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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM

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PSICOLOGIA DO 
DESENVOLVIMENTO 
E DA APRENDIZAGEM
2
Neide Rodriguez Barea
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A 
2022
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA 
APRENDIZAGEM
1ª edição
3
2022
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
Head de Platos Soluções Educacionais S.A
Silvia Rodrigues Cima Bizatto
Conselho Acadêmico
Alessandra Cristina Fahl 
Ana Carolina Gulelmo Staut
Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Coordenador
Giani Vendramel de Oliveira
Revisor
Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
Editorial
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Márcia Regina Silva
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_____________________________________________________________________________ 
 Barea, Neide Rodriguez
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem / 
 Neide Rodriguez Barea. – São Paulo: Platos Soluções 
 Educacionais S.A., 2022. 
 32 p.
ISBN 978-65-5356-388-9
 1. Idade. 2. Relação. 3. Teorias. I. Título. 3. Técnicas de 
speaking, listening e writing. I. Título. 
CDD 370.15
_____________________________________________________________________________ 
 Evelyn Moraes – CRB: 010289/O
B248p
© 2022 por Platos Soluções Educacionais S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A.
https://www.platosedu.com.br/
4
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina __________________________________ 05
Desenvolvimento da criança de zero a dez anos _____________ 07
O desenvolvimento do pré-adolescente e do adolescente ___ 21
Teorias psicológicas da aprendizagem _______________________ 32
Alterações no desenvolvimento da aprendizagem ___________ 44
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO 
E DA APRENDIZAGEM
5
Apresentação da disciplina
Esta disciplina tem como objetivo apresentar os principais aspectos 
do desenvolvimento humano e como eles se relacionam com a 
aprendizagem, oferecendo ao pós-graduando uma visão panorâmica 
do que se considera um progresso regular no amadurecimento das 
estruturas cognitivas, afetivas e motoras.
O Tema 1, chamado de “O desenvolvimento da criança de zero a 
dez anos”, apresentará os aspectos de desenvolvimento motor, 
socioemocional e cognitivo das crianças desta faixa etária, apontando os 
marcos de amadurecimento.
Já no Tema 2, intitulado “O desenvolvimento do adolescente e do 
pré-adolescente”, você conhecerá os aspectos de desenvolvimento 
motor, socioemocional e cognitivo das crianças a partir dos onze anos, 
passando pela adolescência e avançando pela idade adulta até o 
envelhecimento.
No Tema 3, “Teorias psicológicas da aprendizagem”, você conhecerá 
as principais teorias desenvolvidas por psicólogos e médicos que 
explicam o processo de aquisição dos conhecimentos. Neste tema, você 
aprenderá sobre as propostas behaviorista, construtivista, a psicogênese 
da pessoa completa e o socioconstrutivismo, explorando as recentes 
descobertas da neurociência que indicam os processos neurobiológicos 
associados à memorização e à evocação de conhecimentos.
Por fim, no Tema 4, “Alterações no desenvolvimento da aprendizagem”, 
a proposta é estudar sobre os principais transtornos da aprendizagem e 
conhecer um pouco como se faz um diagnóstico e as intervenções.
6
Todo este conhecimento é fundamental para o psicopedagogo, pois traz 
os elementos mais essenciais para o exercício de sua profissão.
Esta é uma disciplina que traz muitos exemplos e reflexões sobre 
a prática, além de uma série de indicações para aprofundar seu 
conhecimento.
Esperamos que você realize excelentes aprendizagens!
7
Desenvolvimento da criança 
de zero a dez anos
Autoria: Neide Rodriguez Barea
Leitura crítica: Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
Objetivos
• Conhecer processo de desenvolvimento da criança.
• Identificar os marcos do desenvolvimento e as 
expectativas para cada idade.
• Compreender os processos psicológicos 
relacionados ao desenvolvimento cognitivo.
8
1. Da concepção ao nascimento: a origem do 
desenvolvimento humano
O desenvolvimento humano, a psicologia e a aprendizagem são temas 
que despertam interesse nas pessoas, principalmente naquelas que 
atuam no campo da saúde e da educação. Conhecer e saber estimular 
o processo de amadurecimento cerebral e o desenvolvimento 
cognitivo, psicológico e motor é uma das competências requeridas para 
professores, psicopedagogos, psicólogos, médicos, fonoaudiólogos e 
demais profissionais que atuam com crianças e adolescentes.
Nesta aula, você conhecerá mais sobre os aspectos mencionados e 
refletirá sobre como estes conhecimentos são empregados em sua 
profissão.
Antigamente, observava-se melhor o desenvolvimento do bebê após seu 
nascimento. Atualmente, sabe-se que processos cognitivos, psicológicos 
e motores ocorrem no período fetal, ou seja, após o terceiro mês de 
gestação.
Após a concepção, o embrião entra em um processo de 
desenvolvimento acelerado, no qual as células de diversos tipos se 
multiplicam, dando origem aos órgãos do corpo e tecidos. Incluindo as 
células nervosas, que são as responsáveis pela captação de informações 
processadas no cérebro.
Dentro da barriga da mãe, envolvido pelo líquido amniótico, os 
estímulos recebidos pelo feto são sutis, porém existem e são captados 
pelos cinco sentidos (visão, paladar, olfato, tato e audição). São as 
primeiras conexões neurais, que criam a base das aprendizagens que 
ocorrerão após o nascimento.
Costa et al. (2021, p. 2) apontam que:
9
(…) o feto possui sensibilidade tátil e auditiva, as interações entre os pais 
e o feto como o toque e a conversa favorecem o desenvolvimento infantil 
desde a gestação. O desenvolvimento sensorial do feto tem início com o 
toque e, ao longo da gestação, ele desenvolve o paladar, a audição, o olfato 
e a visão.
Para entender melhor, os cinco sentidos já se desenvolvem no período 
gestacional, principalmente no estágio fetal, segundo Cha (2004):
• Tato: o feto já é capaz de tocar as paredes do útero, chuta e se 
mexe, estimulando o desenvolvimento motor e o tato, o que 
ajudará, após nascer, a controlar os braços e as pernas, andar, 
agarrar objetos, entre outras ações.
• Audição: por volta da 24ª semana de gestão, o sistema auditivo 
está completo. Isso permite que o bebê se acostume a alguns sons 
ambientes (latidos de cachorro, por exemplo, que são altos) e à 
voz da mãe e de pessoas próximas (ainda que o som seja abafado 
dentro do útero). O feto ainda escuta os batimentos cardíacos, 
os ruídos da digestão, por exemplo, e até mesmo músicas. Esta 
é a base para, após o nascimento, aprender os tons e as notas 
musicais e a linguagem oral.
• Paladar: enquanto está no útero, o bebê tem contato com o líquido 
amniótico, que é repleto de sabores: doce, salgado e amargo.
• Olfato: o sistema olfativo é completamente formado durante 
a gestação e, mesmo no útero, o feto tem contato com odores 
a partir de mecanismos bioquímicos que ainda não estão 
completamente elucidados.
• Visão: o feto é capaz de perceber a luminosidade, iniciando o 
processo da visão, porém ainda não enxerga cores ou formas. 
Posteriormente, é este sentido que permitirá a aprendizagem a 
partir daquilo que o bebê e a criança enxergam.
10
O feto também é capaz de perceber mudanças emocionais na mãe, 
ainda que não saiba o que isso signifique: sente a pressão arterial 
alterada em casos de ansiedade, sente o fluxo sanguíneo regular em 
caso de tranquilidade,sente a pressão muscular em caso de tensão, 
capta sons mais altos e é capaz de construir memorizações.
A aprendizagem e o desenvolvimento do feto são modestos quando se 
comparam com o grau de avanço após o nascimento.
Os aspectos motores, psicológicos e cognitivos, embora estudados 
separadamente por diversos pesquisadores, são interligados e se 
retroalimentam constantemente.
2. O desenvolvimento motor
O desenvolvimento humano está diretamente relacionado à evolução 
gradual do sistema nervoso central e periférico e da cognição. Durante a 
infância, esse processo ocorre de maneira acelerada, principalmente no 
cérebro (COSENZA; GUERRA, 2011).
A criança é uma grande exploradora. Em linhas gerais, seu objetivo 
é apenas adaptar-se ao meio em que vive, de forma a garantir 
sua sobrevivência. Portanto, precisa desenvolver processos de 
aprendizagem. Antes dos dois anos, já aprende a se locomover e a falar, 
elementos básicos para sua sobrevivência independente.
Essas conquistas são possíveis devido ao processo de amadurecimento 
cerebral, aos estímulos e às oportunidades que recebe e à própria 
motivação. O quadro a seguir apresenta algumas conquistas motoras:
11
Quadro 1 – Desenvolvimento motor até os três anos de idade
Período de 
desenvolvimento Conquistas esperadas
Logo após o 
nascimento
O bebê desenvolve uma boa técnica para mamar, os 
movimentos são descoordenados e ele apenas chacoalha 
pernas e braços sem grandes objetivos, o que mudará 
muito em breve.
