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1 /;.////L,/ A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA RELACIONADA A DOCUMENTOS 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 COMPREENDENDO CONCEITOS ............................................................................... 6 ARQUIVO PÚBLICO E ARQUIVO PRIVADO/ DOCUMENTOS PÚBLICOS E DOCUMENTOS PRIVADOS ................................................. 10 A LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO NO BRASIL .................................................. 12 LEI N. 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991 ................................................................. 18 Artigo 1 da Lei nº 5.433 de 08 de Maio de 1968 ......................................... 18 LEI 12.682/2012 ............................................................................................................. 19 Nova lei – O Documento Digitalizado e a Validade Jurídica......................................... 20 Nova lei – Requisitos Técnicos Diferentes para Entidades Públicas e Privadas ............ 21 Entidades Privadas .................................................................................... 21 Descarte do Documentos Físicos na nova lei .......................................... 22 REFERÊNCIA ............................................................................................................... 42 4 INTRODUÇÃO O departamento de Recursos Humanos de uma Instituição privada ou pública produz diariamente uma quantidade considerável de documentos. Além da questão de organizar o acesso a essa enorme quantidade de informações que fazem parte da ficha pessoal do trabalhador, entregues em diferentes formatos, físicos e eletrônicos, existe a necessidade de organizar a sua guarda e a sua possível destruição segura. Vale lembrar que o Documento pode ser definido como o registro de informações ou fatos em qualquer meio material; é o registro de um fato. No Código de Processo Penal dispõe, em seu artigo 232, que “consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares e tendo em Parágrafo único, à fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original.” Portanto, pode-se observar que há uma infinidade documento e para cuidar e arquivar é necessário muito espaço. E assim a transformação de documentos físicos em digitais e a sua validade começou a ser discutida pela Lei 12.682/2012, que dispôs sobre a digitalização de documentos com certificação digital. O grande objetivo da Lei é conferir segurança jurídica aos documentos que fossem digitalizados por meio de certificação no processo de digitalização. Assim, visa o projeto citado equiparar os documentos digitalizados com certificação aos documentos originais, o que geraria economia de recursos e de espaço físico. Mas diversos dispositivos da Lei 12.682/2012 foram vetados Presidência da República. Assim, os documentos digitalizados, mesmo com certificação digital, não foram equiparados aos originais, não sendo autorizado o descarte destes com a digitalização. Ampliando a matéria, o PLS 146/2007 (Projeto de Lei do Senado), voltou à discussão em 2016 após a aprovação de substitutivo,e prevê a eliminação, após a digitalização, dos documentos físicos classificados como temporários, enquanto os registros considerados permanentes e históricos continuarão a ser 5 preservados. O projeto de lei foi aprovado, em dezembro de 2017, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. Assim no decorrer desta apostila serão apresentas as leis e suas normativas, assim como suas disposições quanto a manipulação de documentos. 6 HISTÓRICO SOBRE AS LEIS DE ARQUIVOS DE DOCUMENTOS Com a promulgação da Constituição de 1946, tem-se a primeira referência legal relacionada à proteção documental. E Bastos (1989) afirma que é a partir deste período que são iniciadas as discussões sobre o valor histórico dos documentos, bem como suas características enquanto acervo arquivístico. Embora tenha expressado tal preocupação, Moreira (1990) disserta que o Estado não colocou em prática medidas que auxiliassem o NA na preservação e conservação de documentos sob sua guarda, além de não determinar recursos técnicos e financeiros para o órgão e não promover debates em torno da criação da lei geral de arquivos. Neste cenário, tem-se, inclusive, a primeira iniciativa de preservação dos arquivos privados através do Decreto-lei 8.534 de 02 de janeiro de 1946, que determina à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN), antiga denominação para o IPHAN, “a catalogação sistemática e a proteção dos arquivos estaduais, municipais, eclesiásticos e particulares, cujos acervos interessem à história nacional e à história da arte no Brasil” (BRASIL, 1946). Para Rodrigues (1982), essa decisão constituiu em um erro gravíssimo, uma vez essas atribuições eram próprias do