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Débora Rodrigues – MED XXX Amenorreia é um sintoma caracterizado pela ausência de menstruação. CAUSAS FISIOLOGICAS: gravidez, lactação e menopausa. Também ocorre com uso de anticoncepcional. Considerando-se que o ciclo menstrual é regulado por complexas interações no eixo córtico-hipotalâmico- hipofisário-ovariano, resultando na produção de hormônios sexuais (em especial estrógeno e progesterona) que agem sobre o endométrio e a posterior menstruação, para isso exigindo adequação anatômica do útero e vagina, uma ruptura em qualquer um desses pontos pode levar a irregularidades. Assim, pode- se dizer que a amenorreia, na ausência de gestação e lactação, é indicativa de uma disfunção. A amenorreia pode ser classificada em primária ou secundária para descrever respectivamente a ausência de menstruação sem a ocorrência de menarca ou após a menarca. A menarca (primeira menstruação) ocorre com o amadurecimento do eixo córtico-hipotalâmico-hipofisário- ovariano, geralmente quando as adolescentes têm, segundo a classificação de Tanner para caracteres sexuais secundários, mamas com desenvolvimento no estádio M3 ou, eventualmente, M4. No Brasil, a média de idade em que a menarca ocorre é 12,2 anos. AMENORREIA PRIMÁRIA Consiste na ausência de menstruação aos 13 anos de idade, quando não há caracteres sexuais secundários visíveis, ou aos 15 anos de idade, quando há caracteres sexuais secundários normais. A falha da menarca, isto é, ausência da primeira menstruação espontânea, deve ser investigada quando: A menarca não ocorreu aos 15 anos de idade em meninas com caracteres sexuais secundários presentes; A menarca não ocorreu cinco anos após o início do desenvolvimento das mamas, se isso se deu antes dos 10 anos de idade; Meninas em que, aos 13 anos de idade, se verifique completa ausência de caracteres sexuais secundários. CAUSAS: Hipogonadismo hipogonadotrófico: consequente à disfunção no hipotálamo ou na hipófise. Representa 1⁄4 das causas de amenorreia primária. Causada por disfunções no hipotálamo ou hipófise. ➢ Causas: tumores, traumas, estresse, desnutrição, obesidade etc. Hipogonadismo hipergonadotrófico: indicando insuficiência gonadal. Responde por 50% dos casos de amenorreia primária. ➢ Causas: infecções, quimioterapia, síndrome de Turner, disgenesia gonadal, cirurgias etc. Causas mecânicas: hímen imperfurado (sangue fica preso e há dor), septos longitudinais ou verticais (que podem formar barreiras à passagem do sangue). AMENORREIA SECUNDÁRIA Em mulheres em que a menarca já ocorreu, a ausência de menstruação, denominada amenorreia secundária, deve ser investigada quando a menstruação não ocorrer por três meses ou quando ocorrerem menos de nove menstruações ao longo de um ano. CAUSAS: Gravidez – cogitar em todas as mulheres em idade fértil com amenorreia; SOP (síndrome do ovário policístico); Hiperprolactinemia: a prolactina tem um efeito inibitório na secreção do hormônio gonadotrofina (GnRH), que é crucial para regular o ciclo menstrual e a ovulação. A elevação da prolactina produz secreção anormal de GnRH, que pode resultar em distúrbios menstruais. Insuficiência ovariana primária/prematura: causada por uma diminuição da população folicular, atresia folicular acelerada ou disfunção folicular. Lesões hipofisárias e hipotalâmicas. Estresse: pode ser causada por anormalidades na neuromodulação da secreção hipotalâmica de GnRH, semelhantes às que ocorrem com o exercício físico e a anorexia nervosa. Anorexia nervosa e desnutrição. Obesidade: mulheres obesas apresentam um número excessivo de adipócitos, nos quais ocorre aromatização extraglandular de androgênio em estrogênio. Ginecologia & Obstetrícia AMENORREIA CLASSIFICAÇÃO Débora Rodrigues – MED XXX Essa síndrome acompanha a mulher em toda sua vida reprodutiva, manifestando-se desde a adolescência com distúrbio menstrual e hiperandrogenismo cutâneo, em geral, passando por infertilidade na idade adulta e podendo