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avaliação subjetiva do idoso

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AVALIAÇÃO 
NUTRICIONAL 
APLICADA
Rafaela da Silveira Corrêa
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
A945 Av aliação nutricional aplicada [recurso eletrônico] / 
Organizadora, Rafaela da Silveira Corrêa. – Porto 
Alegre : SAGAH, 2016.
Editado como livro impresso em 2016.
ISBN 978-85-69726-70-8
1. Nutrição. 2. Avaliação nutricional. 3. Semiologia 
nutricional. I. Corrêa, Rafaela da Silveira.
CDU 612.39
Avaliação nutricional subjetiva 
do idoso
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Relacionar as modificações biológicas, fisiológicas e psicossociais 
que permeiam o envelhecimento.
 � Identificar as alterações da composição corporal e do estado nu-
tricional do idoso e as técnicas apropriadas para sua avaliação nu-
tricional.
 � Aplicar a avaliação nutricional subjetiva global à geriatria gerando 
o diagnóstico nutricional do paciente.
Introdução
Consideram-se idosos, de acordo com a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos em 
países em desenvolvimento e 65 anos em países desenvolvidos. No 
Brasil e no mundo, este é o segmento da população que mais cresce, 
sendo necessário voltar-se para a atenção à saúde desta parcela.
O envelhecimento da população causa diversas repercussões, uma 
vez que a idade é um fator de risco importante para o surgimento de 
diversas doenças. A desnutrição no idoso também está associada a 
complicações, como aumento do tempo de internação hospitalar e 
da taxa de morbimortalidade.
Neste texto, você vai estudar  a avaliação nutricional do paciente 
idoso, tendo foco na avaliação nutricional subjetiva global aplicada a 
essa população.
Envelhecimento e estado nutricional
Conforme você aprendeu estudando os capítulos anteriores, o estado nu-
tricional é resultante da relação entre consumo, gasto e necessidade de nu-
trientes, sendo esta relação influenciada por múltiplos fatores.
A nutrição é um elemento importante da saúde da população idosa e afeta 
o processo de envelhecimento. Os adultos mais velhos têm maior propensão 
do que os mais jovens de serem afetados por uma variedade de doenças re-
lacionadas com a idade e com deficiências funcionais que possam interferir 
na manutenção do estado nutricional. Essa população também está em maior 
risco de deficiências nutricionais induzidas por substâncias em função do ele-
vado número de medicamentos que costuma tomar.
Para o idoso, a determinação do estado nutricional depende de uma rede 
complexa de fatores, dos quais se destacam o isolamento social, a solidão, as 
doenças crônicas, as incapacidades e as alterações fisiológicas próprias do 
processo de envelhecimento.
Alterações da composição corporal no 
paciente idoso
É de fundamental importância que você conheça as mudanças nas caracterís-
ticas corpóreas próprias do envelhecimento para que possa realizar o estudo 
da avaliação nutricional do idoso. Cabe destacar também que em países em 
desenvolvimento, a população idosa apresenta envelhecimento funcional pre-
coce.
Grande perda de músculos esqueléticos, progressiva diminuição da massa 
magra e de líquidos corpóreos, aumento da quantidade de tecido gorduroso 
e diminuição do tamanho de vários órgãos são algumas das alterações bioló-
gicas próprias do envelhecimento.
Todas essas mudanças e a influência que exercem no estado nutricional 
justificam a busca de diagnósticos nutricionais que visem à melhora da qua-
lidade de vida desse grupo etário. A seguir, você verá com mais detalhes as 
modificações inerentes ao envelhecimento para, então, de posse deste conhe-
cimento, estudar a aplicação da avaliação subjetiva global (ASG) no paciente 
idoso.
Mudanças biológicas do envelhecimento
Sistema digestório – alterações biológicas e fisiológicas
Há diversas mudanças no trato gastrintestinal que estão relacionadas ao enve-
lhecimento. A dificuldade é que, com a idade, torna-se difícil excluir fatores 
patológicos, como diabetes, pancreatite, doença hepática e outras doenças 
35Avaliação nutricional subjetiva do idoso
com potenciais efeitos adversos no intestino. A neurodegeneração seletiva do 
sistema nervoso entérico está relacionada a sintomas gastrintestinais, como 
disfagia, refluxo e obstipação.
