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Por que utilizar ferramentas da Web 2.0?
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3.
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Por que utilizar ferramentas da Web 2.0? • 2/14
Objetivos de Aprendizagem
• Refletir sobre o uso das ferramentas da Web 2.0.
Por que utilizar ferramentas da Web 2.0?
Conteúdo organizado por Priscila Costa Santos em 2018 do livro Unleashing 
Web 2.0: From Concepts to Creativity, publicado em 2007 por Morgan 
Kaufmann Publishers. Revisão 2020.
https://player.vimeo.com/video/253436421
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Introdução 
Nas duas primeiras unidades da nossa disciplina perpassamos, a história, o conceito 
e as principais características da internet; refletimos sobre as tecnologias digitais de 
informação e comunicação (TDIC); e realizamos uma série de considerações sobre 
a Web 1.0, 2.0 e 3.0. É extremamente importante elucidar que a internet, as TDIC e 
as gerações da web estão imbricadas, ou seja, é possível que algumas TDIC sejam 
mais utilizadas na Web 2.0 do que na Web 3.0, ou até mesmo que a internet 
impulsione a ampliação das TDIC e o desenvolvimento de outras gerações da web. 
Assim, iremos nos respaldar em produções acadêmicas e estudos dessas três 
temáticas, a fim de apresentar as formas de uso da Web 2.0 na educação.
Organizamos esta unidade de forma que cada tema contemple um conjunto 
específico de recursos da Web 2.0. Em uma aula, podemos utilizar ferramentas para 
a elaboração de mapas conceituais, como a Mindomo, e também ferramentas de 
armazenamento de conteúdos, como o Google Drive e o Dropbox. Assim, é 
necessário compreender qual a finalidade desse conjunto de recursos, para que 
possamos selecionar qual será o recurso que melhor se integra aos objetivos de 
ensino-aprendizagem. 
Selecionar recursos da Web 2.0 deve ser uma tarefa considerada árdua 
e criteriosa para docentes ou para aqueles que desejam inserir esses 
instrumentos em seu contexto de trabalho. A seguir, faremos uma série de 
indagações a fim de ilustrar o motivo pelo qual a seleção de ferramentas da Web 
2.0 deve ser realizada de forma moderada. 
1. O recurso que você selecionou está adequado à faixa etária dos discentes?
2. A ferramenta está adequada à série/ano ou ao semestre, caso sejam estudantes
universitários?
3. O recurso selecionado requer conhecimento prévio dos discentes?
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4. Os discentes poderão ter acesso
às suas produções após o uso do
recurso?
5. O recurso selecionado requer
conhecimento prévio no seu uso?
6. Qual o objetivo da ferramenta
para o processo de ensino-
aprendizagem?
7. Será usada na apresentação de um
tema ou para a realização de uma
atividade pelos discentes?
8. Durante o planejamento da
aula, você destinou tempo para
organização desse recurso pelos
discentes? Por exemplo, tempo
para se deslocar até o laboratório
de informática ou para acessar os
computadores. 
9. Esse recurso poderá ser utilizado em
outro ambiente, fora da sala de aula?
10. Esse recurso pode ser utilizado
em diferentes contextos de
aprendizagem ou em diferentes
turmas?
11. Existe suporte técnico na escola 
ou na Instituição de Ensino Superior 
que possa auxiliar caso ocorra algum 
tipo de imprevisto? 
12. Os sistemas de rede, de software 
e de hardware da Instituição de 
Ensino são adequados para o uso da 
ferramenta selecionada?
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13. O instrumento selecionado contribui para a colaboração, partilha ou
socialização de informações?
Esperamos que ao longo da leitura dessas indagações você possa ter refletido 
sobre as formas e, principalmente, os critérios que são estabelecidos no processo 
de integração das ferramentas da Web 2.0 no seu contexto de atuação. Em 
seguida, iremos apresentar pontos que devem ser considerados na seleção das 
ferramentas: 
No texto Possibilidades e desafios na utilização e seleção de TDIC para o ensino de 
Matemática em escolas públicas, os autores Fonseca e Barrére (2013) discorrem 
sobre o uso de objetos de aprendizagem no ensino de matemática. Antes de 
apresentarmos as relações dessa produção com a nossa discussão, gostaríamos de 
definir o que são objetos de aprendizagem.
Para Tarouco (2003, apud Aguiar; Flôres, 2014), 
um Objeto de Aprendizagem é qualquer recurso, suplementar ao processo 
de aprendizagem, que pode ser reusado para apoiar a aprendizagem, termo 
geralmente aplicado a materiais educacionais projetados e construídos em 
pequenos conjuntos visando a potencializar o processo de aprendizagem 
onde o recurso pode ser utilizado. (p. 14)
Para Prates (2003, apud Fonseca; Barrére, 2013) e Mazzola (2000, apud Fonseca; 
Barrére, 2013), existem seis critérios de qualidade e aplicabilidade em relação aos 
objetos de aprendizagem que podemos adotar para a seleção e uso das TDIC.
