Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

IEPSIS
O papel da Terapia Ocupacional no 
atendimento da criança com TEA
Atuação do Terapeuta 
Ocupacional nas atividades de 
Lazer e Brincar
Brincar como um direito
Teorias de Piaget, Vygotsky e
psicanalítica
Brincar e TO
Brincar no TEA
O brincar é um direito constitucional e vigora 
como lei desde 1990, com a criação do Estatuto da 
Criança e do Adolescente 
(Lei 8.069/90)
Em seu Art. 16º, Inciso IV, esta lei nos diz que a 
criança tem direito a “brincar, praticar esportes e 
divertir-se”.
Brincar como um direito
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil 
ressalta a importância do brincar, trazendo a relação do 
jogo com o desenvolvimento cognitivo, motor, social e 
afetivo das crianças. 
Consta em seu texto que um dos princípios que embasam a 
“qualidade das experiências oferecidas para o exercício da 
cidadania” é “o direito das crianças a brincar, como forma 
particular de expressão, pensamento, interação e 
comunicação infantil”. (BRASIL, 1998)
Brincar como um direito
Para compreender a visão piagetiana do brincar, em 
especial o brincar na faixa etária de 0 a 5 anos, é necessário 
levar em consideração os estágios de desenvolvimento que 
foram estabelecidos por Piaget
No estágio sensório-motor (do 
nascimento aos 2 anos) a 
criança não possui a 
capacidade simbólica, ou seja, 
“não apresenta pensamento 
nem afetividade ligados a 
representações, que permitam 
evocar pessoas ou objetos na 
ausência deles"
Piaget
No estágio pré-operatório (2 a 7 anos) a criança já 
desenvolveu a capacidade simbólica, logo é capaz de 
reconhecer os símbolos em suas variadas formas, 
adquirindo certo grau de independência em relação aos 
estímulos captados pelos sentidos. Nessa fase, também, a 
criança começa a distinguir o significante (símbolo, 
imagem, representação), do significado (o objeto ou 
estrutura real).
Piaget
Dentre as demais características 
básicas, também pode-se 
destacar a conduta egocêntrica 
ou autocentrada.
A criança vê o mundo a partir de 
sua própria perspectiva e não 
imagina que haja outros pontos 
Depois dos sete anos, torna-se capaz de cooperar. Neste 
período, a organização social passa a ser de grupos, ou seja, 
começa-se a formar grupos de amigos fixos. Na fase de 
nove anos ocorre uma evolução na afetividade, pois a 
cooperação entre os sujeitos passa a coordenar os pontos 
de vista em uma reciprocidade, com autonomia e coesão.
Piaget
Há maior interesse nos jogos e 
competições, apesar das crianças 
apresentarem dificuldades nos 
estabelecimentos das regras. 
Estes jogos são importantes para o 
desenvolvimento integral da 
criança, pois estimulam a 
socialização, o desenvolvimento 
moral e o intelectual.
Vygotsky considera que o jogo é o meio básico do 
desenvolvimento cultural das crianças.
Um conceito importante a ter em mente para a 
compreensão do trabalho de Vygotsky é “zona de 
desenvolvimento proximal”. Este conceito traz a ideia de 
uma distância entre aquilo que a criança consegue fazer 
por si só e aquilo que ela consegue executar com a ajuda de 
um outro indivíduo, e que, potencialmente, poderá 
aprender a fazer sozinha no futuro. 
Vygotsky
Este conceito encerra em si a 
questão da ligação existente entre 
o desenvolvimento e a 
aprendizagem.
O papel do brinquedo, no contexto da teoria de Vygotsky é 
servir de base para a satisfação de certas necessidades da 
criança, e estas necessidades vão evoluindo no decorrer do 
desenvolvimento. 
Para entendermos o desenvolvimento da criança, é 
necessário levar em conta as necessidades dela e os 
incentivos que são eficazes para coloca-las em ação.
Vygotsky
As contribuições de Vygotsky 
reforçam o sentimento de 
valorização da brincadeira e do 
brinquedo como ferramentas 
essenciais na formação da 
criança, sobretudo no aspecto 
sociocultural que tão 
De acordo com a teoria psicanalítica o brincar é um 
elemento de extrema importância para a constituição da 
subjetividade da criança. 
O brincar pode desenvolver processos psíquicos que a 
preparam para uma nova e mais elevada etapa do 
desenvolvimento. 
