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A Teoria Espiral do Desenvolvimento Musical de Keith Swanwick: fundamentos, críticas e pesquisas relacionadas em Música Keith Swanwick ! Professor de Educação Musical no Instituto de Educação da Universidade de Londres; ! Editor do British Journal of Music Education entre 1984 e 1998; ! Atua como convidado em diversos países: Nova Zelândia, Austrália, Finlândia, Suécia, Noruega, Holanda, Espanha, Portugal, Itália, Irlanda, Grécia, Canadá, Estados Unidos, Jamaica, Brasil, Colômbia, entre outros. Livros publicados ! A Basis For Music Education! 1979 – Modelo (T)EC(L)A ! Music, Mind And Education! 1988 – Teoria Espiral ! Musical Knowledge! 1994 – Aprofundamento dos critérios de avaliação e análise ! Teaching Music Musically! 1999 – Princípios em Educação Musical Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical ! Swanwick e Tillman (1986) ! 745 composições ! 48 crianças entre 3 e 11 anos ! Durante 4 anos ! Modelo não foi previsto, mas descoberto ! Extensa análise qualitativa Materiais sonoros registro, intervalos, tamanho das frases, andamento, métrica, agógica, dinâmica, articulação, fluxo, textura, timbre... Caráter expressivo repetição, ostinato, contraste, variação, desenvolvimento Forma significado, experiência estética, transcendência Valor Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical Estágios da compreensão musical Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical ! Materiais, ! Caráter expressivo, ! Forma, ! Valor, desabrocham no fazer musical do indivíduo conforme sequência de desenvolvimento. As dimensões cumulativas do discurso musical Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical ESQUERDA ! Assimilação ! Intuição, ! jogo espontâneo, ! motivação interna DIREITA ! Acomodação ! Análise ! imitação, ! adaptação ao social Materiais (exploração e manipulação das propriedades do som) ! Sensorial: prazer inicial intuitivo, impulso, brincar com sons, explorar e reagir. ! Manipulativo: dimensao analítica, inclinaçao para controlar sons, manipular, imitar, acomodar. Caráter expressivo (expressão pessoal e manipulação do caráter expressivo da música) ! Pessoal: sons sob controle, a expressão torna-se possível; intuitiva e espontaneamente. ! Vernacular: expressividade convencional, analítico; estereótipos; métrica. Forma (preocupação com a forma musical) ! Especulativo: idéias convencionais assimiladas em um mundo imaginativo, de surpresas, expectativas. ! Idiomático: surpresas integradas em estruturas mais complexas dentro de estilos. Valor (auto- consciência dos pensamentos e sentimentos em resposta à música) ! Simbólico: do valor simbólico para o indivíduo; ! Sistemático: comprometimento sistemático; valor para a coletividade. Fundamentação teórica da Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical ! “Conceitos de maestria, imitação, jogo imaginativo e metacognição, desenhados nos trabalhos de Moog [The Musical Experience of the Pre-School Child – 1976], Piaget [Play, Dreams and Imitation in Childhood] e as observações de escritores britânicos” (SWANWICK; TILLMAN, 1986, p. 305). Conceitos piagetianos na Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical “Pontos em comum” ! As idades podem variar: - Swanwick: as idades apontadas não são um padrão que possa ser generalizado para todas as crianças (SWANWICK; TILLMAN, 1986, p. 306). - Piaget: “podemos caracterizar os estágios numa população dada por sua cronologia, mas essa cronologia é extremamente variável” (PIAGET,1983, p. 235) ! Ênfase no processo e não no produto: - Swanwick: “nós estamos observando processos musicais relativamente indiretos ao invés de produtos de performances polidas” (SWANWICK; TILLMAN, 1986, p. 311). - Piaget: o método clínico piagetiano não está interessado em observar apenas os acertos ou erros nas respostas infantis. Ele busca observar e compreender o processo que levou a essas respostas. (DELVAL, 2002). ! O desenvolvimento começa com a ação: - Swanwick: o primeiro estágio de desenvolvimento musical – Materiais – é caracterizado pela manipulação das propriedades do som. (SWANWICK; TILLMAN, 1986). - Piaget: durante o primeiro estágio de desenvolvimento da criança – Sensório-motor – ocorre a formação, a utilização e a fixação de esquemas através da atividade motora. (PIAGET, 1983, p. 237-238) ! A sistematização das explorações