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AULA 9

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Historiogra�a brasileira
Aula 9: Os desdobramentos das in�uências das tendências
historiográ�cas do marxismo do século XX na produção
historiográ�ca brasileira
Apresentação
Nessa aula, veremos como o marxismo pode ser avaliado a partir dos seus paradigmas oriundos das ciências sociais, e
que acabaram por fundamentar estratégias investigativas na produção historiográ�ca.
A expansão da metodologia marxista e a sua presença na historiogra�a brasileira (Caio Prado Jr., Gorender, Nelson
Werneck Sodré, entre outros) propiciaram a elaboração de uma metodologia dotada de princípios comuns, mas que nem
por isso deixou de contemplar, em suas análises, considerações históricas especí�cas de cada sociedade estudada. No
caso particular do marxismo, esses desdobramentos metodológicos possibilitaram a elaboração de uma historiogra�a de
vasto alcance em termos de análise das realidades históricas no campo econômico e social, o que ocorreu também na
produção historiográ�ca brasileira de inspiração marxista.
Abordaremos o materialismo histórico , essa metodologia básica que predomina nas análises marxistas e o conceito de
história oferecido pela perspectiva marxista.
Na abordagem marxista, as contradições são produzidas a partir das condições materiais básicas, que foram chamadas
de relações de produção, categorias que se diferenciam ao longo dos distintos estágios históricos de uma dada
sociedade, são constituídas a partir do estado das forças produtivas, tal qual se organizam em dado período determinado.
Ambas, relações citadas são elementos que entram em contradição, daí se depreende a produção de um con�ito
essencial que permite a transformação histórica.
Objetivos
Analisar os discursos constitutivos da produção historiográ�ca do século XX na sociedade brasileira;
Identi�car as principais questões abordadas pelas in�uências das tendências historiográ�cas do marxismo do século
XX na produção historiográ�ca brasileira.
A historiogra�a marxista, a escola dos Annales e historiogra�a
quantitativa
A historiogra�a marxista, a escola dos Annales e historiogra�a quantitativa compartilham duas concepções básicas do
conceito de história, essa explicação funda-se em estruturas argumentativas que são expressas por meio de um discurso
narrativo de cunho cientí�co:
1
Aspecto cultural
Uma dessas concepções é o aspecto cultural que considera a
história como sendo o processo temporal calcado na
experiência de interpretação e da vivência do homem no seu
cotidiano, a história como objeto, como matéria de uma
disciplina cientí�ca.
2
Disciplina cientí�ca
A outra concepção é a disciplina cientí�ca propriamente dita,
parte da construção de métodos de investigação, é a ciência
histórica tomada por re�exões epistemológicas de cunho
�losó�co e que se traduz como a interpretação do passado
humano, individual, grupal ou social, perante procedimentos
metodológicos que permitem o controle das fontes, bem como
a formação da elaboração de interpretações explicativas
pautadas no chamado estado da arte da ciência histórica.
História
O vocábulo "história", entretanto, signi�ca, ao menos, três diferentes ideias que são articuladas com as quatro abordagens
teórico-conceituais que prevaleceram ao longo do século XX. Ambas as ideias estarão acopladas na produção historiográ�ca
propriamente dita. Essa consciência da vinculação entre objeto e discurso cientí�co estará presente na produção
historiográ�ca da segunda metade do séc. XX em diante.
Clique nos botões para ver as informações.
A primeira ideia, já citada acima, refere-se à totalidade das ações humanas no decorrer do tempo, e na qual existem
propósitos de efetivação, a tomada de decisões.
Primeira ideia 
A segunda ideia, já citada acima, é referente ao procedimento formal de constituição e elaboração do conhecimento
cientí�co no que tange à re�exão �losó�ca acerca das metodologias de recorte dos objetos marcados para serem
conhecidos, é aquele intitulado pelas expressões "ciência histórica" e "história como ciência". Nesse segundo sentido
proposto por essa ideia da ciência histórica, o que se realiza também é um esforço metódico que visa distinguir o caráter
cientí�co e controlável do conhecimento elaborado através de metodologias investigativas que maioria mais das vezes se
distingue daquela produção de conhecimento característica do senso comum.
Segunda ideia 
A terceira ideia que vocábulo "história" suscita é a produção historiográ�ca propriamente dita, o conjunto do somatório
dos textos narrativos produzidos que se pretendam pertencer aos domínios da ciência histórica. Essa terceira ideia
categoriza seus objetos a partir das primeiras duas ideias anteriores, seja a história como cultura propriamente dita, a
experiência da passagem e da vivência do tempo elaborada e interiorizada pela vida cultural do ser humano. Seja a ideia
da história enquanto disciplina cientí�ca, como especialização fundada em epistemologia, em ideias �losó�cas que
autorizem a construção e elaboração de enunciados portadores de interpretações com pretensões explicativas acerca
das transformações e permanências da experiência humana do tempo como ação cultural.
Terceira ideia 

A construção da racionalidade no pensamento histórico
solicita para a efetivação de seu procedimento cientí�co, uma
re�exão sobre as abordagens metodológicas adotadas.

