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Criar e descrever um fluxo de procedimentos, equipamentos e análises realizados na recepção de uma unidade armazenadora: FLUXO DE PROCEDIMENTOS: 1- COLETA DE INFORMAÇÕES E PESAGEM 2- AMOSTRAGEM 3- ANALISES COMPULSORIAS E TECNOLOGICAS 4- DESCARREGAMENTO 1- COLETA DE INFORMAÇÕES E PESAGEM: As informações que devem ser coletadas são: o tipo de cultivar, local de produção, sistema de produção, tempo de colheita e transporte. 2- AMOSTRAGEM É a obtenção de uma parcela ou quantidade mínima obtida de um todo, capaz de representar fielmente as características do material original, com a mínima variação de erros. Objetivo: obter amostras de tamanho adequado aos testes propostos e que nela estejam presentes, nas mesmas proporções, as componentes variáveis dos lotes que lhes deram origem. Primeira etapa- Coleta da amostra Tipos de amostra: Simples: É a amostra retirada de apenas um lugar do lote. Composta: É o conjunto de amostras simples retiradas de um mesmo lote. De Trabalho: aquela obtida a partir da divisão da amostra composta. Caracteriza-se pela quantidade de produto que será utilizada na realização das análises. Quantidade de amostra em caminhões: 5 pontos: Caminhões ou vagões de até 15 toneladas. 8 pontos: Caminhões ou vagões de 15 a 30 toneladas. 11 pontos: Caminhões ou vagões de 30 a 50 toneladas. Mínimo 11 pontos: bitrem, rodotrem, tritrem, treminhão. As amostras devem ser colhidas através de calador manual, sonda manual ou sonda pneumática no caminhão. Nas sacarias as amostras devem ser colhidas através de calador manual de sacarias (Consiste em um tubo metálico “oco”, com 20-60 cm de comprimento, pontiagudo em uma das extremidades e que podem ser inseridos em sacos com grãos (ângulo de 30°). AMOSTRAGEM EM EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE GRÃOS 1. Amostras simples de 500 t coletadas da fita transportadora 2. Amostra composta de no mínimo 10 kg para cada fração de 500 toneladas 3. Homogeneização 4. Quarteamento até ~1 kg 5. Reservar e repetir o procedimento para outra fração de 500 t 6. Para cada 5.000 t, juntar as 10 amostras reservadas parciais, homogeneizar e quartear até 4 kg, para 4 vias de amostras Segunda etapa- Homogeneização e Quarteamento Como realizar a homogeneização e o quarteamento? De posse das amostras coletadas, é necessário realizar uma homogeneização e posteriormente um quarteamento para obter a amostra de trabalho, com equipamento de homogeneização do tipo Boerner, Jones ou saco de rafia. 3- Análises compulsórias e tecnológicas Serve para determinar: Matérias estranhas e impurezas, Umidade, Classificação dos grãos, Renda e rendimento (arroz), Tipificação de trigo, Qualidade de Feijão, Identificação de transgenia, avaliação sensorial (café). IMPORTANCIA: Identificar a qualidade do produto que está chegando na unidade armazenadora ou na indústria, visando a adoção da melhor estratégia para as operações de pré-armazenamento, armazenamento e industrialização de acordo com as características do produto. As balanças de precisão permitidas são: as de precisão de 0,1g e 0,2g. Determinação do teor de matérias estranhas e impurezas (MEI) Matérias estranhas - os corpos ou detritos de qualquer natureza estranhos ao produto, a exemplo dos grãos ou sementes de outras espécies vegetais, sujidades e insetos mortos. Impurezas: Os detritos do próprio produto, a exemplo da casca do arroz (aberta), dos grãos chochos e dos pedaços de caule. As análises realizadas com auxílio de peneiras específicas para cada produto de acordo com a legislação: Arroz Crivos oblongos de 1,75 x 20 a 22 mm, Soja Crivos circulares 3,0 mm. Máquina de determinação de MEI Apenas auxilia na remoção das MEI, sendo necessário o repasse em peneiras manuais. - Procedimentos de realização da análise: 1) realizar a pesagem da amostra (200 gramas); 2) realizar movimentos uniformes durante 30 segundos; 3) realizar catação manual; 4) realizar a pesagem do material; 5) realizar o cálculo. Determinação do grau de umidade Métodos: 1. Diretos: Medem o real conteúdo de água presente no grão. Estufa Procedimento: 1) tarar cápsulas; 2) retirar e colocar no interior de dessecador (1 hora); 3) pesar a cápsula, e a cápsula mais a amostra (10 g de amostra); 4) colocar na estufa (105°C – 24 horas) ou (130°C - 3 horas); 5) Retirar da estufa e colocar em dessecador (1 hora); 6) realizar a pesagem; 7) realizar o cálculo. Destilação Destilação (Brown-Duvel) - Medem diretamente a quantidade de água removida dos grãos, coletada na proveta de 100 ml., São destrutivos, Tempo prolongado para realização. Aquecimento por Infravermelho A amostra de grãos é moída e colocada sobre o prato de uma balança exposta à radiação infravermelha, durante determinado tempo e temperatura. Químicos 2. Indiretos: Envolvem a medição de uma propriedade elétrica, química ou outra da amostra, e o conteúdo de água é determinado matematicamente, relacionando a propriedade com o teor de água. Resistência elétrica (Universal) - Quanto menor a umidade, maior a resistência Capacitância elétrica (G600, G800, Motomco, ...) - ➢ Medem a constante dielétrica da amostra. A leitura é afetada pela umidade, composição química do material, temperatura, densidade do grão, forma, dimensões e variedades. Procedimentos 1) Limpeza da amostra; 2) Pesar amostra (copo); 3) Selecionar a “curva do produto”; 4) dispor a amostra no equipamento; 5) realizar a leitura. Por que devemos classificar os grãos? Porque a tipificação é realizada de acordo com o % de defeito Porque a classificação é balizadora dos preços pagos ao produtor Porque permite a adoção de estratégias de redução de perdas no armazenamento Classificação dos grãos: - ARROZ: IN MAPA N° 6, de 16 de fevereiro de 2009 e a IN MAPA Nº 2 de 6 de fevereiro de 2012 - FEIJÃO: IN MAPA N° 12 de 28 de março de 2008, IN MAPA N° 48, de 1º de novembro de 2011, e IN MAPA N° 56 de 24 de novembro de 2009. -MILHO: IN MAPA N° 60, de 22 de dezembro de 2011. -SOJA: IN MAPA N° 11, de 15 de maio de 2007 e pela IN MAPA 15 de 9 de junho de 2004. - TRIGO: IN MAPA N° 38, de 30 de novembro de 2010. Renda e rendimento (Arroz) Renda é o percentual de arroz beneficiado ou beneficiado e polido resultante do beneficiamento do arroz em casca. Rendimento é o percentual em peso, de grãos inteiros e de grãos quebrados, resultantes do beneficiamento do arroz. Tipificação (trigo) São aferido: • Peso hectolitro-Determina a qualidade do produto, sendo este parâmetro muito afetado por fatores climáticos por balança Dele Molle. • Número de queda (falling number) • Matérias estranhas e impurezas • Defeitos 4-Descarregamento
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