Entre 1 e 2 meses
Já é capaz de responder a um sorriso com outro sorriso 
(controle dos músculos da face), os olhos estão cada vez 
mais potentes (musculatura ocular) e gosta de observar 
objetos coloridos; parece gostar de mudar de posições. 
Entre 3 e 4 meses Torna-se mais ativo, olha e acompanha pessoas e objetos com o olhar; vira a cabeça na direção do som.
Entre 5 e 6 meses É capaz de rolar e sentar-se com apoio; leva mãos e pés à boca; vira o corpo na direção do som.
Entre 7 e 9 meses
É capaz de ficar sentado sem apoio. Por volta dos oito 
meses já está preparado para engatinhar; até o final dos 
nove meses, a visão será bem aperfeiçoada, muito parecida 
com a de um adulto. 
Entre 10 e 12 meses
Aponta para aquilo que quer, está preparado para 
engatinhar e andar com apoio e pode começar a andar sem 
apoio quando estiver perto de completar um ano. Consegue 
dar tchau e falar “papa” e “mama” direcionado à pessoa 
certa; brinca e imita pessoas próximas.
Entre 13 e 18 meses
Reconhece-se no espelho e pode se alimentar sozinho; 
fala algumas palavras; anda sozinho; é capaz de cumprir 
instruções simples (pegar a mamadeira, por exemplo) e 
começa a testar limites.
12
Entre 19 e 24 meses 
É capaz de correr, subir e descer escadas; brinca com vários 
brinquedos sozinho. Seu vocabulário atinge 200 palavras. 
Compreende certos conceitos, como algumas formas 
geométricas. Interessa-se por montar pequenos quebra-
cabeças. Tem senso de humor, presta atenção em histórias 
e reconhece partes do corpo.
Entre 2 e 3 anos
Já é capaz de se expressar em sua língua materna e de 
tirar e colocar sapatos e roupas. Chuta bola sem perder 
o equilíbrio, dança, explora bastante o ambiente, cumpre 
ordens. 
Fonte: elaborado pela autora.
A partir dos três anos, as habilidades motoras vão se refinando: a criança 
é capaz de correr cada vez mais rápido, superar obstáculos, controlar 
os movimentos, dosar a força; mais à frente, é capaz de organizar o 
pensamento sobre o movimento antes de executá-lo (planejamento e 
planificação).
A criança, por volta dos seis anos, consegue expressar a sua dominância 
lateral e escolher a mão com a qual escreverá. O controle dos movimentos 
passa a ficar cada vez mais preciso, elaborado e especializado, desde 
o controle corporal mais amplo (praxia global) até o controle dos 
movimentos refinados (praxia fina, controle das mãos e dos pés).
Cada uma delas possui um ritmo próprio de desenvolvimento: algumas 
mais cedo e outras mais tarde. É importante observar se os marcos de 
desenvolvimento estão se sucedendo e procurar ajuda e orientação caso 
o processo não esteja ocorrendo de acordo com o esperado.
Como marcos do desenvolvimento motor, temos:
• Controle da cabeça: os bebês são capazes de virar a cabeça de um 
lado para o outro logo que nascem; quando colocados de barriga 
13
para baixo, são capazes de erguer suficientemente a cabeça para 
movê-la. Com três meses já controlam bem o movimento da 
cabeça, e com quatro meses de idade são capazes de mantê-la 
ereta quando carregados no colo ou sentados. Caso o neném não 
sustente a cabeça aos seis meses, deve ser encaminhado ao médico.
• Controle das mãos: com três meses consegue agarrar um objeto 
de tamanho médio para ele, mas tem dificuldades de segurar algo 
pequeno. Aos oito meses, desenvolve a capacidade de passar um 
objeto de uma mão para a outra e, depois, consegue segurar coisas 
pequenas, pois isso exige um controle motor mais especializado de 
mãos e dedos.
• Locomoção: o bebê é capaz de rolar por volta dos três meses por 
decisão própria, ou seja, manifesta a vontade de mudar de lugar. 
Com cerca de seis meses é capaz de ficar sentado quando colocado 
nesta posição e, aos oito meses, senta-se sozinho. Entre seis e dez 
meses, começa a se deslocar, arrastando-se ou engatinhando; com 
sete meses, caso alguém segure suas mãos ou se apoiando em 
móveis, ele é capaz de ficar em pé. Aos onze meses, fica em pé sem 
apoio e, em seguida, inicia o processo de andar; a princípio, circula 
pelo ambiente segurando-se em móveis e, rapidamente, abandona 
o apoio, conquista que se realiza por volta de um ano de idade. Com 
dois anos a criança pode subir degraus (um pé e depois o outro no 
mesmo degrau; só mais tarde ela conseguirá alternar os pés); depois, 
passa a descer degraus e, por volta de dois anos e meio, já começa a 
correr e a pular com os dois pés; caso o bebê não ande até um ano 
e oito meses, recomenda-se consultar um médico.
3. O desenvolvimento psicológico e cognitivo
Os processos psicológicos são sustentadores do desenvolvimento do ser 
humano e se relacionam com o sistema motor e com o processamento 
cognitivo. Os processos psicológicos básicos são: percepção, atenção, 
14
memória, aprendizagem, motivação, afetividade, inteligência, 
pensamento e linguagem. Cabe ressalvar que, para Piaget (1967), 
motivação e afetividade acabam sendo processos semelhantes, pois 
influenciam a forma como um indivíduo se apropria da aprendizagem.
A percepção-atenção-memória-aprendizagem envolvem a ativação e 
a utilização de células nervosas, processamento mental e respostas. 
Vejamos um exemplo: ao encostar a mão em um objeto muito quente, 
a reação da pessoa é retirar a mão imediatamente. Na verdade, ocorre 
o seguinte processo: ao tocar o objeto quente, ativa-se o sentido do 
tato (na ponta dos dedos, há pontos receptores de calor, que levam a 
informação de uma temperatura muito quente, capaz de causar danos, 
ao grupo de nervos responsáveis pelo trânsito de informações que 
parte da pele dos dedos, avançando pela mão e pelo braço e chega até 
a medula espinhal, que carrega a informação até o cérebro). No cérebro, 
a informação é captada e gera uma resposta de afastar a mão do objeto 
quente. Esta informação percorre o caminho de volta: medula espinhal, 
circuito nervoso do braço, mão e dedos, e faz com que os músculos se 
contraiam e a pessoa finalmente afasta a mão do objeto quente. Porém, 
isso causa uma impressão no cérebro: a de que objetos muito quentes 
podem causar machucados. Essa impressão é uma aprendizagem que 
usa da memória para evitar ou aprender a contornar situações deste 
tipo e semelhantes. Quanto mais experiências sensoriais (desenvolvidas 
através dos cinco sentidos: tato, olfato, paladar, visão e audição), mais 
aprendizagens são realizadas. A atenção, por sua vez, é um mecanismo 
que deixa o cérebro alerta para processar com mais velocidade as 
informações obtidas pelos órgãos do sentido e fornecer respostas cadavez mais assertivas. Quanto mais a criança amadurece, mais capacidade 
ela tem de desenvolver aprendizagens duradouras.
A motivação é um processo psicológico básico que regula a ação 
do indivíduo e está presente desde muito cedo na vida dos bebês. 
A motivação é o que os leva a explorar o mundo e aprender. “A 
motivação parece ser resultado de uma atividade cerebral que processa 
15
as informações vindas do meio interno (fome, dor, desejo sexual) 
e do ambiente externo (oportunidades e ameaças) e determina o 
comportamento a ser exibido.” (COSENZA; GUERRA, 2011, p. 81).
Ela está associada a fatores internos (como desejos e metas a serem 
alcançados pessoalmente) e pode estar relacionada a fatores externos 
(associada a um estímulo extrínseco: tirar boas notas nas provas 
para impressionar os pais, por exemplo). Está associada também aos 
benefícios que se obterá, por exemplo, para um bebê que deseja pegar 
um objeto. A motivação está em alcançá-lo para poder explorá-lo. 
Conforme a criança vai amadurecendo, seus interesses também vão se 
modificando.
Outro processo psicológico básico, a afetividade corresponde à 
compreensão e gestão das emoções, ou seja, o entendimento que 
temos emoções e que estas podem ser ativadas e canalizadas para 
resolução de situações ou problemas do cotidiano, bem como são 
fundamentais para a aprendizagem (PIAGET, 1967). Pense, por exemplo, 
em uma criança pequena que está fazendo birra em uma loja. Ela 
age assim porque ainda não sabe se expressar de outra forma, então 
chora, se joga no chão, grita. Quando tiver mecanismos mais evoluídos, 
conseguirá pedir o que deseja e administrar uma resposta positiva ou 
negativa. Imagine, por exemplo, que ela deseja um brinquedo, mas o 
pai informa que só poderá dá-lo no Natal. Ela ficará emburrada, aceitará 
pacificamente a resposta, fará uma reserva financeira para adquirir 
o brinquedo antes? Depende das condições que ela tem e do seu 
amadurecimento para conseguir.