se desenvolve ao longo da primeira etapa de desenvolvimento (CARNEIRO, 2006, p. 88-89): - Swanwick: passagem do nível Sensorial para o Manipulativo. - Piaget: passagem da fase V para a VI e desenvolvimento da representação. ! Conclusão: há alguma similaridade entre a teoria de Piaget - em especial a teoria de Piaget sobre o jogo - e a teoria de Swanwick (HENTSCHKE, 1993, p. 68). Conceitos piagetianos na Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical Divergências (ou críticas) ! Os autores não analisam o processo (MAFFIOLETTI, 2005, p. 50; KEBACH, 2008, p. 32): - Swanwick (e Tillman): fazem a análise apenas das composições já finalizadas – produtos – e não do processo de construção das composições. - Piaget: preocupação em analisar e compreender o processo. - Resposta: em 1988 (Music, mind and education) Swanwick afirma que não teve a intenção de observar a forma como a criança se relaciona com os instrumentos para compor (processo). Ele estava preocupada em observar os resultados (produtos) dessa interação. ! Interpretação do conceito de intuição (MAFFIOLETTI, 2005, p. 56): - Swanwick: a criança manifesta a intuição no começo de todos os níveis de desenvolvimento (lado esquerdo da espiral). - Piaget: se refere ao termo “intuição” sempre relacionado a um tipo de pensamento (pensamento intuitivo). O pensamento intuitivo se manifesta apenas em uma fase de desenvolvimento. Essa fase é intermediária, e aparece entre o pensamento concreto e o pensamento operatório (abstrato). - Resposta: intuição, para Swanwick (1994, p. 86), é uma característica do processo de assimilação, ou seja, a intuição se manifesta quando assimilamos as coisas diretamente à nossa visão de mundo. “Essa visão não está inteiramente de acordo com a de Piaget” (SWANWICK, 1994, p. 86). ! A interpretação dos conceitos de assimilação e acomodação: - Swanwick: no começo de todos os níveis de desenvolvimento a ação da criança está polarizada na assimilação (lado esquerdo). Ao fim de todos os níveis (lado direito) a acomodação assume o lugar da assimilação (SWANWICK; TILLMAN, 1986). - Piaget: a assimilação e a acomodação são processos indissociáveis. A assimilação é a entrada de informações no pensamento, e a acomodação é o ajustamento dessa informação ao pensamento do sujeito. Uma não pode acontecer sem a outra (PIAGET, 1975, p. 16-17). - Resposta: Swanwick (1994, p. 86) compreende os conceitos de forma diferente: assimilação é: assimilar as coisas diretamente a nossa visão de mundo; acomodação é: a renovação das nossas impressões sobre o mundo. ! (continuação) A interpretação dos conceitos de assimilação e acomodação: - Swanwick: a acomodação está relacionada a adequação às convenções sociais. A assimilação está relacionada à apropriação pessoal das coisas, e não propriamente a uma sujeição às convenções sociais (SWANWICK, 1994, p. 97). - Piaget: a assimilação + acomodação = adaptação. A adaptação é um esforço de adequação às convenções sociais. Portanto, a acomodação não é a única comprometida com a adequação às convenções sociais. (PIAGET, 1975). Adaptação = construção do conhecimento. Todo o processo de adaptação é permeado pela subjetividade, já que nunca se pode conhecer a realidade como ela é. A realidade só pode ser conhecida da forma como o pensamento for capaz de conhecê-la. Portanto, a assimilação não é o único processo permeado pelasimpressões do sujeito (PIAGET, 1975, p. 18). ! A interpretação do conceito de imitação: - Swanwick: “as composições musicais das crianças tendem a seguir uma ampla sequência de desenvolvimento através dos estágios de Maestria, Imitação e Jogo Imaginativo, nesta ordem” (SWANWICK; TILLMAN, 1986, p. 309). - Piaget: a imitação se manifesta muito cedo, possivelmente desde os primeiros dias após o nascimento do bebê, e não apenas em uma fase intermediária de desenvolvimento (PIAGET, 1990). ! Sobre a presença de sentimentos (expressão) na produção musical da criança: - Swanwick: durante o nível da Imitação, ou da Expressão, “a natureza expressiva [da música], os gestos, o humor e os sentimentos são reconhecidos e reproduzidos” (SWANWICK; TILLMAN, 1986, p. 316). - Piaget: a afetividade (que compreende os sentimentos ou emoções e as motivações) permeia todo o desenvolvimento cognitivo (ela está presente em todos os momentos, em tudo que a criança faz). Aos estágios de desenvolvimento cognitivo correspondem