Essa re�exão é realizada pela teoria da história, uma re�exão
de cunho �losó�co acerca da  construção do conhecimento
histórico, e em especial, do seu formato cientí�co.

Por possuir esse objetivo epistemológico se faz indispensável
investigar os fundamentos cientí�cos do pensamento
histórico.
Toda ciência exige de seus especialistas que prestem contas sobre os procedimentos metodológicos adotados para que seu
discurso tenha pretensão cientí�ca.
A historiogra�a atravessou o século XX e no seu percurso conheceu um desenvolvimento signi�cativo. Embora a história não
seja uma disciplina recente, as re�exões acerca da sua produção como saber cientí�co foram renovadas e rede�nidas ao longo
do século XX de forma substancial.
 Fonte: Pixabay
 Fonte: Google.
Do historicismo se reteve à ideia da natureza especí�ca do que seja um objeto histórico e da identidade própria do que seja
uma produção historiogra�a acerca de determinado objeto.
 Fonte: Google.
Do positivismo se reteve o esclarecimento dos "fatos" a partir de uma análise minuciosa dos documentos, análise metódica.
A despeito da rejeição do positivismo dos aspectos �losó�cos na produção historiográ�ca, já a eles se vincula quando enuncia
sua pretensão de cienti�cidade, do tipo pragmático.
Logo, podemos inferir que a ideia contemporânea de história como ciência
foi elaborada a partir dessa dupla in�uência de um corpo de regras e normas
metodológicas �xado sob in�uência do positivismo e do historicismo. Mais
a frente vamos nos deparar já na segunda metade do século XX com o
predomínio das três grandes correntes que constituirão a inovação
historiográ�ca do século XX: A historiogra�a marxista, a escola dos Annales
e historiogra�a quantitativa.
O quantitativismo
 Estátua de Karl Marx em Moscou | Fonte:
Pixabay.
Essa aula é sobre o marxismo, já vimos anteriormente à in�uência da escola dos Annales, vamos apresentar brevemente o
quantitativismo, antes de retomarmos com o marxismo.
O quantitativismo foi uma corrente historiográ�ca que se caracterizou pela utilização de metodologias quantitativas para obter
o mapeamento seriado dos mais variados campos do estudo histórico, entretanto sempre de forma a constituir uma
abordagem quanti�cadora que era aplicada a toda uma vasta área de estudos sócio históricos.
 Fonte: Pixabay.
Essa corrente historiográ�ca parte do paradigma quantitativo na explicação das realidades históricas, em especial, as
realidades sociais e econômicas.
Para essa corrente, a cienti�cidade da história seria garantida pela aplicação de métodos quantitativos construídos pelas
ciências sociais.
Assima cienti�cidade da história seria a integração dos métodos das ciências sociais, em particular, os métodos da economia.
Tendências historiográ�cas do marxismo
O aprender fazendo era o método utilizado nesta tendência, pois a pesquisa, a descoberta, a solução de problemas era o
mais importante. Os trabalhos em grupo eram realizados como condição básica para o desenvolvimento livre e
espontâneo do aluno. A disciplina era decorrente da consciência dos limites da vida em grupo.
 Fonte: Pixabay
Uma outra classi�cação da Pedagogia Liberal é a tendência liberal renovada não diretiva. Nesta, o
principal papel da escola é formar atitudes, já que a preocupação era com o psicológico, com o
autodesenvolvimento e a realização pessoal.
A boa educação era a boa terapia.  A ênfase devia ser dada ao desenvolvimento das relações sociais e a
transmissão de conteúdos era considerada secundária.
O materialismo histórico
O materialismo histórico foi essa metodologia básica que predomina nas análises marxistas, esse conceito possibilitou a
entrada da história no campo da ciência de forma inequívoca.
O conceito de história oferecido pela perspectiva marxista propõe uma teoria geral do funcionamento das sociedades em
seus desdobramentos históricos. Esse método de análise marxista do processo histórico tem como dinâmica a dialética.
O materialismo histórico é dialético, é portador de uma dialética que expõe as contradições inerentes a toda realidade
histórica estudada.
 Fonte: Pixabay

Na abordagem marxista, as contradições são produzidas a partir das condições materiais básicas. Essas
condições materiais básicas foram chamadas de relações de produção, categorias que se diferenciam
ao longo dos distintos estágios históricos de uma dada sociedade.
Essas relações de produção são constituídas a partir do estado das forças produtivas, tal qual se
organizam em dado período determinado. Ambas, relações de produção e forças produtivas são
elementos que entram em contradição, daí se depreende a produção de um con�ito essencial que
permite a transformação histórica.