Inteligência-pensamento-linguagem atuam conjuntamente. A inteligência 
é um processo de adaptação às condições de vida no momento. Aqueles 
que não conseguem se adaptar não sobrevivem. Para se adaptar, o ser 
humano precisa lidar com problemas, acasos, equívocos, transtornos 
e criar soluções. A inteligência é o processo que compreende a análise 
de situações complexas ou problemáticas, seguida da localização ou 
16
criação de respostas a cada uma das situações, de forma a viver melhor. 
Assim, por exemplo, uma criança que está com fome buscará uma 
fruta, um pacote de bolachas ou pedirá comida a alguém; se ela não 
se alimentar ou não for alimentada, perecerá. O problema, no caso, é 
a fome (manifestação do corpo indicando que precisa de nutrientes 
para manter-se vivo e saudável), e a solução está em localizar comida 
de alguma forma. Normalmente, antes da ação, o cérebro processa 
informações para escolher a melhor opção, ou seja, existe um processo 
de pensamento, uma reflexão. Este pensamento é estruturado e, 
quando a criança começa a aprender a falar, seu pensamento passa a 
ser verbal. Assim, a linguagem passa a fazer parte do pensamento. Por 
outro lado, a linguagem é a forma mais rápida de comunicação e de 
resolução de problemas. Quanto mais imersa na linguagem materna, 
quanto mais falante e quanto mais a criança escutar a língua, mais 
rápido, preciso e assertivo será seu pensamento.
Todos os processos básicos iniciam-se de forma simples, imatura e 
pouco reflexiva. A partir da maturação biológica e das experiências 
vividas, os processos psicológicos se tornam mais complexos, maduros 
e altamente reflexivos. Todos os processos básicos dependem um do 
outro e andam lado a lado, apesar de estarem separados em blocos 
nesta leitura.
A primeira forma de interação com o mundo (e, portanto, de 
aprendizagem) é puramente comportamental. O bebê vai 
experimentando possiblidades e observando o que acontece ao redor. 
Da mesma forma, as pessoas que cuidam dele desenvolvem rotinas 
para que ele se adapte melhor ao mundo. A teoria que estuda a 
aprendizagem através do comportamento é chamada Behaviorismo (ou 
comportamentalismo).
O bebê emite certos comportamentos quando vê pessoas conhecidas. 
Ao observar seu cuidador carregando uma mamadeira, deduz que será 
17
alimentado, após ter vivenciado esta experiência algumas vezes. Isto é 
uma aprendizagem.
Ao sentir algum desconforto, o bebê aprende que, se chorar, chamará 
a atenção de algum adulto. Percebe que, se emitir sons, ele também 
atrairá a atenção do adulto. Desta forma, o bebê é capaz de indicar algo 
ao adulto que cuida dele. Enquanto sua necessidade não for satisfeita, 
ele manterá o comportamento de choro ou balbucio. Mas, como o ele 
descobriu isso? Simplesmente, testou várias possibilidades até que 
o adulto deu a resposta que ele desejava, então passou a repetir seu 
comportamento para satisfazer sua necessidade.
Estas breves experiências parecem simplórias, mas são significativas 
do ponto de vista da aprendizagem. Da mesma forma, desenvolverá 
processos de aprendizagem para andar, comer, ler etc., sempre testando 
hipóteses e avaliando resultados.
A aprendizagem da fala é particularmente estudada como um 
comportamento adquirido, estimulado pelos adultos. Quando a criança 
balbucia “AAAA”, normalmente se interpreta como o desejo de beber 
água, então lhe é servida a água. A criança percebe que, para beber 
água, basta falar “AAAA”. Em seguida, os adultos começam a nomear 
a água: “Ah, você quer ÁGUA! Repete: ÁGUA, ÁGUA!”. Conforme a 
criança avança na linguagem (mesmo que não acerte de primeira), sua 
aprendizagem é reforçada entregando-lhe um copo de água.
Não só a perspectiva comportamental explica os processos 
de aprendizagem. Teorias mais modernas e complexas foram 
desenvolvidas, tal como a cognitivista:
Abordagem cognitivista: parte do princípio que o conhecimento é fruto do 
pensamento e tem como objetivo estudar a cognição (o ato de conhecer) 
e a consciência. Para tanto, procura descobrir como funciona a percepção 
humana, a compreensão e o processamento da informação. Assim, na 
Abordagem Cognitivista, o ser humano é visto como um ser pensante e 
18
utiliza recursos mentais para agir sobre o mundo. (…) Nesta abordagem, o 
ser humano aprende a partir das experiências, introjetando-as, refletindo 
sobre elas, modificando-as internamente e produzindo seu conhecimento. 
(TAVARES, 2016, p. 90-91)
Jean Piaget (1967) é o maior representante do cognitivismo e 
desenvolveu sua própria teoria, chamada Epistemologia Genética. Para o 
biólogo, o processo de aprendizagem nada mais é do que uma forma de 
o ser humano se adaptar ao mundo. Tavares (2016) explica melhor:
Para Piaget, o desenvolvimento da inteligência do ser humano é sua 
melhor estratégia de adaptação à vida. Isso ocorre desde o nascimento, 
portanto, inicia-se no estágio pré-operatório (que vai dos 0 aos 18-24 
meses), quando os bebês iniciam as primeiras experiências motoras. 
Essas experiências são responsáveis pela criação das primeiras estruturas 
cognitivas ou esquemas iniciais. (TAVARES, 2016, p. 93-94)
Posteriormente, partindo-se nestes esquemas iniciais, todo o restante 
das experiências é organizado, criando, inclusive, novos esquemas, 
melhores e maiores. O processo se dá por meio de assimilação 
(introjeção de novas experiências nos esquemas mais antigos) e 
assimilação (consolidação das aprendizagens).
Até os dois anos de idade, Piaget (1967) considera que a criança está 
na fase chamada sensório-motora, ou seja, uma fase de exploração e 
manipulação de objetos.
19
Quadro 2 – Estágios de desenvolvimento segundo Piaget
Em torno de 2 
anos de idade
A criança reorganiza seu mundo interno a partir da compreensão 
de símbolos, ou seja, compreende que objetos, pessoas, eventos, 
animais, entre outros podem ser substituídos por palavras 
(nome das coisas). O simbolismo (função simbólica) ainda não 
está completamente desenvolvido, mas é exatamente ao atingir 
esta capacidade que a criançaingressa no terceiro estádio, o 
pré-operatório. Esta fase também é conhecida como “idade dos 
porquês”, já que a criança procura por esclarecimentos na maior 
parte do tempo.
Em torno de 7 
anos de idade
A criança ingressa no estágio chamado operatório-concreto 
e é capaz de resolver problemas, interagir no mundo, fazer 
investigações, criar hipóteses e testá-las ainda num sentido mais 
próximo de si, dependendo de elementos de concretude (por 
exemplo, dificilmente é capaz de entender as relações políticas 
entre países – muito abstrato, mas é capaz de entender o ciclo 
da água na natureza, situação mais concreta por ter vivenciado 
pessoalmente).
Após 11-12 
anos
A criança entra no estádio operatório-formal, desenvolvendo 
pensamento abstrato, amplo e envolvendo questões éticas e 
problemas mais complexos.
Fonte: elaborado pelo autor.
A psicologia e o desenvolvimento humano são temas muito 
interessantes e significativos para seu exercício profissional. Aproveite 
para aprofundar seus estudos pesquisando as referências indicadas.
Referências
CHA, S. C. Medicina fetal. São Paulo, SP: Roca, 2004.
COSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e educação: como o cérebro aprende. 
Porto Alegre, RS: Artmed, 2011.
20
COSTA, P. et al. Oficinas educativas sobre vínculo com o feto durante a gestação: um 
ensaio clínico. Rev Gaúcha Enferm., v. 42, 2021. Disponível em: https://www.seer.
ufrgs.br/index.php/rgenf/article/view/118326/64453. Acesso em: 22 maio 2022.
PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro, RJ: Forense, 1967.
TAVARES, N. R. B. Aquisição e desenvolvimento da linguagem. Londrina, PR: 
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/rgenf/article/view/118326/64453
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/rgenf/article/view/118326/64453
21
O desenvolvimento do 
pré-adolescente e do adolescente
Autoria: Neide Rodriguez Barea
Leitura crítica: Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
Objetivos
• Conhecer o processo de desenvolvimento do 
adolescente, iniciando com a pré-adolescência.
• Identificar os marcos do desenvolvimento e as 
expectativas para cada idade.
• Compreender os processos psicológicos 
relacionados ao desenvolvimento cognitivo.
