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Hipófise · Massas selares: - Adenomas hipofisários – 50 a 90% - Tumores - Aneurismas - Doenças infiltrativas - Infecciosas - Inflamatórias Adenomas: - Neoplasia bem diferenciadas da adeno-hipófise - Microadenomas <10mm – 1CM - Macroadenomas >10 mm - Podem ser divididos em funcionantes (3/4 dos casos) e não funcionantes (1/4 dos casos) - Funcionantes: secretam hormônios e apresentam-se clinicamente com a síndrome característica do excesso deste hormônio (o mais comum é o prolactinoma) Adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes (ACNF) · Não hormonalmente ativos – não estão associados a síndromes clínicas (amenorreia, galactorreia, acromegalia, doença de Cushing ou hipertireodismo) · 15 a 30% dos adenomas · Raros antes dos 20 anos · Revelados por efeitos de massa: - Compressão do quiasma óptico: 40 a 70% dos casos - Compressão dos NC III IV e VI - Hipopituitarismo: compressão da hipófise anterior - Hiperprolactinemia: desinibição da dopamina - Apoplexia hipofisária: hemorragia da hipófise que evolui pra necrose. Quadro clínico inicia com cefaleia, associada a náuseas e vômitos. O paciente evolui rapidamente pra queda do estado de consciência. · Manejo: - Avaliar a extensão do tumor e anormalidades hormonais - Efeito de massa direto deve ser abordado, e as deficiências hormonais devem ser corrigidas - Cirurgia e radioterapia - Complicações da terapia e recorrência tumoral podem surgir muito tempo após a cirurgia - ACNF pequeno, descoberto incidentalmente: acompanhamento Prolactinomas · Alteração endócrina mais comum do eixo hipotálamo-hipófise (tipo histológico mais comum de adenoma hipofisário) · A hiperprolactinemia pode resultar de causas fisiológicas (gravidez e amamentação), farmacológicas (antipsicóticos convencionais e antidepressivos) e patológicas (adenomas hipofisários secretores de PRL) · A principal causa de hiperprolactinemia patológica são os prolactinomas (adenoma hipofisário funcionante mais comum) · Tumores que causam comprometimento da haste hipotálamo-hipófise, lesões infiltrativas, hipofisite, aneurismas, sela vazia, radioterapia, interferem na dopamina, e podem causar hiperPRL também Encontrada em até 40% dos pacientes com hipotireoidismo franco e 22% com hipotireoidismo subclínico (aumento do TRH, diminuição da sensibilidade ao efeito supressor da dopamina, queda do T3 e T4 circulantes) Encontrada em 20% dos pacientes com cirrose hepática ou insuficiência renal (até 80% dos pacientes em diálise têm níveis elevados de PRL) · Quadro clínico: - Galactorreia: manifestação mais característica - Infertilidade - Osteoporose - Ganho de peso - Diminuição da libido - Cefaleia, defeitos no campo visual MULHERES HOMENS Oligoamenorreia Ginecomastia Secura vaginal Disfunção erétil Dispareunia Irritabilidade / depressão · Diante da suspeita clínica, dosar PRL - Limites superiores normais: H:20 M:30 - Valores maiores são encontrados em pacientes com prolactinomas (>100), nas demais situações tende a ser <100 - Níveis >250 são muito sugestivos de prolactinoma - Níveis >500 praticamente dá o diagnóstico de prolactinoma - Pseudoprolactinoma: hiperprolactinemia resulta da compressão da haste, níveis geralmente <150 - Macroprolactinomas: >200 a 250 - Microprolactinomas: entre 100 e 200 · RM da hipófise: - Visualiza macroprolactinomas (>10mm) e microprolactinomas (<10mm) - Excluir, antes da RM, causas fisiológicas, farmacológicas ou de doenças sistêmicas Tratamento: Agonistas dopaminérgicos (DA): · Tratamento de primeira linha pra micro e macroprolactinomas · Cabergolina (exceto na gestação) · Tratamento por pelo menos 2 anos Cirurgia: · Aumento do tamanho do tumor, refratário à cabergolina · Apoplexia hipofisária (forte cefaleia de início súbito, sensório diminuído e distúrbios visuais) · Intolerância, contraindicação ou resistência aos DA · Compressão persistente do quiasma óptico Acromegalia · Produção excessiva de GH e fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) · 98% é causada por adenoma hipofisário secretor de GH (somatotropina) – geralmente