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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - Ifes TÉCNICO EM QUÍMICA – TQVV3N ALINE BEATRIZ PIMENTEL DOELINGER OLIVEIRA ANA PAULA SIMMER CACIA FREITAS FABRÍCIO ROCHA FRANCINE SALLA FERNANDA PISSARRA Prática n° 1 e 2 (08/05/18): DETERMINAÇÃO DE CINZAS, UMIDADE E SÓLIDOS TOTAIS EM ALIMENTOS Disciplina: Análise de Alimentos Professor: Eder Lana e Silva VILA VELHA 2018 Objetivos Determinar o teor de cinzas e de umidade em % (m/m) em alimentos utilizando a mufla e a estufa comum, respectivamente, calcular os sólidos totais presentes. Discutir os resultados comparando com a literatura. Introdução A análise de um alimento considera a complexidade de sua matriz bem como os interferentes que podem afetar os resultados para os parâmetros a serem estudados. Dentre as análises que podem ser realizadas, há o teor de cinzas e o teor de umidade, que expressam, respectivamente, a quantidade de matéria inorgânica e de água em alimentos. O teor de cinzas de um alimento é definido como o resíduo inorgânico que permanece após a combustão da sua matéria orgânica, feita em torno de 560 ºC. São formados, nesse processo, gás carbônico (CO2), água (H2O) e óxido nitroso (NO2), e permanecem apenas os componentes inorgânicos que não se perdem com o procedimento. Portanto, a cinza de um material é o ponto de partida para a análise de minerais específicos em sua composição. A cinza é constituída principalmente de grandes quantidades de K, Na, Ca, e Mg, pequenas quantidades de Al, Fe, Cu, Mn e Zn, traços de Ar, I, F e outros elementos, que podem ser determinados através de testes qualitativos. A cinza obtida não tem necessariamente a mesma composição que a matéria mineral presente originalmente no alimento, pois pode haver perda por volatilização ou alguma interação entre os constituintes da amostra. A determinação dos constituintes minerais nos alimentos pode ser dividida em cinza total (solúvel e insolúvel) ou componentes individuais. A cinza total é utilizada na indicação de várias propriedades como o índice de refinação para açúcares e farinhas, propriedades funcionais de alguns produtos alimentícios, por exemplo, a gelatina, e também é um parâmetro útil para a verificação do valor nutricional. Na determinação dos parâmetros individuais das cinzas, estão presentes os componentes minerais dos sistemas biológicos que são importantes para a normalidade do metabolismo ou alguns compostos que não apresentam funções conhecidas, sendo até prejudiciais a saúde. Assim, análise destes minerais são determinados tanto para fins nutricionais como também para a segurança. Como exemplo pode-se citar os resíduos metálicos provenientes de inseticidas e outros agrotóxicos e também o estanho proveniente de corrosão de latas, etc. Os processos de determinação do conteúdo de cinzas são de grande valor em alimentos por várias razões. Por exemplo, a presença de grande quantidade de cinzas em produtos como açúcar, amido, gelatina, etc. não é desejável. Todos os alimentos, qualquer que seja o método de industrialização a que tenham sido submetidos, contém água em maior ou menor proporção. Geralmente a umidade representa a água contida no alimento, que pode ser classificada em: umidade de superfície, que refere-se a água livre ou presente na superfície externa do alimento, facilmente evaporada e umidade adsorvida, referente a água ligada, encontrada no interior do alimento, sem combinar-se quimicamente com o mesmo. A determinação de umidade é uma das medidas mais utilizadas na análise de alimentos, devido à sua importância para a identificação da quantidade de água contida em um produto, que é refletida no campo econômico e nutricional.Todos os alimentos contêm água, sejam eles industrializados ou não, e por possuírem essa substância em sua composição possuem um teor de umidade. A umidade de um alimento está condicionada a alguns fatores como a sua estocagem, embalagem e processamento, que fora das recomendações técnicas resulta em grandes perdas na estabilidade química, deterioração microbiológica, alterações fisiológicas e na qualidade geral dos alimentos. O método de aquecimento direto