É possível observar, também, a redução da secreção do ácido gástrico com 
o passar do tempo. A redução global nas secreções ácidas predispõe ao cres-
cimento excessivo de bactérias no intestino, condição associada à redução do 
peso corporal e à redução da ingestão de micronutrientes pelo idoso.
O envelhecimento causa redução do apetite e consequente diminuição do 
consumo de alimentos. Até idosos saudáveis sentem menos fome, sentem-
-se plenos antes das refeições, consomem pequenas porções e de forma mais 
lenta. O consumo médio diário de alimentos reduz em até 30% entre os 20 e 
os 80 anos.
No entanto, em muitas pessoas mais velhas, a diminuição da ingestão de 
energia é mais significativa do que a diminuição no gasto de energia, tendo 
como consequência a perda de peso. Essa redução fisiológica relacionada à 
idade tem sido chamada de “anorexia do envelhecimento”.
Alterações no peso e na composição corporal
Estudos demonstram que o peso e o índice de massa corporal (IMC) au-
mentam com a idade, até cerca de 50 a 60 anos, e, após, ambos declinam.
Com o envelhecimento, a gordura corporal aumenta e a massa livre de 
gordura reduz. Isso ocorre por causa da perda de músculo esquelético, que 
chega a ser de até 3 kg de massa corporal magra por década após os 50 anos.
Em média, a gordura corporal de um homem de 20 anos, pesando 80 kg, é de 15%. 
Como comparação, um homem de 75 anos e mesmo peso tem cerca de 29% de gor-
dura corporal.
Caro aluno, perceba que a causa do aumento de gordura é multifatorial: 
redução da atividade física, redução da secreção do hormônio de crescimento 
e diminuição dos hormônios sexuais e da taxa metabólica de repouso.
A distribuição de gordura também é diferente nas pessoas idosas. Há 
maior concentração de gordura corporal intra-hepática e intra-abdominal, o 
Avaliação nutricional aplicada36
que está associado com resistência à insulina e maior risco de diabetes, do-
ença cardíaca e acidente vascular cerebral.
Anorexia fisiológica
As causas que geram anorexia fisiológica no envelhecimento não são com-
pletamente esclarecidas, mas é possível que os seguintes fatores contribuam 
neste processo:
 � Sensação diminuída de olfato e paladar
 � Aumento da atividade de citocinas
 � Retardo no esvaziamento
 � Alterações na distensão gástrica
 � Mudanças hormonais
Observa-se entre os idosos a redução dos sentidos (visão, audição, olfato, 
gustação e tato), o que causa desinteresse pela alimentação. O gosto e o cheiro 
dos alimentos, principalmente, são sensações que tornam as comidas agradá-
veis e palatáveis. O declínio dos sentidos relativos a gosto e cheiro diminui a 
ingestão de alimentos e pode influenciar no tipo de alimentos ingeridos.
Pacientes mais velhos e com sensação reduzida de sabor tendem a manter 
uma dieta menos variada, consequentemente, desenvolvendo deficiências de 
micronutrientes.
Além da diminuição do paladar e do olfato, associada à idade, alguns 
medicamentos afetam a gustação, como as substâncias utilizadas para trata-
mento da doença de Parkinson.
Algumas citocinas encontram-se aumentadas nas pessoas idosas, estando 
relacionadas com o aumento da taxa metabólica basal. Os níveis circulantes 
de IL-1, IL-6 e TNF-a elevados em pessoas mais velhas estão associados à 
redução da massa muscular.
As pessoas mais velhas costumam queixar-se do aumento da plenitude e 
de saciedade precoce durante uma refeição. Essa sensação pode ser causada 
por alterações na função sensorial gastrintestinal. Com o aumento da idade, 
há uma redução na sensibilidade à distensão gastrintestinal. Ocorrem altera-
ções no padrão de relaxamento receptivo do fundo gástrico, causando rápido 
enchimento na porção antral do estômago e, portanto,a saciedade precoce.
O hipotálamo é responsável pelo controle da fome e da saciedade. O pro-
cesso de envelhecimento provoca alterações significativas na produção, se-
37Avaliação nutricional subjetiva do idoso
creção e atuação dos hormônios relacionados a esse processo, contribuindo 
para a “anorexia do envelhecimento”.