Assim de acordo com a análise marxista, os estágios históricos são determinados pelas forças
produtivas e pelas relações de produção existentes em cada estágio histórico a essa combinação o
marxismo chamou de modos de produção.
Um modo de produção é tanto uma categoria conceitual, como também é modelo metodológico de
abordagem da realidade histórica em certo estágio histórico. As realidades históricas concretas são
traduzidas nos modos de produção que fornecem uma explicação histórica conforme um conceito de
formação social que é especí�co para cada sociedade considerada.

A historiogra�a marxista dirigiu
suas atenções para
determinados temas como, por
exemplo, a história do
movimento operário, logrou êxito
e abriu espaço para o que mais
tarde viria a ser conceituado
como história social e que
transcendeu os próprios cânones
do marxismo.
Outro aspecto que não pode
deixar de ser considerado é a
importância conferida aos
processos históricos na teoria
marxista, assim como os
aspectos sociais que envolvem a
própria prática do historiador. A
contribuição do marxismo para a
historiogra�a social é
incontornável, e demonstrou, ao
contrário do que se apregoava,
não estar entrevada por uma
rigidez metódica e forneceu
ampla contribuição de renovação
na elaboração do olhar do
historiador no século XX.
Dentre as contribuições mais
originais e criativas podemos
destacar que a partir de uma
signi�cativa constância na
utilização do aparato conceitual
de inspiração marxista, emergiu,
mais recentemente, como objeto,
as questões culturais.
As questões culturais foram
abordadas como relevos que
resistiriam às determinações
estruturais e expressariam, então
por meio de formas de
representação e manifestação
cultural, os conteúdos de classe.
 Fonte: Pixabay
Os historiadores marxistas adeptos da história cultural
vincularam a pesquisa da realidade histórica, à produção
das formas culturais e não se descuidaram da de�nição do
processo histórico no qual se inseria os fundamentos da
disciplina cientí�ca histórica.
Durante o processo de criação de uma forma cultural
especí�ca de classe aconteceriam as lutas sociais, assim
como é durante as lutas sociais que aconteceria a
elaboração de forma cultural especí�ca.
Uma classe social só é capaz de surgir no decorrer do
processo de combate social, no qual, então se constituem
formas culturais singulares que expressam a cultura de
determinada classe social.
A historiogra�a brasileira continua tendo no marxismo um instrumento de abordagem metodológica da realidade histórica que
pode ser considerado instrumento de análise adequado desde que continuamente adaptando-o às suas inovações conceituais
e epistemológicas advindas da tradição que dele se fez, pensamento histórico marxista, em diversos países. Em especial
advindas daqueles países que não se deixaram levar ou que não padeceram o impingir de dogmas e repressões políticas que
se constituíram em impedimento de uma produção cientí�ca histórica mais crítica e �losó�ca.
 Fonte: Pixabay
Ao �nal do século XX, a historiogra�a marxista viu-se diante de uma
diversidade e de uma pluralidade que multiplicaram os campos de
aplicação do instrumental teórico marxista e impulsionou a pesquisa
histórica realizada a partir dos seus pressupostos.
Atividade
1. A expansão da metodologia marxista e a sua presença na historiogra�a brasileira (Caio Prado Jr., Gorencler, Nelson Werneck
Sodré, entre outros) propiciaram a elaboração de uma metodologia dotada de princípios comuns, mas que nem por isso deixou de
contemplar, em suas análises, considerações históricas especí�cas de cada sociedade estudada. Apresente a metodologia básica
do marxismo.
Notas
Documentação 1
Antes de Varnhagen havia pouca documentação disponível e ela se encontrava dispersa e esperando um trabalho de inventário
e de catalogação.  Existiam poucos meios para se estudar a história do Brasil Colônia. Pouco se sabia sobre os documentos do
Nordeste holandês, ou qual seriam suas quantidades e a qualidade dos documentos que existiam se estivessem eles presentes
na Bahia ou em Pernambuco, em Portugal ou na Holanda.
Título modal 1
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Referências
FREITAS, Marcos Cezar de (Org). Historiogra�a Brasileira em Perspectiva. Editora Contexto, São paulo, 2005.
IGLÉSIAS, Francisco. Historiadores do Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2000.
REIS, José Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. 9.ed. ampl. Rio de Janeiro: FGV, 2007.
Próxima aula
As principais tendências historiográ�cas brasileiras contemporâneas.
As in�uências da New History inglesa, do estruturalismo e da Nova História francesa na produção historiográ�ca
brasileira.
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Icaro Bittencourt – “O mutualismo operário e os desa�os à história social”.
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