da amostra a 105° é o processo mais usual para análise de umidade, porém existem outros métodos como o de Karl Fischer, que é baseado a redução do iodo pelo dióxido de enxofre na presença da água. Há também a secagem por radiação infravermelha, que consiste na desidratação utilizando uma lâmpada de radiação infravermelha com 250 a 500 watts, cujo filamento desenvolve uma temperatura próxima de 700°C, condutividade elétrica que tem como princípio de que a quantidade de corrente elétrica que passa por um alimento é proporcional a quantidade de água presente, entre outros. Materiais e Reagentes ● Cadinho de porcelana ● Balança analítica ● Dessecador ● Mufla ● Espátulas ● Garra ● Luva de Kevlar ● Vidro de relógio ● Estufa ● Papel toalha ● Amostra de farinha de trigo marca Regina ● Amostra de salsicha em lata tipo Viena marca (?) Procedimento Experimental Para determinar o teor de umidade e de sólidos totais dos alimentos utilizados, foram pesados separadamente cerca de 2 g de amostra de farinha de trigo e de salsicha enlatada tipo Viena processada em liquidificador, sendo cada produto em uma placa de Petri higienizada e secada em estufa durante 30 minutos a 105°C, que permaneceram no dessecador até o resfriamento para possibilitar a pesagem do conteúdo. As placas de Petri com as amostras foram levadas à estufa por cerca de de 3 horas a uma temperatura de 105ºC para secagem. Posteriormente, as amostras foram retiradas da estufa e levadas ao dessecador por 20 minutos para evitar absorção de umidade e atingir a temperatura ideal bem como a estabilidade necessária para pesagem das massas. Por sua vez, a para a determinação do teor de cinzas nos alimentos, foram pesados aproximadamente 5 g de amostra de farinha de trigo e de salsicha em lata do tipo Viena em cadinho de porcelana, que não estavam previamente no dessecador e foram levados à mufla para permanecer por cerca de 2 horas, a uma temperatura de 550ºC. Ressalta-se que as placas e cadinhos utilizados no experimento foram cautelosamente manipulados com papel toalha para evitar possíveis alterações nos resultados, ocasionando erros.Foram retirados e colocados em um dessecador para esfriar e em seguida pesados. Resultados e Discussões Para analisar o teor de umidade nos alimentos analisados, os resultados das pesagens antes e após a permanência das amostras na estufa foram utilizados para fazer os cálculos necessários, de acordo com a fórmula: Os resultados dos cálculos realizados foram dispostos na tabela abaixo, juntamente com o cálculo da média e desvio padrão dos teores encontrados. Tabela 1 – Resultados da análise do teor de umidade em amostra de farinha de trigo replicata mplaca (g) mtrigo (g) m final (g) mamostra seca (g) % umidade média Desvio padrão 1 40,2170 2,0105 42,0166 1,7996 10,4899 33,259 0 40,5671 2 45,5720 2,0016 45,9704 0,3984 80,0959 3 20,8453 2,0835 22,7373 1,8920 9,1912Tabela 2 – Resultados da análise do teor de umidade em amostra de salsicha enlatada tipo Viena replicat a mplaca (g) msalsicha (g) m final (g) mamostra seca (g) % umidade média Desvio padrão 1 50,1015 2,0280 50,6652 0,5637 72,2041 75,224 0 6,0299 2 47,3058 2,2240 47,7024 0,3966 82,1672 3 41,5786 2,1025 42,1820 0,6034 71,3008 Tabela 3 – Resultados da análise do teor de cinzas em amostra de farinha de trigo replicata mplaca (g) mtrigo (g) m final (g) mcinzas (g) Cálculo BS média Desvio padrão 1 56,8103 5,0358 57,5506 0,7403 14,7007 13,912 2 0,9765 2 91,4794 5,0661 92,1996 0,7202 14,2160 3 35,1018 5,1202 35,7582 0,6564 12,8198 Tabela 4 – Resultados da análise do teor de cinzas em amostra de salsicha replicata mplaca (g) msalsicha (g) m final (g) mcinzas (g) Cálculo BS média Desvio padrão 1 39,4450 5,0256 39,5248 0,0798 1,5878 1,6499 0,0690 2 60,6779 5,0163 60,7644 0,0865 1,7243 3 34,6968 5,0928 34,7802 0,0834 1,6376 Exercício proposto Amostra C C + ASA ASA C + Z Z Z ASA (%) ASE (%) 1 9,3210 10,5605 1,2395 9,3872 0,0662 5,3409 94,51 2 13,0495 14,5150 1,4655 13,1262 0,0767 5,2337 94,51 3 10,0650 11,0410 0,976 10,1165 0,0515 5,2766 94,51 Fórmula utilizada para cálculo do teor de cinzas: Conclusão Referências Bibliográficas
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