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TRATAMENTO QUIMIOTERAPICO Existem 4 formas de tratamento, cirurgia, transplante de medula, radioterapia e quimioterapia. Podem se utilizar mais que um tipo de tratamento, mas conforme o estadiamento o tratamento tem que ser revisto. O objetivo em muitos casos é melhorar a taxa de sobrevida. A quimioterapia antiblástica ou anti--neoplasia Consiste no emprego de substância químicas isolas ou em combinação com objetivos de tratar neoplasias É o tratamento de escolha para doenças malignas do sistema hematopoiético e para tumores sólidos. Afetam tanto as células normais como as neoplasias Diferenças quantitativas entre os processos metabólicos dessas duas populações Crescimento das células malignas e as células normais Afeta função e proliferação Baseado na cinética celular o qual inclui o ciclo celular CICLO CELULAR FINALIDADES DA QUIMOTERAPIA · Quimioterapia curativa: Usada com o objetivo de controlar completamente o tumor; · Quimioterapia adjuvante: Segue-se à cirurgia curativa, com a finalidade de esterilizar células residuais locais ou circulantes, reduzindo a ocorrência de metástases à distância; · Quimioterapia neoadjuvante ou prévia: Indicada para obter a redução parcial do tumor, com o objetivo de permitir uma complementação terapêutica com cirurgia e/ou radioterapia; · Quimioterapia paliativa: Não tem como objetivo a cura, sendo utilizada para melhorar a qualidade da sobrevida do paciente. O SUS deve garantir o início do tratamento em 60 dias depois do diagnóstico. ESPECIFIDADE CELULAR Ciclo celular especifico combate células em fases S ouM Ciclo celular não especifico 7 Classes de antineoplásicos COMO ESCOLHER O REGIME DE DROGAS QUIMOTERAPICAS Tipo de câncer Estádio do câncer Idade Estado geral de saúde Presença de outras doenças Outros tipos de tratamento recebidos no passado T para o tumor primário. N para linfonodos. O câncer que se espalhou para os linfonodos próximos. M para metástase. O câncer que se espalhou para partes distantes do organismo. PLANEJAMENTO: Superfície corporal Uso de drogas adicionais Uso concomitante de RT Estado nutricional Avaliação de função hepática e renal CRITERIOS PARA A APLICAÇÃO DE QUIMIOTERAPIA Condições gerais do paciente Menos de 10%de perda do peso corporal ausência de contraindicações clínicas para as drogas selecionadas Ausência de infecção ou infecção presente mas sob controle Capacidade funcional correspondente • a contagem das células do sangue e dosagem da hemoglobina sérica (os valores exigidos para a aplicação de quimioterapia em crianças são menores) dentro dos seguintes limites: - Leucócitos > 3.000 a 4.000/mm3 – Neutrófilos > 1.500 a 2.000/mm3 - Plaquetas > 150.000/mm3 - Hemoglobina > 10g/dl • dosagens séricas: - Uréia < 50 mg/dl - Creatinina < 1,5 mg/dl - Bilirrubina total < 3 mg/dl - Ácido úrico < 5 mg/dl - Transferases (transaminases) < 50 UI/ Contra-indicações absoluta A quimioterapia é totalmente contra-indicada, nos portadores de doença maligna em fase terminal, grávidas no primeiro trimestre, portadores de infecções graves e pacientes comatosos. Contra-indicações relativas Agentes quimioterápicos podem ser contra-indicados nas seguintes situações: • Quando efeitos colaterais potenciais do tratamento excederem os benefícios por ele proporcionados. • Quando o paciente não reunir condições clínicas ou apresentar desempenho clínico pessoal inadequado para receber o tratamento proposto. Desempenho clínico pessoal (performance status) menor que 50 (escala de Karnofsky e Ecog), a princípio, deve ser um fator não indicativo de quimioterapia. • Meios inadequados para avaliar a resposta do cliente à terapia e para monitorizar as reações tóxicas. 3.5 - Vias e Métodos de Administração de Quimioterápicos Quanto ao sítio de aplicação os quimioterápicos podem ser administrados por diversas vias, a saber: - Regional - O agente é aplicado diretamente em uma artéria ou cavidade, atingindo-se assim altas concentrações regionais do medicamento e, paralelamente, evitando-se ou minimizando-se a sua ação sistêmica. Ex: intra-vesical, intra-pleural, intra-tecal, intra-pericárdico, intraperitoneal. - Local - A droga é injetada diretamente no local do tumor. Ex.: intra- lesional (infiltração no sarcoma de Kaposi), tópica (com 5FU e mostarda nitrogenada). - Sistêmico - O agente isolado ou uma combinação de drogas é administrado com o intuito de tratar-se o organismo como um todo. É o método mais utilizado. Ex.: oral, intravenosa, intra-arterial, subcutânea e intra-muscular. Observe a Tabela 6.7, que apresenta as vias de administração de Agentes Antineoplásicos. A COMBINAÇÃO DE DROGAS DEVE OBEDECER OS SEGUINTES CRITERIOS Diferentes mecanismos de ação Diferentes toxicidades Efetivas quando utilizadas isoladamente Bases bloqueadoras para o sinergismo Prazos