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Revisão sobre a variante genética da -caseína A1 e A2

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CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR 
UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 
CAMPUS DE POMBAL
TECNOLOGIA DE LEITE E DERIVADOS
MÔNICA CORREIA GONÇALVES
Antonio Angelo Fernandes Ferreira
REVISÃO SOBRE A VARIANTE GENÉTICA DA Β-CASEÍNA A1 E A2
Pombal/PB
Agosto de 2023
Antonio Angelo Fernandes Ferreira - 920110117
Revisão sobre a variante genética da β-caseína A1 e A2
Atividade apresentada à disciplina de Tecnologia De Leite E Derivados, da Universidade Federal de Campina Grande – Campus Pombal, como requisito para obtenção de nota. 
Pombal/PB
Agosto de 2023
O leite, um alimento de extrema importância para a nutrição humana, apresenta diversas características notáveis, sendo o teor proteico uma delas. Um aspecto crucial a ser abordado é a composição protéica do leite, onde se destacam as caseínas (CÉSAR et al., [s.d.]).
No leite, é possível identificar diferentes tipos de caseínas, incluindo a αS1-caseína, αS2-caseína, β-caseína e κ-caseína. Essas proteínas desempenham um papel fundamental, fornecendo aminoácidos essenciais, especialmente nos estágios iniciais da vida dos mamíferos. As caseínas se organizam em estruturas moleculares chamadas micelas, formando agregados de variados tamanhos (CÉSAR et al., [s.d.]).
A produção de leite no contexto brasileiro possui um vasto potencial de desenvolvimento dentro do agronegócio, desempenhando um papel fundamental na criação de empregos, geração de renda e, sobretudo, no fornecimento de alimento para a população do país (VILELA, 2002).
As perspectivas relacionadas ao mercado de leite no Brasil apontam para tendências positivas na cadeia produtiva. Há uma expectativa de aumento na produção até o ano de 2017, acompanhado por um leve crescimento no consumo per capita interno. Paralelamente, prevê-se uma redução na produção de mercados significativos como a China e a Nova Zelândia, juntamente com melhorias nos preços para exportação. No ano de 2016, o Brasil se posicionou como o quinto maior produtor mundial de leite, alcançando uma produção nacional de 34,7 bilhões de litros. Isso se traduziu em um consumo médio de aproximadamente 175,9 litros por habitante, representando um aumento de 0,8% em relação ao ano anterior. Esses números não apenas fortaleceram a economia brasileira, mas também resultaram em exportações significativas, atingindo a marca de 229 milhões de litros (CONAB, 2017).
O leite e seus derivados desempenham um papel de destaque no abastecimento alimentar, destacando-se por sua rica composição, especialmente em proteínas de alto valor biológico. Essas proteínas são fundamentais para diversas atividades funcionais e estruturais em organismos vivos, desempenhando um papel essencial no crescimento e desenvolvimento humano (HAUG et al., 2007).
Composto por uma matriz complexa, o leite contém proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais, lipídios, aminoácidos, imunoglobulinas, hormônios, fatores de crescimento, citocinas, nucleotídeos, poliaminas, enzimas e peptídeos bioativos (PB). O consumo de produtos lácteos, incluindo leite, pode desempenhar um papel crucial na prevenção de diversas doenças (KORHONEN; PIHLANTO, 2006).
Dentro das diferentes raças de gado leiteiro, existem variantes genéticas da proteína CSN2, sendo a A1 e A2 as mais comuns e estudadas. A variante A1 está associada à geração de peptídeos bioativos, incluindo a beta-casomorfina-7 (BCM-7), que são liberados após a quebra enzimática durante a digestão no trato gastrointestinal. Esses peptídeos têm sido associados a efeitos adversos na saúde humana. A BCM-7 é conhecida como um agente oxidante e suscetível ao desenvolvimento de alergias à proteína do leite, doença cardíaca isquêmica (DCI), diabetes mellitus tipo-1 (DM-1), arteriosclerose, síndrome da morte súbita infantil e autismo (SOKOLOV et al., 2014).