O primeiro critério consiste na usabilidade. No caso dos objetos de 
aprendizagem, os autores apontam que 
Ao fazer a escolha de um objeto de aprendizagem é importante que o 
professor aprenda como utilizar esta tecnologia, caso não a conheça. Esta 
situação sugere recursos de fácil utilização, com o objetivo de aproveitar 
melhor o tempo de aprendizagem. Outro aspecto da usabilidade envolve a 
capacidade dos alunos em utilizar o objeto de aprendizagem.  (p. 7) 
Logo, trazendo essa concepção de usabilidade, adotada para a seleção de objetos 
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de aprendizagem, para a escolha das 
ferramentas da Web 2.0, conclui-se que 
as indagações 3 e 5, mencionadas 
anteriormente – “O recurso selecionado 
requer conhecimento prévio dos 
discentes?” e “O recurso selecionado 
requer conhecimento prévio no seu 
uso?” –, objetivam ponderar justamente 
sobre esse critério. 
Ter conhecimento sobre o recurso que 
você selecionou para uso educacional 
é requisito preliminar para a sua 
utilização. Veja, não estamos afirmando 
que você deve conhecer todas as 
funcionalidades do recurso, mas 
que deve ser capaz de utilizar com 
segurança as funcionalidades que o 
recurso selecionado possui, em relação 
aos objetivos de aprendizagem da aula. 
Outro ponto relevante consiste 
em selecionar recursos da Web 2.0 
adequados para as habilidades digitais 
dos alunos. Existe uma linha tênue entre 
a seleção de ferramentas de uso muito 
complexo e ferramentas de uso simples. 
O segundo critério é o da 
reusabilidade. Os autores citados 
anteriormente afirmam que 
reusabilidade é a capacidade de utilizar 
um mesmo objeto de aprendizagem 
várias vezes. Esse critério parece simples 
quando trazemos reflexões sobre as 
ferramentas da Web 2.0, porém, seria 
possível utilizar um mesmo recurso em 
diferentes contextos de aprendizagem? 
Poderia ser utilizado em diferentes 
turmas, com faixas etárias e níveis 
escolares variados?
A reusabilidade traz para a seleção das 
ferramentas da Web 2.0 o desejo de 
que um mesmo recurso possa ser 
aproveitado de diferentes maneiras, 
cabendo ao docente adequar a 
ferramenta de forma criativa para o 
cotidiano educacional. 
A portabilidade, terceiro critério, 
“consiste na capacidade de um software 
em ser instalado para diversos 
ambientes de software e hardware” 
(Mazzola, 2000, apud Fonseca; Barrére, 
2013, p. 7). Essa característica deve ser 
considerada tanto para o uso de 
objetos de aprendizagem quanto para 
o uso dos recursos da Web 2.0. É
possível, por exemplo, que você deseje
trabalhar com os seus alunos do Ensino
Superior o uso de mapa conceituais
para a sistematização de ideias. Existem
softwares de mapas conceituais que
exigem, para o seu funcionamento, que
determinados tipos de hardwares e
outros softwares estejam disponíveis
nos computadores que os discentes
utilizarão.
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Em relação à interface, tanto para os objetos de aprendizagem quanto para a 
Web 2.0, devemos observar a navegabilidade, a usabilidade, a personalização, a 
comunicabilidade dos usuários. Selecionar um software visualmenteatrativo pode 
ser um incentivo a mais para o engajamento dos discentes. 
As indagações anteriormente formuladas – “Existe suporte técnico na escola ou 
na Instituição de Ensino Superior que possa auxiliar, caso ocorra algum tipo de 
imprevisto?” e “Os sistemas de rede, de software e de hardware da Instituição de 
Ensino são adequados para o uso da ferramenta que você selecionou?” – possuem 
relação com os últimos três critérios apresentados por Aguiar e Flôres (2014). 
Julgamos que seria interessante apresentá-los de forma unificada, pois eles se 
interrelacionam, posto que tratam de sistemas tecnológicos. 
No caso da Dependência de Hardware, os pesquisadores Aguiar e Flôres 
(2014) afirmam que “Caso o professor não disponha de uma arquitetura de 
hardware (processador, sistema operacional e outros), que seja compatível com 
determinado objeto digital, terá problemas de desempenho na execução” (p. 8). É 
de conhecimento geral que as limitações de hardware também podem ser 
entraves no uso de ferramentas da Web 2.0. 
