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EDUCAÇÃO DO CAMPO Prof. Me. Rui Bragado Sousa UNIDADE II – BASES LEGAIS DA ESCOLA DO CAMPO Conteúdos programáticos: 1 - Diretrizes Curriculares e Legislação da Educação do Campo. 2 - Cultura e Identidade do Homem do campo. 3 - Pedagogia da Alternância na Escola do Campo. DIRETRIZES CURRICULARES E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO Objetivos: Compreender o sentido de ser camponês no Brasil. Analisar a cultura camponesa no Brasil para compreender o atraso da educação no campo. Refletir acerca da construção histórica do homem do campo. DIRETRIZES CURRICULARES E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO Introdução A educação no campo, enquanto política de Estado, é tratada no limite da legalidade, ou seja, de se cumprir o que a lei prevê – o acesso à escola como direito (SAPELLI, 2013). “Não se apropriar das leis é, de certo modo, uma renúncia à autonomia e a um dos atos constitutivos de cidadania” (CURY, 2000, p. 15). De acordo com Silva et al. (2010, p. 195), no Brasil, em 2005, apenas 9% dos professores do campo tinham formação superior, o que, no meio urbano, corresponde a 38% com formação em curso superior. DIRETRIZES CURRICULARES E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO Histórico da legislação no Brasil Período Imperial (1822-1889) - políticas aristocráticas para a educação. Primeira República (1889-1930) - políticas de um liberalismo excludente para a educação, predomínio de oligarquias. Período Vargas (1930-1945) - industrialização e populismo. Redemocratização (1945-1934) - ideias democráticas e elaboração da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Regime Militar (1964-1985) - ditadura e educação tecnicista. Nova República (1985- atual) - reabertura democrática, neoliberalismo x políticas públicas. DIRETRIZES CURRICULARES E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO As Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBs) LDB 4024/61. LDB 5692/71. Constituição Federal de 1988. LDB 9394/96. DIRETRIZES CURRICULARES E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO Constituição Federal de 1988 O fato de a CF de 1988 ter reservado um capítulo todo para a educação é marcante; ocorreu pela primeira vez em nossos textos constitucionais. “Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988). DIRETRIZES CURRICULARES E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO Constituição Federal de 1988 No Artigo 206 da Constituição Federal de 1988, são definidos os princípios sobre os quais o ensino seria ministrado, no Brasil, a partir de 1988. "Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais do ensino; VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII – garantia de padrão de qualidade” (BRASIL, 1988). DIRETRIZES CURRICULARES E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO Lei de Diretrizes e Bases - LDB 9694/96 Em seu artigo 28, a LDB 9394/96 estabelece as seguintes normas para a educação do campo: "Na oferta da educação básica para a população rural, os sistemas de ensino proverão as adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: I - conteúdos curriculares e metodologia apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; II - organização escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III - adequação à natureza do trabalho na zona rural” (BRASIL, 1996). DIRETRIZES CURRICULARES E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO Considerações finais “O artigo 28 da Lei de Diretrizes e Bases de 1996 é inovador. Ao submeter o processo de adaptação à adequação, institui uma nova forma de sociabilidade no âmbito da política de atendimento escolar em nosso País. Não mais se satisfaz com a adaptação pura e simples. Reconhece a diversidade sociocultural e o direito à igualdade e à diferença, possibilitando a definição de Diretrizes Operacionais para a educação rural, sem, no entanto, recorrer a uma lógica exclusiva e de ruptura com um projeto global de educação para o País” (BRASIL, 2013, p. 278).
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