22
1. A pré-adolescência, um novo marco
Nesta Leitura Digital, o enfoque recai sobre a adolescência, que tem 
início por volta dos dez-onze anos de idade, com uma fase chamada 
pré-adolescência. A verdade é que o termo pré-adolescência ainda não 
é completamente aceito. No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 
por exemplo, “Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a 
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 
doze e dezoito anos de idade” (BRASIL, 1990, [s. p.]), ou seja, não há 
menção à pré-adolescência.
Assim, considerar a pré-adolescência como uma fase de transição não 
é uma questão simples, mas cada vez mais este termo vem aparecendo 
na literatura acadêmica. Enquanto a infância e a adolescência possuem 
características mais claras, a pré-adolescência é uma fase de transição 
entre elas. Tem início por volta dos dez anos e encerra-se por volta dos 
doze anos, período em que a puberdade começa.
A puberdade está associada ao amadurecimento biológico, que se 
traduz em mudanças corporais. É nessa fase que aparecem também 
algumas transformações psicológicas: o pré-adolescente começa a sair 
do egocentrismo, busca encontrar seu lugar no mundo, as relações de 
amizade se tornam mais fortes e desenvolve-se um perfil mais crítico e, 
por vezes, confrontador.
Schoen-Ferreira e Aznar-Farias (2010) nos lembram que o período da 
adolescência atravessou vários momentos históricos, o que permite 
traçar uma reflexão sobre os impactos antropológicos da evolução da 
espécie. Na pré-história, os adolescentes tinham função específica: ficar 
acordados no período da noite para vigiarem e protegerem o grupo. 
Acredita-se que esta função, ao longo de milhares de anos, levou o pré-
adolescente atualmente a desenvolver o comportamento de dormir 
23
mais tarde, mesmo não existindo mais uma função social específica que 
os obriguem a ficar acordados.
Outro aspecto importante mencionado pelas autoras é que, a partir da 
Idade Antiga, os pré-adolescentes passaram a ter novas funções sociais, 
associadas ao trabalho. Tanto a infância quanto a adolescência não eram 
fases reconhecidas como antecessoras da fase adulta, pelo contrário, as 
crianças e os adolescentes eram entendidos como adultos em miniatura, 
portanto não havia nada errado que começassem, desde a mais tenra 
idade, a trabalhar. Assim que começavam a andar, já podiam assumir 
algumas funções domésticas e, com seis ou sete anos (às vezes, menos), 
já podiam assumir algumas funções profissionais e gerar renda para a 
família.
Com o vigor da pré-adolescência, os jovens exerciam rotinas de trabalho 
de doze a quatorze horas por dia, de domingo a domingo. Apenas em 
meados do século XIX a perspectiva sobre a adolescência começa a 
mudar, devido à preocupação com a preservação da sociedade, aos 
estudos médicos, pedagógicos e psicológicos, à expansão da educação 
e à migração das populações rurais para as grandes cidades (SCHOEN-
FERREIRA; AZNAR-FARIAS, 2010).
2. Desenvolvimento motor na adolescência
Impulsionado pela puberdade, o desenvolvimento motor na 
adolescência sofre algumas alterações antes de se tornar mais refinado.
Papalia e Feldman (2021, p. 443) apontam que: “O surto de crescimento 
adolescente afeta praticamente todas as dimensões do esqueleto e dos 
músculos; o crescimento muscular atinge o máximo aos 12,5 anos nas 
meninas e aos 14,5 nos meninos. Até mesmo os olhos crescem mais 
rapidamente […]”.
24
Este crescimento inesperado traz a necessidade de um novo ajuste 
motor: é preciso aprender a lidar com braços mais longos e pernas 
mais fortes, bem como desenvolver uma nova orientação espacial em 
relação ao próprio corpo. Muitas vezes, o adolescente acaba parecendo 
desastrado: esbarra em tudo, quebra coisas, não controla a força da 
mão, perde a noção do tamanho dos passos… Na verdade, ele precisa de 
um tempo para se reorganizar em função do estirão do crescimento.
Quando o crescimento se estabiliza um pouco e o adolescente consegue 
perceber suas potencialidades, o desenvolvimento motor entra em 
um estado que chamamos de refinamento. Isso significa que tudo o 
que a criança fazia empregando a motricidade passa a ser feito de 
uma forma melhor na fase da adolescência. A escrita melhora, a praxia 
global melhora (coordenação dos grandes membros do corpo – braços, 
pernas e cabeça), a praxia fina melhora (coordenação dos dedos e das 
mãos). Não é à toa que é mais ou menos aos quatorze anos que os 
adolescentes optam por um esporte preferido e que são capazes de 
executar movimentos muito complexos na dança.
Figura 1 – O esporte na adolescência
Fonte: https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/ab/2022/03/24/criancas-jogando-
basquete-esportes-coletivos-1648153060540_v2_900x506.jpg.webp
25
O desenvolvimento motor atinge seu ápice na adolescência e se mantém 
pela idade adulta até o momento de seu declínio, que acontece com a 
chegada da velhice.
3. Desenvolvimento psicossocial e cognitivo 
na adolescência
A adolescência é uma fase de reconstrução da identidade do indivíduo, 
já que a infância foi superada (ou quase totalmente superada), mas 
ainda não há uma personalidade nova totalmente construída. No 
processo de reconstrução da identidade, é normal que ocorra uma 
confusão entre a própria identidade (quem sou) e os papéis que o 
adolescente representa (papel de criança, de adolescente, de filho, de 
estudante etc.).
Segundo Papalia e Feldman (2021), apoiadas na teoria de Erickson, 
a identidade do adolescente só é resolvida quando ele organiza três 
questões: a escolha de trabalho e de quem será (profissional), a escolha 
dos valores que sustentarão sua vida e a opção pela identidade sexual 
que seja satisfatória para si próprio.
A construção da identidade passapor testes, aprendizagens, 
experimentações, até que o adolescente tenha clareza para fazer suas 
escolhas e sustentá-las. Até lá, é normal o confronto com familiares e 
amigos, além da criticidade excessiva.
A sexualidade é ponto significativo no desenvolvimento psicossocial 
da adolescência, um dos aspectos fundantes da personalidade, 
pois relaciona-se ao reconhecimento da própria orientação sexual, 
que perpassa tanto a compreensão e o aceitamento das primeiras 
manifestações sexuais quanto a capacidade de formar uniões afetivas 
ou mesmo sexuais, além de influenciar sua autoimagem (PAPALIA; 
26
FELDMAN, 2021). Curiosidade e prazer sexual aparecem nesta fase 
devido a uma maior descarga de hormônios que prepara os corpos 
jovens para a reprodução humana.
Quando tratamos das relações sociais na fase da adolescência, observa-
se a procura por um grupo de pertencimento que acaba sendo, muitas 
vezes, mais próximo do jovem do que os próprios familiares. O grupo 
de pertencimento é um modelo de referência, no qual o adolescente 
é e se sente valorizado e estimulado, aceito como é, sem exigências 
comportamentais ou qualquer tipo de adaptação, o que o deixa cada 
vez mais conectado ao grupo. Por outro lado, os pais tendem a buscar 
mecanismos que controlem o comportamento do adolescente de acordo 
com o que julgam ser o mais adequado. Então, é possível que se instale 
uma nova crise, agora social.
Na fase da adolescência, ocorre um processo psicológico chamado 
individuação, que significa a luta do adolescente por desenvolver sua 
autonomia e construir sua própria identidade, momento em que ele 
busca estabelecer um limite sobre a influência dos pais e familiares.
Aberastury e Knobel (2003) apontam que a maioria dos adolescentes 
busca realizar três “direitos” essenciais à constituição de sua identidade, 
durante o processo de individuação:
• O direito de ir e vir: trata-se da independência de sair sozinho ou 
com amigos, sem a supervisão de adultos, decidindo o horário de 
saída e de chegada.
• O direito de usar o tempo: deseja organizar o próprio tempo, 
mesmo que isso o afaste do convívio familiar (tende a ser uma fase 
passageira).
• O direito de viver um amor: busca o envolvimento emocional com 
outra(s) pessoa(s) de forma intensa, revelando-se em sentimentos 
de paixão e amor.
27
Quando falamos do desenvolvimento psicossocial do adolescente, é 
importante mencionar alguns fatos que podem dificultar ou favorecer a 
construção da identidade e da autoimagem do indivíduo.
Figura 2 – Transformações físicas e neurológicas
Fonte: elaborada pela autora.
A adolescência é conhecida como a fase das paixões: os jovens se 
apaixonam por artistas, por músicas, por um esporte, por uma pessoa, 
e todo este movimento emocional e afetivo é muito importante, pois os 
ajuda a desenvolver foco, persistência e resiliência.
