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Slides - Geriatria (parte 1)

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Nutrição em Geriatria: 
Das peculiaridades à intervenção nutricional 
– cenário ambulatorial, hospitalar e 
domiciliar 
Flávia Lopes Fonseca 
 
Doutorado e Mestrado em Ciências Médicas – UERJ 
Pós Graduação em Nutrição Clínica – Instituto de Pós Graduação Médica Carlos Chagas 
Pós Graduação de Geriatria e Gerontologia – Unati/UERJ 
Titulação em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral – SBNPE/BRASPEN 
70,6 
71,1 
71,3 
71,5 
52,4 
58,9 
64,7 
74,8 
75,5 
76,1 
76,3 
79,3 
82,2 
82,3 
82,4 
83,4 
83,7 
Maranhão
Piauí
Rondônia
Roráima
Angola
Guiné-Bissau
Congo
Colômbia
BRASIL
China
Argentina
Estados Unidos
Canadá
Coréia do Sul
França
Suiça
Japão
40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
IBGE, 2015 
O BR está na 9ª posição em 
termos de maior expectativa de 
vida, vivendo 8,2 anos a menos 
que os japoneses que é o país 
mais longevo do mundo. 
Idade (anos) 
P
aí
se
s 
n
o
 m
u
n
d
o
 
Expectativa de vida no mundo (2015) 
A cada 21 segundos, um brasileiro nasce ... 
http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/ 
 2017: 26 milhões de idosos (12,5% da população) 
 2025: 6º país mais velho do mundo 
 2050: idosos = 1/5 da população 
População do Brasil: 208.398.950 
Em 2007 eram 17 milhões; 
a projeção para daqui a 9 
anos (2027) é de 37 
milhões de idosos. 
http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
Expectativa de vida do brasileiro ao nascer (1940-2016) 
Id
ad
e
 e
m
 a
n
o
s 
 
Ano 
45,5 
48,0 
52,5 
57,6 
62,5 
66,9 
69,8 
73,9 75,5 75,8 
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2015 2016
0
10
20
30
40
50
60
70
80
IBGE, 2016 
30,3 anos 
 3m11d 
Por que a expectativa de vida aumentou? 
 
 Incorporação dos avanços da medicina 
às políticas de saúde pública 
 Campanhas de vacinação em massa 
 Atenção ao pré-natal 
 Incentivo ao aleitamento materno 
 Contratação de agentes comunitários 
de saúde 
 Programas de nutrição infantil 
Id
ad
e 
em
 a
n
o
s 
 
42,9 
45,3 
49,7 
54,6 
59,6 
63,2 
66,0 
70,2 71,6 71,9 72,2 
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2014 2015 2016
0
10
20
30
40
50
60
70
80
IBGE, 2016 
Expectativa de vida do brasileiro ao nascer (1940-2016) 

 48,3 50,8 55,5 60,8 65,7 70,9 73,9 77,6 
78,8 79,1 79,4 
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2014 2015 2016
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90

 
Id
ad
e 
em
 a
n
o
s 
 
Ano 
Ano 
As mulheres vivem 7,2 anos a 
mais que os homens. 
70,6 
71,1 
71,3 
71,5 
71,6 
71,9 
72,1 
72,7 
73,2 
73,4 
73,5 
73,8 
73,9 
73,9 
73,9 
74,2 
74,2 
75,5 
75,7 
75,8 
76,2 
77,1 
77,2 
77,8 
78,1 
78,1 
78,2 
79,1 
Maranhão
Piauí
Rondônia
Roráima
Alagoas
Amazonas
Pará
Sergipe
Paraíba
Tocantins
Bahia
Ceará
Pernambuco
Amapá
Acre
Goiás
M.Grosso
M.Grosso do Sul
R.Grande do Norte
BRASIL
Rio de Janeiro
Paraná
Minas Gerais
R.Grande do Sul
Distrito Federal
São Paulo
Espírito Santo
Santa Catarina
60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80
IBGE, 2016 
Expectativa de vida do brasileiro ao nascer por estado (2016) 
Em azul, estão os 8 estados que 
estão acima da média nacional. 
 
