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CBI of Miami 2 
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CBI of Miami 3 
 
Estratégias de Ensino e Treino de Comunicação Funcional 
Iara Carvalho 
 
Aula 2: Ensino por Tentativas Discretas e Naturalístico 
O ensino por tentativas discretas é uma das principais estratégias de 
ensino utilizadas na análise do comportamento aplicada. Ele possibilita dividir 
uma sessão de treino em unidades de ensino que podem facilmente ser 
mapeadas e contabilizadas, garantindo que o profissional consiga registrar o 
resultado de cada uma das oportunidades de ensino e acompanhar o 
desenvolvimento do estudante (Sundberg & Partington, 1998). 
No ensino através das tentativas discretas, primeiro o aplicador garante a 
atenção da criança removendo possíveis elementos distratores do ambiente de 
atendimento. Ele então apresenta um estímulo discriminativo de forma clara e 
tomando os devidos cuidados para que este não seja ambíguo, ou seja, produza 
uma resposta diferente daquela que foi planejada. Ele então aguarda o estudante 
responder, fornecendo a ajuda adequada de acordo com o planejamento de 
ensino do estudante. Caso o estudante não consiga emitir o comportamento de 
interesse, um procedimento de correção é realizado, visando estabelecer a 
aprendizagem daquele repertório. 
O treino por tentativas discretas se caracteriza então como uma estratégia 
de ensino bastante estruturada, ao qual cabe ao aplicador iniciar cada 
oportunidade de aprendizagem, garantindo assim um fluxo rápido de 
oportunidades de ensino, o que torna o processo mais intensivo. Além disso, o 
treino por tentativas discretas produz contextos artificiais para comportamentos 
que tem baixa oportunidade de acontecer em contextos naturais. O que a 
princípio pode parecer uma grande desvantagem, pode tornar-se uma grande 
vantagem se usado com o planejamento adequado. Isto facilita que o aprendiz 
possa aprender nome de coisas que lhe são importantes no cotidiano, por 
exemplo, mas aos quais ele não demonstra a motivação necessária para que 
estes elementos sejam adicionados num treino de mandos, por exemplo. 
O treino naturalístico, por sua vez, baseia-se em aproveitar os interesses 
naturais da criança para ensinar repertórios que lhe sejam úteis. Aqui, boa parte 
 
 
CBI of Miami 4 
das oportunidades de aprendizagem são iniciadas pelo estudante e não pelo 
aplicador. Cabe ao aplicador, planejar situações de ensino onde o aprendiz 
possa aprender os repertórios que precisa aprender, dentro das atividades pelo 
qual manifesta interesse. 
Apesar de ser menos estruturado, é fundamental ter em vista que o treino 
naturalístico também segue os mesmos princípios e processos esperados para 
uma intervenção baseada em análise aplicada do comportamento. Ou seja, é 
necessário realizar registro para posterior análise, os repertórios que serão 
ensinados para a criança precisam ser pensados e planejados com a devida 
antecedência, além de que a própria situação de ensino escolhida pelo estudante 
precisa ser previamente pensada e estruturada de forma que produza os 
repertórios que serão trabalhados. 
Você encontrará um detalhamento mais claro sobre as diferenças entre 
diferentes atributos do treino por tentativa discretas e naturalístico na tabela 1 – 
Comparativo entre Treino por Tentativas Discretas e Ensino Naturalístico. 
Tabela 1 – Comparativo entre treino por tentativas discretas e ensino naturalístico. 
 Ensino por tentativa discreta Ensino naturalístico 
Estímulos a. Escolhidos pelo terapeuta. 
b. Repetido até que o critério seja atingido. 
c. Fonologicamente fácil, seja ou não 
funcional em ambiente natural. 
 
a. Escolhidos pela criança. 
b. Variam depois de algumas 
tentativas. 
Interação a. Terapeuta segura o item (não 
necessariamente relacionado ao som que 
se requisita). 
 
a. Terapeuta e criança brincam com o 
estímulo (isto é, o estímulo é 
funcional). 
Resposta a. Respostas corretas, ou 
aproximações sucessivas, são 
reforçadas. 
 
a. Modelagem mais “solta”: tentativas 
de verbalizar são reforçadas. 
Consequência a. Reforçadores tangíveis + sociais. a. Reforçador natural + social. 
 
 Mas então? Qual é a melhor estratégia para o ensino de crianças com 
atraso de desenvolvimento? A literatura aponta que ambas as estratégias são 
 
 
CBI of Miami 5 
intercambiáveis (Sundberg & Partington, 1998). Para obter uma maior 
abrangência entre os pontos fortes de cada uma das estratégias, o ideal é que 
os treinos oscilem entre momentos de ensino naturalístico e momentos de ensino 
por tentativa discreta. 
 Um determinado tipo de treino pode obter melhores resultados para o 
ensino de um repertório do que para outro, dependendo das características 
necessárias para este tipo de ensino. Além disso, um estudante pode se 
beneficiar mais de uma determinada estratégia do que de outra. 
 Na Tabela 2, é apresentado uma proposta de utilização entre as 
diferentes estratégias de ensino de acordo com o repertório a ser ensinado para 
o estudante. 
 
Tabela 2 – A utilização das diferentes estratégias de ensino 
Fase 1. Ensino naturalístico > Ensino por 
tentativas discretas 
Foco em mandos iniciais, pareamento, seguir comandos 
e controle de estímulos. 
Fase 2. Ensino naturalístico = Ensino por 
tentativas discretas 
Foco no mando, tato, ouvinte, imitação, ecóico e 
intraverbal. 
Fase 3. Ensino por tentativas discretas > 
Ensino naturalístico 
Foco em atividades acadêmicas e desenvolvimento de 
habilidades específicas. 
Fase 4. Ensino naturalístico > Ensino por 
tentativas discretas 
Foco na aprendizagem de instruções em grupo, de pares 
e sem um ambiente de aprendizagem tão estruturado. 
Fase 5. Ensino por tentativas discretas > 
Ensino naturalístico 
Focus em habilidades acadêmicas e características de 
aprendizagem estruturada. 
 
Em suma, é necessário possuir uma boa competência em ambas as 
estratégias e respeitar a individualidade de cada aprendiz, aplicando cada 
estratégia e analisando a qualidade dos resultados produzidos. 
 
Referência Bibliográfica 
 
SUNDBERG, M. L., & PARTINGTON, J. W. Teaching language to children 
with autism and other developmental disabilities. Pleasant Hill, CA: 
Behavior Analysts. (1998).

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