28
Quando se fala em desenvolvimento cognitivo, o adolescente passa 
por uma transformação em seu modo de pensar e falar, pois há um 
amadurecimento e aprofundamento dos aspectos relacionados ao 
pensamento. Piaget (1967) aponta que a adolescência marca o ingresso 
no nível mais elaborado do pensamento, ou seja, cognitivamente, 
o pensamento atinge a capacidade de abstração e conceituação, 
trabalhando muito mais no plano das ideias do que no plano concreto. O 
adolescente faz um uso cada vez melhor da língua materna e de outras 
linguagens, bem como desenvolve raciocínio cada vez mais complexo e 
lógico, entre outros aspectos.
Piaget (1967) chama de operatório-forma a fase que se inicia por 
volta dos onze anos e que perdura pelo resto da vida. Este estádio é 
marcado pela ampliação da capacidade de abstração, desenvolvimento 
da noção do outro (empatia) e suas perspectivas, desenvolvimento do 
pensamento hipotético e dedutivo.
Pode, por exemplo, refletir e debater sobre temas culturais, políticos, 
econômicos, sociais, bem como voltados à liberdade, ao amor, à fé 
e à religião. Seu pensamento se torna mais flexível, favorecendo a 
compreensão dos tempos históricos e dos conhecimentos naturais, tais 
como os geográficos, físicos, químicos e biológicos.
O pensamento abstrato permite usar a simbolização na matemática 
(uso do X para resolver equações algébricas e outros cálculos mais 
complexos). Permite também gerar hipóteses de pensamento 
(ultrapassando o limite da realidade e investigando as variáveis 
associadas ao pensamento hipotético). Compreende a relação entre 
causa e efeito, é capaz de compreender e criar metáforas e empregar 
frases com duplo sentido.
Como o ritmo natural do corpo do adolescente transforma-se nesta 
fase, ele pode precisar de mais horas de sono e, com certeza, de 
mais estímulos à aprendizagem escolar. O adolescente possui temas 
29
de interesse que o motivam profundamente, por isso é importante 
conhecer a cultura jovem e estimular que esta motivação gere 
comportamentos saudáveis, tais como o protagonismo juvenil, que 
está associado à capacidade de autossuficiência e autoconfiança, 
favorecendo a transformação da heteronomia em autonomia.
Heteronomia e autonomia são conceitos desenvolvidos e aprofundados 
por Piaget (1994). O autor indica que a anomia existe até os dois anos, 
aproximadamente, isto é, a criança até esta idade não compreende que 
existem regras e normas a serem seguidas. Conforme cresce, a criança 
adentra na fase da heteronomia (que vai até os dez anos de idade, 
aproximadamente). Na heteronomia, percebe que existem regras no 
mundo e é capaz de segui-las, ainda que sejam propostas por outras 
pessoas. A autonomia tem início na pré-adolescência e avança pela 
adolescência, a partir dos 11 anos, quando o jovem começa a adquirir a 
consciência moral, as regras e normas éticas são introjetadas e, mesmo 
na ausência de uma figura de autoridade, o adolescente continua 
seguindo os combinados e os princípios éticos e morais.
Figura 3 – Três estados da formação moral
Fonte: elaborada pela autora.
30
Quanto mais autônomo o adolescente é, mais capacidade ele tem 
de exercitar seu protagonismo. Assim, possibilidades de participação 
social são muito valorizadas pelo adolescente. Ele busca por novas 
experiências e vivências que superem as questões e situações do 
núcleo familiar, ampliando seus conhecimentos, a compreensão sobre 
a realidade, as possibilidades de intervenção em questões sociais 
(participação de grupos voltados à política, à preservação do meio 
ambiente, à cidadania, ao voluntariado, entre outros).
Como se percebe, a adolescência é uma fase bastante complexa, que 
envolve transformações tanto nos aspectos físicos quanto nos cognitivos 
e psicossociais.
Há características da adolescência que permanecem ao logo da vida 
adulta, impulsionando ações e relações nesta etapa da vida.
A adolescência, que ao longo de milhares de anos foi ignorada, agora é 
estudada, respeitada e estimulada, pois se constitui em um momento 
significativo para a construção da identidade, que permanecerá na fase 
adulta, até o envelhecimento.
Referências
ABERATURY, A.; KNOBEL, M. Adolescência normal: enfoque psicanalítico. Porto 
Alegre, RS: Artmed, 2003.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança 
e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 
[2022]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso 
em: 4 jun. 2022.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre, RS: 
AMGH, 2021.
PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro, RJ: Forense, 1967.
PIAGET, J. O juízo moral na criança. São Paulo, SP: Summus, 1994.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
31
SCHOEN-FERREIRA; T. H.; AZNAR-FARIAS, M. Adolescência através dos séculos. 
Psicologia: teoria e pesquisa, v. 26, n. 2, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/
pdf/ptp/v26n2/a04v26n2.pdf. Acesso em: 12 jun. 2022.
http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n2/a04v26n2.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n2/a04v26n2.pdf
32
Teorias psicológicasda aprendizagem
Autoria: Neide Rodriguez Barea
Leitura crítica: Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
Objetivos
• Compreender os processos psicológicos 
relacionados ao desenvolvimento cognitivo.
• Construir conceituação acerca do sentido do 
aprender e da escolarização regular.
• Construir repertório em relação à psicologia do 
desenvolvimento e da aprendizagem.
33
1. Teorias que explicam o processo de 
aprendizagem humana
A aprendizagem é um dos processos do desenvolvimento humano que 
mais despertam interesse. Por que será que o ser humano aprende e 
como será que aprende? O que o leva a desenvolver sua cognição?
Aprender é entendido como um processo adaptativo, ou seja, na 
tentativa de garantir a sobrevivência da espécie, o ser humano 
desenvolveu processos para resolver problemas do seu cotidiano 
e guardou esses conhecimentos em sua mente, resgatando-os 
quando necessário, aprimorando-os a partir da reflexão sobre estes 
conhecimentos e das experimentações e ensinando-os às gerações 
posteriores.
Para compreender melhor: pense no homem primitivo, que precisou 
criar mecanismos para não morrer, entre eles, técnicas e instrumentos 
para caça, formas de se proteger. Esses conhecimentos foram 
aperfeiçoados e transmitidos às gerações posteriores, até que se 
inventou a escrita, o sistema numérico… E o conhecimento se tornou 
cada vez mais amplo e especializado. Mas, para isso acontecer, os 
processos de aprendizagem foram fundamentais.
Para compreender como o ser humano aprende, foram construídas 
algumas teorias que explicam este processo.
Figura 1 – Esquema das principais teorias da aprendizagem
Fonte: elaborada pela autora.
34
As teorias da aprendizagem têm uma relação íntima com a área da 
Psicologia, pois trata-se de da organização de múltiplos fatores mentais 
orientados para um propósito. É preciso ressaltar, também, que os 
pesquisadores que elaboraram essas teorias nem sempre as nomearam, 
portanto pode haver uma divergência entre os termos apresentados 
nesta Leitura Digital e em outros materiais.
2. O Behaviorismo
Também chamado de Comportamentalismo, esta teoria compreende 
que toda aprendizagem é manifestada pelo comportamento e, 
através do estímulo ou da inibição de determinado comportamento, 
é possível que o indivíduo aprenda. Os estudos iniciais, realizados por 
Pavlov, foram aprofundados por Watson e Skinner, nos anos de 1950. 
Para eles, os condicionantes ambientais exercem influência sobre o 
comportamento.
Condicionantes são fatores que estabelecem a condição para que algo 
ocorra ou não. Por exemplo, se há carência de alimentos para um 
indivíduo, a tendência é que ele emagreça. O condicionante, neste caso, 
é a ausência de alimentos. Os behavioristas acreditam que o manejo de 
condicionantes conduz a determinadas aprendizagens. Eles não estão 
errados.
É verdade que condicionantes provocam aprendizagem. Veja outro 
exemplo: uma criança faz birra e é colocada de castigo, e isso se repete 
algumas vezes. Em dado momento, a mãe avisa: “se você tiver um 
mal comportamento, ficará de castigo”, e isso leva a criança a exibir 
bons comportamentos. O aviso da mãe é um condicionamento para o 
comportamento da criança.
35
Outro aspecto importante desta teoria diz respeito aos reforços. Reforços 
são incentivos para que um comportamento seja mantido ou não.
Quadro 1 – Incentivos comportamentais
Tipo de reforço O que é Exemplo
Reforço positivo
Dar uma recompensa 
quando um comportamen-
to desejado ocorre
Estrelinha no caderno
Doce depois de comer todos os alimen-
tos do prato
Parabéns e elogios
Reforço negativo
Retirar algo negativo quan-
do um comportamento de-
sejado aparece
Tirar do castigo quando a criança faz 
uma boa ação
Tirar a proibição de usar o computador 
para jogar no período das férias porque a 
criança foi bem na escola
Punição
Aplicar uma medida puni-
tiva quando o comporta-
mento indesejado aparece
Deixar de castigo
Tirar o celular
Extinção
Retirada das recompensas 
quando um comportamen-
to indesejado aparece
Não dar estrelinha no caderno, se este 
era um hábito
Não elogiar nem dar parabéns
Fonte: elaborado pela autora.