Quem nasce em Sta Catarina vive 
em média 3,5 anos a mais que a 
média nacional. 
Idade (anos) 
Es
ta
d
o
s 
d
o
 B
ar
si
l 
Os 10 bairros brasileiros com maior nº de idosos: 
Rio de Janeiro: 
1º Copacabana (29,7%; 3,3 idosos/10 habitantes) 
2º Campo Grande 
3º Tijuca 
4º Bangu 
5º Barra da Tijuca 
6º Realengo 
7º Santa Cruz 
8º Boa Viagem (Recife - PE) 
9º Icaraí (Niterói - RJ) 
10º Irajá 
 
IBGE – Censo 2010 
Genética 
Meio Ambiente e 
Estilo de Vida 
Envelhecimento 
per si 
Doença 
Componentes da longevidade 
... Para isso, tem que investir. Tem gente que 
vai sofrer doenças crônicas, degenerativas, 
independentemente do seu comportamento. 
Aí, sinto muito, é uma condição hereditária, 
congênita. Mas a imensa maioria dos 
problemas pode ser prevenida com hábitos 
saudáveis, investindo em prevenção das 
doenças crônicas. O brasileiro está ficando 
obeso, a epidemia de DCV, problemas 
osteomusculares ..., tudo isso é decorrência 
de um padrão de vida muito inadequado. 
Ter pais longevos e saudáveis até uma idade 
respeitável, isso ajuda, mas só 25%. 
O resto dos 75%, é aquilo q a gente faz, como 
a gente vive e aquilo q a gente come. 
E tem que caprichar para manter o capital 
social. Adulto ranzinza é muito chato, mas 
velho ranzinza ninguém tolera. Então, seja 
mais doce. O ranzinza acaba realmente só. À 
medida que você vai envelhecendo, vai 
ficando sobrevivente da sua geração. Tem que 
ter um diálogo com a geração que precede ... 
Tem que começar a fazer amizade com gente 
que seja pelo menos 20 anos mais jovem que 
a gente rs. 
O amanhã vai depender do que fazemos hoje ! 
J Clin Epidemiol 2010 Jul;63(7):752-9 
Maior % Óbitos: 
Grupo incapacidades 
Fonte: Relatório Mundial de Envelhecimento 
Saudável, Organização Mundial da Saúde, 2015 
Capacidade funcional: envelhecer sem 
nenhuma doença é mais uma exceção 
do que a regra. Um idosos com um 
mesmo diagnóstico clínico pode ter a 
CF absolutamente distinta do outro. 
Dessa forma, a saúde pode ser definida 
como uma medida da capacidade de 
realização de aspirações e da satisfação 
das necessidades e não simplesmente 
como ausência de doenças. 
I Consenso Brasileiro de Nutrição e Disfagia em Idosos Hospitalizados, 2010 – SBGG/SBNPE. 
Estudos epidemiológicos no Brasil 
apontam que mais de 50% dos idosos têm 
dois ou mais fatores de risco para o 
desenvolvimento de comorbidades. 
Envelhecer pode ser um problema ? 
Doença cardiovascular é a mais 
prevalente; principal causa de morte 
no Brasil é o AVE. 
Prevalência de Fatores de Risco (n=412) 
Unidade Integrada de Prevenção em Geriatria – Hospital Adventista Silvestre 
O idoso adoece mais: >75 anos 
(~3,5 doenças crônicas). 
Utilização crescente dos recursos de saúde 
(idosos ocupam 2/3 dos leitos hospitalares; indicação das IH: 72-
74% para tratamento aguda). 
 Idade > 75 anos 
 Sexo masculino 
 Disponibilidade de cuidador 
 Autopercepção de saúde como ruim 
 Presença de doença cardiovascular 
 Presença de diabetes 
 Hospitalização nos últimos 12 meses 
 Mais de 6 consultas médicas nos últimos 12 meses 
Boult et al, 1993 
Em estudo de coorte, Boult et al (1993) 
identificaram 8 fatores de risco para uso 
elevado de serviços hospitalares por idosos 
e identificação de idosos frágeis: 
 