AN. Nessa fase surgem, ainda, as preocupações com os arquivos enquanto instituições memoriais dos homens públicos e de escritores. Bastos observa que “estes arquivos de natureza privada são exclusivos de pessoas físicas, e ficaram ao descoberto do princípio constitucional de 1946” (BASTOS, 1989, p. 23). Dentro dessas circunstâncias, em 1958, o Arquivo Nacional aprova um novo regimento, “estabelecendo um corte na normativa que vinha sendo adotada desde os primórdios da instituição” (MATTAR, 2003, p. 20). Neste momento, podemos observar algumas ações por parte do órgão relacionadas à preservação do patrimônio arquivístico de natureza privada, uma vez que lhe competia, por exemplo: V - Promover a execução de um plano de reprodução em microfilme, dos documentos de valor histórico, de propriedade de arquivos nacionais públicos e privados, e de arquivos estrangeiros; VI - Organizar o registro nacional de arquivos codificando informes sobre os arquivos públicos e privados que apresentem interesse histórico;VII - Prestar assistência técnica aos arquivos nacionais, públicos e privados, no que concerne à administração de arquivo (BRASIL, 1958, grifo nosso). 7 Durante esse período o AN estava sob direção do historiador José Honório Rodrigues, que já apontava a necessidade de se elaborar uma lei geral que norteasse a gestão de arquivos no Brasil. De acordo com seus relatórios administrativos, somente tal legislação asseguraria as ações de preservação, seleção e eliminação de documentos no âmbito do poder público e daria eficácia às decisões tomadas pela instituição. Por essas motivações, constituiu-se uma comissão para a elaboração de um anteprojeto de lei em 1962, mas que não chegou a ser encaminhado ao Legislativo (FRANCO, 1986). Percursos da Lei de Arquivos Privados Paralelamente ao percurso da Lei de Arquivos, em 1985, também tramitava uma outra proposta de preservação dos arquivos privados: a criação do Programa Nacional de Preservação da Documentação Histórica (JORNAL DO BRASIL, 1985a). Vinculado à então Fundação Nacional PróMemória8 , o Pró-Documento surgiu em 1984, funcionando até meados de 1988 e seu principal objetivo era identificar acervos privados de interesse histórico, garantindo sua proteção e acesso (MOLINA, 2016). Na matéria citada anteriormente, o Jornal do Brasil apontava que: A existência simultânea dessas duas propostas traz à tona as contra- dições e dualidades da legislação existente, que desde a década de 30 sobrepõe às atribuições do Arquivo Nacional as do Patrimônio Histó- rico, também responsável, pelo menos em parte, pela documentação brasileira. O conflito de competências é um caminho para a dispersão de recursos e, em última análise, para a inação. Resolvê-lo é parte da tarefa de estabelecer a política de arquivos –sem a qual não vingarão, na medida do necessário, século e meio de esforços para que deixe de ser apenas um artigo que se repete, sem consequências práticas, à edição de cada novo texto constitucional (JORNAL DO BRASIL, 1985a, p. 10). De fato, a existência dos dois projetos não se deu concomitantemente. Entretanto, a aprovação da Lei de Arquivos em 1991 não trouxe grandes avanços para a problemática de preservação dos arquivos privados. Garcia, ainda em 1987, período em que o projeto de lei tramitava na Câmara dos Deputados, nos chamou a atenção para o fato de que a formulação de uma legislação arquivística necessitava do estabelecimento de limites das relações entre o público e o privado. Tal determinação tornariam claros os direitos e deveres do Estado e dos detentores de acervos particulares, indicando, por 8 exemplo, se os proprietários dos arquivos poderiam decidir ou não sobre a sua destruição, abertura e/ou alienação (GARCIA, 1987). Segundo Lissovsky (2003), as delimitações entre o público e o privado são alvo permanente de disputas e a proteção dos arquivos privados torna-se, neste caso, apenas um modo de definir as fronteiras entre os dois campos, bem como as regras de trânsito e transigência entre eles. Tendo em vista a sua relevância para a pesquisa história e para o desenvolvimento científico nacional, a Lei de Arquivos prevê que o Poder Público pode identificar arquivos privados como de interesse público e social (BRASIL, 1991). A intervenção pública, concebida pela figura do Estado, na propriedade privada pode ser exemplificada pelo Decreto 4.073 de 03 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei 8.159/91 e traz diretrizes para a declaração de interesse público e social desse tipo de arquivo. Em seu 22º artigo, o Decreto estipula que os acervos privados de pessoas físicas ou jurídicas podem ser declarados de interesse social em virtude de sua relevância histórica e cultural, não implicando a transferência do conjunto documental para instituições arquivística públicas e/ou excluindo a responsabilidade de guarda e preservação do