Mudanças psicológicas e sociais
Você sabia que, além das modificações fisiológicas e biológicas inerentes ao 
envelhecimento, alguns fatores sociais e psicológicos apresentam um papel 
muito importante no estado nutricional de idosos?
Como fatores psicológicos, podemos destacar: perda do cônjuge, morar 
sozinho ou em uma instituição, sensação de abandono, perda de autonomia 
e autocuidado, perda do papel social relacionada à aposentadoria e quadros 
de depressão. Esses fatores são responsáveis pelo isolamento social e pelo 
desinteresse das atividades diárias, como o preparo de refeições e o ato de se 
alimentar.
A escolha por alimentos de baixo custo e fácil preparo é impulsionada 
pelos recursos econômicos insuficientes decorrentes de aposentadorias e/ou 
pensões e alto custo de medicamentos e planos de saúde, quadro que gera 
monotonia alimentar.
Avaliação nutricional no idoso
Tendo em vista o envelhecimento populacional e a alta prevalência de desnu-
trição em idosos, ainda mais nos que estão hospitalizados, torna-se de funda-
mental importância a avaliação nutricional dessa população com o intuito de 
prevenir ou tratar agravos nutricionais.
Como você viu neste capítulo, o estado nutricional do idoso sofre influ-
ência de múltiplos fatores, como as alterações fisiológicas e patológicas per-
tencentes a esse momento da vida e modificações econômicas e no estilo de 
vida. Sendo assim, o diagnóstico nutricional precisa considerar tal contexto 
para definir o risco nutricional do indivíduo.
As alterações funcionais no envelhecimento parecem ser um fator mais importante 
na ocorrência de complicações associadas à desnutrição do que a alteração da com-
posição corporal isoladamente. Nesse contexto, inserem-se os métodos subjetivos de 
avaliação nutricional.
Avaliação nutricional aplicada38
Avaliação subjetiva global do idoso
A avaliação subjetiva global (ASG) combina dados de peso, ingestão ali-
mentar, sintomas gastrintestinais, capacidade funcional e achados do exame 
físico para classificar os indivíduos em bem nutridos, moderadamente desnu-
tridos ou gravemente desnutridos.
O método de aplicação e o protocolo da ASG em pacientes idosos são 
exatamente iguais ao proposto para adultos, conforme descrito no Capítulo 
2. Chama-se a atenção para o olhar treinado e a capacitação do profissional 
que irá aplicar a escala, pois ele deve ter conhecimento de todas as alterações 
associadas à idade do paciente.
Alguns detalhes devem ser especialmente investigados em idosos. Em re-
lação ao exame físico, a observação do indivíduo inicia-se desde o primeiro 
contato, pois sua expressão facial, o padrão respiratório e a realização de ati-
vidades (se realiza as tarefas sozinho ou com ajuda) são elementos que devem 
ser bem observados.
Miniavaliação nutricional
Outro protocolo de avaliação subjetiva é a “miniavaliação nutricional (MAN). 
É um método de avaliação simples e rápido que pode ser conduzido por pro-
fissionais de saúde em geral.
Os resultados da MAN foram comparados a uma avaliação nutricional 
completa, a qual foi validada em três estudos com mais de 600 idosos.
A ferramenta busca identificar, em pacientes com idade maior ou igual a 
65 anos, aqueles que estão desnutridos ou com risco de desnutrição. A apli-
cação completa do questionário leva cerca de 10 minutos.
 � Após a triagem, aplica-se a MAN, que compreende 18 itens agrupados 
em quatro categorias:
 � Medidas antropométricas: IMC, circunferência do braço e da pantur-
rilha e perda de peso.
 � Avaliação global: seis perguntas relacionadas a modo de vida, medi-
cação, mobilidade e problemas psicológicos.
 � Avaliação dietética: oito perguntas relativas a número de refeições, in-
gestão de alimentos e líquidos e autonomia na alimentação.
 � Avaliação subjetiva: autoavaliação e autopercepção da saúde e da con-
dição nutricional.