Com base nesses resultados, Boult et al 
elaboraram um Instrumento de PRA. 
De acordo com a presença ou não dos 
fatores de risco mencionados, o modelo de 
regressão logística aplicado ao PRA gera um 
valor de 0 a 1. Quanto maior o valor, maior 
é o risco de internação hospitalar. 
Predição de Risco de Admissão Hospitalar Repetida (PRA) 
Rio de Janeiro 
2016 
Tempo médio de permanência na internação de beneficiários da saúde 
suplementar por faixa etária – Brasil, 2º semestre de 2015 
Fonte: ANS, Dados do TISS competência agosto a dezembro de 2015 
 87 anos; feminino 
 Independência para 
todas as AVDs 
 Hipertensa e 
dislipidêmica 
 Sedentária na 1ª visita 
E envelhecer nada mais é do que se 
adaptar e conviver com uma variedade de 
alterações inerentes a esse processo, que 
é lento e progressivo e inevitável; uma vez 
instalado. 
 
E o que vai determinar até quando iremos 
e de que maneira vamos envelhecer, vai 
depender de uma inter-relação de uma 
série de fatores que vão desde aspectos 
genéticos até o que construímos, 
colecionamos, agregamos de hábito, de 
histórias ao longo da nossa vida. 
 Após 3 meses: 
 Aumento médio de ingestão de 
proteína em 25g/dia; 
 
 Atividade física de resistência 2x/sem; 
 
 Aumento de CP em 1cm; 
 
 Relato: “compro mais coisas no 
mercado, estou muito segura e tenho 
mais felicidade” 
 87 anos; feminino Independência para 
todas as AVDs 
 Hipertensa e 
dislipidêmica 
 Sedentária na 1ª visita 
Senescência versus Senilidade 
 Envelhecimento patológico Envelhecimento natural 
Alterações ao passar do tempo: 
Efeito das doenças crônicas = 
menor reserva funcional e 
equilíbrio instável = 
vulnerabilidade ao descontrole 
das doenças diante do estresse 
e das demandas orgânicas = 
Maior possibilidade de 
dependência. 
“Anorexia fisiológica do envelhecimento” 
 Diminuição da habilitdade para mastigação e 
deglutição 
 Disgeusia e Xerostomia 
 Hipocloridria, redução do fator intrínceco, do 
esvaziamento gástrico, secreção de lipase 
 Diminuição da altura das vilosidades 
intestinas e distensibilidade do cólon 
 Diminuição do pâncreas endócrino 
 Aumento do tônus funcional da supra-renal 
 Alterações no metabolismo de vitamina D 
 Balanço negativo de cálcio … 
insulina < níveis; < velocidade 
de liberação; menor n0 de 
receptores = tolerância 
anormal à glicose; 
“Anorexia fisiológica de envelhecimento” 
Hábitos alimentares influenciados pelas alterações sensoriais - quadro latente 
de anorexia em maior ou menor grau, dependendo da intensidade. 
VISÃO 
 Diminuição do reconhecimento dos alimentos 
 Habilidade de alimentar-se. 
tendência a concentrar o 
tempero dos alimentos 
para ajuste do paladar). 
OLFATO 
 Diminuição dos quimiorreceptores olfativos responsáveis pela sensação de percepção 
do estímulo causado por substâncias voláteis. 
PALADAR 
 Disgeusia e xerostomia 
 O gosto tem sua base anatômica no número de gemas gustativas das papilas linguais 
(jovens: > 250 para cada papila; idoso>70 anos: <100 para cada papila). 
 Decréscimo do limiar de detecção e identificação do sabor (maior concentração do 
sabor atribuído ao alimento). 
 Apetite é 
influenciado, 
principalmente, pela 
palatabilidade dos 
alimentos. 
Azedo Azedo 
Salgado Salgado 
Amargo 
Doce 
 Redução da sensibilidade por gostos primários doce, amargo, ácido e salgado. 
Cultural 
Financeiro 
Social 
Físico 
Idade 
Apreciação 
Disponibilidade 
Bem-estar 
Ingestão 
Alimentar 
Determinantes relacionados à escolha 
Principles of Nutrition, Martin Eastwood, 
Chapman & Hall, 1997 
Cultural 
Financeiro 
Social 
Físico 
Idade 
Apreciação 
Disponibilidade 
Bem-estar 
Ingestão 
Alimentar 
Apetite 
(desejo; vontade de 
comer; apetência) 
Principles of Nutrition, Martin Eastwood, 
Chapman & Hall, 1997 
a ausência de apetite é uma das 
questões que mais preocupam – a 
inapetência na terceira idade pode 
prejudicar a saúde numa fase em 
que, por natureza, já se inspira 
maiores cuidados. 
E sobre a relação do apetite com o 
envelhecimento, cabe colocar que a 
inadequação do consumo alimentar 
mediada por alterações no apetite, 
compreendem um fator primário e 
essencial quando pensamos no 
estado nutricional de um idoso. 
Nutrients 2016, 8, 28: 1-22 
Envelhecimento está associado à 
diminuição do apetite e 
ingestão calórica: Uma meta-
análise em adultos saudáveis 
 Determinar o efeito do envelhecimento sobre o consumo calórico e o 
apetite (fome e saciedade) após jejum noturno e um estado pós-
prandial. 
 