estágios de desenvolvimento da afetividade (PESSOA, 2000). ! Sobre a influência do ambiente no desenvolvimento da criança: - Swanwick: um ambiente rico pode acelerar o desenvolvimento musical (ou, um ambiente pobre pode retardar o desenvolvimento) (SWANWICK; TILLMAN, 1986, p. 338). - Piaget: o ambiente social interfere no desenvolvimento, mas o desenvolvimento ainda depende da maturação do organismo/influência genética, da realização de experiências com o meio, e da equilibração das estruturas. A equilibração é o fator que determina até onde o desenvolvimento pode ser acelerado (PIAGET, 1983, p. 224). ! Conclusões: Swanwick não utiliza a teoria de desenvolvimento de Piaget fielmente como base para a construção de sua teoria de desenvolvimento musical. Entretanto: - pesquisas mostram que a teoria do desenvolvimento espiral “pode ser empregada como suporte teórico do acompanhamento e da avaliação das aprendizagens musicais realizadas pelas crianças em escolas de ensino regular” (MAFFIOLETTI, 2003, p. 61) - “a teoria bem como o modelo Espiral poderiam supostamente ser utilizadas não só como modelo de avaliação das três atividades musicais – composição, execução e apreciação – mas também servir de base para a construção de um currículo em música” (HENTSCHKE, 1993, p. 47) Critérios para composição - Materiais ! SENSORIAL - Há evidência de prazer pelo próprio som, particularmente timbre e extremos de intensidade. Pode haver exploração e experimentação com instrumentos. A organização é espontânea, possivelmente errática, o pulso é instável e variações de colorido e intensidade não parecem ter significância estrutural ou expressiva.! ! MANIPULATIVO - O manuseio dos instrumentos demonstra algum controle tornando possível as repetições de padrões. Pulso regular pode aparecer juntamente com procedimentos técnicos sugeridos pela estrutura física e layout dos instrumentos disponíveis, tais como glissandos, padrões da escala ou intervalos, trinados e tremolos. As composições tendem a ser longas e repetitivas devido ao prazer de se conseguir dominar o instrumento. Critérios para composição – Caráter Expressivo ! EXPRESSIVO - A expressividade é aparente em mudanças de andamento e níveis de intensidade. Há sinais de frases elementares - gestos musicais - que nem sempre se consegue repetir da mesma maneira. Há drama, clima e atmosfera, talvez com referência a uma idéia ‘programática’ externa. Há uma impressão de espontaneidade e pouco controle estrutural, sem o desenvolvimento das idéias. ! VERNACULAR - Aparecem padrões melódicos e figuras rítmicas possíveis de serem repetidos. Peças podem ser bem curtas, baseada em convenções musicais gerais estabelecidas. Frases melódicas podem ter o padrão 2, 4 ou 8 compassos. Organização métrica é comum juntamente com elementos como síncope, ostinatos rítmicos ou melódicos e seqüências. Composições são bem previsíveis (estereotipadas) e demonstram influência de outras experiências musicais (cantar, tocar e ouvir). Critérios para composição – Forma ! ESPECULATIVO - As composições vão além da repetição deliberada de padrões. Ocorrem desvios daquilo que é esperado e surpresas, embora talvez não completamente integradas dentro da peça. Há caracterização expressiva que é sujeita à experimentação, explorando-se possibilidades estruturais, buscando-se contrastar ou variar idéias musicais estabelecidas; freqüentemente, se introduz uma inovação no final, depois de se estabelecer uma determinada idéia. ! IDIOMÁTICO - Surpresas estruturais são integradas em um estilo reconhecível. Contraste e variação acontecem com base em modelos emulados e práticas idiomáticas claras, às vezes derivadas de tradições musicais populares. Autenticidade harmônica e instrumental se tornam importantes. Pergunta e resposta, variação por elaboração e seções contrastantes são procedimentos comuns. Controle técnico, expressivo e estrutural é demonstrado em composições mais longas. Critérios para composição – Valor ! SIMBÓLICO - O domínio técnico é colocado a serviço da comunicação musical. Atenção é focada em relações estruturais e no caráter expressivo que são fundidos em um depoimento coerente e original. Grupos específicos de timbres, inversão de frases, e progressões harmônicas podem ser desenvolvidos recebendo uma preocupação contínua. Percebe-se um forte comprometimento pessoal com a música. ! SISTEMÁTICO - Além das qualidades dos níveis anteriores, as obras podem ser baseadas em grupos de materiais musicais recém organizados, como novas escalas e seqüências, novos sistemas harmônicos, sons eletrônicos ou de computador. As possibilidades do discurso musical são expandidas sistematicamente. Critérios para Apreciação - Materiais ! SENSORIAL - O aluno percebe efeitos e alterações nos parâmetros sonoros, como diferenças claras de intensidade, altura, timbre, colorido e textura. Nada disso é analisado tecnicamente e não há alusão ao caráter expressivo nem a relações estruturais. ! MANIPULATIVO - O aluno percebe fontes sonoras bem características ou definidas, procedimentos básicos de tratamento do material musical (como patterns, ostinatos, glissandos, trinados), se o pulso é regular ou irregular, mas não relaciona tais elementos com o caráter expressivo e estrutura da peça. Critérios para Apreciação – Caráter Expressivo ! EXPRESSIVO - O aluno percebe de modo geral o caráter expressivo, a atmosfera ou clima emocional de uma peça, talvez por meio de associações e imagens visuais. Ele relaciona mudanças de nível expressivo com mudanças no tratamento do material sonoro, especialmente andamento e intensidade, mas não observa relações estruturais. ! ! VERNACULAR - O aluno percebe procedimentos de organização métrica, seqüências, repetições, síncopes, pedais, ostinatos, motivos musicais convencionais e tipos previsíveis de fraseado. Critérios para Apreciação – Forma ! ESPECULATIVO - O aluno percebe relações estruturais, identificando o que é incomum ou inesperado em uma peça; percebe relações entre as frases, como motivos musicais são repetidos, transformados, contrastados, ou conectados entre si; percebe mudanças de caráter associadas a cor instrumental, altura, andamento, ritmo, intensidade e tamanho das frases, podendo ser capaz de avaliar a magnitude de tais mudanças. ! IDIOMÁTICO - O aluno enquadra a música dentro de um contexto estilístico e demonstra percepção de mecanismos técnicos e procedimentos estruturais que caracterizam um idioma ou estilo particular, como por exemplo, harmonias e inflexões rítmicas características, sons instrumentais ou vocais específicos, ornamentação, transformação por variação, seções centrais contrastantes. Critérios para Apreciação – Valor ! SIMBÓLICO - O aluno compreende como os materiais sonoros são organizados para produzir certo caráterexpressivo e relações formais estilisticamente coerentes. Revela um sentimento de valorização da música podendo se envolver em alguma área específica do fazer musical. Há evidência de insights individuais e apreciação crítica independente, e um forte engajamento com determinadas obras, compositores e intérpretes. ! SISTEMÁTICO - O aluno revela um profundo sentido do valor cultural da música em conseqüência de uma desenvolvida sensibilidade ao material sonoro, e da habilidade de identificar expressividade e compreender forma musical. Preferências pessoais cedem lugar a um comprometimento sistemático com a música como uma forma de discurso simbólico. Critérios para performance - Materiais ! SENSORIAL - A performance é errática e inconsistente. O fluxo é instável e as variações do colorido sonoro e da intensidade não parecem ter uma função expressiva nem estrutural. ! MANIPULATIVO - Algum grau de controle é demonstrado por um andamento estável e maior consistência na repetição de padrões (motivos). O domínio do instrumento é a prioridade principal e não há ainda evidência de contorno expressivo ou organização estrutural. Critérios para performance – Caráter Expressivo ! EXPRESSIVO - Expressividade é evidenciada pela escolha consciente do andamento e níveis de intensidade, mas a impressão geral que se tem é de uma performance impulsiva e não planejada, faltando organização estrutural. ! VERNACULAR - A performance é fluente e convencionalmente expressiva. Padrões melódicos e rítmicos são repetidos de maneira semelhante e a interpretação é bem previsível. Critérios para performance – Forma ! ESPECULATIVO - A performance é expressiva e segura e contém alguns toques de imaginação. A dinâmica e o fraseado são deliberadamente controlados ou modificados com objetivo de destacar as relações estruturais da obra. ! IDIOMÁTICO - Percebe-se uma nítida noção de estilo e uma caracterização expressiva baseada em tradições musicais claramente identificáveis. Controle