Uma das críticas a esta teoria é que pouco ou nenhum destaque 
se dá aos aspectos emocionais dos indivíduos, desconsiderando-
os nos processos de aprendizagem. O enfoque se dá apenas nos 
condicionantes ambientais e impactos dos incentivos. Outra crítica 
profunda que esta teoria sofreu foi em relação à crueldade com que os 
experimentos comportamentais eram realizados em crianças, bebês e 
animais.
Por fim, é preciso considerar que, muitas vezes, os condicionantes levam 
os indivíduos a buscarem respostas mais criativas e a se tornarem mais 
resilientes. Quando Skinner apresenta suas reflexões, ele considera que 
36
ambientes mais ricos e com menos condicionantes são mais propícios 
para o desenvolvimento da aprendizagem e que ambientes mais rígidos 
e com menos recursos poderiam ser prejudiciais (BETTIO; LAURENTI, 
2016). Esta não é uma teoria que deve ser desprezada, mas considerada 
com cuidado e atenção.
3. O Construtivismo
Embora seu maior representante, Jean Piaget, nunca tivesse nomeado 
sua teoria com desta forma, trata-se de um termo bastante consolidado 
quando se refere ao processo de aquisição do conhecimento a partir da 
organização e reorganização de esquemas mentais.
Piaget (1967) entende que as primeiras aprendizagens ocorrem assim 
que o bebê nasce e por um período muito curto na verdade. Os reflexos 
são os chamados esquemas iniciais, formados a partir das primeiras 
interações do bebê com o mundo e, a partir deles, são sobrepostos 
novos esquemas (oriundos, por exemplo, do contato com a mãe ou a 
pessoa que cuida dele, do processo alimentar, das imagens que observa, 
dos sons que escuta, dos objetos que toca).
Esquemas são processos cognitivos baseados na aquisição e 
acomodação de novos conhecimentos. Para Piaget (1967), há uma 
energia (que ele chama de energética) que leva o indivíduo a aprender, 
a sanar sua curiosidade, a buscar por mais conhecimento. Por este 
motivo, o indivíduo está sempre em um processo de desequilíbrio 
cognitivo, segundo o autor, que o conduz à busca do equilíbrio através 
da aprendizagem. Porém, este equilíbrio é sempre passageiro, já que a 
curiosidade e os novos desafios o colocam novamente em desequilíbrio 
cognitivo.
37
A busca pelo equilíbrio cognitivo envolve dois processos básicos de 
conhecimento:
• A assimilação: contato inicial com algum conhecimento, introjeção 
de informações relacionadas àquilo que se está pesquisando, 
novos dados, fatos ou objetos; caso estas informações não sejam 
pertinentes, elas não farão parte do próximo processo e serão 
desprezadas.
• A acomodação: acolhimento das informações assimiladas, 
causando alterações nos esquemas pré-existentes ou 
construção de novos esquemas. A partir da acomodação, o novo 
conhecimento passa a fazer parte do volume de conhecimentos 
anteriores do indivíduo e pode ser empregado quando necessário.
Vejamos dois exemplos:
1. Uma criança que deseja alcançar um objeto, porém está na fase 
de engatinhar. Sua vontade (energética) faz com que teste vários 
movimentos, até que aprenda a se colocar de pé, apoiando-se em 
móveis ou pessoas, e consiga alcançar o objeto (assimilação). Após 
exercitação e com mais prática (acomodação), o movimento de 
ficar em pé se torna mais fácil e é incorporado aos esquemas de 
locomoção da criança.
2. Imagine que uma pessoa vai fazer uma viagem ao exterior por 
alguns dias e ela precisa se comunicar muito pouco. Ela precisará 
aprender alguns termos da língua do país que está visitando. A 
assimilação é o processo de conhecer as novas palavras. Destas 
novas palavras, algumas serão esquecidas, mas outras farão 
parte do vocabulário para sempre e poderão ser empregadas 
quando a pessoa quiser. As palavras da língua estrangeira que 
permaneceram foram acomodadas junto ao esquema de palavras 
do indivíduo.
38
Figura 2 – Processo de aprendizagemsegundo Piaget
Fonte: elaborada pela autora.
Conforme o indivíduo vai amadurecendo, ele vai se tornando mais apto 
a construir e acomodar esquemas mais complexos, observou Piaget 
(1967) e, por este motivo, organizou o desenvolvimento das capacidades 
dos indivíduos em quatro estágios.
Quadro 2 – Estágios de desenvolvimento segundo Piaget
Estágio Idade aproximada Capacidade
Sensório-
-motor 0 a 2 anos
Conhecimento do mundo baseado nos sentidos e nas 
habilidades motoras, construção dos primeiros esque-
mas de ação, inteligência prática.
Pré-opera-
tório 2 a 6 anos
Uso de símbolos, palavras e números para representar 
o mundo (inteligência simbólica); desenvolvimento de 
esquemas mentais, perspectiva individual/pensamen-
to egocêntrico.
Operatório 
concreto 7 a 11 anos
Operações lógicas baseadas nos fatos concretos 
atuais, pensamento reversível e descentrado; início 
das operações abstratas com múltiplos enfoques.
Operatório 
formal 12 anos em diante
Pensamento abstrato e hipotético, raciocínio dedutivo, 
experiências concretas não são mais limitantes.
Fonte: elaborado pela autora.
39
Piaget é uma referência fundamental quando se estuda o processo de 
aprendizagem em seres humanos, pois muitas de suas observações 
foram validadas por estudos posteriores e pelas recentes descobertas 
sobre o funcionamento do cérebro.
4. A Psicogênese da Pessoa Completa
Talvez você estranhe o título desta seção, pois não é comumente 
apresentado quando se fala dos estudos e da teoria desenvolvida por 
Henri Wallon. O próprio Wallon (2007) escolheu esta denominação 
para o corpo teórico que desenvolveu, pois sua preocupação era 
compreender o desenvolvimento humano de forma mais global, 
explicando que os processos de aprendizagem envolvem mais do que 
apenas processos cognitivos. Para ele, há três grandes dominâncias 
(ou campos funcionais) que caminham juntas enquanto o processo de 
aprendizagem é executado: a cognição, a motricidade e a afetividade.
Figura 3 – A relação entre as dominâncias no 
processo de aprendizagem
Fonte: elaborada pela autora.
40
Veja, por exemplo, uma criança que está aprendendo a escrever, ou 
seja, compreender que os sons da fala podem ser reproduzidos de 
forma gráfica, seguindo determinadas regras da escrita, emprega as três 
dominâncias da seguinte forma:
• Campo funcional cognitivo: busca elementos internos que 
subsidiem sua ação (o que já sabe sobre a escrita?), da mesma 
forma que busca elementos externos para aprender a escrever (há 
modelos disponíveis para ver e reproduzir? Há alguém que pode 
ensinar? Como se faz?).
• Campo funcional afetivo: canalização da energia, pensamento, 
foco, resiliência e motivação para produzir a escrita compreensível, 
envolvendo o controle da ansiedade e o respeito à sua capacidade 
no momento.
• Campo funcional motor: controle corporal e da praxia fina (dedos e 
mãos) para segurar o lápis, tonicidade para produzir os grafemas, 
distribuição adequada das letras no espaço.
Principalmente no campo da Psicopedagogia, os elementos afetivos e 
motores que envolvem a aprendizagem trazem grandes pistas sobre as 
dificuldades e os transtornos que levam ao não-aprender aos quais o 
psicopedagogo precisa ficar atento.
5. Socioconstrutivismo
É provável que você se depare com outros termos para nomear esta 
perspectiva desenvolvida por Vygotsky e seus colaboradores, tais como 
sociointeracionismo ou apenas interacionismo.
Esta teoria parte da perspectiva que há uma construção de 
conhecimentos de base cognitiva, ou seja, a aprendizagem vai se 
tornando cada vez mais complexa a partir das aprendizagens iniciais 
41
e do amadurecimento neurobiológico do cérebro. Enquanto os 
demais pesquisadores e psicólogos estavam ocupados em descrever 
os processos mentais que ocorriam com o indivíduo enquanto ele 
aprendia, Vygotsky (1984) chamou a atenção para dois aspectos que 
influenciam os processos de aprendizagem: o meio social e a interação 
com outros indivíduos, considerando estes fatores tão importantes 
quanto os próprios processos cognitivos.
Para Vygotsky (1984), o processo de aprendizagem ocorre a partir do 
campo chamado Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – aquilo que 
o indivíduo consegue realizar com a ajuda de outra pessoa – e passa a 
fazer parte dos conhecimentos consolidados quando o indivíduo passa 
a fazer a ação sozinho, sem a ajuda de outra pessoa. Neste momento, 
o conhecimento faz parte de outro campo, a Zona de Desenvolvimento 
Real (ZDR).