 Meta-análises de estudos que incluíram dois grupos etários de 
adultos e idosos saudáveis (> 18 anos) – n=7.685; PubMed até 
30/06/2015 = inclusão de 59 estudos. 
 
 Consumo calórico: 16% a 20% menor em idosos (n=3.574/~ 70 
anos/~ 71kg / ~ 25kg/m²) comparado aos adultos (n​​=4.111 /~26 anos 
/~ 69kg /~ 23kg/m²). 
... E qual a magnitude disso, 
considerando a hipótese de 
redução da ingestão calórica e 
apetite pelo envelhecimento. 
Medida do apetite – fome – escala visual analógica (mm) 
após jejum durante a noite e num estado pós-prandial 
indivíduos mais velhos x mais jovens 
Nutrients 2016, 8, 28: 1-22 
 A fome foi 25% (após jejum noturno) a 
39% (em estado pós-prandial) menor em 
indivíduos mais velhos. 
Medida do apetite – saciedade – escala visual analógica (mm) 
após jejum durante a noite e num estado pós-prandial 
indivíduos mais velhos x mais jovens 
Nutrients 2016, 8, 28: 1-22 
 A saciedade foi 37% maior nos mais 
velhos comparado aos mais novos. 
 Fracionar refeições; 
 
 Variar o cardápio: pratos coloridos e diversidade – visual do prato, 
apresentação das preparações, aroma; 
 
 Selecionar alimentos palatáveis e de fácil consumo - variação de sopas, 
purês, suflês e vitaminas; 
 
 Considerar preferências e hábito alimentar; 
 
 Estimular o apetite com temperos e ervas: Canela (como aromatizante a 
pratos como cereais, pudins ou chá. Pães, muffings, rocamboles, mingaus e 
bebidas); Gengibre (em sucos, sopas e chás); Chás de alfazema e hortelã; 
Sal de ervas (para uso habitual). 
 