evoluir para maior risco de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas antes e após a menopausa. Caracteriza-se pela presença de dois dos três critérios: Ciclos menstruais longos. Amenorreia com anovulação, Hiperandrogenismo (clínico e/ou laboratorial) e identificação ultrassonográfica de ovários policísticos. A incidência da SOP pode variar de 4% a 20% durante o período reprodutivo. Inclui, além de mulheres com anovulação crônica, aquelas que ovulam normalmente, com hiperandrogenismo e imagens ultrassonográficas sugestivas de ovários policísticos. Tal diversidade de características pode trazer grande dificuldade para a exata epidemiologia dessa afecção. PREVALÊNCIA: por volta de 5% a 10% da população feminina. Trata-se da causa mais comum de hiperandrogenismo, hirsutismo e infertilidade anovulatória nos países desenvolvidos. A etiologia da SOP ainda está indefinida. Vários investigadores creem que a SOP seria uma desordem genética antiga durante a evolução humana. Para outros, essa afecção pode ser apenas uma adaptação epigenética ao meio ambiente. O conjunto de fatores ambientais, comportamentais e psíquicos, associado com a predisposição genética, seriam os determinantes para o surgimento desta síndrome, principalmente para as formas mais exacerbadas. Portanto, isso pode sugerir que essa doença seja evolutiva durante a vida da mulher, piorando com o ganho de peso e a idade. O hiperandrogenismo é muito marcante em muitas mulheres com SOP. Esse distúrbio pode interferir no sistema reprodutor, tanto central (eixo córtico-hipotalâmico-hipofisário) como perifericamente (ovários), levando à perda da ciclicidade funcional ovariana por retroalimentação inadequada. Haveria, pois, maior produção de androgênios, o que perpetuaria a anovulação, bem como a inadequação endometrial. Dentre os mecanismos endócrinos envolvidos na etiopatogênese da SOP está o padrão de secreção de gonadotrofinas, com hipersecreção característica de LH, evento patognomônico desta síndrome, com aumento na amplitude dos pulsos e com secreção de FSH baixa ou no limite inferior da normalidade. A secreção pulsátil de GnRH é necessária para manter a liberação normal do FSH e do LH, enquanto uma liberação contínua do GnRH leva à supressão da secreção das gonadotrofinas. Modificações na pulsatilidade de liberação do GnRH influenciam o nível de secreção das duas gonadotrofinas. o Pulsatilidade mais lenta: predomínio da secreção de FSH; o Pulsatilidade mais rápida: predomínio da liberação de LH. Esta secreção aumentada de LH leva à uma hiperatividade das células da teca que produzirão quantidades aumentadas de androgênios, predominantemente testosterona, sem a conversão proporcional deste androgênio em estradiol, dado o desbalanço entre as secreções de LH e FSH, o que explica o hiperandrogenismo característico da doença. Logo, há hiperestimulação das células da teca (pelo excesso de LH), e pouca estimulação das células da granulosa (por falta de FSH). SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSITICO EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA FISIOPATOGENIADébora Rodrigues – MED XXX Células da teca: células presentes na periferia do folículo em desenvolvimento. Produz androgênios em resposta à estimulação pelo LH. Células da granulosa: também presentes no folículo, têm como função a conversão dos androgênios produzidos pelas células da teca em estrogênios pela enzima aromatase (processo de aromatização), em resposta à estimulação pelo FSH. No hipotálamo, os androgênios proporcionam maior produção de estrogênios pela ação da aromatase, que tem grande interferência local, tanto nos neurônios produtores de kisspeptina como nos de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) do núcleo arqueado. Essa ação poderia, em parte, explicar a anovulação crônica devida à mudança no padrão cíclico normal do GnRH. O resultado final seria o incremento da frequência e da amplitude de pulsos de GnRH, que determina maior