A atividade lúdica infantil, surge 
na idade pré-escolar, como 
meio de superar o impasse entre 
a necessidade de se relacionar 
ativamente com os objetos e 
limites impostos pela realidade
Teoria Psicanalítica
A criança simboliza seus desejos, fantasias, experiências 
prazerosas ou não, por intermédio do brincar. 
Nessa atividade, a criança não só reproduz, mas se 
emancipa das situações imediato-concretas e age de 
maneira imaginativa, assimilando suas vivências, ao 
mesmo tempo em que as retoma de forma criativa. 
A brincadeira tem base no 
vivido, mas não se constitui em 
simples reiteração da realidade 
conhecida. 
Teoria Psicanalítica
No brincar, a criança usa objetos substitutivos, encena, 
dramatiza situações e personagens, ressignificando essa 
realidade. Suas ações adquirem uma função 
representativa e não funcional ou concreta, contribuindo 
para a elevação dos processos mentais na infância
Teoria Psicanalítica
Dessa perspectiva, o componente imaginativo da 
brincadeira infantil tem natureza e origem social, pois a 
criança reelabora as formas humanas de agir com objetos 
e de interagir com outros a partir de suas condições 
concretas de vida, porém criando novas realidades. 
Ademais, ao brincar, ela se 
envolve em regras de 
comportamento e valores 
sociais, com os quais muitas 
vezes não conseguiria operar 
fora dessa atividade. 
O brincar livre da criança permite mostrar como esta 
interage e atua no mundo, assim, quando brinca, revela a 
maneira como usa os objetos, como organiza o seu corpo 
no espaço e tempo, mostrando ao terapeuta marcos 
significativos para a identificação do seu desenvolvimento.
O brincar é a ocupação que se 
mostra como própria da infância, 
sendo objeto de pesquisa, 
intervenção e assistência na 
Terapia Ocupacional.
Ocupações
Atividades 
de Vida 
Diária 
(AVD)
Atividade 
Instrumental 
de vida Diária 
(AIVD)
Gestão da 
Saúde
Brincar
LazerDescanso e Sono
Educação
Trabalho
Participação 
Social
O brincar na Terapia
Ocupacional
O brincar se evidencia como marca da infância, é a 
ocupação da criança. 
O brincar é compreendido como uma ocupação 
relevante e de extrema importância para a vida de 
qualquer individuo. 
É um domínio importante da 
prática clínica, sendo um processo 
natural da vida da criança, 
inerente à natureza humana. 
O brincar na Terapia
Ocupacional
Segundo a AOTA, brincar é qualquer atividade 
espontânea e organizada que ofereça satisfação, 
entretenimento, diversão e alegria. 
Dentro do brincar temos: 
• Brincar exploratório
• Participação no brincar
O brincar na Terapia
Ocupacional
Brincar exploratório
Identificar atividades lúdicas apropriadas, incluindo brincar 
exploratório, a prática de brincar, o brincar intencional, 
jogos com regras, brincar construtivo e o brincar simbólico. 
O brincar na Terapia
Ocupacional
Participação no brincar
Participar no brincar; manter um equilíbrio entre brincar e 
as outras ocupações; e obter, utilizar e manter brinquedos, 
equipamentos e utensílios apropriadamente. 
O brincar na Terapia
Ocupacional
O brincar pode ser utilizado de 3 formas:
• Finalidade de motivar a participação da criança 
durante a terapia, e nesse sentido, conquistar a 
criança e se permitir interagir com o espaço, os 
brinquedos e o ambiente. 
O brincar na Terapia
Ocupacional
• Pode ser utilizado como um recurso para o 
desenvolvimento de habilidades, tendo o brincar 
vinculado a algum método de tratamento.
• O brincar se dá como fim em si 
mesmo, oportunizando a 
experimentação do prazer, da 
espontaneidade e da 
criatividade. 
O brincar na Terapia
Ocupacional
O brincar autônomo, livre e sem regras é muito 
utilizado em processos de avaliação. A criança faz uso 
das brincadeiras de modo livre, sem as interrupçõesdo terapeuta, se tornam um importante instrumento 
para aqueles profissionais que querem inferir sobre o 
desenvolvimento da criança por meio da observação 
da atividade do brincar. 
O brincar na Terapia
Ocupacional
O brincar livre permite mostrar como a criança 
interage a atua no mundo, assim, quando ela brinca, 
revela a maneira como usa objetos, como organiza o 
seu corpo no espaço e tempo, mostrando ao 
terapeuta marcos significativos para a identificação 
do seu desenvolvimento. 