 Considerar a necessidade de suplementação nutricional para 
complementação da alimentação. 
Manejo dietético para alteração de apetite 
(estímulos aos 
sentidos com 
melhora da 
aceitação) 
explorar o melhor dos 
alimentos para instigar o 
apetite 
 Atenção às gorduras e 
proteínas 
 Uso de especiarias; 
gastronomia 
Composição Corporal 
 Aumento do tecido adiposo. 
 Diminuição da massa magra. 
 Substituição progressiva da massa muscular por 
gordura e colágeno. 
 Substituição da massa visceral por gordura e 
tecido conjuntivo. 
 Redução da síntese de creatina. 
 Diminuição da densidade óssea. 
 Diminuição da água corporal total e perda de 
água intracelular. 
 Redução da TMB em 15 a 20%. 
 Sarcopenia. 
Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2014 Jan; 17(1): 5-11. 
Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2014 Jan; 17(1): 5-11. 
J Clin Endocrinol Metab 2004; 89:4351–8. 
Clin Nutr 2010; 29:18–23. 
J Gerontol A Biol Sci Med Sci 2008;63:1076–81. 
Efeitos da inatividade física sobre a massa muscular 
 Testar a hipótese de que a maior massa muscular está associada com baixa mortalidade. 
 N= 3.659 participantes - NHNES III (National Health and Nutrition Examination Survey III – 
1988-1994); idade >=65 anos. Mortalidade analisada no ano de 2004. 
Avaliação: massa muscular esquelética (BIA) e índice de massa muscular (IMM) (massa muscular/altura²) 
 Estratificação em quartis de acordo com o índice de massa muscular (1º ao 4º quartil). 
The American Journal of Medicine 2014; 127: 547-53. 
 Testar a hipótese de que a maior massa muscular está associada com baixa mortalidade. 
 N= 3.659 participantes - NHNES III (National Health and Nutrition Examination Survey III – 
1988-1994); idade >=65 anos. Mortalidade analisada no ano de 2004. 
Avaliação: massa muscular esquelética (BIA) e índice de massa muscular (IMM) (massa muscular/altura²) 
 Estratificação em quartis de acordo com o índice de massa muscular (1º ao 4º quartil). 
The American Journal of Medicine 2014; 127: 547-53. 
Am Clin Nutr 2008; Jan 87(1):150-5 
AVALIAÇÃO 
GERIÁTRICA 
AMPLA 
AGA 
Avaliação Geriátrica Ampla 
Anamnese 
+ 
Exame Físico 
Instrumentos: 
Avaliação de Capacidades 
Equilíbrio/
Marcha 
Depressão AVDs 
Atividades 
de vida diária 
Cognição 
Estado 
Nutricional 
Deglutição 
FERRAMENTA QUE PROMOVE A 
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA 
MULTIFACETADA DOS PROBL. 
Físicos, Psicológicos e Funcionais, 
e traz o conceito da promoção de 
vida saudável. 
O principal objetivo da AGA é detectar as deficiências, incapacidades e desvantagens que os 
idosos apresentam, identificar os idosos frágeis e de alto risco para se estabelecer medidas 
preventivas, terapêuticas e reabilitadoras. 
Como avaliar a saúde do idoso? 
 Atividades de Vida Diárias (AVDs) 
 Katz 
 Lawton 
 Barthel (10 itens/100 pontos) <20p d.total; 20-35p d.severa; 40-55p d.moderada; 60-
90p d.leve; 91-100p independência 
 Equilíbrio e Marcha 
 Tinetti (19 itens/28 pontos) < 26 sugere problemas; < 19 risco de queda em mais de 5x 
 Morse ( 6 itens/125 pontos) risco queda=0-24sem risco; 25-50 baixo; >50 alto 
 Depressão 
 Yesavage (15 itens/15 pontos) >5 pontos sugere depr. leve; >10 pontos sugere depr. 
mais grave 
 Cognição 
 MEEN Mini Exame do Estado Mental (5 categorias/30 pontos) < 24 sugere declínio 
cognitivo 
 Teste do relógio 
Ferramentas da AGA 
Freitas EV, Py L, editores. Tratado de Geriatria e 
Gerontologia. 3 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan; 
2011. 
Consiste em solicitar à pessoa o 
desenho dos números do relógio, 
marcando uma determinada hora, 
sem mencionar a necessidade de 
ponteiros; 
 Avalia diversas funções cognitivas: 
memória semântica, função executiva 
(planejamento), linguagem 
(compreensão do comando), praxia e 
função visuo-espacial; 
Classificação: < = 2 pontos: dep. total; 3 - 4 pontos: dep. parcial; 5 - 6 pontos: independência 
KATZ (Atividades Básicas de Vida Diária) 
LAWTON MP & BRODY EM, 1969.; Torres GV et al, 2010 
LAWTON (Atividades Instrumentais de Vida Diária) 
Classificação: Independência / Dependência total, grave, moderada, leve 
Escore Total Máximo = 27 pontos (9 questões) 
Classificação: < 18 pontos: dep. Total; 18-26 pontos: dep. Parcial; 27 pontos: independência 
 Fatores que aumentam o risco de adoecer: 
 