macroadenomas · Progressão gradual dos sinais e sintomas - Compressão tumoral (cefaleia, distúrbios visuais ou hipopituitarismo) - Secreção excessiva de GH (aumento das mãos e pés, alterações cutâneas, modificações fisionômicas e musculoesqueléticas) - Complicações do excesso de GH (cardiovasculares, endócrinas, metabólicas, esqueléticas e neoplásicas) · Modificações fisionômicas: alargamento do nariz, aumento dos lábios, crescimento exagerado da mandíbula, proeminência frontal, separação dos dentes, mal oclusão dentária, macroglossia, aumento dos arcos zigomáticos · Distúrbios de outras funções endócrinas: - Hiperprolactinemia - Hipopituitarismo - Anormalidades menstruais - Disfunção erétil · Distúrbios metabólicos: - Tolerância alterada à glicose / DM - Hipertrigliricedemia - Hipercalcemia - Hipercalciúria · Manifestações neoplásicas: - Pólipos e tireoide (benignos) - Cólon, esôfago, mama, estômago e tireoide (malignos) · Manifestações locais: Aumento da sela túrcica, cefaleia e déficit visual · Manifestações do excesso de GH: - Crescimento de extremidades (100% dos casos) - Crescimento de partes moles (100% dos casos) - Hiperidrose - Letargia - Ganho de peso - Parestesia, artralgias, papilomas, hipertricose, - Bócio, acantose nigricans - Nefrolitíase · Cardiovasculares: - Hipertensão - Cardiomagalia - Hipertrofia ventricular - Arritmias - AVC · Respiratórias: - Obstrução das vias aéreas superiores - Depressão dos centros respiratórios centrais - Apneia do sono, narcolepsia Diagnóstico: - Iniciar com dosagem de GH Tratamento · Cirurgia: tratamento de escolha pra grande maioria dos pacientes - Chance de cura pra microadenomas 40% - Chance de cura pra macroadenomas 74% · Medicamentos: - Análogos da somatostatina (AS): opção de escolha - Carbegolina: efetiva em pacientes com doença leve - Pegvisomanto (antagonista do receptor do GH) é a substância mais eficaz na normalização do IGF-1 – mas tem custo elevado e não atua sobre o tumor – maior eficácia em combinação com os AS · Radioterapia: opção de 3ª linha - Indicada para tumores não controlados pela cirurgia e medicamentos Tireotropinomas · Adenomas hipofisários secretores de TSH (tireotropinomas) são os tumores hipofisários mais raros (3%) · A maioria são macroadenomas, geralmente invasivos · Manifestação: hipertireodismo com valores elevados ou normais do TSH · Tratamento de escolha: cirurgia (até 83% de sucesso) · Para os casos não curados: análogos da somatostatina (AS) · Radioterapia: cura 37% dos casos em 2 anos Hipopituitarismo · Deficiência parcial ou total da hipófise anterior, causada por distúrbios hipofisários ou hipotalâmicos, adquiridos ou hereditários (mais raro) · Quadro clínico: etiologia, tipo e gravidade da insuficiência hormonal AS DEFICIÊNCIAS NA SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS SE MANIFESTAM EM UMA ORDEM: GONADOTROFINAS (LH e FSH) GH e TSH ACTH PROLACTINA · Pan-hipopituitarismo: deficiência de DOIS ou mais hormônios hipofisários Etiologias: · Traumática · Infiltrativa ou inflamatória (sarcoidose, histiocitose, granulomatose) · Tumoral: - Adenoma – mais comum - Meningioma - Tumores hipotalâmicos - Metástases na hipófise ou hipotálamo - Neoplasias hematológicas · Infecciosa - Tuberculose - Pneumocystis jirovecii · Vascular: - Síndrome de Sheehan - Apoplexia hipofisária - DM - Hipotensão - Anemia falciforme · Outras patologias de SNC · Funcional - Nutricional - Atv física excessiva - Doenças críticas (agudas, AIDS, IRC, hepatopatias) - Hipotireodismo, hiperprolactinemia - Substâncias: anabolizantes, glicocorticoides, estrogênio, agonistas do GnRH, dopamina, análogos da somatostatina, levotiroxina) Manifestações clínicas: GH – crianças Atraso no crescimento, baixa estatura Micropênis Implantação anômala dos dentes Hipoglicemia Hipotrofia muscular Depressão ACTH Fraqueza, perda ponderal, hipotensão postural Náuseas, vômitos, diarreia, mialgia TSH Fraqueza,constipação, depressão LH e FSH Atraso puberal, amenorreia, diminuição da libido, hipotrofia testicular, infertilidade
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