Figura 4 – Zonas de desenvolvimento cognitivo 
propostas por Vygotsky
Fonte: elaborada pela autora.
A ZDPo é compreendida como o espaço cognitivo próprio para 
experimentações, no qual se realizam práticas e testam-se hipóteses, 
onde o conhecimento não está totalmente estruturado, já que a 
42
criança ainda não tem autonomia em relação ao seu emprego. A ZDPr 
é compreendida como a distância entre a Zona de Desenvolvimento 
Potencial e a Zona de Desenvolvimento Real. Já a ZDR é compreendida 
como o espaço cognitivo onde os conhecimentos já estão estruturados e 
o indivíduo tem a autonomia de empregá-los sem a ajuda de adultos ou 
pessoas mais experientes.
Vejamos um exemplo: uma criança deseja aprender a amarrar o tênis 
e ela não sabe fazer sozinha. Observa um adulto fazendo os laços 
e nós e tenta reproduzir, pode até mesmo pedir ajuda ao adulto. 
Neste momento da experimentação, dos testes e erros, a criança está 
na ZDP. Quando ela aprende a amarrar o cadarço de seus tênis e é 
capaz de fazer isso sem a ajuda de um adulto, ela já consolidou este 
conhecimento e ele passa a integrar a ZDR.
Assim, Vygotsky chama a atenção para a mediação que o adulto ou a 
pessoa mais experiente é capaz de desenvolver nos processos de ensino 
e aprendizagem, valorizando o papel dos profissionais que se dedicam à 
educação.
As teorias da aprendizagem fazem parte dos estudos da Psicologia e 
do desenvolvimento humano e são conhecimentos fundamentais para 
o psicopedagogo e para os profissionais da educação, pois trazem 
recursos importantes para desenvolver metodologias e práticas mais 
apropriadas ao processo de aprender de cada educando.
Referências
BETTIO, C. D. B.; LAURENTI, C. Contribuições de B. F. Skinner para o estudo do 
desenvolvimento humano. Acta Comportamentalia: Revista Latina de Análisis de 
Comportamiento, v. 24, n. 1, p. 95-108, 2016. Disponível em: https://www.redalyc.
org/journal/2745/274544251007/html/. Acesso em: 3 jul. 2022.
PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro, RJ: Forense, 1967.
https://www.redalyc.org/journal/2745/274544251007/html/
https://www.redalyc.org/journal/2745/274544251007/html/
43
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1984.
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo, SP: Martins Fontes, 
2007.
44
Alterações no desenvolvimento 
da aprendizagem
Autoria: Neide Rodriguez Barea
Leitura crítica: Michele Ap. C. Rodrigues
Objetivos
• Identificar falhas no processo de desenvolvimento 
da aprendizagem.
• Entender como funciona o processo de intervenção 
nas dificuldades de aprendizagem.
• Construir repertório em relação à psicologia do 
desenvolvimento e da aprendizagem.
45
1. Alterações no desenvolvimento da 
aprendizagem: origens
Você já teve problemas de aprendizagem? Lembra de algum tópico 
ou conteúdo que não conseguiu aprender, embora tenha estudado 
bastante na época? Existe algum tema na sua vida atual que você não 
consegue aprender? E a pergunta mais importante: é fácil viver uma 
situação de não-aprendizagem? Imagine, então, como isso é complexo, 
delicado e dolorido para os alunos, cujo único objetivo é estudar, 
que ainda estão em processo de desenvolvimento e constituindo sua 
personalidade.
O não-aprender é uma alteração no desenvolvimento regular e esperado 
da aprendizagem em seres humanos e pode ser de dois tipos. Em geral, 
significa que algo está impedindo a ocorrência de um processo natural 
do avanço cognitivo do indivíduo.
Ferreira et al.(2018, p. 5) aponta que:
As dificuldades de aprendizagem quase sempre se apresentam associadas 
a problemas de outra natureza, principalmente comportamentais 
e emocionais. As dificuldades emocionais, por sua vez, influenciam 
problemas acadêmicos, e estes afetam os sentimentos e os 
comportamentos das crianças.
Todos os seres humanos aprendem, em maior ou menor grau, com 
maior ou menor amplitude. Quando isso não ocorre, é preciso investigar 
os fatores que levam a não-aprendizagem, os quais, em geral, fazem 
parte de um ou outro âmbito, conforme o esquema a seguir.
46
Figura 1 – Alteração no desenvolvimento da aprendizagem
Fonte: elaborada pela autora.
Os fatores psicoemocionais não se configuram como transtornos, mas 
como uma dificuldade (ampla ou restrita a um ou poucos aspectos), que 
pode ser superada, desde que:
• Haja acolhimento e suporte dos familiares para a situação.
• Se busque a causa da dificuldade de aprendizagem.
• Se escolha o profissional mais adequado para a situação 
(psicólogo, psicopedagogo, professor particular, por exemplo).
• Se realizem processos de intervenção assertivos.
• O educando tenha motivação ou consiga ser motivado para 
recuperar seu vínculo com a aprendizagem.
• Haja abertura da escola e intenção de ajudar o educando a 
recuperar o vínculo com sua aprendizagem.
47
Os transtornos de aprendizagem de ordem neurobiológica (Dislexia, 
Discalculia e Disortografia) e demais situações, tais como o Transtorno 
do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a Disgrafia, o Transtorno 
do Espectro Autista (TEA), as deficiências (intelectual, visual, auditiva, 
física, múltipla); a paralisia cerebral, a Síndrome de Down, entre outras. 
Nestes casos, há uma questão biológica (neurológica ou física) que 
perturba o processo regular da aprendizagem.
2. O não-aprender devido a fatores 
psicoemocionais
O insucesso escolar é um processo dolorido para os envolvidos. Os 
educandos se sentem incapazes, infelizes e sem perspectiva de melhora. 
Para os educadores, existe a sensação de fracasso por não conseguir 
fazer seu aluno aprender. Para a família, a incompreensão da situação 
e a falta de conhecimento para poder dar suporte ao aprendente gera 
frustração e, talvez, mais cobranças. O não-aprender ligado a fatores 
psicoemocionais é entendido como uma dificuldade de aprendizagem, e 
não um transtorno. Para Ferreira et al. (2018, p. 3),
(…) ao se fazer referência às dificuldades de aprendizagem não se pode 
perder de vista a presença de distorções inerentes ao próprio sistema 
educacional e às influências ambientais que funcionam como contexto 
para as manifestações comportamentais e as peculiaridades do indivíduo, 
que pode apresentar, no sistema escolar, sintoma de não aprender.
Não se sabe ao certo como os traumas, as situações do cotidiano 
(nascimento de irmãos, separação dos pais, mudanças de residência, 
falecimento de ente querido, entre outras) ou mesmo condições 
pessoais (sentimento de baixa autoestima, depressão, insegurança, 
entre outras) causam impactos sobre o processo de aprender de alguns 
educandos, mas não sobre outros. Uma dificuldade de aprendizagem de 
ordem psicoemocional é um pedido de socorro.
48
(…) as crianças com baixo desempenho escolar apresentam sentimentos 
de vergonha, dúvidas sobre si mesmas, baixa autoestima e distanciamento 
das demandas da aprendizagem, caracterizando problemas emocionais. 
(…) o abuso físico ou psicológico, passando por uma vasta gama de 
disfunções orgânicas e dramas pessoais e até pela perda de familiares 
e pelo cotidiano escolar, é pontilhado por ocasiões de perplexidade e 
frustações. (…) experiências sociais desagradáveis, insegurança, medos, 
tensões, tristezas, ansiedades e preocupações acabam por interferir na 
elaboração e reformulação de esquemas cognitivos. (FERREIRA et al., 2018, 
p. 9)
Fatores psicoemocionais precisam de atendimento especializado 
para que o aprendente retome o curso regular de aprendizagem. Este 
atendimento é realizado por psicólogos e psiquiatras, estes últimos 
quando necessário. Um psicopedagogo também pode ser indicado.
Os fatores psicoemocionais não são considerados transtornos de 
aprendizagem, uma vez que não estão associados diretamente a 
distúrbios neurobiológicos. Porém, precisam ser diagnosticados e 
tratados, pois podem afetar diversos âmbitos da vida do aprendente, 
causando os mais diversos impactos. No caso da aprendizagem, os 
profissionais que atendem o aprendente precisam desenvolver algumas 
ações, observadas no esquema a seguir.
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Figura 2 – Processo de atendimento a aprendentes com dificuldades 
de aprendizagem de ordem emocional
Fonte: elaborada pela autora.
Alguns sintomas que indicam a presença de abalos de ordem 
emocional, normalmente relatados pelos profissionais da escola e pelas 
famílias, são: regressões, comportamento opositor, negativismo, baixa 
autoestima, autoconceito abalado e até mesmo narcisismo.
