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5 UNIDADE 2 PARTE 2

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EDUCAÇÃO DO CAMPO
Prof. Me. Rui Bragado Sousa
CULTURA E IDENTIDADE DO HOMEM DO CAMPO
CULTURA E IDENTIDADE DO HOMEM DO CAMPO
	Como parte da política de revalorização do campo, a educação também é entendida no âmbito governamental como uma ação estratégica para a emancipação e cidadania de todos os sujeitos que vivem no campo.
“A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes a sua realidade, ancorando-se na sua temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de Ciência e Tecnologia disponível na Sociedade e nos Movimentos Sociais em defesa de projetos que associem as soluções por essas questões à qualidade social da vida coletiva no país” (MEC, 2002, p.37).
CULTURA E IDENTIDADE DO HOMEM DO CAMPO
O que é cultura e qual sua relação com a educação no campo?
		A palavra “cultura”, do Latim culter, designa a relha de um arado, deriva de trabalho e agricultura, colheita e cultivo. A raiz latina da palavra cultura é colere, com significado diverso, desde cultivar a adorar e proteger. Também pode significar, via o Latim cultus, o termo religioso “culto”. Cultura denotava, no início, um processo completamente material (EAGLETON, 2011, p. 39). 
		A cultura, nesse sentido, é uma forma de identidade, “[...] uma espécie de teatro em que várias causas políticas e ideológicas se empenham mutuamente”. Concebida dessa maneira, a cultura “[...] pode se tornar uma cerca de proteção: deixa a política na porta antes de entrar” (SAID, 1995, pp. 13-14).
CULTURA E IDENTIDADE DO HOMEM DO CAMPO
CULTURA E IDENTIDADE DO HOMEM DO CAMPO
		As Diretrizes para a Educação do Campo atribuem importância considerável ao conceito de cultura. Segundo o documento, “[...] cultura é entendida, neste contexto, como toda produção humana que se constrói a partir das relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. [...] Trata-se de elementos culturais presentes, os quais caracterizam os diferentes sujeitos no mundo e, portanto, os diferentes povos do campo”. 
		Esses conteúdos culturais devem estar presentes na elaboração e execução de práticas pedagógicas. São esses elementos culturais que darão significado e inteligibilidade aos conteúdos pedagógicos; sem eles, o ensino torna-se pouco inteligível. 
CULTURA E IDENTIDADE DO HOMEM DO CAMPO
Considerações finais
	Uma Política Pública de Educação do Campo deve respeitar todas as formas e modalidades de educação que se orientem pela existência do campo como um espaço de vida e de relações vividas, porque considera o campo como um espaço que é ao mesmo tempo produto e produtor de cultura. É essa capacidade produtora de cultura que o constitui como um espaço de criação do novo e do criativo, e não quando reduzido meramente ao espaço da produção econômica, como o lugar do atraso, da não cultura. “O campo é acima de tudo o espaço da cultura” (BRASIL, 2003, p. 27).

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