acervo por parte do seu detentor (BRASIL, 2002). Nesse mesmo ano o CONARQ, por meio da Portaria 66, de 13 de novembro, criou a Câmara Setorial sobre Arquivos Privados, com o objetivo de “estabelecer diretrizes e estratégias para a identificação de arquivos privados com vistas a sua declaração de interesse público e social e ao recenseamento desses conjuntos documentais […]” No ano seguinte, o CONARQ edita a Resolução nº 17, onde busca precisar o que seria a “declaração de interesse público”, isto é, seria a que “reflete a ação do Estado visando a sua preservação pelo seu valor histórico, probatório e informativo” e pode ser solicitada e autuada junto ao CONARQ. A declaração será concedida ou não com base no parecer realizado por uma Comissão Técnica de Avaliação, responsável por registrar algumas características do acervo, tais como: mensuração aproximada do acervo em unidades, metros lineares e/ou cúbico, estado de conservação dos documentos e um resumo do seu conteúdo e histórico (BRASIL, 2003). 9 No entanto, Silva (2011) disserta que a Lei de Arquivos nos parece contraditória ao não esclarecer quais são os aspectos que definem quando um acervo privado é ou não de interesse público e social. O Decreto 4.073 de 03 de janeiro de 2002 apenas esclarece que os arquivos e documentos privados tombados pelo Poder Público, os arquivos presidenciais e os registros civis de arquivos de entidades religiosas são automaticamente declarados como de interesse público. A Resolução nº 17 do CONARQ, por sua vez, refere-se aos procedimentos relativos à declaração de interesse público e social, atendo-se, sobretudo, à composição da Comissão Técnica e às suas atribuições. Além disso, essas normativas não fazem qualquer menção às formas e condições de consulta aos arquivos privados declarados como de interesse público. A exclusividade de proprietários na franquia do acesso a esses registros traz dois indícios: em primeiro lugar, muitas vezes há restrições ou impedimento total de consulta a esses documentos, o que impossibilita o desenvolvimento científico no país e, em segundo lugar, há uma omissão por parte do Estado no que diz respeito às garantias de acesso a essas informações, principalmente no caso de instituições públicas que custodiam arquivos privados (SILVA, 2011). 10 COMPREENDENDO CONCEITOS ARQUIVO PÚBLICO E ARQUIVO PRIVADO/ DOCUMENTOS PÚBLICOS E DOCUMENTOS PRIVADOS Segundo Garcia (1986, apud LOPEZ e RODRIGUEZ, 2017), ainda não há uma definição efetiva do que é arquivo público e o que é arquivo privado, além da expressa na Lei n,8159, isso devido ao fato, ainda segundo essas mesmas autoras, a formulação de uma legislação arquivística necessitava do estabelecimento de limites dessa relação. Essa definição tornaria claros os direitos e deveres do Estado e dos detentores de acervos particulares, indicando, por exemplo, se os proprietários dos arquivos poderiam decidir ou não sobre a sua destruição, abertura e/ou aliena- ção (Garcia, 1986, apud Lopes; Rodrigues 2017, p. 67.). Quanto a definição existente na Lei No 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991 no Cap. II é apresentada como, Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos dedocumentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. § 1º, que documentos públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades. Quanto aos Arquivos Privados, o Cap. III, desta mesma lei traz a seguinte definição: Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades. Assim diante das definições acima, ainda vale ressaltar que a dificuldade em traçar um conceito único e definitivo dos termos Arquivos Públicos e Arquivos Privados, mesmo que bem expressos na lei, acima citada. Algumas considerações devem ser apontadas para um melhor esclarecimento. Na Lei de Arquivos, em seu artigo 12, está prevista a identificação de arquivos privados como de interesse público e social, desde que considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e para o desenvolvimento científico nacional (BRASIL, 1991). Neste caso, ainda que, genericamente, http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.159-1991?OpenDocument 11 mencionam-se a exceção e a relevância de documentos de caráter privado que podem ser de interesse público e, por isso, devem ser preservados1. No arquivo público são encontrados documentos que contam a história dos poderes e, além disso, onde constam todos os dados que pertencem às áreas administrativas, legislativas e dados de nós cidadãos. O arquivo público é vasto e, por isso, pode ser considerado uma das fontes de informações mais importantes. Afinal, a partir dele é possível beneficiar os gestores e nós cidadãos também. Os gestores em organizar a transparência das atividades realizadas no governo e para os cidadãos em poder acompanhar e ter acesso aos dados e serviços, como, por exemplo, IPTU e emissões de