produção e liberação de LH pela hipófise e menor produção de FSH (que é necessário para a maturação do folículo). CISTOS: são os folículos que não maturaram o suficiente para sofrer ovulação. A relativa diminuição do hormônio foliculoestimulante circulante (FSH) em algumas mulheres com SOP advém do aumento dos níveis de inibina B, produzida nos pequenos folículos, e pelos altos índices de estrona, consequentes à maior produção de androstenediona. As alterações gonadotróficas causam a interrupção do crescimento folicular e o aparecimento de alterações histomorfológicas, como micropolicistose e hipertrofia do estroma ovariano, que constitui grande fonte de androgênios (microambiente). Essas modificações têm grande impacto no eixo hipotalâmico-hipofisário nas mulheres com SOP, levando a um círculo vicioso. Além disso, a produção abundante de androgênios é responsável pelo hiperandrogenismo cutâneo. Defeito pós receptor de insulina, envolvendo deficiência do substrato 1 da tirosina ➔ fosforilação nos resíduos de serina no receptor de insulina e queda de GLUT-4 ➔ resistência insulínica ➔ glicose fica no meio extracelular ➔ hiperinsulinismo compensatório ➔ ação da insulina sinérgica ao LH nas células da teca e do estroma ➔ maior produção de androgênios e redução dos níveis de SHBG ➔ maior fração de androgênios circulando na forma ativa ➔ efeitos arrenomiméticos, disfunção endotelial, doença cardiovascular, obesidade, apneia do sono, doença hepática gordurosa não alcoólica. RESISTÊNICA INSULÍNICA: A insulina é um hormônio responsável por facilitar a entrada da glicose na célula. Em algumas doenças, como a SOP, existe um defeito na sua ação, o que leva a um acúmulo de glicose no sangue. Como consequência pode surgir a o diabetes e um aumento da concentração deste hormônio no sangue. A insulina, em colaboração com o LH, intensifica a produção de androgênios pelas células tecais. A insulina também inibe a síntese hepática da SHBG, a principal proteína circulante que se liga à testosterona, com consequente aumento na proporção entre testosterona livre e testosterona biodisponível. O sinal clínico mais importante a ser avaliado é a presença de acantose nigricans, que é um espessamento com escurecimento da pele em região de dobras. É determinada pela ação da insulina no tecido cutâneo. O diagnóstico da SOP é eminentemente de exclusão. Em geral, o diferencial deve ser feito com a imaturidade do eixo hipotálamo-hipofisário-ovariano, que seria um processo fisiológico e transitório de anovulação nessa fase da vida. A hiperandrogenemia ou o hiperandrogenismo cutâneo podem ser vistos em muitas mulheres com SOP, mas há outras entidades que também podem ter quadro clínico semelhante. EXAME FISICO: Devemos procurar sinais clínicos de hiperandrogenismo (acne, aumento da oleosidade da pele, alopecia de padrão masculino e hirsutismo). A simples presença de hipertricose (crescimento excessivo de pelo em todo corpo) não significa aumento da ação dos androgênios, pois são pelos do tipo lanugem que aparecem em geral no ombro e na fronte. A hipertricose pode ser causada por fármacos, como glicocorticoides, ou estar presente em algumas doenças, como hipotireoidismo, anorexia nervosa, porforina e dermatomiosite. DIAGNÓSTICO ÍNDICE DE FERRIMAN-GALLWEY pontuação > 6 Débora Rodrigues – MED XXX EXAME CLÍNICO: Menstruação irregular, obesidade, infertilidade, hirsutismo, acne, alopecia, seborreia, acantosis nigricans. AVALIAÇÃO HORMONAL: FSH e LH: aumento de LH em relação ao FSH (3:1), embora não esteja sempre presente; Androgênios: testosterona, testosterona livre, SHBG e SDHEA, androstenediona, frequentemente aumentados em SOP, auxiliando no diagnóstico. Hidroxiprogesterona (17 OHP) – para descartar a hiperplasia congênita da glândula suprarrenal que pode causar um quadro clínico semelhante à SOP; T3, T4, T4 livre e TSH – são hormônios ligados à tireoide e sua alteração pode causar irregularidade menstrual, se confundindo com SOP; Prolactina – hormônio que está aumentado normalmente em mulheres que estão amamentando, mas, fora desta condição, causa alterações menstruais; Cortisol – hormônio que, quando aumentado, pode também pode causar quadro de hirsutismo. AVALIAÇÃO METABÓLICA: Perfil lipídico (colesterol, triglicérides); Curva glicêmica (TTGO) com insulina: dosagem de insulina e glicemia de jejum e nova glicemia após 2 horas da ingestão de 75g de glicose; HOMA-IR/HOMA-B – são testes para avaliar a resistência à insulina. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: O diagnóstico só será firmado após a exclusão destas afecções: disfunção da tireoide, hiperprolactinemia, tumor ovariano ou da suprarrenal, defeitos de síntese da suprarrenal, síndrome de Cushing e uso de substâncias androgênicas (anabolizantes). EXAMES COMPLEMENTARES: ULTRASSOM: o ideal é ser realizado pela via transvaginal, mas, muitas vezes, é impossível de ser realizado (em mulheres virgens). Neste exame, observa-se o volume ovariano (>10cm3), a textura do ovário e a presença de pequenos cistos. Se houver a presença de 12 ou mais em cada ovário, medindo 2 a 9 mm no seu maior diâmetro, caracteriza-se um dos sinais desta síndrome. RESISTENCIA À INSULINA: atualmente, a melhor opção para investigar a resistência à insulina é a dosagem da glicemia e a insulina em jejum, com posterior cálculo de HOMA-IR. CRITÉRIOS DE ROTTERDAM: 2 dos 3 critérios de diagnóstico de SOP de Rotterdam já são suficientes para se diagnosticar a patologia: Anomalias do ciclo menstrual – amenorreia, oligomenorreia. Hiperandrogenismo clínico e/ou bioquímico. Observação de ovários policísticos por ultrassonografia, após exclusão de todos os outros diagnósticos. Para o diagnóstico de SOP na adolescência, deve-se ter os três critérios de diagnóstico: Hiperandrogenismo clínico ou laboratorial; Disfunção ovulatória; Imagens de ovários policísticos ao ultrassom pélvico. Além disso, esse critério cria quatro fenótipos de mulheres com SOP: A – clássico ou completo, com as três características; B – anovulação com hiperandrogenismo sem as imagens de ovários policísticos; C – hiperandrogenismo com imagens de ovários policísticos, mas a paciente tem ciclo regular (ovulatório); D – a paciente não tem hiperandrogenismo. ● Os fenótipos mais comuns são o A e o B, correspondendo a quase 80% das mulheres com SOP. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS normal: até 10 cmDébora Rodrigues – MED XXX NÃO MEDICAMENTOSO: O primeiro passo no tratamento da SOP é a mudança de estilo de vida, ou seja, diminuir o sedentarismo e melhorar a dieta nutricional. MEDICAMENTOSO: Deve ser prescrito segundo a clinica da mulher. RESISTENCIA INSULÍNICA: o Metformina: 500 mg (dose máxima; 2500 mg por dia). o Pioglitazona: hoje seu uso é restrito devido à associação com doenças cardiovasculares. o Liraglutida: há trabalhos mostrando benéficos tanto na perda de peso como na melhora da resistência insulínica. o Cirurgia bariátrica: pode ser considerada em pacientes jovens que não responderam a tratamento anteriores. o Estatinas: pioram a resistência insulínica. DISFUNÇAO MENSTRUAL: o Progestagênios: procura-se prescrever substâncias progestacionais com baixa ação androgênica ou até antiandrogênica, como o desogestrel (75 μg ao dia), que pode auxiliar no combate do hiperandrogenismo leve. Para regularizar o ciclo, pode-se ainda empregar o acetato de diidrogesterona (10 mg por dia), o acetato de medroxiprogesterona (2,5 a 10 mg por dia) e a progesterona micronizada (100 a 200 mg por dia). ANTICONCEPCIONAIS COMBINADOS: esses fármacos melhoram a irregularidade menstrual, atenuam o hiperandrogenismo cutâneo moderado e podem evitar uma gravidez não planejada nas adolescentes sexualmente ativas. No entanto, a terapia estroprogestiva não promove melhora da resistência insulínica, normalmente associada à síndrome, e pode, eventualmente, até piorá-la na dependência do tipo de progestagênios utilizado. HIPERANDROGENISMO CUTANEO: o Acetato