- Ter mais de 80 anos; 
- Morar só (solteiros e viúvos); 
- Isolar-se socialmente; 
- Ter incapacidades moderadas e graves; 
- Viver com outro idoso com incapacidades; 
- Ter recursos econômicos limitados; 
- Morar em ILP’s 
Netto MP, Kein EL, Morley JE, 2005. 
Estudos utilizando a AGA 
 Questões específicas para 
geriatria: 
- Condições funcionais; 
dependência/mobilidade; 
qualidade de vida; cognição. 
 
 Limitações: comprometimento 
neurológico e visão através do 
cuidador. 
 
 Sensibilidade 96%, especificidade 
98%, valor prognóstico para 
desnutrição 97%. 
The Mini Nutritional Assessment (MNA) for grading the nutritional 
state of elderly patients: presentation of the MNA, history d 
validation. Nestle Nutr Workshop Ser Clin Perform Programme 
1999;1:3-11. 
MAN (Mini Avaliação Nutricional) 
Avaliação do risco nutricional 
Rubenstein, 2001; Kaiser, 2009. 
 Adaptação para reduzir tempo de 
aplicação do questionário. 
 
 Composta de 6 questões da 
avaliação original. 
 
 Classifica o idoso em: Bem nutrido 
/ Com risco nutricional. 
 
 Dificuldade para obtenção do IMC 
em idosos (inclui a circunferência 
de panturrilha em substituição ao 
IMC). 
Mini Avaliação Nutricional 
(MAN) 
Versão reduzida 
 Medida antropométrica mais sensível de perda de massa 
muscular para pessoas idosas. 
 95% dos cuidadores  não tinha problema nutricional 
 55% em risco nutricional (MAN 17,5 – 23) 
 9% desnutridos (MAN < 17) 
 28% baixo peso corporal (IMC<21 kg/m²) 
 24% haviam perdido >3kg nos últimos 3 meses 
 20% PCT < p5th 
 51% possuíam uma ou mais dificuldades para se alimentar 
Johnson et al, 1999. 
Capra S. Nutrition 2007;23:356–357. 
Barbosa-Silva .Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2008;11(3):248-54. 
A visão do cuidador diante do estado nutricional 
de quem é cuidado: 
• Hiperplasia benigna e câncer prostático: 50% em risco 
• Fratura de quadril: 53% em risco 
• Lesões por pressão: 54% em risco e 30% desnutridos 
• Demência: 37% em risco e 62% desnutridos 
• Pacientes cirúrgicos > 60 anos: 48% desnutridos 
Vellas, 2006 
Risco Nutricional e Desnutrição - MAN 
39
21
Normal Possibilidade de desnutrição
35,9% 
64,2% 
n=60 
Escore de Triagem 
MAN 
Classificação
1900ral 
1900ral 
1900ral 
Normal Risco Nutricional Desnutrição
n=21 
57,1% 
42,9% 
52,4% 
4,7% 
Escore Global 
Unidade Integrada de Prevenção em Geriatria 
Hospital Adventista Silvestre 
 Parte 1: Triagem inicial (4 
perguntas (IMC, perda de peso, 
redução da ingestão e doença 
grave/TI) e parte 2: triagem do risco 
nutricional (estado nutricional e 
gravidade da doença). 
 