certidões. Assim, diferente do que ocorre com o arquivo público, no arquivo privado são armazenados documentos a partir da pessoa física e/ou jurídica (empresa). Portanto, é aquele encontrado nos setores das empresas, onde constam informações do cliente e dados da própria empresa para acesso. O arquivo privado serve para preservar os documentos da empresa como contas, planilhas, processos e outros dados em geral. No local é possível encontrar também documentos dos colaboradores para o melhor controle de gestão da empresa. O arquivo privado é de caráter particular, logo, somente pessoas autorizadas têm acesso. Passados onze anos à promulgação das leis nº 8.159/91 e nº 8.394/912, que discorrem sobre arquivos privados declarados como de interesse público, estes normativos foram regulamentados pelos decretos nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, e nº 4.344, de 26 de agosto de 2002, respectivamente. No mesmo ano, a portaria do CONARQ, nº 66, de 13 de novembro de 2002, criou a Câmara Setorial sobre Arquivos Privados, com o propósito de estabelecer diretrizes e estratégias para identificar os arquivos privados, com vistas a sua declaração de interesse público e social e ao recenseamento destes conjuntos documentais; elaborar estudos sobre a importância dos acervos para a pesquisa geral; e 1 Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002. Acesso em: 8 junho 2022. 2 Lei concerne à preservação de acervos documentais dos presidentes da República e regulamentada pelo Decreto n.º 4.344, de 26 de agosto de 2002. Ambos dispõem sobre a preservação, organização e proteção dos acervos documentais privados dos presidentes da República. https://www.acervonet.com.br/blog/4-dicas-de-conservacao-de-documentos-para-a-sua-empresa 12 propor linhas de financiamento para sua organização, preservação e acesso, bem como para a constituição e/ou modernização de instituições voltadas para a sua guarda. E, ainda, para estabelecer os procedimentos de declaração de arquivos privados como de interesse público, o CONARQ emitiu a Resolução nº 17, de 25 de julho de 2003. Ainda assim, nenhum dos normativos deixa claro quais os critérios para declaração de arquivos privados com interesse público. Somente em setembro de 2004, quase um ano depois, o primeiro acervo privado foi declarado como de interesse público. A saber: ao examinar a legislação dos acervos privados declarados de interesse público, seis pertencem a instituições de direito privado, como a Associação Brasileira de Educação (ABE); a Companhia Antártica Paulista; a Companhia Cervejaria Brahma; a Atlântica Cinematográfica Ltda.; a Cúria Diocesana de Nova Iguaçu e o Circo Voador (RJ); e o Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB). Sendo este último uma “instituição particular de caráter científico-cultural, que tem por missão dedicação integral à pesquisa, ensino e divulgação da arqueologia brasileira” (Parecer nº 25/2016 do CONARQ, 2016, p. 4). A LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO NO BRASIL A Lei de Acesso à Informação (LAI), n. 12.527, de 18 de novembro de 2011, entrou em vigor em 16 de maio de 2012, regulamentada pelo Decreto n. 7.724/2012. Essa Lei tem como objetivo regular o acesso às informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei n. 11.111, de 5 de maio de 2005, e os dispositivos da Lei n. 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências (BRASIL, 2011). A LAI aplica-se à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, Executivo, Legislativo, Cortes de Contas, Judiciário, Ministério Público, Autarquias, 13 fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e entidades privadas que recebem recursos públicos (BRASIL, 2011). Historicamente no Brasil, o direito do cidadão de pedir e receber informações produzidas pelos órgãos públicos começa com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. O direito de acesso à informação garantido pela Constituição está nos incisos do art. 5o, do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216, que estabelecem: XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII. § 2o - cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem (BRASIL, 2014, p. 9-62). O acesso às informações públicas garantidas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal brasileira não foi suficiente. Esse direito não foi respeitado, sendo necessária a criação de uma lei específica para respaldá-lo. Foram necessários 23 anos para que o Brasil contassecom uma Lei de Acesso à Informação Pública que favorecesse a aplicação dos princípios do direito à informação presentes na Constituição de 1988, apesar do tema ter sido contemplado – embora jamais implementado – no artigo 5o da chamada Lei de Arquivos de 1991 (JARDIM, 2012, p. 2). Com a adoção de ações de transparência na gestão governamental exigida pela LAI, ocorrem mudanças de paradigmas