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AULA 10

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Historiogra�a brasileira
Aula 10: As in�uências da New History inglesa, do
estruturalismo e da Nova História francesa na produção
historiogra�a brasileira
Apresentação
Uma das maiores questões que se coloca para o historiador é determinar o percurso e as transformações pelas quais a
ciência histórica no século XX passou. Partindo de Heródoto até a Idade Contemporânea, a História se constitui sem um
método cientí�co.
Perante essa di�culdade, alguns historiadores sentiram a necessidade de estabelecer regras e parâmetros para a ciência
histórica. Dessa forma, a História como discurso com pretensões cientí�cas, aparece no século XIX. O processo de
constituição do campo histórico, como um campo cientí�co, pode ser estabelecido na passagem da História narrativa
para a História-pesquisa no �nal do século XIX.
Objetivos
Identi�car as principais questões abordadas por in�uência da New History inglesa, do estruturalismo e da Nova
História francesa na produção historiográ�ca brasileira.
Reestruturação do campo da história
 Fonte: Pixabay.
A partir daí, a História como ciência passa a oferecer um método que vai privilegiar a importância da documentação escrita, em
especial a documentação o�cial. Esse procedimento cientí�co se manifestou nas correntes historiográ�cas positivistas e
historicistas. Dentro dessas correntes, foi consenso que, para a elaboração da ciência histórica, o historiador não deveria fazer
qualquer tipo de juízo de valor em relação às fontes, deveria buscar a neutralidade, sendo sua função a narrativa e a reprodução
dos documentos o�ciais, além da tentativa de determinar as leis gerais da História.
 Fonte: Google.
Durante esse período, se destacou o caráter cientí�co e empírico. Esse período positivista e historicista entrará em colapso
perante a ruptura causada pela fundação, em 1929, da chamada Escola dos Annales , já que foi ela, juntamente com o
marxismo, que passou a representar paradigma historiográ�co no período compreendido entre as décadas de 1920 e 1970.
A partir dessa in�uência, diversas propostas foram elaboradas para a reestruturação do campo da História.
1
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon087/aula10.html
 Fonte: Pixabay.
Essa proposta inovadora integrou ao fazer cientí�co da História às ciências sociais ampliando consideravelmente o campo da
História. Foi a partir dessa nova concepção metodológica, que novos atores históricos emergiram na produção historiográ�ca,
podemos citar a classe trabalhadora, as mulheres e a infância, entre outros.
O enriquecimento da análise social tornou as abordagens variadas e complexas. Assim pôde surgir a Nova História, a História
Social, a micro-História, a História econômica, a New History inglesa, o estruturalismo, entre outras correntes historiográ�cas
até chegarmos ao paradigma de uma história pós- moderna.
 Fonte: Pixabay.
Persevera como principal objetivo da ciência histórica a busca pela determinação da interpretação mais pertinente acerca de
um determinado período ou acontecimento histórico. Entretanto, esse objetivo está submetido à consciência do historiador de
que para elaborar uma História com pretensões cientí�cas, antes de qualquer coisa, é preciso revelar as metodologias que
presidiram suas práticas investigativas.
Nova História

Dentre as principais críticas, que se fazem ao caráter cientí�co
do saber histórico, está a desquali�cação do conhecimento
produzido como sendo demasiado especulativo. Entretanto,
essa crítica do não procede, pois os historiadores
contemporâneos não questionam o fato de que o
conhecimento histórico é obtido de forma indireta.

O historiador desse início do século XXI não pretende
reconstituir o passado, sua pretensão é a de representá-lo a
partir da investigação dos seus vestígios. A História depende
das escolhas metodológicas feitas pelo historiador, mas essas
escolhas necessitam ser explicadas.

