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NOCOES-BASICAS-DE-ONCOLOGIA 2016 edufpi_Parte34

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Oncologia Básica para profissionais de saúde
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO
QUIMIOTERÁPICO
Cristiane Amaral dos Reis
Introdução
A quimioterapia constitui um dos pilares do tratamento contra o câncer, além da
cirurgia e da radioterapia. O desenvolvimento da quimioterapia vem da segunda Guer-
ra Mundial, quando o gás mostarda foi utilizado como arma química. Observou-se
que após a exposição a este agente, os soldados desenvolviam hipoplasia medular.
Assim, iniciou a sua utilização no tratamento dos linfomas.
A oncologia clínica hoje em dia engloba a utilização não só dos quimioterápicos,
mas também da hormonioterapia, além da terapia alvo molecular e da imunoterapia
(anticorpos monoclonais, inibidores de tirosina quinase, inibidores de check-point, e
outros), com avanços muito grandes nos últimos anos.
Mecanismo de ação
Os agentes quimioterápicos, através de diversos mecanismos, interferem na di-
visão celular, com o objetivo de destruir as células tumorais. O princípio básico é a sua
toxicidade para as células que se dividem rápido, e sáo mais efetivos quanto maior for
a taxa de replicação tumoral.
A quimioterapia pode ser feita com a aplicação de um ou mais quimioterápicos,
a monoquimioterapia ou poliquimioterapia, respectivamente. A poliquimioterapia tem
como objetivo atingir populações celulares em diferentes fases do ciclo celular, utilizar
a ação sinérgica das drogas, diminuir o desenvolvimento de resistência às drogas e
promover maior resposta por dose administrada.
A via de administração geralmente é venosa, mas há outras formas de aplicação,
como quimioterapia oral, intratecal, intraperitoneal, intravesical e intra-arterial, a de-
pender de cada caso.
A quimioterapia é aplicada em ciclos periódicos, respeitando a recuperação das
estruturas normais do organismo do paciente, como a medula óssea e a mucosa do
trato digestivo. A dose geralmente é calculada através da superfície corporal do paci-
ente, que leva em consideração o peso e a altura.
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