nas instituições públicas. Segundo Brasil (2013a, p. 12) o acesso à informação em órgãos públicos 14 representa uma mudança de paradigma em matéria de transparência pública, pois define que o acesso é a regra e o sigilo, a exceção. Qual- quer pessoa, física ou jurídica, poderá solicitar acesso às informações públicas, isto é, aquelas não classificadas como sigilosas, conforme procedimento que observará as regras, prazos, instrumentos de con- trole e recursos previstos. Neste sentido, as ações de transparência na gestão pública trazem benefícios, os quais são apontados por Cavalcanti, Damasceno e Souza Neto (2013, p. 116), como um marco que "consolidou a participação democrática dos cidadãos na gestão pública, oferecendo-lhes mecanismos de combate à corrupção, exigência pela accountability governamental e incentivo à transparência pública". Para Brasil (2013a, p. 6), o direito de acesso a informações possibilita vantagens para todos, em especial para a Administração Pública, pois "o acesso às informações públicas é um requisito importante para a luta contra a corrupção, o aperfeiçoamento da gestão pública, o controle social e a participação popular". Nesta mesma linha de pensamento, Martins (2011, p. 234), corrobora quando destaca que a "transparência na gestão, aliada a outros instrumentos que reforcem o direito e a possibilidade real de fiscalização da máquina pública, é o antídoto para esse cenário". A LAI regula várias questões e dentre elas a do sigilo das informações, sendo que o cidadão não terá acesso às informações consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado, às quais possam: colocar em risco a defesa e a soberania do país; prejudicar a condução de negociações ou relações internacionais do país; colocar em risco a vida, segurança ou saúde da população; colocar em risco a estabilidade financeira, econômica ou monetária do país; colocar em risco planos ou operações estratégicos das Forças Armadas; colocar em risco projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; colocar em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades ou comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações (BRASIL, 2011). 15 De acordo com a LAI, as informações públicas são classificadas em três níveis de sigilo: ultrassecreta, secreta e reservada, às quais passam a valer a partir da data da sua produção. A classificação para as informações ultrassecretas é de 25 anos; a secreta é de 15 anos e a reservada é de cinco anos. Somente as informações classificadas como ultrassecretas poderão ser prorrogadas uma única vez por igual período (BRASIL, 2011). A LAI estabelece os critérios adotados para a proteção e o controle das informações sigilosas, sendo o controle do acesso e a divulgação da responsa- bilidade do Estado. Para este tipo de informação é permitido o acesso a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la. Segundo a LAI, art. 25, § 1o o "acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na forma do regulamento [...]". Ainda no art. 25, § 3o, o regulamento "disporá sobre procedimentos e medidas a serem adotados para o tratamento de informação sigilosa, de modo a protegê-la contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não autorizados" (BRASIL, 2011, p. 7). A LAI também destaca o tratamento das informações pessoais, ou seja, está relacionada à pessoa, intimidade, vida privada, honra e imagem, o art. 31, § 1o, diz que essas informações, I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se refe- rirem; e II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem (BRASIL, 2011, p. 9). O consentimento mencionado no inciso II do § 1o, do art. 31, não será exigido nos seguintes casos: prevenção e diagnóstico médico, em casos de doenças e para utilização única e exclusiva ao tratamento; realização de estatísticas e pesquisas científicas de interesse público ou geral, prevista em lei, 16 vedada a identificação da pessoa; cumprimento de ordem judicial; defesa de direitos humanos e à proteção do interesse público e geral (BRASIL, 2011). As penalidades que podem ser aplicadas a agentes públicos ou militares que agirem de forma ilícita no trato com as informações públicas, segundo o art. 32, da LAI, são: I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública; III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação; IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal; V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiros, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem; VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado (BRASIL, 2011, p. 9). Essas penalidades valem para pessoas físicas ou entidades privadas que tenham algum vínculo de qualquer natureza com o poder público e que devem observar o disposto no art. 33, da LAI: advertência; multa; rescisão de vínculos; suspensão em licitação e impedimento de contratar