técnico, expressivo e estrutural são demonstrados de forma consistente. Critérios para performance – Valor ! SIMBÓLICO - A performance demonstra segurança técnica e é estilisticamente convincente. Há refinamento de detalhes expressivos e estruturais e um sentimento de comprometimento pessoal com a música. ! SISTEMÁTICO - O domínio técnico está totalmente a serviço da comunicação musical. Forma e expressão se fundem gerando um resultado - um verdadeiro depoimento musical - coerente e personalizado. O intérprete explora de forma sistemática e imaginativa novos insights musicais. Pesquisas em Música relacionadas à Teoria Espiral ! Influência em diversos educadores musicais brasileiros: Alda de Oliveira (Bahia), Liane Hentschke e Luciana Del Ben (Rio Grande do Sul), Cecília Cavalieri França (Minas Gerais), entre outros. ! Pesquisas relacionadas à avaliação do desenvolvimento musical. ! Apreciação, Composição e Performance. A avaliação da performance no Vestibular da UFMG Objeto e problema ! Identificação do nível musical das performances dos candidatos ! Teste de associação entre aprovação e o nível musical de suas performances ! consideração sobre a validade dos critérios no vestibular. A avaliação da performance no Vestibular da UFMG Hipótese ! “Candidatos aprovados apresentam uma performance instrumental consistente, no mínimo, com o nível Especulativo do Modelo Espiral de Swanwick e Tillman (1986).” ! Dados: 99 peças de 26 candidatos 76% no Especulativo ou superior Vernacular: ! Previsíveis, convencionalmente expressivas Especulativo: ! domínio dos materiais sonoros ! precisão, fluência ! nuances expressivas, dinâmica, agógica, pontos culminantes ! articulação estrutural intuitiva Idiomático: ! consistência estilística ! coerência estrutural Avaliação na Graduação – Bacharelado em Piano da UFMG Delineamento: descritivo, comparativo (observações repetidas) Longitudinal (dois anos e meio) Método: ! análise de produto, correlação, observação, entrevista Avaliação na Graduação – Bacharelado em Piano da UFMG Problema ! identificar o nível dos alunos ! padrões de desenvolvimento? ! validade na Graduação Hipótese ! Os alunos apresentarão um desempenho progressivamente refinado e observável segundo a Teoria Espiral. Resultados 58 performances 14 - Pessoal e Vernacular 32 - Especulativo e Idiomático 12 - Simbólico e Sistemático Validade? ! Validade dos critérios ! na Graduação? ! Conceito A ! do Vernacular ao Simbólico ! Conceito B ! do Vernacular ao Especulativo Relação entre os estudos ! Qualidade musical não se desenvolve ! Espiral válido no vestibular mas não na Graduação ! Dispersão dos níveis mais ampla na graduação que no vestibular ! Essência do fazer musical? ! Natureza da performance? ! Processo pedagógico? ! Escolha de repertório? ! Significado da avaliação? Conclusões ! O estudo longitudinal na Graduação não encontrou padrões de desenvolvimento da compreensão musical segundo o referencial adotado. ! Os resultados convergem para a importância da utilização de critérios de avaliação apoiados em claras bases psicológico-musicais. Dizer o dizível Que qualidades musicais buscar? ! Domínio técnico do instrumento, clareza do toque, fluência, consistência ! Sutis variações de agógica, fraseado, estilo ! Cadências, pontos culminantes, coerência estrutural ! Compartilhar construções simbólicas ! Elegância ou arrebatamento ! Entrega pessoal, sinceridade e criatividade O dizível ! precisa ser explicitado e socializado para que possamos ser, cada vez mais e melhor, tocados pelo indizivel ! (Cecília Cavalieri França revista Per Musi, 2004) Estudo de Viabilidade para aplicação no contexto escolar brasileiro ! HENTSCHKE, Liane (Porto Alegre – RS) ! OLIVEIRA, Alda (Salvador – BA) ! A teoria espiral de desenvolvimento musical como base para uma proposta curricular ! Utilização conjunta do Modelo (T)EC(L)A e da Teoria Espiral – atividades, parâmetros e critérios para avaliação Estudo de Viabilidade para aplicação no contexto escolar brasileiro ! Ensino Fundamental – 8 turmas de 4 escolas (2 em cada cidade) ! Contextos diferentes: rede pública e particular de ensino ! Iniciou na primeira série e seguiu até a terceira série ! Estudo longitudinal utilizando entrevistas e observações ! Planejamento e implementação da proposta; coleta de produtos musicais e avaliação. Realimentação de todo o processo. Resultados ! Teoria