 Considera idade >=70 anos para 
adição de 1 ponto ao score (ajuste 
para fragilidade do idoso). 
ASPEN, 2002 
Nutrition Risk Screening (NRS 2002) 
Avaliação do risco nutricional 
Nutrition Risk Screening (NRS 2002) 
Avaliação do risco nutricional 
Índice de Massa Corporal (IMC) 
Nutrition Screening Initiative. Interventions manual for 
professionals caring for older Americans. Washington, DC: 
Nutrition Screening Initiative, 1992. 
IMC (kg/m²) Classificação 
< 22 Desnutrição 
22 – 27 Eutrofia 
> 27 Obesidade 
Circunferência da panturrilha (CP) 
CP (cm) Classificação 
< 31 Baixa massa muscular 
Circunferência do braço (CB) 
CB (cm) Classificação 
< 22 
Baixa reserva 
calórico proteica 
Vellas B, Villars H, Abellan G, Soto ME, Rolland Y, Guigoz Y, et al. 
Overview of the MNA: its history and challenges. J Nutr Health 
Aging. 2006, nov-dec; 10¨(6):456-65. 
FPM (kg) Classificação 
<30 (H) Força muscular 
diminuída <20 (M) 
Força de preensão manual (FPM) 
Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis. 
Age and Aging 2010;39:412-23. 
Variáveis Homens Mulheres 
IMC (kg/m²) <=24 >28 <=23 >29 
FPM (kg) <=29 <=32 <=17 <=21 
Valente M. Sarcopenia. In: Freitas EV, Py L, editores. Tratado de Geriatria e 
Gerontologia. 3 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan; 2011. p. 1019-30. 
Avaliação do estado nutricional 
D
E
S
N
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N
A
L
 
Lesão por 
pressão 
Disfagia 
Infecções 
recorrentes 
Dietas 
restritivas 
Medicações 
Depressão 
Outros eventos 
agudos 
Alterações 
fisiológicas 
GUIGOZ et al., 1994. 
Condição sócio- 
econômica 
O estado nutricional do idoso 
Pós-operatório 
Hipermetabolismo 
BN - 
Febre 
Resposta 
metabólica 
Iatrogenia 
Jejum 
Hemorragia 
Doença aguda 
Desnutrição Hospitalar 
De 33 a 88% dos pacientes internados estão em risco 
nutricional ou já estão desnutridos na admissão 
McClave AS et al. JPEN 1998;22,375–81; Huang YC et al. Clin Nutr 2000;19:101–7; Galban C et al. Crit Care Med 2000;28:643–8; 
Pingleton SK. Clin Chest Med 2001;22,149–163; Rubinson L et al. Crit Care Med 2004;32,350–7; Clinical Nutrition 2008; 27, 5–15 
Prevalência de desnutrição em idosos 
 Comunidade: 5 a 12% 
 Residentes de clínicas geriátricas / Home Care: 17 a 68% 
 Hospitalizados: 40 a 85% 
 Variação devido a diferenças na população estudada e método utilizado. 
Guigoz Y et al, Nutr Rev 1996; 54:S59-65 
Abbasi AA, Rudman Nutr Rev 1994; 52:113-22 
Edington J et al Clin Nutr 1996; 15:60-63 
Sullivan CNW 2010 
DESNUTRIÇÃO NOS IDOSOS: 
 Falha na mensuração de peso (23%) e altura (56%). 
 61% dos pacientes com peso registrado perderam >6kg. 
 37% apresentaram albumina<3,0mg%. 
 Uso de prolongado de solução salina e glicose intravenosa. 
 Necessidades e ingestão nutricional não mensuradas. 
 Realização de cirurgias sem a avaliação do estado nutricional. 
 Falha no tratamento nutricional pós-operatório. 
 Demora na indicação da Terapia Nutricional. 
Nutrition Today 1974;9(2):4-8. Reimpresso em: Nutrition 1994;10(5). 
 Alta prevalência de desnutrição. 
 Idade > 60 anos, câncer, infecção, permanência hospitalar 
prolongada e lesão no TGI alto associam-se a um pior EN. 
 Menos de 20% dos prontuários fazem menção ao EN. 
 75% dos pacientes internados estavam a menos de 50m de uma 
balança. 
 Preocupação com EN foi pouco relevante pela equipe de saúde. 
 Terapia Nutricional sub-indicada. 
IBRANUTRI (Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional). Waitzberg DL et al. Nutrition 2001; 17: 573-80

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