Faz parte do trabalho do psicólogo ou do psicopedagogo que atende 
a um aprendente com dificuldades de aprendizagem de origem 
psicoemocional orientar a família e a escola em relação às ações que 
precisam ser realizadas para que o educando retome seu vínculo com 
a aprendizagem e reencontre a alegria e o prazer de aprender. Em 
relação ao atendimento, o terapeuta precisará enfocar estratégias 
que impulsionem o desenvolvimento da aprendizagem do aprendente 
e a superação de seus limites, bem como de fortalecimento da sua 
autoestima, respeitando sempre suas necessidades de aprendizagem e 
seu ritmo.
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3. O não-aprender associado a transtornos 
neurobiológicos e outros tipos de alterações
Quando se trata de transtornos de aprendizagem, há um grupo mais 
específico de distúrbios: Dislexia, Discalculia e Disortografia. São 
chamados transtornos de aprendizagem porque causam distúrbios 
mais relacionados ao processo de aprender, não sendo incapacitantes 
para outros setores da vida, tais como os sociais, por exemplo. No 
entanto, também há outros transtornos que aparecem e afetam mais 
diretamente o processo de aprendizagem escolar, tais como o TDAH e a 
Disgrafia.
Cada transtorno tem suas particularidades e conheceremos algumas 
características.
Figura 3 – Transtorno do Déficit de Atenção com 
Hiperatividade (TDAH)
Fonte: elaborada pela autora.
51
O TDAH é diagnosticado por uma equipe multidisciplinar, que inclui: 
neurologista, neuropsicólogo e psicopedagogo. Os sintomas do TDAH 
podem ser mais brandos ou muito intensos. Em alguns casos, há a 
necessidade de medicação, pois os sintomas podem atrapalhar demais 
o aprendente.
Nos casos de TDAH, o controle inibitório não é muito bem desenvolvido, 
isto quer dizer que o cérebro não consegue inibir os estímulos externos, 
que acabam atrapalhando a concentração. Estes estímulos externos 
provocam reações impulsivas (fala e movimentos), que também não 
conseguem ser inibidas ou controladas pelo indivíduo.
A Dislexia é um transtorno relacionado à leitura e à escrita, ou seja, o 
indivíduo tem dificuldades em decodificar a leitura (incompreensão do 
que lê ou compreensão superficial, não reconhece letras, não associa 
letras a sons) e codificar a escrita (não consegue escrever com clareza, 
omite letras e sílabas, realiza troca de letras e inversão na posição das 
letras em uma palavra).
Figura 4 – Dislexia
Fonte: elaborada pela autora.
52
Novas pesquisas têm associado cada vez mais a Dislexia ao Transtorno 
do Processamento Auditivo Central (TPAC), um campo de estudo da 
Fonoaudiologia.
Já a Discalculia é um transtorno relacionado ao campo da matemática, 
uma incapacidade na compreensão e expressão matemática.
Figura 5 – Discalculia
Fonte: elaborada pela autora.
Há uma relação entre a Dislexia e a Discalculia: a incapacidade de 
interpretar os signos numéricos, assim como os alfabéticos. Em geral, 
embora o aprendente não tenha outros comprometimentos cognitivos, 
a presença da Dislexia pode levar à Discalculia. E observa-se que, na 
presença da Discalculia,há também um certo grau de dificuldade com 
leitura e escrita de textos (ROTTA; OHLWEILER; RIESGO, 2015).
Os transtornos relacionados à escrita são a Disgrafia e a Disortografia.
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Figura 6 – Disgrafia e Disortografia
Fonte: elaborada pela autora.
Enquanto a Disgrafia está associada a problemas motores de reproduzir 
as letras, a Disortografia está, na maior parte das vezes, associada à 
Dislexia. O diagnóstico é realizado por fonoaudiólogos e neurologistas. 
A intervenção emprega técnicas de escrita, valoriza a ideia a ser 
transmitida sobre a produção de texto, orienta a escola e os pais neste 
sentido.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno neurobiológico, 
sem causa definida, que promove alterações na comunicação, na 
interação social e no comportamento. Pode afetar o processo de 
aprendizagem: o educando pode tanto ter uma inteligência mais 
desenvolvida quanto menos desenvolvida. Pode ter um foco de 
interesse e conhecer profundamente a temática, como pode ter 
facilidade para uma área do conhecimento e dificuldade em outra. 
Cada vez menos se procura utilizar o termo Autismo, já que há novas 
pesquisas e novos entendimentos sobre a complexidade deste 
transtorno.
54
No caso do TEA, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e 
iniciarem os atendimentos multidisciplinares, mais fácil é para o 
educando desenvolver a aprendizagem e os demais aspectos da vida. 
Em geral, o diagnóstico consegue ser realizado bem cedo, por volta 
de um ou dois anos de idade, iniciando pelo pediatra que atende a 
criança. Posteriormente, uma equipe faz o acompanhamento, tais 
como: psicólogo, psicopedagogo e neurologista. Pode-se também ser 
necessário o apoio de um terapeuta ocupacional e um acompanhante.
Em geral, o processo de aprendizagem parte do foco que o aprendente 
tenha, a partir daí se estabelecem as relações com as outras áreas do 
saber, buscando ampliar cada vez mais o foco de interesse. Por exemplo, 
se o aprendente gosta de bandeiras, é possível buscar relações com a 
História, a Geografia e a Matemática. O ensino precisa ser mais dirigido, 
e o aprendente com TEA, acompanhado de forma mais próxima. 
Normalmente, os materiais precisam ser apresentados com imagens e 
os textos precisam ser fracionados, com perguntas e destaques.
À exceção da deficiência intelectual, as demais deficiências são 
comprometimentos biológicos que não necessariamente trazem 
comprometimentos cognitivos, ou seja, a inteligência está preservada 
e os processos de ensino e aprendizagem precisam ser apenas 
adaptados, se houver necessidade. Na deficiência visual, é preciso 
trabalhar com equipamentos específicos, como amplificadores da visão 
ou linguagem Braille. Para a deficiência física, é preciso verificar se o 
comprometimento motor interfere na escrita e na manipulação de 
materiais escolares. Na deficiência auditiva, dependendo do grau de 
surdez, faz-se necessário o uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). A 
deficiência intelectual, assim como a paralisia cerebral, necessita de um 
diagnóstico e orientações mais específicas em cada caso.
Os transtornos e as dificuldades são um campo amplo nos dias de hoje 
e necessitam de estudos mais aprofundados e atualizados, por este 
motivo, fique sempre atento a estas situações.
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Referências
FERNANDES, F. Transtornos de escrita: disgrafia e disortografia. Multirio, 2019. 
Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/15211-
transtornos-de-escrita-disgrafia-e-disortografia. Acesso em: 10 jul. 2022.
FERREIRA, A. C. dos S. et al. Dificuldades de aprendizagem e problemas 
emocionais do aluno: uma contribuição da psicologia escolar. Revista 
Interação Interdisciplinar, v. 3, n. 1, p. 5-21, jan.-jul. 2018. Disponível 
em: https://publicacoes.unifimes.edu.br/index.php/interacao/article/
download/256/433/1014#:~:text=Os%20fatores%20emocionais%20que%20
implicam,social%20e%20cultural%20do%20sujeito. Acesso em: 8 jul. 2022.
ROTTA, N. T.; OHLWEILER, L.; RIESGO, R. dos S. Transtorno da aprendizagem: 
abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre, RS: Artmed, 2015.
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/15211-transtornos-de-escrita-disgrafia-e-disortografia
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/15211-transtornos-de-escrita-disgrafia-e-disortografia
https://publicacoes.unifimes.edu.br/index.php/interacao/article/download/256/433/1014#:~:text=Os%20fatores%20emocionais%20que%20implicam,social%20e%20cultural%20do%20sujeito
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BONS ESTUDOS!
	Sumário
	Apresentação da disciplina
	Desenvolvimento da criança de zero a dez anos
	Objetivos
	1. Da concepção ao nascimento: a origem do desenvolvimento humano
	2. O desenvolvimento motor 
	3. O desenvolvimento psicológico e cognitivo 
	Referências 
	O desenvolvimento do pré-adolescente e do adolescente
	Objetivos
	1. A pré-adolescência, um novo marco 
	2. Desenvolvimento motor na adolescência 
	3. Desenvolvimento psicossocial e cognitivo na adolescência
	Referências 
	Teorias psicológicas da aprendizagem
	Objetivos
	1. Teorias que explicam o processo de aprendizagem humana
	2. O Behaviorismo 
	3. O Construtivismo 
	4. A Psicogênese da Pessoa Completa 
	5. Socioconstrutivismo 
	Referências 
	Alterações no desenvolvimento da aprendizagem
	Objetivos
	1. Alterações no desenvolvimento da aprendizagem: origens
	2. O não-aprender devido a fatores psicoemocionais
	3. O não-aprender associado a transtornos neurobiológicos e outros tipos de alterações
	Referências

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