Espiral em conjunto com o Modelo (T)EC(L)A pode ser utilizado como fundamentação teórica para a construção de um currículo em música para o ensino fundamental. ! Dados apontam para um desenvolvimento progressivo em direção às fases mais avançadas da espiral. ! Variáveis foram encontradas de acordo com os contextos (público e particular) Resultados ! Viabilidade vai além da implementação de propostas curriculares fundamentada em teorias ou modelos ! Fatores de influência: metodologia empregada; motivação dos alunos; preferência por um dos parâmetros (performance, composição, apreciação) ! Importância do papel do professor ! Conhecimento da realidade escolar (diretores, pais, professores e alunos) Relações entre os critérios de avaliação de professores de violão e a Teoria Espiral Ana Cristina Tourinho (Doutorado, UFBA, 2001) ! Relações entre o julgamento intuitivo expresso e observado em uma amostra de professores de violão acerca da performance de seus alunos e os critérios de avaliação e desenvolvimento musical de Swanwick ! Metodologia: coleta e análise qualitativa das falas e das ações dos professores no ato de avaliar, através de questionários, entrevistas e observações gravadas Etapas da pesquisa ! Revisão de literaturasobre avaliação ! Apresentação do referencial teórico de Swanwick – Teoria Espiral e Camadas de Performance ! Cotidiano dos professores da disciplina de violão em cursos técnicos e universidades em duas cidades: Salvador e São Paulo ! 15 professores; aulas individuais Dados coletados ! Descrição, categorização e análise ! Relações com a teoria de Swanwick (desenvolvimento musical e princípios de ensino musical) ! Avaliação formativa e somativa ! Avaliação verbal, não-verbal, no instrumento, inexistente ! Principal dimensão encontrada: Materiais Conclusões ! Inexistência de um registro sistemático e de critérios bem definidos, pelo professor, ao longo do curso. ! Necessidade de avaliação precisa e verbalizada diretamente para o aluno como uma forma de situá-lo e ajudá-lo a crescer. ! Ações não-verbais e demonstração direta no instrumento. Referências CARNEIRO, Aline Nunes. Desenvolvimento musical e sensório- motor da criança de zero a dois anos: relações teóricas e implicações pedagógicas. 96 f. Dissertação (Mestrado em Música) – Escola de Música – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. DELVAL, Juan. Método clínico: descobrindo o pensamento das crianças. Porto Alegre: Artmed, 2002. FRANÇA, Cecília Cavalieri. Dizer o 'Indizível'?: considerações sobre a avaliação da performance instrumental de vestibulandos e graduandos em música. Per Musi, v.10, 2004, p.31-48. HENTSCHKE, L. A Adequação da Teoria Espiral como Teoria de Desenvolvimento Musical. Fundamentos da Educação Musical 1. Porto Alegre: Associação Brasileira de Educação Musical, p.47, 1993. ______. A teoria espiral de desenvolvimento musical como base para uma proposta curricular: um estudo longitudinal em escolas de Porto Alegre – RS. Revista Expressão, Santa Maria: UFSM, 1, jul/dez, 185-198, 2000 Referências KEBACH, Patrícia Fernanda Carmem. Musicalização coletiva de adultos: o processo de cooperação nas produções musicais em grupo. 301f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. MAFFIOLETTI, Leda de Albuquerque. Diferenciações e integrações: o conhecimento novo na composição musical infantil 279f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975. ______. Problemas de psicologia genética in PIAGET, Jean. Os pensadores: Piaget. São Paulo: Editora Abril, 1983b. ______. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1990. SWANWICK, Keith. A basis for music education. London: Routledge, 1979. Referências ______. Music, mind and education. London: Routledge, 1988. ______. Musical knowledge: intuition, analysis and musica education. London: Routledge, 1994. ______. Teaching music musically. London: Routledge, 1999. SWANWICK, Keith; TILLMAN, June. The sequence of musical development: a study of children’s composition. B.J. Music Ed. 3,3,305-339, 1986. TOURINHO, Ana Cristina. Relações entre os critérios de avaliação de professores de violão e uma teoria de desenvolvimento musical. Tese de doutorado. Salvador: UFBA, 2001. http://sites.google.com/site/keithswanwick - acessado em 08/04/2012 www.ceciliacavalierifranca.com.br - acessado em 08/04/2012
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