Consequentemente, empresas internacionais já estão comercializando leite e produtos derivados que contêm exclusivamente a variante A2, associada a uma menor produção do peptídeo bioativo BCM-7 após a digestão enzimática. No Brasil, existem laticínios especializados em leite A2 que atendem a mercados regionais, embora em pequena escala. Entretanto, um crescente número de grupos está demonstrando interesse e confiança no potencial desse novo produto. Atualmente, já é possível encontrar rebanhos taurinos e zebuínos no país que são homozigotos para o alelo A2 da CSN2. Esse avanço foi possibilitado por meio de seleção genética utilizando marcadores de polimorfismo de nucleotídeo único (SNIP), realizada por associações, empresas e produtores (CONAB, 2017; MILKPOINT, 2017; OLENSKI et al., 2010).
Nesse contexto, a β-Caseína A1, ao sofrer degradação no trato gastrointestinal humano, dá origem a um peptídeo denominado Beta-Casomorfina-7 (BCM-7). Estudos indicam que esse peptídeo está relacionado com a alergia à proteína do leite que pode afetar alguns indivíduos. Um estudo específico revelou que o consumo de leite contendo β-caseína A1 foi associado a um aumento nos sintomas gastrointestinais, elevadas concentrações de marcadores inflamatórios, tempo prolongado de trânsito intestinal e níveis reduzidos de ácidos graxos de cadeia curta (PEGHINI, 2019).
A detecção do genótipo da β-Caseína nos rebanhos bovinos tem se tornado mais frequente, impulsionada pelos benefícios que o leite A2A2 proporciona aos consumidores (PEGHINI, 2019).
Inúmeros estudos estabelecem conexões entre o consumo de leite A2A2 e vantagens para a saúde humana. Pesquisas indicam que a β-Caseína A2 reduz os níveis séricos de colesterol e diminui a concentração de lipídios de baixa densidade, que desempenham um papel crucial na prevenção de diversas doenças cardiovasculares. Adicionalmente, o alelo A2 demonstra um impacto positivo na quantidade de proteína produzida no leite, enquanto afeta negativamente a produção de gordura (PEGHINI, 2019).
Ao genotipar os reprodutores e favorecer o alelo A2, os produtores podem colher dois benefícios: aumentar a produção com foco no teor proteico do leite e promover a diminuição gradual da variante A1 da proteína (PEGHINI, 2019).
REFERÊNCIAS
CÉSAR, F. et al. Capítulo 13 Lácteos naturalmente enriquecidos com ácidos graxos benéficos à saúde. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/128155/1/Cap-13-Lv-2015-Sustentabilidade-Lacteos.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2023.
VILELA, D. A importância econômica, social e nutricional do leite. Rev. Batavo, 
n.111, 2002. Disponível em: <http://www.nupel.uem.br/importancia.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2023.
CONAB-COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Conjuntura mensal 
Especial. Leite e derivados. Abril, 2017. Disponível em: 
<http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/17_05_15_14_13_38_leite_ab
ril_2017.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2023.
HAUG, A.; HOSTMARK, A. T.; HARSTAD, O. M. Bovine milk in human nutrition – a 
review. Lipids Health Dis., v. 6, p.25, 2007.
KORHONEN, H.; PIHLANTO, A. Bioactive peptides: Production and functionality. 
Int. Dairy J., v.16, p.945–960, 2006.
KOST, N. V.; SOKOLOK, O. Y.; KURASOVA, O. B.; DIMITRIEV, A. D.; 
TARAKANOVA, J. N.; GABAEVA, M. V.; ZOLOTAREV, Y. A.; DADAYAN, A. 
K.; GRACHEV, S. A.; KORNEEVA, E. V.; MIKHEEVA, I. G.; ZOZULYA, A. A. 
Betacasomorphin-7 in infants on different types of feeding and different levels of 
psychomotor development. Peptides, v.30, p.1854–60, 2009.
PEGHINI, B. C. A Genotipagem da Beta-Caseína e o Leite A2A2 | Geneal Diagnósticos. Disponível em: <https://genealdiagnosticos.com.br/noticia/genotipagem-da-beta-caseina-e-o-leite-a2a2>. Acesso em: 15 ago. 2023.

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