com a administração pública, e declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública (BRASIL, 2011). Para atender às determinações da LAI, facilitar a comunicação e propiciar melhor interação com os cidadãos, Brasil (2013a, p. 19), desenvolveu para os 17 órgãos da Administração Direta e Indireta, ligadas ao Governo Federal, o e-SIC, que trata de um "sistema eletrônico que funciona como porta de entrada única para os pedidos de informação, a fim de organizar e facilitar o processo, tanto para o cidadãoquanto para a Administração Pública Federal". Por este sistema, é possível fazer a solicitação de informação e acompanhar, por meio de um número de protocolo gerado, a resposta da solicitação, bem como entrar com recursos e fazer reclamações a respeito das solicitações de informações realizadas. Tanto a LAI quanto a Controladoria-Geral da União (CGU) destacam a importância do uso da linguagem cidadã na comunicação entre Administração Pública e cidadão. A LAI, no art. 5o, cita que a informação deve ser clara e objetiva. Isto facilita o entendimento e a compreensão das informações "mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão" (BRASIL, 2011, p. 2). A linguagem cidadã, para Brasil (2013b, p. 23), destaca que os "termos técnicos devem ser traduzidos para o vocabulário do dia a dia. [...]. Um exemplo: Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza é, em linguagem cidadã, o Bolsa Família". Cabe destacar que a CGU, criada em 2003, é o órgão responsável pela implementação da LAI no Brasil, trabalhou intensamente para a implantação da mesma na esfera Federal. Apoia e incentiva todos os Estados, o Distrito Federal e os Municípios na implantação da LAI local, pois o trabalho não encerra após a entrada em vigor da LAI, mas depende do acompanhamento, monitoramento, capacitação e de procedimentos relativos à aplicação da LAI, pelos quais a CGU é a responsável. É necessário um acompanhamento constante "tanto dos servidores quanto dos cidadãos – e estímulo à mudança para uma cultura de acesso e transparência pública" (BRASIL, 2013a, p. 46). Sendo assim, a democracia é conquistada quando a sociedade se abre para o novo. No entendimento de White (2008, p. 311), ao longo da sua carreira como repórter investigativo, fez uso de leis de acesso à informação, encontrou barreiras e concluiu que "uma das liberdades promovidas pela democracia é a abertura da sociedade. Muito pouco ocorre na vida pública que não seja 18 registrado de uma forma ou de outra. Às vezes, porém, autoridades e funcioná- rios tentam esconder algumas de suas atividades". Portanto, é necessário que a CGU trabalhe incessantemente para a conscientização da sociedade de que a informação pública não pode ser negligenciada. Ela é um bem público e pertence a todos. LEI N. 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991 Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação. Artigo 1 da Lei nº 5.433 de 08 de Maio de 1968 Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá outras providências. Art 1º É autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem de documentos particulares e oficiais arquivados, estes de órgãos federais, estaduais e municipais. § 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos legais dos documentos originais em juízo ou fora dele. § 2º Os documentos microfilmados poderão, a critério da autoridade competente, ser eliminados por incineração, destruição mecânica ou por outro processo adequado que assegure a sua desintegração. § 3º A incineração dos documentos microfilmados ou sua transferência para outro local far-se-á mediante lavratura de termo, por autoridade competente, em livro próprio. § 4º Os filmes negativos resultantes de microfilmagem ficarão arquivados na repartição detentora do arquivo, vedada sua saída sob qualquer pretexto. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.159-1991?OpenDocument 19 § 5º A eliminação ou transferência para outro local dos documentos microfilmados far-se-á mediante lavratura de termo em livro próprio pela autoridade competente. § 6º Os originais dos documentos ainda em trânsito, microfilmados não poderão ser eliminados antes de seu arquivamento. § 7º Quando houver conveniência, ou por medida de segurança, poderão excepcionalmente ser microfilmados documentos ainda não arquivados, desde que autorizados por autoridade competente. LEI 12.682/2012 Certificação digital garante fidedignidade Para assegurar a autoria e a fidedignidade dos documentos, deverão ser utilizados certificados digitais emitidos pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), ou equivalente. Com esse certificado, os documentos digitalizados passarão a ter o mesmo valor dos seus originais, inclusive quanto à fé pública, e fica permitida sua utilização até mesmo na via judicial. O Novo Código de Processo Civil já inclui o reconhecimento de