Essa preocupação com as escolhas que se re�etem na escrita
da História �ca patente a partir da corrente historiográ�ca
conhecida como Nova História. A Nova História propôs uma
discussão que envolve a produção historiográ�ca e seus
elementos de narrativa e cienti�cidade.
 Brasília, inaugurada em 1960 | Fonte: Pixabay
Vamos abordar alguns dos pontos principais do percurso da
História Social e da Nova História Cultural. Esse que é um
dos campos da produção historiográ�ca de maior
importância na atualidade. Esse campo se desenvolveu a
partir do impacto e da recepção da noção de cultura na
produção historiográ�ca a partir das décadas de 1960 e
1970. Os historiadores passaram a construir novos
conceitos a partir da Crítica Literária, da Sociologia e da
Filoso�a.
Desde então, novos interesses e novas perspectivas
emergiram, tais como os estudos dos costumes e da vida
cotidiana de diferentes grupos sociais. Essas perspectivas
teóricas e temáticas ligadas aos campos da História Social
e da Nova História Cultural foram recepcionadas em todo o
mundo e também no Brasil, como um esforço de
compreensão da atuação e das demandas de novos
sujeitos históricos em nossa sociedade.
Esse campo se desenvolveu a partir do impacto e da
recepção da noção de cultura na produção historiográ�ca a
partir das décadas de 1960 e 1970. Os historiadores
passaram a construir novos conceitos a partir da Crítica
Literária, da Sociologia e da Filoso�a.
1°
No primeiro, a cultura é compreendida como as características de comportamento especí�cas dos seres humanos.
2°
No segundo, refere-se à capacidade humana para engendrar comportamentos por meio do seu potencial simbólico e
linguístico.
3°
No terceiro, o conceito de cultura é entendido como comportamentos enraizados nas relações sociais. São as identidades
singulares de sociedades humanas distintas, assim seria preciso reconhecer a diversidade de culturas como um passo
conceitual enredado em tradições sociais.
In�uência da cultura
No campo da produção historiográ�ca, essas novas noções sobre o conceito de cultura marcaram a
historiogra�a contemporânea desde os Annales, passando pela Antropologia Histórica, pela História das
Mentalidades e pela Micro-História. Também in�uenciado pelo interesse no estudo da cultura, ocorreu a
produção dos historiadores marxistas ingleses com a valorização de noções como a de experiência,
enfatizando estudos sobre costumes, alavancando o desenvolvimento da História Social. Foram a
valorização das abordagens sobre a civilização e os processos civilizatórios que geraram novas
perspectivas para os estudos dos costumes e da vida cotidiana dos mais diferentes grupos sociais.
Os historiadores passaram a se preocupar não somente com os documentos históricos o�ciais no que
esses pretendiam expressar, mas também naquilo que ocultavam. Para tal, novos pressupostos teóricos
e metodológicos foram incorporados. O olhar do historiador foi direcionado para as formas de controle
social, que se ocultavam nas vivências cotidianas, nas ideias sobre reprodução cultural, capital cultural e
capital simbólico. A análise historiográ�ca foi construída para que fosse possível estabelecer a relação
entre a construção de identidades sociais e as possibilidades de mudança social.
Historiadores contemporâneos
Os historiadores contemporâneos se dedicaram - e se dedicam - aos estudos e as análises sobre as mudanças sociais,
em particular sobre as mudanças dos costumes na vida privada, e na vida pública. Tais abordagens são hoje
consideradas fundamentais para a História Social e para a Nova História Cultural, e seus objetos tanto podem ser os
comportamentos humanos ou seus hábitos alimentares e de higiene.
A história da cultura material, a história do corpo, entre outras abordagens in�uenciaram e ainda in�uenciam
historiadores de todo o mundo, inclusive no Brasil, levando à elaboração de análises sobre a potencialidade de
determinados temas e documentos históricos para se tratar da vida cotidiana de grupos sociais.
 Pelourinho, Salvador - Brasil | Fonte: PixabayNova história cultural
Clique nos botões para ver as informações.
A recepção e a disseminação de novas ideias e de novas formas de problematizar o cotidiano, fez com que os
historiadores enriquecessem seus campos teóricos e metodológicos e construíssem novos conceitos. Como por
exemplo, as noções de construção cultural e de apropriação cultural inseridas em uma perspectiva de análise do cotidiano
a partir das escolhas dos sujeitos e de suas relações com a cultura material existente em determinados contextos
históricos. Essas ideias e trabalhos desenvolveram o debate sobre a construção cultural de conceitos até então tidos
como autônomos. Assim, os historiadores passaram a enxergar os estudos das práticas dos grupos sociais como
problemas possíveis e não como premissas fechadas, ampliando assim as condições de interpretação das ações e
motivações dos sujeitos históricos.
Recepção e disseminação 
A produção historiográ�ca durante o século XX conheceu uma intensa efervescência teórica e metodológica, que suscitou
o debate sobre a narrativa histórica, suas estratégias discursivas e a legitimidade cientí�ca da produção do conhecimento
histórico. A abertura das perspectivas teóricas e temáticas ligadas ao campo da História Social e da Nova História Cultural
acabou por estimular re�exões e trabalhos historiográ�cos em todo o mundo.
Produção historiográ�ca 
A renovação da historiogra�a brasileira produziu resultados acerca da atuação e das demandas de novos sujeitos
históricos em nossa sociedade. As in�uências das vertentes teóricas e metodológicas contemporâneas na historiogra�a
brasileira favoreceram a proliferação de estudos, sobretudo a partir da década de 80 do século XX. Esses estudos
valorizaram a produção intelectual da historiogra�a francesa relacionada à antropologia histórica e às mentalidades, além
dos estudos de micro-história, da historiogra�a inglesa, da Antropologia e da Sociologia.
Renovação da historiogra�a 
Novos objetos apareceram como a feitiçaria nos tempos coloniais a partir dos processos da Inquisição, a história das
mulheres, da infância, das festas, do cotidiano no período colonial, novas temáticas como as relações entre a história e
literatura, entre a cultura e o cotidiano. Assim como foi posto em destaque, o cotidiano dos trabalhadores em seus
espaços de trabalho e de sociabilidade, como a fábrica, o lar, o botequim, as habitações populares, as doenças, a vida
cotidiana dos escravos.
Novos objetos 
Os trabalhos dos historiadores redimensionaram os estudos sobre a história
do Brasil a partir das in�uências expostas no decorrer dessa aula. A
emergência de novos temas e sujeitos da História, antes excluídos dos
trabalhos históricos, foi considerada como fundamental para a construção
da História do Brasil.
Atividade
1. Apresente as consequências da recepção e da disseminação de novas ideias, e de novas formas de problematizar o cotidiano,
a partir da contribuição da História Social e da História Cultural.
Notas
Escola dos Annales 1
No projeto de construção do saber histórico, a escola dos Analles propunha a expansão do campo da pesquisa histórica. Por
in�uência dos Annales, tem início a chamada História Social como sendo um recorte historiográ�co dotado de autonomia.
Título modal 1
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Referências
FREITAS, Marcos Cezar de (Org). Historiogra�a Brasileira em Perspectiva. Editora Contexto, São paulo, 2005.
IGLÉSIAS, Francisco. Historiadores do Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2000.
REIS, José Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. 9.ed. ampl. Rio de Janeiro: FGV, 2007.
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