39Avaliação nutricional subjetiva do idoso
A identificação do estado nutricional e do risco é feita a partir da soma dos 
escores da MAN. A sensibilidade da escala é de 96%, a especificidade é de 
98%, e o valor prognóstico para desnutrição é de 97%, considerando o estado 
clínico como referência.
A escala é aplicada em duas partes: a primeira consiste na triagem, cujo 
valor máximo de pontos a ser atingido é 14. O escore de 12 pontos ou mais 
considera o idoso como normal, sendo desnecessária a aplicação do restante 
do questionário. Aos que atingem 11 pontos ou menos, deve ser considerada a 
possibilidade de desnutrição e, portanto, o questionário deve ser continuado.
A classificação da pontuação global pelo questionário MAN será:
 � Estado nutricional adequado: MAN ≥ 24
 � Risco de desnutrição: MAN entre 17 e 23,5
 � Desnutrição: MAN < 17
Confira no Quadro 1 o questionário MAN.
Avaliação nutricional aplicada40
(Continua)
Preencher a primeira parte deste questionário, indicando a resposta. Somar os pontos 
da triagem. Caso o escore seja igual ou inferior a 11, concluir o questionário para obter 
a avaliação do estado nutricional.
Quadro 1. Questionário MAN para aplicação no paciente idoso. 
TRIAGEM
A) Nos últimos três meses, houve diminuição da ingestão alimentar devido a 
perda de apetite, problemas digestivos ou dificuldade para mastigar ou deglutir?
0 = diminuição grave da ingesta
1 = diminuição moderada da ingesta
2 = sem diminuição da ingesta
B) Perda de peso nos últimos meses
0 = superior a 3 kg
1 = não sabe informar
2 = entre 1 e 3 kg
3 = sem perda de peso
C) Mobilidade
0 = restrito ao leito ou à cadeira de rodas
1 = deambula, mas não é capaz de sair de casa
2 = normal
D) Passou por algum estresse psicológico ou do-
ença aguda nos últimos três meses?
0 = sim 
2 = não
E) Problemas neuropsicológicos
0 = demência ou depressão graves
1 = demência leve
2 = sem problemas psicológicos
41Avaliação nutricional subjetiva do idoso
Quadro 1. Questionário MAN para aplicação no paciente idoso. (Continuação)
F) Índice de massa corporal (IMC = peso [kg] / estatura [m]2)
0 = IMC < 19
1 = 19 ≤ IMC < 21
2 = 21 ≤ IMC < 23
3 = IMC ≥ 23
Escore de triagem (subtotal, máximo de 14 pontos)
12 pontos ou mais = normal – desnecessário continuar a avaliação
11 pontos ou menos = possibilidade de desnutrição – continuar a avaliação
AVALIAÇÃO GLOBAL
G) O paciente vive em sua própria casa (não em casa geriátrica ou hospital)
0 = não 
1 = sim
H) Utiliza mais de três medicamentos diferentes por dia?
0 = sim 
1 = não
I) Lesões de pele ou escaras?
0 = sim 
1 = não 
J) Quantas refeições faz por dia?
0 = uma refeição 
1 = duas refeições 
2 = três refeições 
(Continua)
Avaliação nutricional aplicada42
Quadro 1. Questionário MAN para aplicação no paciente idoso. (Continuação)
K) O paciente consome:
pelo menos uma porção diária de leite ou derivados (queijo, iogurte)? sim – não
duas ou mais porções semanais de legumes ou ovos? sim – não
carne, peixe ou aves todos os dias **?** sim – não
0,0 = nenhuma ou uma resposta “sim”
0,5 = duas respostas “sim”
1,0 = três respostas “sim”
L) O paciente consome duas ou mais porções diárias de frutas ou vegetais?
0 = não 
1 = sim
M) Quantos copos de líquidos (água, suco, café, 
chá, leite) o paciente consome por dia?
0 = menos de três copos
0,5 = três a cinco copos
1 = mais de cinco copos
N) Modo de se alimentar
0 = não é capaz de se alimentar sozinho
1 = alimenta-se sozinho, mas com dificuldade
2 = alimenta-se sozinho sem dificuldade
O) O paciente acredita ter algum problema nutricional?