documentos digitais e digitalizados como válidos para os fins de direito. Pela proposta aprovada na Câmara dos Deputados, o formato de arquivo do documento digitalizado deve possibilitar o uso em diferentes plataformas tecnológicas e a inserção de meta dados (informação anexada aos dados que ajudam na sua interpretação). Esse processo de digitalização deverá ser feito de acordo com o regulamento do CONARQ (Conselho Nacional de Arquivos), vinculado ao Arquivo Nacional do Ministério da Justiça, e deverá garantir a identificação da autoria. O decreto Nº 10.278, DE 18 DE MARÇO DE 2020, que estabelece procedimentos padrões para a digitalização de documentos e regulamentação das disposições da Lei nº 13.874/2019 e da Lei nº 12.682/2012, foi promulgado e isso provavelmente vai resultar em algumas mudanças na forma como seu 20 setor ou sua empresa pode lidar com documentos físicos e eletrônicos. Essa mudança representa uma modernização significativa para o mercado brasileiro e pode facilitar a vida de muitas equipes e profissionais. O Decreto da Digitalização abrange pessoas físicas e jurídicas e pode ser muito interessante para o desenvolvimento econômico do país. O decreto visa colocar em prática um dos conceitos principais da Lei da Liberdade Econômica, que é a desburocratização. Isso traz para o mercado agilidade, segurança e redução de custos. Nova lei – O Documento Digitalizado e a Validade Jurídica Apesar de toda dificuldade envolvida na rotina das empresas que lidam com documentos de clientes, fornecedores e colaboradores, isso vai se tornando um costume, por isso é importante ficar atento às possibilidades de melhorias que trazem redução de custos e aumento de produtividade. Antes do decreto Nº 10.278, não havia uma legislação que dava a segurança de validade jurídica às versões digitalizadas. Então muitas empresas digitalizavam seus documentos para os acessarem online, mas era obrigatório ainda manter os documentos originais corretamente armazenados e indexados. A versão digitalizada terá a mesma validade dos documentos físicos, e portanto será possível fazer o descarte daquele amontoado de papéis. Contudo para que o documento digitalizado seja válido como o original é necessário que se atenda às regras previstas no artigo 4º do Decreto, devendo assegurar: I – A integridadee a confiabilidade do documento digitalizado; II – A rastreabilidade e a auditabilidade dos procedimentos empregados; III – O emprego dos padrões técnicos de digitalização para garantir a qualidade da imagem, da legibilidade e do uso do documento digitalizado; IV – A confidencialidade, quando aplicável; V – A interoperabilidade entre sistemas informatizados. Além disso, cada tipo de documento tem especificação de digitalização específica. 21 Nova lei – Requisitos Técnicos Diferentes para Entidades Públicas e Privadas Entidades Públicas Para que o documento digitalizado se equipare a um documento físico para todos os efeitos legais, é necessário que: O mesmo seja assinado digitalmente com certificação ICP-Brasil; Siga os padrões técnicos mínimos exigidos por lei. Contenha os meta dados especificados. Entidades Privadas Para que o documento digitalizado se equipare a um documento físico para todos os efeitos legais, é mais simples no caso de empresas privadas. Basta que o documento utilize qualquer meio de comprovação da autoria e integridade do mesmo, desde que seja escolhido em comum acordo entre as partes. O meio de comprovação mais seguro nesse caso, é a assinatura eletrônica. É um meio de custo baixo, facilidade de ser executado de qualquer lugar, com agilidade. Normas de Digitalização O Decreto Nº 10.278, juntamente com as Leis nº 13.874/2019 e nº 12.682/2012 possibilitam o avanço tecnológico ao ambiente de negócios Brasileiro, facilita a vida dos cidadãos, e das atividades empresariais. Todas as regras que envolvem o processo servem para assegurar os dados que identificam o documento digitalizado como original. É essencial garantir a integridade, rastreabilidade e auditabilidade dos procedimentos empregados. https://arquivar.com.br/blog/arqsign/ https://arquivar.com.br/blog/arqsign/ https://arquivar.com.br/blog/lgpd-solucoes-praticas-e-reais/ 22 Com o avanço da tecnologia e da dinâmica entre as relações interpessoais e coorporativas, se torna quase inviável sujeitar o sucesso de projetos, contratações e trâmites aos documentos físicos, que muitas vezes podem engessar a trazer morosidade aos processos. Descarte do Documentos Físicos na nova lei Todos os documentos físicos que forem digitalizados e armazenados de acordo com o que manda o decreto 10278 poderão ser descartados, exceto aqueles que tenham valor histórico. Portanto, este descarte de documentos digitalizados também deverá ser documentado. Isso porque de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o titular terá direito a informações sobre toda