O brincar na Terapia
Ocupacional
Há a possibilidade também de utilizar o brincar para 
averiguar em que fase a criança se encontra em seu 
desenvolvimento e determinar o nível de habilidade 
da criança. 
O brincar na Terapia
Ocupacional
A intervenção da terapia ocupacional proporciona do 
desenvolvimento de estímulos e alcance de 
habilidades, assim como organização do 
comportamento e formação de vínculo. 
O brincar na Terapia
Ocupacional
Observamos, de modo geral, que nas crianças com TEA o 
brincar ocorre de maneira distinta das demais crianças.
Crianças com TEA tem sua participação em brincadeiras e 
atividades de lazer diminuídas por apresentarem prejuízos 
nas áreas da práxis imitativa, ideação e participação em 
brincadeiras próprias da sua faixa etária.
O brincar no TEA
Em crianças com Transtorno do Espectro Autismo, 
evidenciamos um prejuízo na capacidade simbólica e, 
consequentemente, uma grande dificuldade no 
desenvolvimento de atividades lúdica, resultando em um 
brincar estereotipado, sem variações e sem criatividade. 
O brincar no TEA
Outra manifestação clássica do TEA é a padronização do 
comportamento. 
O autista tende a realizar atividades repetidas e 
estereotipadas, o que gera o desenvolvimento de rituais ou 
rotinas dos quais a criança tem muita dificuldade de se 
desvincular. 
Não raramente os pacientes 
exibem uma fixação em objetos 
ou em um repertório de 
interesses muito restritos, 
envolvendo datas, itinerários e 
estereotipias motoras.
O brincar no TEA
O desenvolvimento precário da capacidade simbólica da 
criança autista contribui para o aparecimento de 
sintomas, como por exemplo o atraso no 
desenvolvimento da linguagem, o uso idiossincrático dos 
brinquedos e uma grande dificuldade no contato 
interpessoal. 
O brincar no TEA
Ao propor estratégias de intervenção que ofereçam às 
crianças que apresentam estes sintomas dentro do 
espectro do autismo possibilidades de uma melhor 
expressão simbólica, tem boa repercussão, tanto em seu 
desenvolvimento emocional, quanto no cognitivo. 
O brincar no TEA
Na criança típica, o processo do brincar ocorre de forma 
natural, em que adultos e parceiros interagem com ela, que 
logo aprende a agir com objetos de forma lúdica e a 
compartilhar a atividade. 
Já nas crianças autistas esse 
processo não é tão simples, pode 
ser longo e trazer grandes 
frustrações a pais, familiares e 
educadores, que acabam 
desacreditando da viabilidade e 
importância dessa área tão 
propícia ao desenvolvimento. 
O brincar no TEA
Assim como as ações da criança são percebidas como 
movimento e manipulação sem sentido, a mãe e as 
pessoas próximas vão deixando de significá-las. 
Como resultado, persiste um brincar limitado e 
empobrecido, já que possíveis transformações não são 
incentivadas. 
Então, instala-se um círculo 
vicioso. 
O brincar no TEA
Referências
• MARTINS, A.D.F.; GOES, M.C.R. Um estudo sobre o brincar de crianças autistas na perspectiva histórico-cultural. 
Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 17, Número 1, 
Janeiro/Junho de 2013: 25-34.
• SOBRAL, S.S.; RIBEIRO, S.I.S. A importância do brincar na educação infantil – a perspectiva de Piaget,Vygotsky e 
Kishimoto. Anais do VI Congresso Nacional de Educação. Fortaleza,2019. 
• SOUZA, Dinara (org). Terapia Ocupacional e sua representatividade no Transtorno do Espectro do Autismo: teoria e 
prática. Ribeirão Preto, SP: BookToy, 2022. 
• SOUZA, N.M.;WECHSLER, A.M.Reflexões sobre a teoria piagetiana: o estágio operatório concreto. Cadernos de 
Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro-SP, 1 (1): 134-150, 2014
• SPODE, Georgia Debiasi. Perfil Epidemiológico de pacientes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista.
2019. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Medicina. Universidade Federal da Fronteira do Sul (UFFS), Passo Fundo,
RS, 2019.• American Occupational Therapy Association, A. (2015). Estrutura da prática da
Terapia Ocupacional: domínio & processo - 3ª ed. traduzida. Revista De Terapia
Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 26(esp), 1-49.
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v26iespp1-49
• AOTA. Occupational therapy practice. Framework: domain & process. 2nd. The
American Journal Occupational Therapy. v. 63, n. 6. 625-683, nov/dec, 2008.
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v26iespp1-49

Mais conteúdos dessa disciplina