0 = acredita estar desnutrido
1 = não sabe dizer
2 = acredita não ter problema nutricional
(Continua)
43Avaliação nutricional subjetiva do idoso
P) Em comparação a outras pessoas da mesmaidade, 
como o paciente considera a sua própria saúde?
0 = não muito boa
0,5 = não sabe informar
1 = boa
2 = melhor
Q) Circunferência do braço (CB) em cm
0 = CB < 21 
0,5 = 21 ≤ CB ≤ 22 
1 = CB > 22
R) Circunferência da panturrilha (CP) em cm
0 = CP < 31 
1 = CP ≥ 31
Avaliação global (máximo = 16 pontos)
Escore da triagem
Escore total (máximo = 30 pontos)
Avaliação do estado nutricional
de 17 a 23,5 pontos = risco de desnutrição
menos de 17 pontos = desnutrido
Quadro 1. Questionário MAN para aplicação no paciente idoso. (Continuação)
Considerações finais
A população idosa vem crescendo no Brasil e no mundo. Nessa fase da vida, 
o risco de desnutrição aumenta de modo significativo. Ele está associado à 
alimentação inadequada e a fatores relacionados com o aumento da idade. 
Além disso, há declínio das funções fisiológicas, o que pode afetar o estado 
nutricional.
O rastreamento do risco nutricional na população idosa é vital para a iden-
tificação e o monitoramento dos pacientes. A ferramenta a ser utilizada deve 
ter sido bem validada e ser de fácil aplicação. Você deve ter em mente que, 
Avaliação nutricional aplicada44
nesta população, a associação entre o estado nutricional e a capacidade fun-
cional é importante para diagnosticar a desnutrição.
A população idosa apresenta aspectos peculiares que exigem uma ava-
liação ampla, complexa e interdisciplinar. Em função da facilidade de apli-
cação e da reprodutibilidade, a ASG é o método mais indicado para avaliação 
do risco nutricional em diferentes situações e populações, incluindo os idosos. 
Outra ferramenta proposta com essa finalidade é a MAN. A associação entre 
métodos pode contribuir para que diferentes fatores que afetam a situação 
clínica do paciente sejam contemplados.
1. Sobre o envelhecimento e o estado 
nutricional, é correto fazer a seguinte 
afirmação:
a) Não ocorrem mudanças signifi-
cativas na composição corporal 
dos idosos.
b) As alterações fisiológicas asso-
ciadas ao envelhecimento não 
interferem no estado nutricional.
c) Os idosos apresentam, com 
frequência, aumento no apetite, 
sintoma que está relacionado 
ao aumento do peso e da massa 
gorda.
d) Como alterações relacionadas ao 
envelhecimento, pode-se citara 
anorexia fisiológica, que causa 
o desinteresse do idoso pela 
alimentação.
e) Estudos demonstram que o peso 
e o IMC diminuem com a idade.
2. O envelhecimento está relacionado 
a alterações fisiológicas e presença 
de doenças crônicas e fatores 
relacionados à história social 
e ambiental, os quais podem 
interferir de modo negativo no 
estado nutricional do idoso. Tais 
condições devem ser levadas em 
consideração na avaliação nutricional 
dessa população. No que se refere 
à “anorexia fisiológica”, qual fator 
listados NÃO tem relação com este 
processo?
a) Sensação diminuída de olfato e 
paladar.
b) Retardo no esvaziamento gás-
trico.
c) Aumento da atividade de cito-
cinas.
d) Mudanças hormonais.
e) Problemas psicológicos e sociais.
3. Tendo em vista o envelhecimento 
populacional e a alta prevalência de 
desnutrição em idosos, sobretudo 
nos que estão hospitalizados, 
torna-se de fundamental importância 
sua avaliação nutricional com o 
intuito de prevenir ou tratar agravos 
nutricionais. Sobre os métodos de 
avaliação para idosos, assinale a 
alternativa INCORRETA.
a) IMC: não deve ser utilizado isola-
damente. Os pontos de corte utili-
zados para idosos são os mesmos 
dos adultos.