Na unidade anterior, apresentamos o exemplo do Google Earth como recurso que 
pode ser utilizado nas disciplinas de História e Geografia, você se recorda? Como 
seria usar o Google Earth sem uma placa de vídeo que possibilitasse que as 
imagens pudessem ser apresentadas em 3D? Esse recurso poderia ser utilizado, 
mas sem todas as funcionalidades que possui. 
Em relação ao critério de Dependência de Rede, “devem ser considerados 
aspectos como: se os computadores estão interligados em rede, se a internet 
está disponível durante todos os horários do dia e qual a velocidade de acesso à 
internet” (Aguiar; Flôres, 2014, p. 8). 
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Na Unidade 1, apresentamos dados da União Internacional de Telecomunicações 
(UIT), Pesquisa Brasileira de Mídia 2016 – Hábitos de consumo de mídia pela 
população brasileira, e do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da 
Sociedade da Informação (Cetic.br), para ilustrar a necessidade de acesso e uso 
da internet, de forma democrática. 
Finalmente, o último critério de qualidade e aplicabilidade consiste na 
Dependência de Software. As ponderações de Aguiar e Flôres (2014) sobre 
a dependência de software podem ser aproveitadas tanto para os objetos de 
aprendizagem quanto para as ferramentas da Web 2.0: 
Diversos objetos de aprendizagem trazem consigo uma dependência 
de software que tem como condição básica para o seu funcionamento 
um determinado sistema operacional (WindowsXP, Windows7, Linux, 
etc.) e/ou um software específico (Java, flash, Internet Explorer, etc.). 
Esse critério, assim como a dependência de rede e de hardware, 
limitando o uso da TDIC previamente escolhida, independente de suas 
qualidades pedagógicas.
Os seis critérios de qualidade e aplicabilidade que Aguiar e Flôres (2014) utilizam 
para respaldar o uso de objetos de aprendizagem, para o nosso estudo, 
contribuem para que durante o processo de integração das TDIC, da internet e de 
ferramentas da Web 2.0 possamos nos questionar quanto à intencionalidade no seu 
uso, isto é, com qual finalidade essa ferramenta poderá ser útil durante a minha 
aula? Qual a intenção de utilizar essa ferramenta e não outra? A minha instituição 
possui as condições necessárias para que eu possa utilizar esse recurso? Eu tenho 
domínio dessa ferramenta? Os meus discentes conseguirão utilizar esse recurso? 
Novamente, reforçarmos que as TDIC, a internet e até mesmo as ferramentas da 
Web 2.0 devem ser instrumentos para a modificação de práticas pedagógicas. 
Portanto, o primeiro passo consiste em utilizar de forma crítica esses instrumentos. 
No tema seguinte, iremos discutir sobre a ferramenta de apresentação de conteúdo 
Prezi.
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Saiba Mais
Leituras: 
O texto indicado a seguir discute possibilidades e desafios de 
utilização e seleção das tecnologias digitais de informação e 
comunicação (TDIC) nas práticas docentes dos professores de 
matemática em escolas públicas. 
“Possibilidades e desafios na utilização e seleção de TDIC para 
o ensino de Matemática em escolas públicas.” Disponível em:
<http://www.conferencias.ulbra.br/index.php/ciem/vi/paper/
viewFile/1343/568>.
O texto indicado a seguir traz informações relevantes sobre 
os objetos de aprendizagem, principalmente sobre como 
construí-los. 
“Objetos de Aprendizagem: conceitos básicos.” Disponível em: 
<http://penta3.ufrgs.br/animacoes/ObjAprendConceitosBasicos/
ObjAprendConceitosBasicos.pdf>. 
http://www.conferencias.ulbra.br/index.php/ciem/vi/paper/viewFile/1343/568
http://www.conferencias.ulbra.br/index.php/ciem/vi/paper/viewFile/1343/568
http://penta3.ufrgs.br/animacoes/ObjAprendConceitosBasicos/ObjAprendConceitosBasicos.pdf
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Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Aguiar, E. V. B.; Flôres, M. L. P. (2014) Objetos de aprendizagem: conceitos 
básicos. In: Tarouco, L. M. R. et al. Objetos de aprendizagem: teoria e prática. 
Porto Alegre: Evangraf.
Fonseca, E. A. A.; Barrére, E. (2013) Possibilidades e desafios na utilização e 
seleção de TDIC para o ensino de Matemática em escolas públicas. In: VI 
Congresso Internacional de Ensino de Matemática. Anais… Canoas: ULBRA. 
Disponível em: <https://bit.ly/3i7oHrR>. Acesso 6 fev. 2018.
https://player.vimeo.com/video/253439046
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Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Unleashing Web 2.0: From Concepts to Creativity
Gottfried Vossen and Stephan Hagemann
Morgan Kaufmann Publishers © 2007

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