diferentes de toxicidades RESISTENCIA A QUIMIOTERAPICOS esistência aos antineoplásicos é uma característica que envolve um antineoplásico, um tumor e um hospedeiro específicos em que o fármaco mostra-se ineficaz por controlar o tumor, sem produzir toxicidade excessiva. A resistência às múltiplas drogas é um processo cujos mecanismos são da mais alta complexidade e importância. Sua identificação trouxe a necessidade de se contornar farmacologicamente as defesas das células malignas ou se identificar novos agentes que o façam. O fenômeno da resistência a múltiplas drogas está relacionado à diminuição da concentração intracelular do quimioterápico e à presença de uma glicoproteína, ligada à membrana plasmática, a glicoproteína 170-p. É necessário enfatizar a vantagem de iniciar-se a quimioterapia quando a população tumoral é pequena, a fração de crescimento é grande e a probabilidade de resistência por parte das células com potencial mutagênico é mínima. Estas são as condições ideais para se proceder à quimioterapia adjuvante. A resistência aos antineoplásicos pode ser natural ou adquirida: - Resistência natural: quando o fármaco não desencadeia uma resposta ao tratamento inicial de determinado tumor. - Resistência secundária ou adquirida: quando, após um tratamento inicial bem-sucedido, a terapêutica não obtém o resultado esperado. Existem quatro mecanismos de resistência aos antineoplásicos: perda do sistema de transporte intracelular para o fármaco; desaparecimento da enzima necessária para síntese letal; maior produção da enzima do que o fármaco inibiria; aparecimento de um sistema de transporte ativo que elimina o fármaco da célula. Tentativas de diminuir o problema da resistência aos antineoplásicos tem tornado cada vez mais comum a associação de fármacos para tratamento antineoplásico. A utilização de agentes antineoplásicos combinados, com mecanismos de ação diferentes, independentes, reduz as chances do desenvolvimento de clones resistentes com aumento da eficácia terapêutica. Sendo assim, tem-se obtido resultados satisfatórios com a quimioterapia combinada, ou poliquimioterapia, algumas vezes chegando a promover a cura ou a melhora da qualidade de vida do paciente. TOXICIDADE DE QUIMIOTERAPIA Morte celular: morte de eletrólitos na corrente sanguínea Composição química da droga: hipersensibilidade Cada etapa tem uma intervenção diferente, Constipação: Grau 1 – leve dificuldade de evacuar (avaliar perda de peso, vômitos e sangramento retal e frequência de evacuações, realizar o exame físico abdominal) encaminhar caso para nutricionista responsável. Aumentar a ingesta hídrica e de fibras, estimular a deambulação. Orientar massagens na região abdominal. Grau 2 – Moderada requer laxativo Administrar o laxativo conforme prescrição e as anteriores. Aumentar a ingesta hídrica e de fibras, estimular a deambulação. Grau 3 – grave + ou – por 72h distensão abdominal (raio x, tomografia, outros exames, considerar fleet enema) Grau 4 – não evacua por + de 96h, distensão abdominal e vomito (íleo paralitico) medico vai ter que intervir Em casos de obstrução total, ou caso o tratamento para a obstrução parcial não resulte, pode ser necessáriorecorrer a cirurgia para aliviar essa obstrução, remover uma porção do intestino ou mesmo remover todo o intestino. Nos casos em que é removido todo o intestino, é necessário fazer uma ostomia, que consiste na criação de um canal que liga o intestino a uma espécie de saco, através de uma abertura no abdômen, por onde são eliminadas as fezes A proteção da integridade da mucosa retal dos pacientes sob tratameto quimioterápico é fundamental devido à mielopressão que frequentemente acompanha esses indivíduos, predispondo-os a infecções e sangramentos. Dessa forma, é fundamental o tratamento profilático da constipação, de forma a evita a necessidade de supositórios e enemas, absolutamente contra indicados nessa população. A dieta rica em fibras é o item isolado mais importante no tratamento da constipação. A alimentação oferecida aos pacientes internados predispostos a esse problema deve ter essa característica, porém respeitando ao máxima as preferências de cada indivíduo. Neste particular, o nutricionista é o profissional mais indicado para atender satisfatoriamente o paciente. Pacientes que fazem uso regular de narcóticos ou quimioterápicos neurotóxicos, devem ser sistematicamente avaliados em seu funcionamento intestinal, encorajados a beber líquidos (água, suco de ameixa, café) e ingerir cereais com fibra (farelo de trigo, por exemplo) diariamente.A enfermeira que trabalha em quimioterapia deve estar atenta a esse efeito colateral e apta a orientar o paciente e/ou familiares sobre essa possibilidade, seu controle e tratamento(FONSECA; ALMEIDA e MASSUNAGA,2000).
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