45Avaliação nutricional subjetiva do idoso
b) MAN: avaliação subjetiva que 
permite identificar o estado e o 
risco nutricional.
c) Medida de peso – avaliação 
isolada: pode ser utilizada para 
avaliar a velocidade de perda de 
peso.
d) ASG no idoso: classifica o indi-
víduo em nutrido; moderada-
mente desnutrido ou em risco e 
gravemente desnutrido.
e) Circunferência da panturrilha: 
medida mais sensível da massa 
muscular nos idosos.
4. A ASG foi proposta por Detsky et 
al. (1987) na busca por um método 
clínico de avaliação nutricional para 
pacientes cirúrgicos. Ao longo das 
suas três décadas de existência, a 
escala foi adaptada e validada para 
diferentes populações. 
Em relação à aplicação da ASG em 
idosos, assinale a alternativa INCOR-
RETA.
a) A ASG se diferencia dos demais 
métodos de avaliação nutricional, 
pois considera não somente alte-
rações da composição corporal, 
mas também alterações funcio-
nais do paciente.
b) Ingestão alimentar: faz parte da 
investigação da história clínica 
do paciente, pois é investigada a 
alteração da ingestão alimentar 
do paciente em relação ao seu 
padrão de consumo habitual.
c) Peso: deve-se questionar o 
paciente quanto ao peso habitual 
ou peso máximo há seis meses 
e o peso atual. A perda de peso 
será avaliada em quilos e em 
percentual em relação ao peso 
habitual.
d) O exame físico pode ser dispen-
sado quando for constatado que 
o paciente não perdeu peso nos 
últimos seis meses.
e) A partir dos dados coletados 
para a história clínica e do exame 
físico realizado, o paciente será 
classificado em uma das três 
graduações do estado nutricional, 
conforme a ASG.
5. Na realização da ASG, alguns deta-
lhes devem ser especialmente in-
vestigados em idosos. Em relação ao 
exame físico, a observação do idoso 
é iniciada desde o primeiro contato, 
e sua expressão facial, o padrão res-
piratório e a realização de atividades 
(se realiza as tarefas sozinho ou com 
ajuda) são elementos que devem ser 
observados. Qual alternativa NÃO 
está correta? 
a) A perda de gordura subcutânea 
pode ser avaliada nas seguintes 
regiões: tríceps, linha média axilar 
ao nível médio das últimas cos-
telas, áreas interósseas e palmares 
das mãos e dos pés e ombros.
b) A perda de massa muscular está 
relacionada como uma das altera-
ções da composição corporal do 
idoso e, portanto, não precisa ser 
avaliada na ASG.
c) O edema no tornozelo é um 
indicativo de presença de líquido 
no espaço extravascular e um 
importante marcador associado à 
desnutrição.
d) Pacientes acamados podem apre-
sentar edema na região sacral, 
sinal que também está relacio-
nado à desnutrição.
e) A ascite é outro sinal de presença 
de líquido no espaço extravas-
cular, e essa medida é relacionada 
com a desnutrição.
Avaliação nutricional aplicada46
DETSKY, A. S. et al. What is subjective global assessment of nutritional status? Journal of 
Parenteral and Enteral Nutrition, Thousand Oaks, v. 11, n. 1, p. 8-13, Jan./Feb. 1987.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Bra-
sília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005.
Leituras recomendadas
AHMED T, H. N. Assessment and management of nutrition in older people and its im-
portance to health. Clinical Interventions in Aging, Auckland, v. 5, p. 207-216, Aug. 2010.
DUARTE, A. C. G.; BORGES, V. L. S. Avaliação nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. 
São Paulo: Atheneu, 2007.
GUEDES, A. C. B.; GAMA, C. L.; TIUSSI, A. C. R. Avaliação nutricional subjetiva do idoso: 
Avaliação Subjetiva Global (ASG) versus Mini Avaliação Nutricional (MAN®). Comunica-
ção em Ciências da Saúde, Brasília, v. 19, n. 4, p. 377-384, out./dez. 2008.
INSTITUTE OF MEDICINE. Committee on Nutrition Services for Medicare Beneficiaries. 
The role of nutrition in maintaining health in the nation’s elderly: evaluating coverage of 
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NAJAS, M; YAMATTO, T. H. Avaliação do estado nutricional de idosos. [S.l.]: Nestlé, [2010?]. 
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WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2009.
47Avaliação nutricional subjetiva do idoso
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