTERNATIVOS DA SOLUÇÃO DE CONFLITO(autocomposição, mediação e arbitragem) Autocomposição(Concilição): Transação – concessão recíprocas – vontade bilateral; consiste na troca equilibrada e recíprocas entre as partes. Renúncia – abdicação do direito – vontade unilateral; É uma "declaração unilateral de vontade com que o titular de um direito retira-se da respectiva relação jurídica Submissão – aceitação da pretensão contrária – vontade unilateral. consiste na aceitação de resolução de conflito oferecido pela parte contraria. Mediação - A mediação é um processo voluntário que oferece àqueles que estão vivenciando uma situação de conflito a oportunidade e o espaço adequados para conseguir buscar uma solução que atenda a todos os envolvidos. Arbitragem: A arbitragem é chamada de “arbitragem institucional” quando as partes optam por escolher uma pessoa jurídica de direito privado constituída para esse fim. Em regra, essa pessoa jurídica é denominada de “câmara de arbitragem”. Na Arbitragem as pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. Na arbitragem A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. PRINCIPIOS Princípio do devido processo legal É o princípio que assegura a todos o direito a um processo com todas as etapas previstas em lei e todas as garantias constitucionais. Se no processo não forem observadas as regras básicas, ele se tornará nulo. CF , no s diz que Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”, inciso LIV, art. 5 da Constituição Federal. Princípio do contraditório É assegurado às partes a participação na estruturação do processo e consequente possibilidade de influência na decisão. Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”, inciso LV, art. 5 da Constituição Federal. Dessa forma, o princípio do contraditório no Direito Processual Civil busca dirimir a decisão-surpresa. Princípio da Ampla defesa E o princípio da ampla defesa pode-se dizer é o aspecto substancial desse contraditório, a garantia de poder se defender em qualquer questionamento surgido durante o processo civil brasileiro. Princípio da boa-fé e lealdade processual Esses princípios têm previsão nos arts. 5º e 77 do CPC/2015 (Brasil, 2015). Os princípios da boa-fé e lealdade processual determinam que é dever das partes e de seus procuradores, bem como de todos que participarem de alguma forma no processo, agir dentro de uma perspectiva eminentemente ética. Vejamos abaixo os comandos legais: Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. TUTELA JURISDICIONAL É a proteção do Estado quando provocado por meio de um processo gerado em razão de lesão ou ameaça a um direito material. Assim como a jurisdição, a tutela jurisdicional é una e indivisível. JURISDIÇÃO Jurisdição é uma das funções do estado mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito, para imparcialmente buscar a pacificação do conflito que os envolvem, com justiça CARACTERÍSTICAS DA JURISDICÃO substitutividade: é a substituição das partes pelo Estado-juiz, visando à obtenção de uma solução imparcial e mais adequada à pacificação social. definitividade: somente as decisões judiciais se tornam, após algum tempo, definitivas, não estando mais sujeitas a modificações. Tornam-se também imutáveis, não podendo mais ser discutidas. c. imperatividade: essa característica deriva do fato de as decisões judiciais terem força coativa, obrigando os litigantes. Inafastabilidade: essa característica nasce com o disposto no art. 5º, inciso XXXV da CF/88, segundo o qual a lei não pode excluir da apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça a direito. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm . lndelegabilidade: significa que a função jurisdicional deve ser exercida pelo Poder Judiciário, vedada a delegação de competência, sob pena de haver ofensa ao princípio constitucional do juiz natural; f. inércia: a jurisdição não se movimenta de ofício, mas mediante a provocação do(s) interessado(s), devido a seu caráter substitutivo. A principal consequência dessa característica é a imparcialidade do juiz. investidura: apenas quem é regularmente investido no cargo de juiz poderá exercer a jurisdição. PRINCIPIOS DA JURISDICAO Princípio da investidura Pelo princípio da investidura entende-se que a justiça só pode ser exercida por quem corretamente está investido ao cargo de juiz. Aderência ao território O princípio da aderência ao território vem proclamado no art. 16 do CPC/2015: “A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código” Da indeclinabilidade ou vedação ao non liquet Princípio com previsão no art. 140 do CPC/2015: “O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico Indelegabilidade Pelo princípio da indelegabilidade, um juiz não poderá passar a função que lhe foi conferida para outro órgão julgador ou outro poder republicano. Inevitabilidade Segundo esse princípio, a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo uma emanação da própria soberania, impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo Juiz natural Princípio previsto no inc. LIII, do art. 5º da Constituição Federal, que estabelece que ninguém será processado por pessoa diversa daquela que seja competente para taL Inércia Princípio previsto no art. 2º do CPC/2015: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei” AÇÃO O Direito de ação é o direito subjetivo da parte de provocar a jurisdição e exigir do Poder Judiciário a análise e decisão em relação ao bem da vida ameaçado ou lesionado. Legitimidade das partes Ter legitimidade significa ser titular do direito ou da obrigação. A legitimidade das partes – também legitimidade para a causa, relaciona-se à identidade daquele que pode pretender ser o titular do bem da vida deduzido em juízo, seja como autor (legitimidade ativa), seja como réu (legitimidade passiva). Interesse de agir O interesse de agir, neste sentido, representa a necessidade de requerer, ao Estado-juiz, a prestação da tutela jurisdicional com vistas à obtenção de uma posição de vantagem (a doutrina costuma se referir a esta vantagem como utilidade) que, de outro modo, não seria possível alcançar. O interesse de agir, portanto, toma como base o binômio “necessidade” e “utilidade”. Necessidade da atuação jurisdicional em prol da obtenção de uma dada utilidadePROCESSO Por processo se entende o instrumento por meio do qual se obtém a composição de lide. Compor a lide significa resolvê-la conforme a vontade da lei reguladora da espécie PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS Os pressupostos processuais são requisitos formais necessários à existência e à validade da relação jurídica processual. A doutrina divide os pressupostos processuais em subjetivos e objetivos intrínsecos (pressupostos objetivos positivos) e extrínsecos (pressupostos objetivos negativos). Os pressupostos subjetivos se relacionam com os sujeitos que formam a relação jurídica processual (autor, juiz e réu). Os pressupostos objetivos dizem respeito ora aos fatos impeditivos da formação do processo (negativos), ora versam sobre a subordinação do procedimento às normas processuais legais (positivos). Capacidade postulatória Por “‘capacidade postulatória’ deve ser entendida a autorização legal para atuar em juízo. Detêm capacidade postulatória os advogados (públicos ou privados), os defensores públicos e os membros do Ministério Público” Pressupostos processuais objetivos Os pressupostos processuais objetivos dividem-se em duas ordens: Pressupostos objetivos negativos: Que impedem a formação do processo e da relação jurídica processual. São eles: Litispendência: que significa repetição de ações; Coisa julgada material: ações que já foram estabilizadas pela coisa julgada não podem ser rediscutidas; Perempção: com previsão no parágrafo 3º do art. 486 do CPC/2015: A perempção serve para evitar que a máquina judiciária funcione desnecessariamente; Conversão de arbitragem: se existir em contrato firmado entre as partes cláusula de arbitragem, o processo judicial não poderá ser instaurado. O conflito deverá ser resolvido por esta equivalente jurisdicional; Falta de preparo: é a demonstração inequívoca do desinteresse do autor na continuidade do processo judicial, em virtude do não pagamento das custas processuais. Pressupostos objetivos positivos São os requisitos que, uma vez observados, levam ao regular desenvolvimento do processo. São eles: Presença de demanda: vai ao encontro na noção de que a jurisdição só funciona se houver provocação da parte interessada; Petição inicial apta: a peça inicial deverá preencher os requisitos elencados, por exemplo, no art. 319 do CPC/2015. Caso contrário, a petição inicial poderá ser indeferida; Citação válida: é o ato que aperfeiçoará a relação jurídica processual, ao trazer a parte ré para compor a lide; Regularidade formal: os atos processuais devem estar lastreados com o ordenamento jurídico processual pátrio.
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