de ciproterona: possui ação central e periférica. Bloqueia a liberação de gonadotrofinas hipofisárias, reduzindo a produção androgênica pelo ovário. Perifericamente, atua no folículo piloso impedindo a ligação da diidrotestosterona (DHT) aos seus receptores e também inibe a atividade da enzima 5-alfa redutase reduzindo a produção local de DHT que é um androgênio mais potente. o Espironolactona: antagonista da aldosterona, tem forte efeito antiandrogênico, pois inibe a síntese de testosterona nas células produtoras de esteroides, tanto na gônada quanto na suprarrenal. Compete, ainda, com os androgênios por seus receptores. o Finasterida: tem poucos efeitos colaterais, sendo bem tolerada pelas pacientes na dose de 2,5 a 5 mg ao dia. Pode ser uma boa opção. o Quando o hirsutismo é muito acentuado, o emprego de tratamento tópico conjuntamente ao sistêmico pode auxiliar em resultado cosmético mais rápido. INFERTILIDADE: o O clomifeno, modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERM), induz a expressão de receptores de FSH e LH, maturação folicular, níveis elevados de estradiol, postura ovular e normalização da retroalimentação acíclica. o Outra opção o tamoxifeno, modulador seletivo do receptor de estrogênio. Os AHC são resultado da associação entre um componente estrogênico e outro progestogênico, sendo este último o principal responsável pela eficácia contraceptiva, visto que provoca anovulação por inibição do eixo hipotálamo-hipófise- ovariano. INJETAVEIS: utilizados mensalmente. Um deles é composto de 5 mg de valerato de estradiol e 50 mg de enantato de noretisterona, e o outro, de 5 mg de cipionato de estradiol e 25 mg de acetato de medroxiprogesterona. ANEL VAGINAL: no Brasil, há uma única formulação que libera etonogestrel (120 μg por dia) e etinilestradiol (EE) (15 μg por dia). VIA TRANSDÉRMICA: composto por etinilestradiol (20 μg por dia) e norelgestromina (150 μg por dia), o patch é aplicado uma vez por semana, por 3 semanas, seguido de uma semana livre de hormônios. VIA ORAL; TRATAMENTO ANTICONCEPCIONAL HORMÔNIOS CLASSIFICAÇÃO acompnahmento psicologico Débora Rodrigues – MED XXX Os AHCs agem, primariamente, inibindo a secreção de gonadotrofinas, e o progestagênio é o principal responsável pelos efeitos contraceptivos observados. Efeito do componente progestagênio: é a inibição do pico pré- ovulatório do hormônio luteinizante (LH), evitando, assim, a ovulação. Além disso, espessa o muco cervical, dificultando a ascensão dos espermatozoides; exerce efeito antiproliferativo no endométrio, tornando-o não receptivo à implantação; e altera a secreção e a peristalse das trompas de Falópio. Efeito do componente estrogênico: age inibindo o pico do hormônio folículo-estimulante (FSH) e, com isso, evita a seleção e o crescimento do folículo dominante. Além disso, ele age para estabilizar o endométrio e potencializar a ação do componente progestagênio, por meio do aumento dos receptores de progesterona intracelulares. Essa última função do estrogênio possibilitou a redução do progestagênio nas formulações contraceptivas combinadas. METABÓLICOS: o Trombose venosa profunda. o Trombose arterial, representada por IAM e AVC. o Reduz a sensibilidade à insulina. o Podem aumentar o HDL e triglicerídeos. o Aumenta a síntese hepática de angiotensinogênio, elevando a PA. INDICAÇÃO: COMBINADAS: prevenção de gravidez, regulação do ciclo menstrual, redução da dor menstrual, controle da acne, tratamento da SOP, redução de sangramento menstrual intenso. ISOLADAS: prescritas para mulheres que não podem usar estrogênio, amamentação, contracepção, intolerância ao estrogênio. Doses de EE menores que 50 μg são associadas a menor risco dessas enfermidades, mas o tipo de progestagênio não altera o risco de trombose arterial. EFEITOS ADVERSOS CONTRAINDICAÇÕES MECANISMO DE AÇAO COMBINADO x ISOLADO na amanteção pq inibe prolactina risco de trombose Débora Rodrigues – MED XXX
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