a movimentação realizada com seus dados, incluindo o descarte de documento físico. Nova Lei da Digitalização e a LGPD Vale ressaltar que o decreto da digitalização e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) andam juntas. Os parâmetros de segurança exigidos pelo decreto da digitalização seguem os requisitos de segurança da informação e de proteção de dados dos termos da LGPD. Do mesmo modo, a LGPD, que já está em vigor no Brasil, dispõe que os documentos com dados pessoais que forem digitalizados deverão seguir as seguintes regras: I. No caso da Administração Pública: o tratamento dos dados pessoais somente poderá ser utilizado para o uso compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentas ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres; II. No caso do particular: o tratamento de dados pessoais será realizado quando necessário para a execução de contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular e a pedido deste. https://arquivar.com.br/solucao/consultoria-gestao-documental/ https://arquivar.com.br/blog/nova-lei-da-digitalizacao-de-documentos-entenda-o-que-vai-mudar-no-seu-setor-e-na-sua-empresa/ https://arquivar.com.br/blog/nova-lei-da-digitalizacao-de-documentos-entenda-o-que-vai-mudar-no-seu-setor-e-na-sua-empresa/ https://arquivar.com.br/solucao/digitalizacao-de-documentos/ https://arquivar.com.br/blog/nova-lei-da-digitalizacao-de-documentos-entenda-o-que-vai-mudar-no-seu-setor-e-na-sua-empresa/ https://arquivar.com.br/blog/nova-lei-da-digitalizacao-de-documentos-entenda-o-que-vai-mudar-no-seu-setor-e-na-sua-empresa/ https://arquivar.com.br/blog/nova-lei-da-digitalizacao-de-documentos-entenda-o-que-vai-mudar-no-seu-setor-e-na-sua-empresa/ 23 Acesso às informações Quanto ao acesso às informações sobre o tratamento de seus dados, que será muito mais ágil com a digitalização, o titular terá direito a: I. Saber a finalidade específica do tratamento; II. Entender a forma e duração do tratamento; III. Obter informações acerca do uso compartilhado de seus dados e a finalidade do compartilhamento; IV. Saber quais são as responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento. Em síntese, qualquer entidade que armazenar ou manipular dados pessoais deve se atentar a esses direitos dos titulares e se lembrar que a eficácia da lei agora produzirá os mesmos efeitos nos documentos físicos e nos digitalizados. O decreto da digitalização sendo interpretado conjuntamente com a LGPD irá trazer muitos benefícios. Tanto pessoas físicas e jurídicas, terão maior agilidade e efetividade nas relações jurídicas e comerciais. VÍDEO DE APOIO Agora, após ler o conteúdo da apostila, assista ao vídeo abaixo citado que traz conteúdo de apoio ao conhecimento. Vídeo: Nova LEI DA DIGITALIZAÇÃO | Entenda AGORA o Decreto 10.278/2020 e como se ADAPTAR à ele Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=4ewxdlP73is> Sinopse: o vídeo apresenta a Nova Lei da Digitalização https://www.youtube.com/watch?v=4ewxdlP73is 24 MATERIAL DE APOIO A EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO RELACIONADA À DIGITALIZAÇÃO E AOS DOCUMENTOS DIGITAIS NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ- BLICA FEDERAL Eliseu dos Santos Lima e Daniel Flores Disponível em:< https://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/21043/pdf> RESUMO Este artigo tem como objetivo discorrer sobre a evolução da normatiza- ção acerca dos procedimentos relacionados à conversão de documentos físicos para o meio digital (digitalização) e aos documentos arquivísticos digitais no âmbito da Administração Pública Federal, tendo em vista a legislação nacional e as Resoluções aprovadas pelo Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) que orien- tam e estabelecem diretrizes a serem seguidas pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). Nesse sentido, constata- se que a legislação sobre essa questão, embora recente, embasa e promove o direcionamento para que as instituições integrantes do SINAR desenvolvam pro- gramas de gestão de documentos de arquivo voltados aos documentos digitais e digitalizados, pois regulamenta e estabelece procedimentos à gestão dos documentos digitais, englobando a produção, a tramitação em sistemas informa- tizados, a preservação digital e a guarda em repositórios arquivísticos digitais confiáveis, bem como prevê parâmetros para garantir a autenticidade, a integridade, a confiabilidade e a disponibilidade, o que garantirá a preservação e o acesso con- tínuo a esses documentos em longo prazo. Palavras-chave:Documentos Arquivísticos Digitais; Patrimônio Documental; Digitalização; Legislação; Administração Pública Federal https://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/21043/pdf 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 REFERÊNCIA ABREU, Alzira Alves de. 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