Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EDUCAÇÃO DO CAMPO Prof. Me. Rui Bragado Sousa O CAMPONÊS E O CORONEL NO BRASIL Objetivos: Compreender o coronelismo como fenômeno sociológico. Analisar a dicotomia entre o posseiro (camponês) e o latifundiário. Refletir sobre o pensamento de Euclides da Cunha (Os Sertões) e o Positivismo da Primeira República (1889-1930). O CAMPONÊS E O CORONEL NO BRASIL Na Primeira República (1889-1930), uma lógica paradoxal diferencia e, ao mesmo tempo, relaciona organicamente estes dois cenários – o da capital federal e litoral versus o interior. Euclides da Cunha (Os Sertões), expressões que denotam o “fatalismo racial”, como “inexoravelmente arcaicos, atrasados e rudes, separados da civilização por três séculos”. Monteiro Lobato, em especial Urupês e Velha Praga, em que o caboclo brasileiro aparece adjetivado como “piolho da terra, parasita, indolente, quantidade negativa”. O CAMPONÊS E O CORONEL NO BRASIL O Jeca Tatu, de Monteiro Lobato “Este funesto parasita da terra é o Caboclo, espécie de homem baldio, seminômade, inadaptável à civilização, mas que vive à beira dela na penumbra de zonas fronteiriças, à medida que o progresso vem chegando com a via férrea, o italiano, o arado, a valorização da propriedade, vai ele fugindo em silêncio, com seu cachorro, o seu pilão, pica-pau e o isqueiro, de modo a sempre conservar-se fronteiriço, mudo e sorna.” O CAMPONÊS E O CORONEL NO BRASIL A política na Primeira República: Coronelismo e Federalismo. O CAMPONÊS E O CORONEL NO BRASIL O Federalismo, tal como se configura na Constituição de 1891, deixa aos estados, recém-criados, uma longa margem de autonomia. Na base do sistema, estava a figura do coronel, dono da vontade dos eleitores e senhor dos currais eleitorais, cujo poder pessoal substituía e representava o Estado. Referência: Victor Nunes Leal. Coronelismo, enxada e voto. Palavras-chave: Paternalismo; clientelismo; banditismo social. O CAMPONÊS E O CORONEL NO BRASIL Considerações finais O cenário político e social da Primeira República foi, portanto, inversamente proporcional aos objetivos que motivaram a proclamação. O federalismo degenerou-se em um sistema de apadrinhamento político, e o liberalismo limitou-se às regras das oligarquias. O liberalismo foi limitado pelas oligarquias regionais; o moderno, pelo arcaico, ao ponto de Joaquim Nabuco afirmar: “Ela [a República] não tinha princípios.”
Compartilhar